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REVISTA OBSERVATORIO DE LA ECONOMIA LATINOAMERICANA
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Medidas favorecedoras da adesão ao exame de rastreamento de
Câncer de Colo de Útero: revisão integrativa
Measures that promote adherence to Cervical Cancer Screening
exams: an integrative review
DOI: 10.55905/oelv21n10-015
Recebimento dos originais: 28/08/2023
Aceitação para publicação: 25/09/2023
Nilceia Silva Rezende
Pós-Graduanda em Preceptoria na Área da Saúde
Instituição: Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP)
Endereço: Rua G, 205, Paraíso, Ponte Nova – MG, CEP: 35430-302
E-mail: nilceiarezend@yahoo.com.br
Márcia Farsura de Oliveira
Mestra em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente
Instituição: Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP)
Endereço: Rua G, 205, Paraíso, Ponte Nova – MG, CEP: 35430-302
E-mail: mmfarsura@yahoo.com.br
RESUMO
O câncer de colo de útero (CCU) é caracterizado por alterações celulares malignas
causadas, na maioria das vezes, pela infecção do Papilomavírus Humano, através de
transmissão sexual. Embora existam medidas de prevenção primária e secundária efetivas
para o bom prognóstico da enfermidade referida, a adesão ao exame preventivo é baixa,
no Brasil e no mundo. Dessa forma, objetivou-se revisar, na literatura científica, medidas
favorecedoras da adesão ao rastreamento de CCU no mundo. Para isso, foi feita revisão
integrativa da literatura, com as estratégias de busca “Women's Health AND Secondary
Prevention ", “Uterine Cervical Neoplasms AND Secondary Prevention", “Women's
Health AND Humanization of Assistance” e “Uterine Cervical Neoplasms AND
Secondary Prevention AND health education” de artigos publicados entre 2018 e 2023,
na base de dados on-line National Library Medicine. Os resultados de 13 estudos
incluídos indicam que as mulheres com menor poder aquisitivo e grau de instrução são
as que compõem a maior parcela da população que não adere às medidas preventivas do
CCU. Por isso, a adoção de ações de ES, para os profissionais de saúde e para a sociedade,
que conscientizem as mulheres a realizarem o exame de rastreamento, conforme
preconizado por diretrizes do Ministério da Saúde, deve orientar o processo de trabalho
em saúde pública, uma vez que pode evitar prognósticos ruins no CCU.
Palavras-chave: saúde da mulher, prevenção secundária, Neoplasias Cervicais Uterinas.
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ABSTRACT
Cervical cancer (CCU) is characterized by malignant cellular changes caused, in most
cases, by Human Papillomavirus infection, through sexual transmission. Although there
are effective primary and secondary prevention measures for a good prognosis of the
aforementioned disease, adherence to preventive examinations is low in Brazil and
around the world. Thus, the objective was to review, in the scientific literature, measures
that favor adherence to CCU screening around the world. To this end, an integrative
review of the literature was carried out, using the search strategies “Women's Health AND
Secondary Prevention", “Uterine Cervical Neoplasms AND Secondary Prevention",
“Women's Health AND Humanization of Assistance” and “Uterine Cervical Neoplasms
AND Secondary Prevention AND health education” of articles published between 2018
and 2023, in the National Library Medicine online database. The results of 13 included
studies indicate that women with lower purchasing power and less education are those
who make up the largest portion of the population who do not adhere to CCU preventive
measures. Therefore, the adoption of HE actions, for health professionals and society, that
make women aware of the need to undergo screening tests, as recommended by guidelines
from the Ministry of Health, should guide the work process in public health, as it can
avoid poor prognosis in CCU.
Keywords: women's health, secondary prevention, Uterine Cervical Neoplasms.
1 INTRODUÇÃO
O câncer de colo de útero (CCU) ocupa, atualmente, o terceiro lugar entre os tipos
de câncer mais frequentes entre mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma,
além de ser a quarta causa mais comum de morte por neoplasia no sexo feminino. Esse
dado se traduz, através de cerca de 530 mil novos casos e, aproximadamente, 260 mil
mortes por ano no mundo decorrentes do câncer de colo de útero (LOPES; RIBEIRO,
2019).
No Brasil, apenas no ano de 2017, ocorreram mais de 6 mil casos de óbito por tal
enfermidade, ressaltando a sua relevância em questão de intercorrências ginecológicas e
de saúde pública (INCA, 2022). Por outro lado, o CCU tem um excelente prognóstico,
quando detectado precocemente através do exame Papanicolau – PPN -, podendo
apresentar quase 100% de chance de cura, em alguns casos (JUNIOR; AZEVEDO E
SILVA, 2019).
Estima-se que, aproximadamente, 40% das mulheres no Brasil nunca realizaram
o exame PPN, o qual, atualmente é o principal exame de rastreio para prevenir o CCU em
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mulheres que já iniciaram a atividade sexual (OLIVEIRA et al., 2018). Tal condição
contribui para um prognóstico pior, já que o CCU é assintomático durante a fase inicial e
sintomas como sangramento uterino anormal apenas se manifestam na fase avançada da
doença. Porém, para o manejo satisfatório, é inviável esperar que tais indícios aconteçam
(JUNIOR; AZEVEDO E SILVA, 2019).
Sendo assim, a melhor forma de prevenção é através de educação continuada da
população e rastreio de lesões assintomáticas, para possibilitar o diagnóstico e a
propedêutica precoce. Isso, porque o CCU é definido por uma multiplicação anormal e
exacerbada do epitélio uterino, podendo atingir tecidos e órgãos adjacentes,
configurando-se assim como carcinoma invasor. Esse último pode ser subdividido em
carcinoma epidermoide, que acomete o epitélio escamoso e compreende cerca de 90%
dos casos, e adenocarcinoma, que acomete o epitélio glandular e é mais raro (INCA,
2021).
Devido à gravidade e à fase assintomática inicial, é inviável esperar que a paciente
manifeste indícios da doença para a prevenção do CCU, sendo necessário o rastreio das
lesões na sua fase subclínica. Quantos às manifestações sintomatológicas mais comuns,
essas incluem: corrimentos vaginais, ciclos menstruais irregulares, sangramento uterino
anormal e dor em hipogástrio. Porém, tais sintomas mantêm relação com o local e com o
grau de invasão da doença, aparecendo de forma mais tardia (INCA, 2018).
No que se refere aos fatores de risco relacionados ao quadro, os principais são a
infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), início da atividade sexual precoce,
múltiplos parceiros, história pessoal de verrugas genitais, imunossupressão e tabagismo
ativo ou passivo. Dentre eles, o fator de risco mais relevante é a presença do HPV, que
tem transmissão predominantemente sexual, visto que, apesar de apenas 1% das mulheres
infectadas pelo vírus desenvolverem a doença, aproximadamente 99% dos casos de
câncer de colo de útero estão relacionados à infecção do HPV. O HPV é o responsável
por integrar o seu ácido desoxirribonucleico (DNA) ao código genético do hospedeiro e
alterar o genoma, causando a multiplicação desordenada das células do epitélio uterino
(JUNIOR; AZEVEDO E SILVA, 2019). São descritos inúmeros subtipos do vírus, mas,
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o HPV-16 e o HPV-18 são os de maior relevância, por estarem associados a 70% dos
casos de carcinoma invasor (INCA, 2018).
Sendo assim, as principais formas de prevenção visam evitar a infecção pelo HPV,
através da recomendação de uso de preservativo, durante as relações sexuais, imunização
-confere proteção contra verrugas genitais (HPV-6 e HPV-11) e câncer de colo de útero,
além de câncer de pênis, ânus e garganta -., e detecção de lesões subclínicas, através do
exame PPN. Porém, apesar da infecção pelos principais subtipos oncogênicos do HPV
ser evitada, é imprescindível a realização do exame preventivo após o início da atividade
sexual, já que é possível o desenvolvimento do câncer por outras cepas não contempladas
na vacina (LOPES; RIBEIRO, 2019).
O exame preventivo tem como intuito realizar uma análise citopatológica das
células da endocérvice e ectocérvice, com a finalidade de detectar possíveis alterações de
forma precoce. Para essa análise, é feita a quantificação da perda de maturação
citoplasmática, observada a presença de figuras mitóticas anormais e alterações na
morfologia do núcleo celular. Em relação às recomendações de rastreio, nas pacientes
que já iniciaram a atividade sexual, gestantes ou não, o exame Papanicolau é feito na faixa
etária de 25 a 64 anos, sendo realizado anualmente e após dois exames consecutivos sem
alterações, o intervalo torna-se trienal (OLIVEIRA et al., 2018).
Tendo em vista a importância do diagnóstico oportuno fornecido através do exame
PPN e os dados de adesão insuficiente ao mesmo pela população-alvo, o presente artigo
objetivou revisar, na literatura científica, medidas favorecedoras da adesão ao
rastreamento de CCU no mundo.
2 METODOLOGIA
A pesquisa se trata de uma revisão integrativa da literatura científica, de acordo
com as características de textos científicos descritas no trabalho de Pereira et al. (2018).
Foi feita uma busca por estudos publicados, na forma de artigo, entre os anos de 2018 e
2023. Como critérios de inclusão, buscou-se artigos que tratavam das temáticas: (i)
prevenção secundária em saúde da mulher; (ii) prevenção secundária para neoplasia
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cervical uterina; e (iii) educação em saúde e prevenção de CCU, publicados nos idiomas
português e inglês e disponíveis na forma de texto completo.
Como critérios de exclusão foram considerados: teses, dissertações, monografias
e artigos de revisão ou com texto completo indisponível; artigos em duplicidade; estudos
que abordavam a prevenção secundária de CCU, mas, não tratavam das medidas
favorecedoras da adesão ao rastreamento de CCU no mundo.
A pesquisa foi realizada no período de janeiro de 2023 a julho de 2023, utilizando-
se os descritores em ciências da saúde (DeCS) e estratégias de busca: “Women's Health
AND Secondary Prevention ", “Uterine Cervical Neoplasms AND Secondary
Prevention", “Women's Health AND Humanization of Assistance” e “Uterine Cervical
Neoplasms AND Secondary Prevention AND health education” na base de dados on-line
National Library Medicine (PubMed), disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/.
A quantidade de artigos recrutada, de acordo com a busca, está exposta nas
informações presentes no Quadro 1. Baseando-se nos critérios de inclusão e de exclusão
pré-regulamentados, foi feita a seleção dos artigos a partir da leitura de: (i) título; (ii)
resumo; e (iii) palavras-chaves.
Os resultados foram expostos após leitura e interpretação dos textos completos
com compilação dos dados e informações obtidas. Após aplicação dos critérios de
inclusão e exclusão, foram selecionados 13 (treze) artigos.
Ademais, o Livro “Detecção Precoce do Câncer” (2021), do Ministério da Saúde
(MS)/Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) foi utilizada
como referencial teórico para o presente trabalho, já que o mesmo apresenta os conceitos
básicos da detecção precoce do câncer, como rastreamento e diagnóstico precoce, seus
fatores de risco e prognóstico, e as atuais recomendações para os cânceres mais incidentes
que são passíveis de ações de detecção precoce, entre esses o CCU, através de dados
científicos que sustentam as diretrizes e os protocolos nacionais (INCA, 2021).
Quadro 1 - Número de artigos encontrados na pesquisa, por estratégia de busca utilizada
Estratégia de busca
Quantidade de artigos localizados
Women's Health AND Secondary Prevention
1.153
Uterine Cervical Neoplasms AND Secondary Prevention
272
Women's Health AND Humanization of Assistance
253
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Uterine Cervical Neoplasms AND Secondary Prevention AND
health education
74
Total
1.752
Fonte: Autores (2023)
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O fluxograma de seleção e exclusão de artigos para o estudo está representado na
Figura 1. Na sequência, os resultados obtidos estão dispostos no Quadro. Após a análise
das informações obtidas, a discussão dos resultados encontra-se disponível nos seguintes
tópicos: (i) As medidas de prevenção do CCU; (ii) O exame de PPN; e (iii) Medidas
favorecedoras da adesão ao rastreamento de CCU no mundo.
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Figura 1 – Fluxograma de seleção e exclusão de artigos para o estudo
Fonte: Autores (2023)
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Quadro 2 - Artigos selecionados categorizados quanto a autoria, ano de publicação, título, metodologia e
resultados
Autor/ano
Título do artigo
Metodologia
Resultados
YU et al.,
2018
Testagem e triagem cervical automati-
zada, com base em testes de HPV e ci-
tologia interpretada por computador
Estudo de caso
✓ A tecnologia automatizada poderia permitir a
extensão da cobertura de rastreio/triagem cervical de
alta qualidade a regiões atualmente desfavorecidas
✓ Na validação 2016-2017, o algoritmo de pon-
tuação de risco citológico baseado em recursos de lâ-
minas digitalizadas por computador (FocalPoint, BD,
Burlington, NC) correlacionaram-se fortemente com a
citologia (P < 0,001), uma vez que os resultados pré-
cancerígenos foram determinados por ligação de re-
gistros
RUIZ-LÓ-
PEZ et al.,
2019
FightHPV: projeto e avaliação de um
jogo móvel para aumentar a conscienti-
zação sobre o papilomavírus humano e
estimular as pessoas a tomarem medi-
das contra o câncer cervical
Grupo focal,
com questioná-
rios autoaplicá-
veis
Observou-se aumento no conhecimento sobre o HPV
após jogar o jogo (P = 0,001)
RWAMU-
GIRA,
MAREE,
MAFU-
THA,
2019
Os resultados de um programa educaci-
onal envolvendo homens como motiva-
dores para incentivar as mulheres a fa-
zerem o rastreamento do câncer cervi-
cal
Análise quantita-
tiva de entrevis-
tas presenciais e
por telefone
O conhecimento dos homens melhorou após o pro-
grama educativo, mas não garantiu que educariam as
mulheres sobre o cancro do colo do útero, devido a
restrições culturais
UEDA et
al., 2019
Desenvolvimento e avaliação de um
sistema de rastreio do cancro do colo
do útero no Camboja: um projeto cola-
borativo da Sociedade Cambojana de
Ginecologia e Obstetrícia e da Socie-
dade Japonesa de Obstetrícia e Gineco-
logia
Relato de experi-
ência
A introdução do rastreio de HPV, começando pela
educação em saúde é promissora, a fim de se obter
adesão pelo público-alvo
WINER et
al., 2019
Efeito dos kits de teste de papilomaví-
rus humano enviados pelo correio ver-
sus lembretes de cuidados habituais na
captação de exames de câncer cervical,
detecção de pré-câncer e tratamento:
um ensaio clínico randomizado
Ensaio clínico
randomizado
O envio de kits de HPV foram utilizados como uma
estratégia de divulgação para aumentar a adesão ao
rastreio nos sistemas de saúde dos EUA
RIZA et
al., 2020
Conhecimento, atitudes e percepções
sobre o risco, prevenção e prevenção
do câncer cervical e o vírus do
Estudo transver-
sal de coorte
Falta de conhecimento e atitudes e percepções ruins
sobre o rastreio do CCU e a vacina contra o HPV em
vários grupos de mulheres vulneráveis
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papiloma humano (HPV) em mulheres
vulneráveis na Grécia
YEATES
et al.,
2020
Treinamento, controle de qualidade,
monitoramento e avaliação aprimora-
dos por smartphone de uma plataforma
para prevenção secundária do câncer
cervical: oportunidades e desafios para
implementação na Tanzânia
Coleta de dados
demográficos,
diagnósticos, de
tratamento e de
perda de acom-
panhamento,
através de plata-
forma estatal
✓ Plataforma aprimorada para smartphone (SE-
VIA), de avaliação da imagem de colo uterino, após
aplicação de ácido acético (SEVIA) permite o com-
partilhamento seguro e em tempo real de informações
clínicas adquiridas por profissionais de saúde;
✓ A supervisão e a formação dos prestadores de
cuidados de saúde e revisores foram realizadas em es-
treita colaboração com o MS da Saúde da Tanzânia;
✓ SEVIA foi integrado ao programa de treina-
mento de instrutores, por meio do qual graduados qua-
lificados do currículo SEVIA podem se tornar instru-
tores e/ou revisores, demonstrando o potencial de es-
calabilidade e sustentabilidade por meio de um mo-
delo de treinamento em cascata, melhorando a quali-
dade da assistência em saúde
ROUX et
al., 2021
Barreiras à prevenção do cancro do
colo do útero nas zonas rurais dos Ca-
marões: um estudo qualitativo sobre a
perspectiva dos prestadores de cuida-
dos de saúde
Grupos focais
audiogravados,
transcritos e co-
dificados, recor-
rendo-se à meto-
dologia qualita-
tiva
Barreiras identificadas foram
✓ falta de conhecimentos básicos sobre o can-
cro do colo do útero entre a maioria das mulheres e
homens e
✓ ausência de consciência do papel e da exis-
tência de um programa de rastreio para evitá-lo
WANG et
al., 2021
Atitude e prática sobre infecção e vaci-
nação pelo papilomavírus humano en-
tre estudantes do ensino médio de sa-
úde ocupacional: um estudo transversal
Estudo transver-
sal, com aplica-
ção de questio-
nários
É necessário incorporar sistematicamente a temática
“infecção e vacinação contra o HPV” no currículo es-
colar do ensino médio, para uma eventual aceitabili-
dade da vacina contra o HPV entre os estudantes. e a
população em geral, assim como a adesão ao exame
preventivo
VICENTE
et al.,
2022
Prevenção do Câncer de Colo do Útero
no Instagram: Análise de Conteúdo e
Interação Social de Contas Brasileiras
Estudo observa-
cional com aná-
lise qualitativa
As mulheres diagnosticadas com HPV podem não
aderir às consultas de acompanhamento devido ao co-
nhecimento e conscientização insuficientes sobre a
doença relatada na China
YANG et
al., 2022
Perfil do status de manejo no mundo
real da infecção por papilomavírus hu-
mano de alto risco: um protocolo para
estabelecer uma coorte prospectiva de
mulheres infectadas por papilomavírus
humano de alto risco no condado de
Lueyang, China
Estudo longitu-
dinal prospectivo
As mulheres diagnosticadas com HPV podem não
aderir às consultas de acompanhamento devido ao co-
nhecimento e conscientização insuficientes sobre a
doença relatada na China
ZIBACO
et al.,
2022
Gestão do cancro cervical no Zimbabué
(2019-2020)
pesquisa trans-
versal com apli-
cação de questi-
onário
A educação em saúde pode auxiliar na gestão do pro-
cesso de trabalho em saúde voltado ao rastreio do
CCU, de forma holística, e na sensibilização da socie-
dade para a adesão à referida prevenção secundária
SHERO et
al., 2023
Utilização do rastreio do cancro do
colo do útero e fatores associados entre
mulheres que frequentam cuidados pré-
natais no Asella Referral and Teaching
Hospital, zona de Arsi, centro-sul da
Etiópia
Estudo transver-
sal, com questio-
nário estruturado
Deve haver a implementação de programas de educa-
ção em saúde e de sensibilização sobre os benefícios
do rastreio, bem como a promoção de serviços de cui-
dados de saúde reprodutiva nas unidades de saúde
Fonte: Autores (2023)
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4 AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO DO CCU
O CCU é causado por infecção persistente pelo HPV de alto risco.
Aproximadamente 19 genótipos de HPV são de alto risco (HPV-16, 18, 26, 31, 33, 35,
39, 45, 51, 52, 53, 56, 58, 59, 66, 68, 70, 73 e 82). O tempo entre o CCU pré-invasivo e
o invasivo pode variar de 10 a 20 anos e, por isso, o rastreamento é um componente
importante da prevenção da enfermidade mencionada. O HPV é transmitido sexualmente
(INCA, 2021; BRASIL, 2022).
A prevenção do CCU envolve medidas primárias e secundárias, dependendo do
grau de virulência do HPV da mulher. As medidas primárias incluem modificação de
comportamento e imunização, visando mulheres que não contraíram HPV. As medidas
secundárias envolvem triagem e detecção precoce com tratamento de lesões pré-
cancerosas (INCA, 2021).
Os fatores de risco para o CCU incluem infecção por vírus da imunodeficiência
humana (HIV), coinfecção com outras infecções sexualmente transmissíveis (IST),
história familiar, multiparidade, ter relações sexuais desprotegidas, número de parceiros
sexuais ao longo da vida, idade de sexarca, uso atual ou anterior de cigarro, uso de
contracepção oral, atual ou uso anterior de drogas ilícitas e consumo excessivo de álcool.
A incidência destes fatores é desproporcionalmente elevada nos países de rendimento
baixo e médio (AMUD et al., 2020; INCA, 2021).
A prevenção é, portanto, crítica e central para enfrentar o desafio das CCU, em
comunidades onde os sistemas de saúde são largamente fracos devido ao
subfinanciamento, à centralização com a maioria marginalizada interagindo com a
elevada incidência de fatores de risco. O CCU é a neoplasia maligna mais comum e a
principal causa de mortes relacionadas ao câncer entre mulheres em países de baixa renda
(MENEGHEL; ANDRADE, 2019).
As formas de prevenir e tratar o CCU já são bem conhecidas, por isso, a morte por
esse tipo de enfermidade é considerada evitável e desnecessária. Como medidas de
prevenção, destacam-se: a imunização (prevenção primária) - a vacina contra o HPV atua
contra os subtipos 6, 11, 16 e 18, estando prevista no calendário vacinal e sendo
disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde brasileiro, para meninas de 9 a 13 anos e
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meninos de 12 a 13 anos - e o rastreamento por meio do PPN (prevenção secundária)
(ARAÚJO, 2019).
5 O EXAME DE PPN
O nome “Papanicolau” é uma homenagem ao patologista grego Georges Papani-
colau, que criou o método no início do século XX. Esse exame é a principal estratégia
para detectar lesões oportunas e fazer o diagnóstico da doença bem no início, antes que a
mulher tenha sintomas (BRASIL, 2022).
A coleta do material deve ser realizada no ectocérvice e no endocérvice em lâmina
única, na junção escamo-colunar (JEC). Essa é a região do colo onde incidem preferen-
cialmente as doenças de natureza pré-maligna e maligna. Não é recomendado ter relação
sexual dias antes do exame. O contato com os fluidos do parceiro (ou mesmo o uso de
lubrificantes e outros produtos) são capazes de alterar o resultado do exame, visto que
podem ficar acumulados no colo até a hora da coleta (OLIVEIRA et al., 2018; INCA,
2021).
Os materiais necessários são: sala de preferência com banheiro; mesa ginecoló-
gica; escada de dois degraus; mesa auxiliar; foco de luz com cabo flexível; biombo; cestos
de lixo (contaminado, comum); espéculos de tamanhos variados (descartáveis ou metáli-
cos); balde com solução desincrostante (para espéculos metálicos); lâmina de vidro com
extremidade fosca; espátula de Aires; escova endocervical; luvas de procedimentos; pinça
de cherron; solução fixadora (álcool a 96%); Frasco porta lâmina; Formulário de requisi-
ção de exame citopatológico; lápis grafite preto; avental descartável; lençóis descartáveis
ou forro de papel. Segundo o MS não se deve lubrificar o espéculo, aquelas mulheres na
menopausa e com ressecamento vaginal usar soro fisiológico para lubrificar o espéculo,
alguns estudos já comprovam que uso de lubrificantes a base de agua não interfere no
resultado (AMUD et al., 2020).
O exame, quando coletado, considerando-se o que os protocolos do MS recomen-
dam, não gera dor. Ademais, o vínculo com o profissional de saúde assistente é contribu-
tivo para a redução do desconforto durante a realização do exame. Além disso, a educação
em saúde é favorecedora, se tornando uma estratégia para elucidar os principais fatores
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de risco e agravos à saúde, proporcionando maior adesão da sociedade às medidas pre-
ventivas. Além disso, a educação continuada proporciona maior autonomia e qualidade
de vida a curto prazo para as pessoas, contribuindo para uma menor morbimortalidade
(ARAÚJO et al., 2019; INCA, 2021).
6 MEDIDAS FAVORECEDORAS DA ADESÃO AO RASTREAMENTO DE CCU
NO MUNDO
O estudo de Ueda et al. (2019) comenta que, principalmente em países de baixa
renda, a adesão à realização do PPN se deve à falta de conhecimento da população-alvo.
Assim, reforça a ideia de que a educação em saúde (ES) pode auxiliar na conscientização
sobre o rastreamento de CCU.
A pesquisa de Zibaco et al. (2022) também defende a ES como adjuvante na
melhor adesão, mas, ressalta que deve ser complementada pela sensibilização holística
sobre o CCU, envolvendo toda a sociedade. No mesmo intuito, o trabalho de Shero et al.
(2023), defende que a equipe multiprofissional de saúde deve se empenhar na realização
de ações de saúde voltadas à realização do PPN, bem como a promoção de serviços de
cuidados de saúde reprodutiva nas unidades de saúde.
A ED pode auxiliar, além do interesse na imunização contra o HPV e na submissão
ao PNN, conforme o artigo de Wang et al. (2021), na assistência prestada pelos
profissionais de saúde assistentes do público-alvo. Dessa forma, o mencionado estudo
orienta a inserção da temática “infecção e vacinação contra o HPV” no currículo escolar
do ensino médio.
O conhecimento da mulher e de seu suporte social sobre o CCU podem contribuir
para a regularidade de frequência de mulheres diagnosticadas com HPV às consultas de
acompanhamento (RIZA et al., 2020; ROUX et al., 2021; YANG et al, 2022). Entretanto,
uma pesquisa realizada na China, verificou-se que, embora o conhecimento dos homens
tenha melhorado após um programa educativo, não houve garantias que educariam as
mulheres sobre o cancro do colo do útero, devido a restrições culturais (RWAMUGIRA;
MAREE; MAFUTHA, 2019).
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Diante da cultura midiática vivenciada nos tempos atuais, informações divulgadas
em aplicativos da Web podem afetar os estigmas e preconceitos impeditivos dos sucessos
das ações em saúde de PNN. No Brasil, por exemplo, foi verificado que o foco das
postagens do “Instagram” sobre o câncer de colo do útero está na prevenção secundária
(VICENTE et al., 2022).
Para incentivar a realização do PNN, o manuscrito de Ruiz-López et al. (2019)
apresentou um projeto e avaliação de um jogo móvel para aumentar a conscientização
sobre o papilomavírus humano e estimular as pessoas a tomarem medidas contra o câncer
cervical, o FightHPV. Observou-se aumento no conhecimento sobre o HPV após brincar
com o jogo.
Em um estudo estadunidense, a fim de fomentar o rastreamento de CCU, foram
enviados kits de rastreio de HPV, para as casas das mulheres que não estavam fazendo o
acompanhamento preconizado. Os serviços de saúde envolvidos com as ações relatadas
perceberam melhora dos indicadores de saúde (WINER et al., 2019).
No entanto, a testagem de HPV precisa se dar com técnica aprimorada, a fim de
se evitarem os falsos negativos, promovendo a credibilidade do método de avaliação do
colo uterino. Por esse motivo, nas regiões com desigualdade de acesso em saúde e com
baixa quantidade de profissionais especializados na área, a automatização do cuidado em
saúde pode ser contributiva a um melhor cuidado (YU et al., 2018).
Em um trabalho feito na Tanzânia, com uma plataforma aprimorada para
smartphone (SEVIA), de avaliação da imagem de colo uterino, após aplicação de ácido
acético (SEVIA), foi possibilitado o compartilhamento seguro e em tempo real de
informações clínicas adquiridas por profissionais de saúde. A supervisão e a formação
dos prestadores de cuidados de saúde e revisores foram realizadas em estreita colaboração
com o MS local. Assim, graduados qualificados do currículo SEVIA puderam se tornar
instrutores e/ou revisores, demonstrando o potencial de escalabilidade e sustentabilidade
por meio de um modelo de treinamento em cascata, melhorando a qualidade da assistência
em saúde (YEATES et al., 2020).
Portanto, as informações trazidas corroboram ainda mais para a necessidade da
realização de ações que contribuam para a ES e consequente aumento na adesão ao exame
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preventivo, atingindo, principalmente, a parcela da comunidade com menor nível
socioeconômico e educacional, além de capacitar a equipe multiprofissional da atenção
básica para o acolhimento dessas pacientes.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa identificou que as mulheres com menor poder aquisitivo e grau de
instrução são as que compõem a maior parcela da população que não adere às medidas
preventivas do CCU. Por isso, a adoção de ações de ES, para os profissionais de saúde e
para a sociedade, que conscientizem as mulheres a realizarem o exame de PNN, com
regularidade, de acordo com o que o MS preconiza, deve orientar o processo de trabalho
em saúde pública, uma vez que pode evitar prognósticos ruins no CCU.
Uma limitação do estudo foi a ausência de informações, no material revisado,
sobre o investimento necessário de insumos logísticos para os momentos de difusão de
conhecimento, como, por exemplo, capital financeiro, recursos humanos, disponibilidade
de tempo e de acesso à Internet. Para estudos futuros, sugere-se a abordagem da temática
“Planejamento de ações de ES voltadas à adesão ao exame de PPN”.
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