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A Filosofia da Educação de John Dewey e a prática educacional na escola pública

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Este artigo apresenta a aplicação da filosofia educacional de John Dewey através de uma amostra de Química em escola técnica e pública. As práticas educativas na visão de Dewey são fundamentas nas experiências pelo processo democrático de possibilidades de produção do saber com práticas no ato de agir. O método de Dewey foi fundamentado pelas concepções filosóficas do empirismo e do experimentalismo, pela qual no início do século XX, a educação norte-americana vivenciava o problema de dualidades entre o rigor teórico dos educadores e a falta de interesse dos educandos. Dewey transforma o poder do conhecimento científico no ato de fazer através das práticas educativas e democráticas pelos grupos que testam as hipóteses e o conhecimento não é finalista ao alcançar o resultado planejado previamente, mas a importância está nas possibilidades de alcançar e nas tentativas no “meio” (processo) das investigações. A prática educativa de Dewey pode ser aplicada em diversas áreas do saber, como o estudo do meio na Geografia, as aulas laboratoriais da Química e a realização de amostras experimentais para buscar a didática e a observação da parte dos educandos e despertar a curiosidade e o conhecimento. Na proposta de Dewey o conhecimento científico não está separado do conhecimento educacional, sendo que a ciência precisa ser traduzida para uma linguagem didática e aplicada em sala de aula. No contexto atual de desenvolvimento da Educação Ambiental, Dewey é um pensador que contribui nas atividades práticas, cujas pequenas ações podem despertar a consciência e mudar o mundo.
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Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente-SP, v. 30, n.1, p.61-74, Març./Dez., 2019. ISSN: 2236-
0441. DOI: 10.32930/nuances.v30i1.6557.
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A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO DE JOHN DEWEY E
A PRÁTICA EDUCACIONAL NA ESCOLA PÚBLICA
THE EDUCATIONAL PHILOSOPHY OF JOHN DEWEY AND
PRACTICE EDUCATION IN PUBLIC SCHOOL
LA FILOSOFÍA DE LA EDUCACIÓN DE JOHN DEWEY Y
LA PRÁCTICA EDUCACIONAL EN LA ESCUELA PUBLICA
*Alyson Bueno Francisco
Resumo: As práticas educativas na visão de Dewey são fundamentas nas experiências pelo
processo democrático de possibilidades de produção do saber com práticas no ato de agir. O
método de Dewey foi fundamentado pelas concepções filosóficas do empirismo e do
experimentalismo, pela qual no início do século XX, a educação norte-americana vivenciava o
problema de dualidades entre o rigor teórico dos educadores e a falta de interesse dos
educandos. Dewey transforma o poder do conhecimento científico no ato de fazer através das
práticas educativas e democráticas pelos grupos que testam as hipóteses e o conhecimento não
é finalista ao alcançar o resultado planejado previamente, mas a importância está nas
possibilidades de alcançar e nas tentativas no “meio” (processo) das investigações. A prática
educativa de Dewey pode ser aplicada em diversas áreas do saber, como o estudo do meio na
Geografia, as aulas laboratoriais da Química e a realização de amostras experimentais para
buscar a didática e a observação da parte dos educandos e despertar a curiosidade e o
conhecimento. Na proposta de Dewey o conhecimento científico não está separado do
conhecimento educacional, sendo que a ciência precisa ser traduzida para uma linguagem
didática e aplicada em sala de aula. No contexto atual de desenvolvimento da Educação
Ambiental, Dewey é um pensador que contribui nas atividades práticas, cujas pequenas ações
podem despertar a consciência e mudar o mundo.
Palavras-chave: ação; democracia; experiência; método
INTRODUÇÃO
A educação possui opções de métodos para atingir os objetivos planejados pelos
educadores. Os métodos educacionais precisam ser aplicados de acordo com as condições reais
das escolas, cuja verticalização dos métodos sem considerar as experiências dos educadores
pode afetar o processo educativo.
* Doutorado em Geografia (FCT/UNESP), Mestrado em Geografia (FCT/UNESP), Bacharelado e Licenciatura em
Geografia (FCT/UNESP). E-mail: alysonbueno@gmail.com. ORCID: 0000-0001-7632-9249.
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O planejamento educacional precisa abandonar os fins impostos pelas autoridades
superiores de fora das unidades escolares em busca de um processo democrático, cujo papel do
educador na política da unidade escolar é fundamental para garantir a aquisição do saber pelos
educandos ao apresentarem suas realidades particulares na comunidade onde a escola está
inserida.
John Dewey (1859-1952) foi um filósofo e pedagogo estadunidense influenciado pela
corrente filosófica do pragmatismo do século XIX, tendo como representantes Charles Sanders
Peirce, Josiah Royce e William James. Dewey adquiriu importância pelo método de
investigação utilizado no campo científico, sendo sua proposta filosófica, nos primeiros anos
de sua carreira, marcada pelo instrumentalismo, herdado do experimentalismo anglo-saxão.
As concepções de Dewey influenciaram a Universidade de Chicago e esse pedagogo
estadunidense compartilhava das ideias educativas de Vygotsky, cujo conhecimento dependia
de um processo social, ou seja, o indivíduo enquanto educando ou educador adquiri
conhecimento pela interação com a sociedade. Através da interação com o meio, o educando,
na visão de Dewey, pode criar sua leitura de mundo, como apresenta a proposta de Paulo Freire,
e alcançar a superação da realidade com problemas ambientais e sociais.
Para Dewey (2007) o conhecimento não pode ser transmitido como algo acabado, sendo
necessário um processo democrático pelo grupo de educadores e educandos nas discussões
diante dos resultados as experiências. O planejamento educacional na proposta de Dewey é um
processo social e democrático diante da realidade para resolver os problemas reais na produção
do saber escolar.
Apesar do pragmatismo ser uma corrente criticada pelos contemporâneos devido rigor
metodológico, os profissionais da educação podem utilizar os elementos metodológicos no
sentido de contribuição à superação de problemas educacionais. A necessidade de escolhas e
planos diante do processo educacional é importante a fim de evitar a dependência de dualidades
antagônicas e busca do consenso para “agir inteligentemente”.
Dentre os principais problemas de opostos na educação, Dewey identificou a falta de
contato do educador com as experiências dos alunos e os alunos enquanto simples espectadores.
A imposição verticalizada do conhecimento teórico pelos educadores de acordo com métodos
externos à escola e a falta de questionamentos da parte dos educandos foram problemas
identificados pelo pedagogo estadunidense. A proposta de resolução desses problemas
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identificados seria estabelecer a ordem nas ações ao praticar sendo o saber adquirido pelo fazer.
Diante desse método, ocorre a importância do saber prático pelo “agir de fato”.
Nessa análise educacional de John Dewey são apresentadas as influências filosóficas do
pedagogo, uma síntese do pensamento do pedagogo estadunidense e as práticas pedagógicas
aplicadas no exemplo de uma escola estadual de nível médio e técnico.
AS ORIGENS DO PENSAMENTO DE DEWEY: o experimentalismo e o empirismo
A ciência experimental foi resultado de muitos séculos de discussões na filosofia, pela
qual o saber prático derivado do senso comum foi sistematizado em conceitos e em
interpretações teóricas para a compreensão pela razão. Para Chauí (2000, p. 31) “os gregos
transformaram em ciência (isto é, num conhecimento racional, abstrato e universal) aquilo que
eram elementos de uma sabedoria prática para o uso direto na vida”.
A filosofia platônica baseava-se na falta de importância das sensações e análise dos
objetos, cujo conhecimento era produzido apenas pelo inteligível do sujeito na busca de
perfeição teórica. Já a filosofia aristotélica buscou a relação do sujeito com o objeto pelo
intelecto operante diante das análises causais das coisas observáveis. Sobre a ciência,
Aristóteles afirma:
Ademais, as ciências não se ocupam da essência, mas partem dela algumas extraindo
da experiência, outras assumindo-a como hipótese e demonstram com maior ou
menor rigor as propriedades que pertencem por si ao gênero de que se ocupam. É
evidente que desse procedimento indutivo não pode derivar um conhecimento
demonstrativo da substância nem da essência, mas outro tipo de conhecimento.
(ARISTÓTELES, 2002, p. 270).
A respeito da necessidade da experiência como método de análise para a produção do
conhecimento racional, Aristóteles (2002, p. 07) considera: “[...] quem tem experiência é
considerado mais sábio do que quem possui apenas algum conhecimento sensível”.
A busca pela compreensão da natureza pelas dinâmicas de seus fenômenos foi embasada
pelo empirismo. A origem da filosofia empírica é proveniente do ceticismo de Pirro de Élis
(360-270 a.C.), cujo pensador grego influenciou Sexto Empírico (séc. III d.C.) que defendia a
experiência de vida e a produção do conhecimento a partir dos indícios da natureza percebidos
pelos sentidos.
Tomás de Aquino (1225-1274) foi um filósofo que apresentou a concepção aristotélica
de produção do conhecimento a partir da percepção dos sentidos e do acúmulo de experiências,
como afirma: “[...] de muitas coisas memoradas resulta uma experiência e, de muitas
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experiências, resulta um universal” (TOMÁS DE AQUINO, 1973, p. 51). Este filósofo
medieval destaca a necessidade do tempo de experiências: “[...] os homens que chegassem à
descoberta de tais verdades só o conseguiram com dificuldade e após muito tempo de busca”
(TOMÁS DE AQUINO, 1973, p. 67).
A ciência experimental foi desenvolvida no Reino Unido durante o período medieval,
mais precisamente na Universidade de Oxford, onde surgiu o experimentalismo. Roger Bacon
(1214-1292) foi um dos principais precursores da astronomia, ótica e da geometria espacial na
Idade Média. Para Bacon (2006):
De fato, os modos de conhecer são dois: por argumento e por experimento. O
argumento conclui e nos faz conceber a conclusão, mas não certifica nem remove a
dúvida de tal modo que a mente repouse na intuição da verdade, a não ser que a
descubra pela via da experiência [...] Quem deseja, pois, gozar sem dúvida das
verdades das coisas deve aprender a dedicar-se à experiência (BACON, 2006, p. 95-
96).
Nostradamus (1503-1566), na Idade Moderna, foi um médico e apotecário (farmacêutico
de manipulações) que desenvolveu o ácido benzênico; e o alquimista suíço Philippus Von
Hohenheim (1493-1541), apelidado de Paracelso, criou a Bioquímica e a Toxicologia.
A Química se sistematizou como ciência e se separou da Alquimia no século XVII com
os trabalhos do filósofo naturalista Robert Boyle (1627-1691). A principal diferença da
Alquimia para a Química é que a primeira é apenas uma arte dotada de criatividade para
transformar a matéria e analisa os fenômenos resultantes das experiências, já a segunda, é uma
ciência que possui fundamentos teóricos através dos estudos dos átomos que compõem a
matéria e as transformações da matéria são explicadas pela estrutura atômica das moléculas.
Apesar do rompimento do conhecimento científico com a Alquimia desde o século XVIII,
na atualidade a literatura apresentou best sellers através do misticismo de Dan Brown (O Código
da Vinci), Joanne Rowling (Harry Potter e a Pedra Filosofal) e Paulo Coelho (O Alquimista).
Francis Bacon (1561-1626) foi um filósofo inglês que contribuiu com os estudos
experimentais e indutivos, pois ao se deparar com problemas reais em sua atuação política,
considerou a importância do conhecimento científico na sociedade de sua época.
Para Bacon (1979, p. 18) “a verdadeira interpretação da natureza se cumpre com
instâncias e experimentos oportunos e adequados, onde os sentidos julgam somente o
experimento e o experimento julga a natureza e a própria coisa”. Na proposta metodológica,
Bacon (1979) considera que devemos evitar os julgamentos prévios das concepções teóricas e
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buscar os dados experimentais em campo, reformulando os próprios experimentos, com a
possibilidade de refazê-los e adaptá-los às condições de campo.
Bacon (1979) considera o cientista como um artesão que possui a criatividade de elaborar
os experimentos e contribui com o progresso das ciências. Para Bacon (1979, p. 54):
[...] muitos experimentos que em si não encerram qualquer utilidade, mas que são
necessários na descoberta das causas e dos axiomas. A esses experimentos
costumamos designar por lucíferos, para diferenciá-los dos que chamamos de
frutíferos. Aqueles experimentos têm, com efeito, admirável virtude ou condição: a
de nunca falhar ou frustrar, pois não se dirigem à realização de qualquer obra, mas a
revelação de alguma causa natural.
O conhecimento dedutivo, apesar de sua importância na razão humana e torna-se
necessário seu aproveitamento inclusive na elaboração da cartografia com o conhecimento
cartesiano, não pode nos induzir com ideias antecipadas à investigação empírica. Bacon (1979,
p. 11, grifos do autor) afirma: “[...] forma ordinária da razão humana voltar-se para o estudo da
natureza de antecipações da natureza (por se tratar de intento temerário e prematuro). E à que
procede da forma devida, a partir dos fatos, designamos por interpretação da natureza”.
Bacon (1979) considera o método como o caminho a ser trilhado pela experiência, sendo
essa a geradora do conhecimento pela investigação dos fatos particulares, cujo cientista ao
possuir o rigor tem a engenhosidade de atravessar pelo labirinto do saber.
David Hume (1711-1776) fundamenta suas concepções filosóficas no empirismo ao
considerar que as ideias podem ficar restritas às causalidades ocorridas no passado e constatadas
pelos teóricos e o cientista pode correr o risco de se apegar aos hábitos e influenciar nas análises
empíricas.
No entender de Hume (1995, p. 89), quando “[...] a causa está presente, a mente, pelo
hábito, passa imediatamente à concepção e crença por efeito costumeiro”. Logo, a causalidade
influencia nossa mente quando visitamos o campo e pode nos levar aos juízos dependentes das
ideias costumeiras pelo hábito.
Este apego ao hábito pode nos levar a construir modelos preditivos para o futuro a partir
de dados empíricos coletados no passado, sendo necessário evitá-lo. Para Hume (1995, p. 71),
não é “[...] pois, a razão que conduz a vida, mas o hábito. Apenas ele determina a mente, em
todas as circunstâncias, a supor que o futuro é conforme o passado”.
Na filosofia britânica do século XIX e XX, Alfred Whitehead (1861-1947) se opôs ao
pensamento grego sobre a homogeneidade do pensar a natureza, visto que a compreensão da
matéria e da substância tornou a ciência pragmática. Neste sentido, através de nossa percepção
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consciente, podemos conhecer a heterogeneidade da natureza e pensá-la através dos fatos
apresentados na realidade dos lugares.
Ao considerar as formas presentes na paisagem como resultado de transformações e
processos, Whitehead (1994) apresenta uma análise empírica sobre a totalidade da natureza a
partir de uma percepção consciente sobre a ética ambiental, considerando a natureza ativa e
experimental diante do mundo em transformação.
As contribuições dos pensadores e das correntes filosóficas à educação são apresentadas
na origem e nas fundamentações das metodologias. O empirismo e o experimentalismo são
concepções que aproximam educadores e educandos ao objeto de estudo e como o
conhecimento científico está próximo do educacional em contribuições mútuas.
O SABER E FAZER DEMOCRÁTICO E A ESCOLA VIVA DE DEWEY
A origem etimológica de educação é proveniente da ação. Neste sentido, a educação é um
processo que ocorre através da ação entre as pessoas com vários obstáculos a serem superados
e não existe método nem plano adequado perfeitamente a todas as instituições de ensino.
Dewey é um dos pensadores que critica a concepção finalista de objetivo educacional,
cujo objetivo está justamente no “meio” (fim temporário) pelo agir de fato e não no alvo a ser
atingido. Assim, para Dewey (2007, p. 14) é um “[…] absurdo discutir sobre o objetivo da
educação se as condições não permitem prever os resultados e não estimulam uma pessoa a
olhar para frente e vislumbrar o efeito de determinada situação”.
O método educacional apresentado por Dewey (2007) é baseado no experimental, do qual
o pedagogo afirma: “o objetivo, em suma, é experimental e, portanto, cresce constantemente ao
ser testado na ação” (idem, p. 19). O objetivo na visão de Dewey é apenas o ato de pressionar
a ação, ou seja, a possibilidade atingir o objetivo é válida no processo educacional, pois
aprendemos com as tentativas.
Dewey (2007) compara o educador a um fazendeiro que passa pela necessidade das
condições do solo, do clima em sua propriedade para preparar o solo, plantar, cuidar da
plantação e colher os frutos, isto é, os resultados diante das diversas situações. É na
possibilidade de alcançar os resultados que aprendemos. Para Dewey (2007, p. 18) “[…] é um
método para lidar com as condições, de maneira a efetuar nelas alterações desejáveis”. Diante
das condições na comunidade e na escola, o educador busca uma escolha e um planejamento
por uma ação particular, cujas pequenas ações podem mudar o mundo.
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O método educacional de John Dewey foi aplicado através da “Escola Ativa”. Dewey
acreditava no poder da ação da educação para garantir o bem-estar social e através da prática
democrática seria possível uma reconstrução social. De acordo com Redden e Ryan (1973, p.
79):
O experimentalismo social crê que as instituições sociais e a ciência são instrumentos
pelas quais as novas experiências podem ser desenvolvidas. Quando usadas pela
escola de modo que a criança seja dada ampla oportunidade de contribuir para o bem-
estar geral, esses se tornam poderosos meios para a criação de uma nova ordem social.
Se os propósitos do experimentalista devem ser realizados, os métodos didáticos
tradicionais devem ser abandonados e a escola deve tornar-se viva e ativa. Aos alunos
deve ser dada prática no planejamento social, realizando-o realmente e participando
do trabalho de reconstrução social através da atividade de grupo.
Neste contexto, em meados da década de 1920, de críticas ao tradicionalismo educacional
de imposição de finalidades pelas autoridades educacionais e individualismo na aplicação
rigorosa de avaliações teóricas, Dewey nos apresenta para o momento atual da educação uma
necessidade de viés prático e socialização das ideias pela democracia na escola. As
metodologias de trabalhos de grupo nos diversos níveis de ensino contribuem com a
socialização dos educandos e a possibilidade de reconstrução social idealizada por Dewey.
A proposta da Pedagogia de Dewey pela “escola viva” foi aplicada no Brasil em meados
da década de 1960, pelo movimento de renovação da escola tradicional. A denominada “Escola
da vida” foi metodologicamente aplicada pelo estudo do meio, do qual as atividades de ensino
buscavam uma relação da escola com a comunidade onde estava inserida.
O Estudo do Meio ganha uma adesão inicial na chamada “Escola da vidana década de
1960, mas o Ato Institucional 5 baixado em 1968 estipula medidas rigorosas à educação
brasileira, proibindo as chamadas práticas de cunho crítico e social. Em 1978, com o retorno de
Paulo Freire e sua atuação junto à secretaria municipal de educação em São Paulo, o processo
de ensino-aprendizagem passa a fortalecer a ideia das práticas interdisciplinares (LOPES;
PONTUSCHKA, 2009).
Na Geografia, como componente curricular, existem atividades pelos trabalhos de campo
para aproximar os educandos à realidade dos bairros e das comunidades através do estudo do
meio. Essa proposta pedagógica de acesso à realidade e às experiências vividas pelos educandos
faz parte da relação com o diálogo inteligente e a leitura de mundo apresentada por Paulo Freire.
Para Lopes e Pontuschka (2009, p. 174)
Esta atividade pedagógica se concretiza pela imersão orientada na complexidade de
um determinado espaço geográfico, do estabelecimento de um diálogo inteligente com
o mundo, com o intuito de verificar e de produzir novos conhecimentos [...] O Estudo
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do Meio pode tornar mais significativo o processo de ensino-aprendizagem e
proporcionar aos atores o desenvolvimento do um olhar crítico e investigativo sobre
a aparente naturalidade do viver social.
A partir da objetividade da proposta teórica são possíveis as aplicações das práticas
educativas, através das possibilidades de agir não apenas na aquisição dos conhecimentos pelos
educandos, mas também nas melhorias do bem-estar social da comunidade na qual está inserida.
AS PRÁTICAS EDUCATIVAS NAS CIÊNCIAS DA NATUREZA DO ENSINO MÉDIO
E TÉCNICO
Sobre a relação das práticas experimentais e o ensino de Ciências, os Parâmetros
Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM, 2019) consideram como Ciências da
Natureza: Biologia, Física e Química. A Química é a disciplina que mais se aproxima deste
texto, pois apresenta com maior frequência as práticas laboratoriais, pois estuda as
transformações da matéria.
Dentre os temas estruturadores do ensino de Química estão: a Química e a atmosfera, a
Química e a litosfera, a Química e a hidrosfera. Neste sentido, o ensino da Química está
relacionado à importância de considerar as transformações químicas na natureza, sendo
presente a relação com a Geografia, incluindo as relações com a Biologia através do tema:
Química e a biosfera.
Chassot (2003) considera que a linguagem possui limitações a respeito da compreensão
dos fenômenos da natureza, mas é através da ciência que nos conduzimos para a melhoria da
qualidade de vida, este autor afirma: “[…] entender a ciência nos facilita contribuir para
controlar e prever as transformações que ocorrem na natureza. Assim, temos condições de fazer
com que essas transformações sejam propostas, para que conduzam uma melhor qualidade de
vida” (CASSOT, 2003, p. 91). Este controle dos eventos que ocorrem na natureza só acontece
pela escala local, ou seja, medidas de recuperação de áreas degradadas, por exemplo, pois os
eventos naturais em escala regional e principalmente global não são controlados pela
humanidade.
Para Chassot (2003) existe diferença entre saber acadêmico e saber escolar, visto que o
saber acadêmico ocorre para a formação do professor e envolve o conhecimento científico com
os recursos disponíveis nas universidades, mas este professor precisa transpor este saber ao
saber ao nível escolar e adequar suas metodologias à didática necessária ao aprendizado do
aluno. No entanto, o aluno pode ter contato na escola com as metodologias utilizadas nas
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universidades, caso as escolas possuírem recursos disponíveis para as atividades de
experimentação laboratorial. Lima (2012, p. 99) afirma: “os passos dos processos de ensino são
os mesmos dos processos da pesquisa, quais sejam: determinação do problema, levantamento
de dados, formulação de hipótese, experimentação envolvendo alunos e professores,
configuração ou rejeição das hipóteses formuladas”.
A respeito das metodologias em sala de aula, Salesse (2012) considera a importância da
busca pelas novas ideias a partir dos resultados dos experimentos:
[...] experimentos realizados pelo próprio aluno buscando a confirmação de
informações já adquiridas em aulas teóricas, cuja interpretação leve a elaboração de
conceitos, sendo importantes na formação de elos entre as concepções espontâneas e
os conceitos científicos, propiciando aos alunos oportunidades de confirmar suas
ideias ou então reestruturá-las (SALESSE, 2012, p. 11).
Buscando a proposta filosófica de Bacon (1979), baseada na proposição de experimentos
“frutíferos”, o professor precisa favorecer o senso crítico dos alunos diante da aplicação dos
experimentos para buscar na criatividade a criação de novos experimentos para interpretar a
natureza. Salesse (2012) afirma a importância do potencial didático dos experimentos:
Uma metodologia não deve ser pautada nas aulas experimentais do tipo
‘receita de bolo’, em que os aprendizes recebem um roteiro para seguir e
devem obter os resultados que o professor espera, apetecer que o
conhecimento seja construído pela mera observação [...] O potencial didático
de um experimento está relacionado mais precisamente com as várias
possibilidades de exploração de conceitos às quais a sua interpretação pode
nos conduzir (SALESSE, 2012, p. 17).
O ensino das Ciências da Natureza, com enfoque na Química e as contribuições das
demais ciências, precisa ter aulas práticas experimentais. O educador na busca pelas adaptações
das metodologias conforme a disponibilidade de recursos das escolas públicas garante a
criatividade necessária para a assimilação do conhecimento teórico e revisão deste
conhecimento através dos resultados práticos.
OS RESULTADOS DO AGIR DE FATO
As práticas didáticas são fundamentais para as Ciências da Natureza e o exemplo das
experiências nos laboratórios é importante no ensino da Química. Neste contexto educacional,
as escolas necessitam de espaços para criar laboratórios e a gestão escolar precisa garantir os
recursos para dar apoio aos educadores na aplicação das metodologias experimentais. O
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resultado deste empenho garante a aprendizagem do aluno diante das práticas e relações com o
conhecimento teórico.
Nas escolas técnicas Centro Paula Souza do Estado de São Paulo existem cursos de
técnico em Química, pela qual este texto apresenta um exemplo da realização de amostra de
Química na unidade de Rancharia-SP. As demonstrações dos experimentos visavam o intuito
de “excepcional”, ou seja, através das demonstrações provocar, pela observação dos alunos, o
questionamento das reações químicas ocorrerem na forma apresentada.
Além da utilização de substâncias adequadas para produzir as reações químicas, foram
elaboradas maquetes para adaptar através da criatividade as reações e buscar relação com as
áreas do saber, como o experimento do “vulcão” associado ao conhecimento geográfico em
maquete. A figura 1 mostra a aplicação de experimento no laboratório de Química da escola
técnica estadual.
Figura 1 Experimento do vulcão em maquete
Fonte: Arquivo pessoal do autor.
Os experimentos são metodologias importantes na prática educacional das Ciências da
Natureza e a iniciativa dos educadores desenvolverem amostras ou feiras para divulgar estas
práticas para a comunidade é de grande contribuição para o conhecimento escolar.
No campo da Biologia, a escola técnica e estadual atua em aulas práticas no horto florestal
de diversas espécies vegetais nativas e exóticas. As aulas práticas no horto florestal e viveiro
de mudas são importantes para o curso técnico em agropecuária. Além do plantio das espécies
vegetais no espaço da própria escola técnica, as mudas cuidadas pelos alunos estagiários servem
como fonte de renda pela venda aos produtores rurais da região.
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As práticas educativas para despertar a consciência ambiental é uma das aplicações da
proposta pedagógica de Dewey. O ato de agir através da prática pela intenção em melhorar as
condições de vida da comunidade é uma das formas de aplicação da proposta de Dewey.
Dewey (2007, p. 17) compreende que a “[…] consciência é significar, o fazer alguma
coisa e perceber o significado das coisas sob a luz dessa intenção”. Logo, a conscientização está
na percepção dos problemas e obstáculos e nas intenções de como podemos agir para superá-
los.
O conhecimento de cada região ou bacia hidrográfica através da realização de trabalhos
de campo torna o educando mais próximo dos problemas de degradação ambiental e o
conhecimento científico pode contribuir nas propostas para recuperação das áreas degradadas
(GUIMARÃES, 1999).
A conscientização ambiental é uma das principais tendências do ensino contemporâneo e
está diretamente relacionada à pedagogia de Dewey pelas práticas na ação enquanto
possibilidade de melhoria das condições ambientais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação apresenta muitos desafios diante de cada unidade escolar e como cada escola
inserida num bairro ou comunidade pode contribuir para a melhoria do bem-estar social. O ator
de educar não pode ser restrito a um objetivo definitivo traçado por um grupo externo à
realidade escolar, sendo necessário o processo democrático e de discussões sociais para elaborar
um planejamento adequado a cada escola.
Os métodos educacionais precisam buscar um equilíbrio de interesses do educador e do
educando a fim de considerar no processo educacional os meios de adaptar os conteúdos aos
problemas vivenciados pelo educando. O estudo do meio é uma das metodologias a serem
aplicadas para o contato do educando com a realidade da comunidade onde a escola está
localizada. Um trabalho de campo ou uma excursão pode despertar o interesse do educando
num tema, cujo educando pode num futuro tornar-se um profissional atuante diante dos
problemas ambientais e sociais e apresentar soluções concretas pela proximidade com essa
realidade.
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Apesar da escassez de recursos financeiros disponibilizados às instituições públicas de
ensino, a criatividade pode promover o uso de materiais de baixo custo para produzir as
atividades educativas e garantir a didática necessária para aquisição de experiências.
Os avanços no conhecimento científico foram decorrentes da iniciativa de aplicar os
experimentos para interpretar os resultados que ocorrem na natureza. A experimentação é uma
proposta metodológica importante no campo das Ciências da Natureza e os alunos podem ter
acesso às metodologias desde o ensino fundamental, com posterior concentração das atividades
no ensino médio para associar teoria e prática.
Apesar as dificuldades de disponibilidade de recursos materiais nas escolas públicas, os
professores e a gestão escolar precisam somar esforços conjuntos com os alunos nas práticas
educacionais para concretizar as experiências laboratoriais e gerar conhecimento a partir dos
resultados práticos.
Os resultados das investigações pelas experiências vividas em grupo dependem do
planejamento, cujos educadores possuem um papel fundamental nas orientações dos projetos
educativos e práticos. A orientação adequada dos projetos pelo rigor metodológico é uma das
marcas do instrumentalismo de Dewey que se aplica no contexto contemporâneo, cujas
pesquisas precisam ser direcionadas pelo método adequado a cada temática. O rigor
metodológico não pode ser avaliativo no sentido da punição, mas nortear um método, um
caminho certo é algo necessário para o sucesso da pesquisa.
O resultado alcançado que contradiz uma hipótese não pode ser visto como erro, mas sim
como possibilidade de repensar diante dos problemas e como as experiências podem gerar
conhecimentos que contradizem teorias antes aceitas como verdades absolutas. O próprio
conhecimento científico na contemporaneidade está rompendo com as padronizações e
buscando considerar a realidade pela complexidade e possibilidades para solução dos
problemas ambientais e sociais. As iniciativas e as tentativas para aplicar as metodologias são
necessárias tanto ao pesquisador quanto ao educando, visto que o conhecimento educacional
pode ser produzido com pequenas ações.
As pequenas ações educativas com o uso de laboratórios, as amostras das pesquisas
realizadas nas escolas públicas, os murais para apresentação dos resultados das pesquisas e as
aulas de campo em hortos florestais são exemplos de como a educação pode mudar o mundo.
As pequenas ações podem gerar grandes ideias.
Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente-SP, v. 30, n.1, p.61-74, Març./Dez., 2019. ISSN: 2236-
0441. DOI: 10.32930/nuances.v30i1.6557.
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THE EDUCATIONAL PHILOSOPHY OF JOHN DEWEY AND
PRACTICE EDUCATION IN PUBLIC SCHOOL
Abstract: The educational practices in the vision of Dewey are fundamental in the experiments by the
democratic process of production possibilities of knowledge with practice in the act of acting. The
Dewey method was founded by philosophical conceptions of empiricism and experimentalism, which
in the early 20th century, the American education experiencing the problem of dualities between the
theoretical rigor of the educators and the lack of interest of the students. Dewey turns the power of
scientific knowledge in the Act of doing through the educational and democratic practices by testing the
assumptions and knowledge is not a finalist to achieve the results planned previously, but the importance
is in the possibilities to achieve and in attempts in the "middle" (process) of the investigation. The
educational practice of Dewey can be applied in various areas of knowledge, as the study of the
environment in geography, school of chemistry laboratory and experimental samples to get the didactic
and the observation on the part of students and arousing curiosity and knowledge. In the proposal of
Dewey scientific knowledge is not separated from the educational knowledge, being that science needs
to be translated into a language didactics and applied in the classroom. In the current context of
development of environmental education, Dewey is a thinker who contributes in practical activities,
whose small actions can awaken consciousness and change the world.
Keywords: action; democracy; experience; method
LA FILOSOFÍA DE LA EDUCACIÓN DE JOHN DEWEY Y
LA PRÁCTICA EDUCACIONAL EN LA ESCUELA PUBLICA
Resumen: Las prácticas educativas en la visión de Dewey son fundamentales en los experimentos por
el proceso democrático de posibilidades de producción de conocimiento con la práctica en el acto de
actuar. El método de Dewey fue fundado por concepciones filosóficas del empirismo y la
experimentación, que a principios del siglo XX, la educación en América experimentan el problema de
la dualidad entre el rigor teórico de los educadores y la falta de interés de la estudiantes. Dewey vuelve
el poder del conocimiento científico en el acto de hacerlo a través de las prácticas educativas y
democráticas por la prueba de las hipótesis y conocimiento no es un finalista para lograr los resultados
previstos previamente, pero la importancia está en la posibilidades de lograr y en los intentos en el
"centro" (proceso) de la investigación. La práctica educativa de Dewey puede ser aplicada en diversas
áreas del conocimiento, como el estudio del medio ambiente en la geografía, escuela de laboratorio de
química y las muestras experimentales a la didáctica y la observación por parte de los estudiantes y
despertar curiosidad y el conocimiento. En la propuesta de Dewey conocimiento científico no es
separado del conocimiento educativo, es que la ciencia tiene que traducirse en una didáctica de la lengua
y aplicado en el aula. En el contexto actual de desarrollo de la educación ambiental, Dewey es un
pensador que aporta en actividades prácticas, que pequeñas acciones pueden cambiar el mundo y
despertar conciencia.
Palabras clave: acción; democracia; Experiencia; método
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Article
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RESUMO: A química é uma das disciplinas considerada difícil de assimilação, pelo fato que seus conteúdos são complexos, principalmente por ser trabalhado de forma tradicional envolvendo conceitos e fórmulas de difícil compreensão, tornado assim uma disciplina desinteressante para os alunos. O presente estudo trata-se de um projeto desenvolvido durante o PIBID/Química, na escola Estadual Governador Plínio Ramos Coelho no município de Humaitá-AM. Tendo como objetivo principal demonstrar a importância da inserção das aulas práticas no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. A metodologia utilizada foi baseada em métodos de abordagem qualitativa de campo e laboratorial. A coleta de dados foi feita através de observações realizadas no decorrer das aplicações das aulas práticas, e a análise de acordo com o desempenho dos alunos. O público alvo foi alunos da 1ª fase 1, 2ª fase 2 do EJA e alunos do 2º ano 1, 3º ano 1 e 2º ano 1 do ensino médio período noturno. Diante disso, esse estudo fez-se necessário, pois através do mesmo foi possível observar um bom rendimento dos alunos com relação aos assuntos. Verificou-se que os alunos tiveram maior compreensão dos conteúdos estudados em sala de aula visto que tiveram boas notas nas provas e trabalhos realizados durante os bimestres. Portanto, espera-se que este estudo contribua de forma significativa no processo de ensino-aprendizagem dos alunos do ensino médio por meio do estímulo e da criatividade. PALAVRAS-CHAVE: Contextualização, Ensino-aprendizagem, Laboratório.
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This work discusses the problematic relative to the teaching/learning process of the discipline of Chemistry. We notice that the methodology used by the teacher of Chemistry of the Secondary education is at odds with the new pedagogic tendencies. Still is developed a methodology of memorization and very little connects the Chemistry with the daily life of the student. The teacher can not seem to stimulate and encourage students to study Chemistry, identifying and seeking information relevant to their learning. Despite this traditional education still persist new methodological conceptions are bringing other views on the teaching of chemistry. It was born a new area of research: teaching chemistry. International initiatives such as the celebration of International Year of Chemistry show that science is indispensable for understanding the universe. From this vision, the new emerged methodological concepts points to a teaching of chemistry that promises to provide students with the mechanisms that enable them to have another dimension of this science.
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Partindo de uma caracterização da escola – um cenário recentemente modificado – se analisa o ensino de ciência na mesma, generalizando-se as observações para os diferentes níveis da escolarização formal. Apresenta-se a ciência como uma linguagem para a descrição e compreensão do mundo natural. Uma releitura de Barthes é apoio para essa definição de ciência. Defende-se que a alfabetização científica – um analfabeto científico é aquele que não sabe ler a linguagem em que está escrita a natureza – possa ser responsável não apenas pela facilitação do entendimento do mundo, mas por ajudar a transformá-lo em algo melhor. A alfabetização científica é vista também como possibilidade para fazer inclusão social, sendo óbice para isso o presenteísmo (vinculação exclusiva ao presente, sem enraizamento com o passado e sem perspectivas com o futuro) e o cientificismo (crença exagerada no poder da Ciência e/ou atribuição à mesma de fazeres apenas benéficos). O dogmatismo, marcado pelo positivismo, é apresentado como uma das marcas para uma não-alfabetização científica.
Rio de Janeiro: Abril Cultural, Os pensadores
  • Tomás De
  • Aquino
TOMÁS DE AQUINO. Súmula contra os gentios. Rio de Janeiro: Abril Cultural, Os pensadores, v. 08, 1973.
Democracia e educação: capítulos essenciais. São Paulo: Ática
  • J Dewey
DEWEY, J. Democracia e educação: capítulos essenciais. São Paulo: Ática, 2007.
Trabalhos de campo em bacias hidrográficas: os caminhos de uma experiência em Educação Ambiental. Dissertação (Mestrado em Geografia)
  • E M A Guimarães
GUIMARÃES, E. M. A. Trabalhos de campo em bacias hidrográficas: os caminhos de uma experiência em Educação Ambiental. Dissertação (Mestrado em Geografia), Universidade Estadual de Campinas, 1999, 184f.
Um tratado da natureza humana. São Paulo: Paraula
  • D Hume
HUME, D. Um tratado da natureza humana. São Paulo: Paraula, 1995, tradução de Rachel Gutierrez e José Sotero Caio.