ArticlePDF Available

Preocupação de idosos em relação a quedas

Authors:

Abstract and Figures

Resumo Objetivos: as quedas e o medo de cair são um importante problema de saúde pública entre os idosos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a preocupação de idosos com novas quedas e identificar em quais atividades ela acontece. Metodologia: 26 idosos (76,2 ± 6,3 anos, 84,6% do gênero feminino) dos Programas de Saúde da Família “Jóquei Clube” e “Três Lagos”, da cidade de Marília, São Paulo. A avaliação da preocupação de novas quedas foi feita utilizando-se a Escala Internacional de Eficácia de Quedas elaborada pelo PROFANE, dividida em três partes: atividade de vida diária (AVD), atividade física (AF) e atividade social (AS). Resultados: a maioria dos participantes manifestou grande preocupação com novas quedas nas atividades de limpeza de casa (73,1%). No aspecto AF, grande parte das pessoas demonstrou muita preocupação na realização de atividades como sentar-se ou levantar-se de uma cadeira (73%). Nas atividades sociais, houve grande preocupação para a maioria dos itens avaliados. A média de quedas foi maior na faixa etária de 75-84 anos (2,9), em comparação com as outras faixas etárias (2,4-³85 anos; 1,63-65 a 74 anos) Conclusão: O estudo permitiu observar que existe um grande medo de idosos com novas quedas nas atividades básicas de vida diária.
Content may be subject to copyright.
REV. BRAS. GERIATRIA E GERONTOLOGIA; 2006; 8(1); 9-20
Preocupação de idosos em relação a quedas 57
AA
AA
ARTIGOSRTIGOS
RTIGOSRTIGOS
RTIGOS O O
O O
ORIGINAISRIGINAIS
RIGINAISRIGINAIS
RIGINAIS / O / O
/ O / O
/ ORIGINALRIGINAL
RIGINALRIGINAL
RIGINAL A A
A A
ARTICLESRTICLES
RTICLESRTICLES
RTICLES
Palavras-chave:
medo; acidentes por
quedas; atividades
cotidianas; atividade
motora; atividades
de lazer; idoso;
mulheres; Programa
Saúde da Família;
Saúde Pública;
Marília, São Paulo
Preocupação de idosos em relação a quedas
Preoccupation of elderly people concerning falls
Mariana A. V. Freitas*
Marcos E. Scheicher*
Resumo
Objetivos: as quedas e o medo de cair são um importante problema de saúde
pública entre os idosos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a preocupação de
idosos com novas quedas e identificar em quais atividades ela acontece. Metodologia:
26 idosos (76,2 ± 6,3 anos, 84,6% do gênero feminino) dos Programas de Saúde
da Família “Jóquei Clube” e “Três Lagos”, da cidade de Marília, São Paulo. A
avaliação da preocupação de novas quedas foi feita utilizando-se a Escala Interna-
cional de Eficácia de Quedas elaborada pelo PROFANE, dividida em três partes:
atividade de vida diária (AVD), atividade física (AF) e atividade social (AS). Resulta-
dos: a maioria dos participantes manifestou grande preocupação com novas quedas
nas atividades de limpeza de casa (73,1%). No aspecto AF, grande parte das pesso-
as demonstrou muita preocupação na realização de atividades como sentar-se ou
levantar-se de uma cadeira (73%). Nas atividades sociais, houve grande preocupa-
ção para a maioria dos itens avaliados. A média de quedas foi maior na faixa etária
de 75-84 anos (2,9), em comparação com as outras faixas etárias (2,4-³85 anos;
1,63-65 a 74 anos) Conclusão: O estudo permitiu observar que existe um grande
medo de idosos com novas quedas nas atividades básicas de vida diária.
Abstract
Objective: falls and the fear of falling are an important problem of public health
among the elderly. This work aims to evaluate the fear of elderly concerning new
*Universidade Estadual Paulista
Departamento de Educação Especial, Curso de Fisioterapia
Marília, SP, Brasil
Correspondência / Correspondence
Marcos Eduardo Scheicher
Av. Hygino Muzzi Filho, 737
17525-900 – Marília, SP, Brasil
E-mail: mscheicher@flash.tv.br
58 58
58 58
58
REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., 2008; 11(1):57-64
REV. BRAS. GERIATRIA E GERONTOLOGIA; 2006; 8(1); 9-20
Key words: fear;
accidental falls;
activities of daily
living; motor activity;
leisure activities; aged;
women; Family Health
Program; Public
Health; Marília city, São
Paulo
falls and to identify in which activities these happen. Methodology: 26 aged (76,2 ±
6,3 years, 84.6% were female) from the Family Health Programs “Jockey Clube”
and “Três Lagos”, in Marília, São Paulo. The evaluation of fear of new falls was
made using the Falls Efficacy Scale International elaborated by PROFANES, divided
in three parts: everyday activities (EA), physical activity (PA) and social activity
(SA). Results: most part of participants revealed great concern with new falls in
activities such as home cleaning (73,1%). Concerning PA, most people showed
concern with the accomplishment of activities such as sitting down or stading up
(73%). In social activities, for most questions evaluated a great concern was
expressed. The average of falls was higher for ages 75-84 years (2,9) as compared to
other ages (2,4 - ³ 85 years; 1,63 - 65 to the 74 years). Conclusion: The study allowed
to observe that elderly people are very much concerned with new falls in basic
everyday activities.
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país que envelhece a pas-
sos largos. As alterações na dinâmica
populacional são claras, inexoráveis e
irreversíveis. No início do século XX, um
brasileiro vivia em média 33 anos; hoje, a
expectativa de vida atinge 68 anos. Segundo
dados do IBGE, a população de idosos hoje
ultrapassa 15 milhões de brasileiros e em 20
anos será de 32 milhões.1
O processo do envelhecimento também
está relacionado ao aparecimento de deter-
minadas doenças (hipertensão arterial
sistêmica, acidente vascular encefálico, insufi-
ciência cardíaca congestiva etc.), embora não
haja comprovação do surgimento dos fato-
res de risco após os 65 anos, pois, nessa fase,
alterações orgânicas, somadas às debilidades,
favorecem o aparecimento de doenças. Além
disso, há outros fatores de risco, como taba-
gismo e alcoolismo, associados ao apareci-
mento de patologias (DPOC e depressão, res-
pectivamente) nessa faixa etária.2,3
Uma das conseqüências mais graves do
envelhecimento são as quedas, que são reconhe-
cidas como um importante problema de saúde
pública entre os idosos, devido a freqüência,
morbidade e elevado custo social e econômico
decorrente das lesões provocadas.4,5 A queda é
definida como a perda total de equilíbrio pos-
tural, o qual se relaciona à insuficiência súbita dos
mecanismos neurais e osteo-articulares envolvi-
dos na manutenção da postura.3,6,7
A marcha é dependente da capacidade de
vários órgãos, especialmente os sistemas neu-
rológicos, músculo-esqueléticos e cardiovascular.
A principal tarefa do controle motor durante a
marcha envolve o controle do corpo nos perí-
odos de apoio unipodal.8,9 Esse período está
diminuído em idosos, embora ainda repre-
sente 74 a 80% do ciclo da marcha.10
Epidemiologicamente, a distribuição de
quedas por faixas etárias a cada ano é a se-
guinte: 32% em pacientes de 65 a 74 anos;
35% em pacientes de 75 a 84 anos; 51% em
pacientes acima de 85 anos. No Brasil, 30%
dos idosos caem ao menos uma vez ao ano,
REV. BRAS. GERIATRIA E GERONTOLOGIA; 2006; 8(1); 9-20
Preocupação de idosos em relação a quedas 59
com freqüência maior em mulheres do que
em homens da mesma faixa etária.6,8 As que-
das têm relação causal com 12% de todos os
óbitos na população geriátrica, sendo respon-
sáveis por 70% das mortes acidentais em pes-
soas com 75 anos ou mais. Além disso, cons-
tituem a sexta causa de óbito em pacientes
com mais de 65 anos. Naqueles que são hos-
pitalizados em decorrência de uma queda, o
risco de morte no ano seguinte à hospitaliza-
ção varia entre 15% e 50%.11
As alterações crônico-degenerativas ineren-
tes à pessoa idosa levam a um problema de gran-
de proporção: o medo de cair, tanto para cai-
dores, como para não-caidores. Essa situação
traz conseqüências graves para o idoso, como:
declínio funcional,12 restrição social,13 diminui-
ção da qualidade de vida14,12 e institucionaliza-
ção.12 Sua prevalência é maior em mulheres e
em pessoas com história prévia de quedas.13
OBJETIVOS
Os objetivos deste trabalho foram avaliar
a preocupação de idosos com novas quedas
e identificar em quais atividades a preocupa-
ção acontece.
METODOLOGIA
Foram avaliados 26 idosos dos Pro-
gramas de Saúde da Família “Jóquei Clube”
e “Três Lagos”, da cidade de Marília, Estado
de São Paulo. As características dos sujeitos
estão mostradas na Tabela 1. Os critérios de
inclusão foram: idade igual ou superior a 65
anos, capacidade para compreender e respon-
der aos questionamentos da pesquisa e ter
sofrido pelo menos uma queda no último ano.
Os idosos selecionados assinaram um termo
de consentimento livre e esclarecido.
Tabela 1 - Características dos sujeitos.
* p= 0,003 em comparação com a faixa etária 65-74 anos
** p<0,05 em comparação com a faixa etária 65-74 anos
Faixas Etárias (anos)
65-74 75-84 85
n11105
Sexo (M/F) 2/9 2/8 1/4
N
o
médio de quedas 1,63 2,9* 2,4**
>
60 60
60 60
60
REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., 2008; 11(1):57-64
REV. BRAS. GERIATRIA E GERONTOLOGIA; 2006; 8(1); 9-20
AVALIAÇÃO DE PREOCUPAÇÃO DE QUEDAS
A preocupação com novas quedas foi avali-
ada utilizando-se a Escala Internacional de Efi-
cácia de Quedas elaborado pelo PROFANE
(Prevention of falls Network Europe). A escala
foi validada para a língua portuguesa pela Fa-
pesp,15 seguindo as recomendações e adequa-
ções para a tradução. Para este estudo, a escala
foi dividida em três partes, de acordo com o
tipo de atividade: atividade de vida diária (AVD),
atividade física (AF) e atividade social (AS).
ASPECTOS ÉTICOS
O trabalho foi submetido ao Comitê de
Ética em Pesquisa da Faculdade de Filosofia
e Ciências da UNESP de Marília, e aprovado
sob número 3495/2006.
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados antropométricos foram apresen-
tados como média ± desvio padrão. Os esco-
res de preocupação de quedas foram apresen-
tados como freqüência absoluta (FA) e freqüên-
cia relativa (FR) do total. A comparação entre
o número de quedas nas faixas etárias foi feita
pelo teste de Kruskal Wallis. Foi considerado
um valor significativo com p 0,05.
RESULTADOS
O número de participantes foi de 26 idosos,
com média de idade de 76,2 ± 6,3 anos, sendo
22 do gênero feminino. Os idosos foram sepa-
rados em 3 faixas etárias, conforme a OMS
(Tabela 1). Chama-nos a atenção que a maioria
dos participantes manifestou grande preocupa-
ção com novas quedas nas atividades de limpe-
za de casa (73,1%). Quase a metade dos entre-
vistados (46,1%) manifestou moderada preo-
cupação com atividades básicas como vestir-se
ou despir-se e tomar banho (Tabela 2).
Tabela 2 - Escores de preocupação para atividades de vida diária.
FA: freqüência absoluta (n); FR: freqüência relativa (%)
Atividades Não estou
preocupado
Um pouco
preocupado
Moderadamente
preocupado
Muito
preocupado
FA FR FA FR FA FR FA FR
Limpar a casa 1 3,8 3 11,5 3 11,5 19 73,1
Vestir-se ou despir-se 4 15,4 7 26,9 12 46,1 3 11,5
Preparar as refeições 7 26,9 11 42,3 4 15,4 4 15,4
Tomar banho 3 11,5 8 30,7 12 46,1 3 11,5
Atender ao telefone antes
que pare de tocar
4 15,4 14 53,8 4 15,4 4 15,4
REV. BRAS. GERIATRIA E GERONTOLOGIA; 2006; 8(1); 9-20
Preocupação de idosos em relação a quedas 61
A Tabela 3 mostra a distribuição do medo
de quedas nas atividades físicas. Nesse escore,
a grande maioria das pessoas demonstrou
muita preocupação na realização dessas ativi-
dades: sentar-se ou levantar-se de uma cadei-
ra (73%), subir ou descer escadas (61,5%),
andar em superfície irregular (96,1%), descer
uma rampa (88,4%).
Tabela 3 - Escores de preocupações para atividades físicas.
FA: freqüência absoluta (n); FR: freqüência relativa (%).
Nas atividades sociais (Tabela 4), houve
grande preocupação para a maioria dos itens
avaliados: 80,7% têm grande preocupação
em andar em locais com muita gente;
61,5%, andar pela vizinhança; e 57,7%, de
ir às compras.
Tabela 4 - Escores de preocupação para atividades sociais.
FA: freqüência absoluta (n); FR: freqüência relativa (%).
Atividades Não estou
preocupado
Um pouco
preocupado
Moderadamente
preocupado
Muito
preocupado
FA FR FA FR FA F R FA FR
Sentar ou levantar de uma
cadeira
2 3 11,5 3 11,5 19 73,1
Subir ou descer escadas 1 3,8 2 7,7 7 26,9 16 61,5
Alcançar objetos acima da
cabeça
2 7 26,9 7 26,9 10 38,6
Andar em superfícies
escorregadias
-- -- -- 26 100
Andar em superfícies
irregulares
-- -- 1 3,8 25 96,1
Subir ou descer uma rampa 2 7,7 1 3,8 -- 23 88,4
Atividades Não estou
preocupado
Um pouco
preocupado
Moderadamente
preocupado
Muito
preocupado
FA FR FA FR FA F R FA FR
Ir às compras 1 3,8 8 30,7 2 7,7 15 57,7
Andar pela vizinhança 1 3,8 3 11,5 6 23,1 16 61,5
Visitar um amigo ou parente 6 23,1 4 15,4 -- 16 61,5
Andar em um local onde haja
multidão
2 7,7 3 11,5 -- 21 80,7
Sair para eventos sociais 1 3,8 11 42,3 5 19,2 9 34,6
62 62
62 62
62
REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., 2008; 11(1):57-64
REV. BRAS. GERIATRIA E GERONTOLOGIA; 2006; 8(1); 9-20
O número médio de quedas por faixa etá-
ria pode ser visto na Figura 1. Percebe-se que os pacientes entre 75 e 84 anos caem mais do
que as outras faixas etárias avaliadas.
Figura 1 - Número médio de quedas distribuído por faixa etária.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
65 -74 75 -84 85
Faixas etárias (anos)
Número médio de quedas
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
65 -74 75 -84 85
Número médio de quedas
*
³
**
* p = 0,003, ** p < 0,05 em relação à faixa etária de 65-74 anos
DISCUSSÃO
A análise do idoso frente às suas incapaci-
dades e medos permite admitir a complexi-
dade do assunto e sua influência nas áreas não
somente da saúde, mas principalmente huma-
na e social. Os dados do trabalho mostraram
que nas escalas avaliadas (AVD, AF e AS) há
grande preocupação na ocorrência de novas
quedas. A média de quedas foi maior na faixa
etária de 75-84 anos (Figura 1) em compara-
ção com as outras faixas etárias, provavelmen-
te porque nesse período há o avanço no pro-
cesso de envelhecimento, enquanto que os ido-
sos com 85 anos ou mais diminuem suas ati-
vidades naturalmente. Considerando todas as
idades, a porcentagem de quedas foi de 26,6%,
seguindo padrões dos países ocidentais.6
Em nosso estudo, a prevalência do medo
de quedas variou de 25,6% a 91,5%. Esses
dados são semelhantes aos de Tinetti et al.,16
Li et al.17 e Wilson et al.,18 cujos valores varia-
ram de 20% a 85%.
Assim como Howland et al.,13 nosso estu-
do também evidenciou declínio nas ativida-
des sociais associadas ao medo de cair, prin-
REV. BRAS. GERIATRIA E GERONTOLOGIA; 2006; 8(1); 9-20
Preocupação de idosos em relação a quedas 63
cipalmente em atividades com grande núme-
ro de pessoas (80,7%), visitar amigos e pa-
rentes (61,5%) e ir às compras (57,7%).
No escore atividade física, o estudo mos-
trou grande receio de quedas em atividades
comuns, como sentar-se ou levantar-se de
uma cadeira (73,1%). Esses dados estão de
acordo com outros estudos que também re-
lataram diminuição de atividades físicas por
causa do medo de cair.14,19-22,7
CONCLUSÃO
A queda e o medo de novas quedas consti-
tuem graves problemas para a população ido-
sa. O estudo permitiu observar que existe um
grande medo, por parte de idosos, com novas
quedas em atividades básicas do dia-a-dia e que,
por isso, políticas públicas, visando a minimi-
zar o número de quedas e orientar a popula-
ção, devem ser priorizadas, contribuindo para
o retorno do idoso ao convívio social.
BIBLIOGRAFIA
1. Censos Demográficos. Censos
Demográf[acesso 2007 maio 23]. Disponível
em: URL: http:// www.ibge.gov.br
2. Maciel ACC, Guerra RO. Fatores associados à
alteração da mobilidade em idosos residentes
na comunidade. Rev. Bras. Fisioterapia 2005;
9( 1):17-23.
3. Paixão Junior CM, Heckmann M. Distúrbios
da postura, marcha e quedas. In: Freitas EV, et
al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. p. 624-34.
4. Graziano KU, Maia FOM. Principais
Acidentes de Causa Externa no Idoso.
Gerontologia 1999; 7(3): 133-9.
5. Fabrício SCC, Rodrigues RAP, Junior MLC.
Causas e conseqüências de quedas de idosos
atendidos em hospital público. Rev Saúde
Pública 2004; 38(1): 93-9.
6. Perracini MR, Ramos LR. Fatores associados
a quedas em uma coorte de idosos residentes
na comunidade. Rev Saúde Pública 2002;
36(6): 709-16.
7. Tinetti ME, Baker DI, McAvay G et al. A
multifactorial intervention to reduce the risk
of falling among elderly people living in the
community. The New England journal of
medicine 1994; 331: 821-827(a).
8. Viel E. Marcha humana a corrida e o salto. 2.
ed. São Paulo: Manole; s.d. p. 20- 35.
9. Rodrigues RAP, Casagrande LDR. As idosas
e as situações que a levaram a sofrer quedas.
Gerontologia 1996; 4(1): 7-13.
10. Moura RN, Santos FC, Driemeier M, Santos
LM, Ramos LR. Quedas em idosos: fatores
de riscos associados. Gerontologia 1997; (2):
15-21.
11. Quedas. [acesso 2007 maio 25]. Disponível
em URL: http:// www.sbgg.org.br
12. Cumming RG, Salkeld G, Thomas M, et al.
Prospective study of the impact of fear of
falling on activities of daily living, SF-36
scores, and nursing home admission. J
Gerontol A Biol Sci Med Sci 2000; 55:
M299-305.
64 64
64 64
64
REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., 2008; 11(1):57-64
REV. BRAS. GERIATRIA E GERONTOLOGIA; 2006; 8(1); 9-20
13. Howland J, Peterson EW, Levin WC, Fried L,
Pordon D, Bak S. Fear of falling among the
community-dwelling elderly. J Aging Health
1993; 5(22): 229-43.
14. Arfken CL, Lach HW, Birge, SJ, et al. The
prevalence and correlates of fear of falling in
elderly persons living in the community. Am
J Public Health 1994; 84: 565–70.
15. FAPESP. [acesso 2007 jul. 30] Disponível em:
URL: http://pequi.incubadora.fapesp.br/
portal/testes/FES-I.pdf
16. Tinetti ME, Mendes de Leon CF, Doucette
JT, Baker DI. Fear of falling and fall-related
efficacy in relationship to functioning among
community-living elders. J Gerontol 1994;
49(3):M140-7 (b)
17. Li F, Fisher KJ, Harmer P, McAuley E,
Wilson NL. Fear of falling in elderly persons:
association with falls, functional ability, and
quality of life. J Gerontol B Psychol Sci Soc
Sci 2003; 58(5): 283-90.
18. Wilson MM, Miller DK, Andresen EM, et
al. Fear of falling and related activity
restriction among middle-aged African
Americans. J Gerontol A Biol Sci Med Sci
2005; 60: 355-60.
19. Fletcher PC, Hirdes JP. Restriction in activity
associated with fear of falling among
community-based seniors using home care
services. Age Ageing 2004; 33: 273–79.
20. Howland J, Lachman, ME, Peterson EW, et al.
Covariates of fear of falling and associated activity
curtailment. Gerontologist 1998; 38: 549–55.
21. Murphy SL, Williams CS, Gill TM.
Characteristics associated with fear of falling and
activity restriction in community-living older
persons. J Am Geriatr Soc 2002; 50: 516–20.
22. Stalenhoef, P.A., Diederiks, J.P., Knottnerus,
J.A. The construction of a patient record-
based risk model for recurrent falls among
elderly people living in the community. Fam
Pract 2000; 17: 490–96.
Recebido em: 17/9/2007
Revisado: 22/11/2007
Aceito: 11/12/2007
... As quedas são reconhecidas como um importante problema de saúde pública entre os idosos, devido a frequência, morbidade e elevado custo social e econômico decorrente das lesões provocadas. A queda é definida como a perda total de equilíbrio postural, a qual se relaciona à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura (FREITAS;SCHEICHER, 2008). ...
... As quedas são reconhecidas como um importante problema de saúde pública entre os idosos, devido a frequência, morbidade e elevado custo social e econômico decorrente das lesões provocadas. A queda é definida como a perda total de equilíbrio postural, a qual se relaciona à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura (FREITAS;SCHEICHER, 2008). ...
Article
As quedas são reconhecidas como um importante problema de saúde pública entre os idosos, devido à frequência, à morbidade e ao elevado custo social e econômico. Esta pesquisa teve como objetivo identificar fatores associados com o alto risco de quedas em idosas com bom nível de cognição e equilíbrio de maneira a incluí-las em um programa de fisioterapia preventiva. Pesquisa descritiva, transversal, envolveu sessenta idosas, no município de São Luís, Maranhão, Brasil. Foram aplicados três instrumentos validados no Brasil: o questionário de histórico de quedas, a entrevista Efficacy Scale - International Among Elderly Brazilians (FES-I-Brasil) e o questionário PROMIS Global Health, para avaliar a força muscular, o dinamômetro. Idosas que não sofreram quedas nos últimos seis meses apresentaram maior força muscular dos grupos quadríceps e extensores do tronco e menor medo de quedas, quando comparadas com as que sofreram quedas (t test p≤0,001). Houve correlação significativa negativa entre medo de quedas e força muscular máxima dos grupos extensores do tronco (Spearman rho= -0,546, p
... faixa etária com maior ocorrência de quedas, encontrou dados que verificaram maior incidência de quedas entre os idosos mais velhos, entre idades de 80 anos ou mais, em relação aqueles com idade entre 60 e 79 anos. Os resultados confirmam que idosos acima de 80 anos apresentam mais riscos relativos de quedas do que idosos de faixa etária inferior.Uma pesquisa realizada por Pereira, no ano de 2001 trouxe que os idosos caem mais em seu próprio lar do que na rua ou em outros ambientes, em uma proporção de 70% das quedas ocorrem no interior da residência, sendo que as pessoas que vivem sozinhas apresentam maior risco(Pereira, 2001).Estudo de Perracini e Ramos(2002), contesta o achados deste trabalho que verificou que idosos de 60 a 69 anos apresentaram mais fraturas em uma década,eles afirmaram em suas pesquisas que idosos com idade superior a 80 anos estão 14 vezes mais propensos a cair (expondo-se a riscos de lesões e fraturas decorrentes das quedas) do que idosos com idade inferior.Segundo os pesquisadores, esse fato ocorre provavelmente porque os idosos com 85 anos ou mais diminuem suas atividades naturalmente(Freitas, Scheicher, 2008).Tabela 4. Locais de Fraturas em idosos, CID 10, no estado do Tocantins do período de 2010 a 2020. Fonte: Ministério da Saúde -Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS).Na tabela 4 podemos observar a distribuição dos locais de fraturas pelo CID 10.A maior incidência nos casos de fraturas em idosos foi as Fratura de outros ossos dos membros com dominância em todos os anos da década, apresentando um total de 47,99% das fraturas registradas em uma década. ...
Article
Full-text available
Introdução: Os idosos representam 14,6% da população do estado Tocantins, chegando ao número de 228 mil pessoas. A ocorrência de fraturas neste público está relacionada à maior fragilidade óssea decorrente dos contextos fisiológicos degenerativos que aumentam o risco de quedas, vários fatores associados e predisponentes, sendo os mais frequentes os distúrbios neurológicos diversos, o uso de medicamentos que atuam sobre o psiquismo e que podem afetar o equilíbrio, o maior déficit muscular e a presença de artropatias e deficiências variadas decorrentes de diferentes doenças que podem estar presentes. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva analítica, com abordagem quantitativa, em que se realizou busca de dados no Sistema de Informação do DATASUS no período de uma década de 2010 a 2020. Resultados: Foram encontrados um número de 7.382 fraturas em uma década no estado do Tocantins, eevidenciou um maior número de fraturas em idosos de 60 a 69 anos, com prevalência em mulheres e fraturas de outros membros. Conclusão: O maior número de fraturas foi encontrado no grupo de idosos mais jovens (60 a 69 anos), apresentando assim maior risco de trauma. A maior incidência de fratura em relação ao sexo foi o sexo feminino, e o maior número de fraturas encontradas em uma década foi de fraturas de outros ossos de membros.
Book
Full-text available
A Extensão Universitária é definida pela interação dialógica entre Universidade e Sociedade, interação com o objetivo de transformar realidades locais na Sociedade e, também, transformar a própria Universidade, por meio da construção de novos conhecimentos em um movimento inverso àquele da educação superior formal, de graduação e pós-graduação, onde a espiral de construção de conhecimento se dá a partir da Universidade. Nos encontros proporcionados pelas atividades de extensão, o movimento começa no sentido da Sociedade para a Universidade. Com a diversificação e melhoramento qualitativo e quantitativo das ações de extensão, aliados à compreensão da necessidade de formalizar, registrar e divulgar o conhecimento construído, a Pró- Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Pernambuco resolveu retomar os Cadernos de Extensão, sob a forma de compêndios de artigos organizados na forma de volumes de livros, de acordo com as áreas temáticas da Extensão, a saber: Comunicação, Cultura, Direitos Humanos, Educação, Meio-Ambiente, Saúde, Tecnologia e Trabalho. Os textos consistem em relatos de experiência de ações extensionistas, artigos de pesquisa-ação, e textos de divulgação científica e extensionista.
Article
Full-text available
A populacao idosa brasileira esta crescendo acarretando o aumento da preocupacao com este contingente populacional. Por essa razao e necessario identificar os principais fatores de risco da populacao idosa a fim de subsidiar o planejamento das acoes desenvolvidas pelos orgaos de saude. O estudo teve como objetivo verificar se fatores fisiologicos, ambientais e cognitivos influenciam na ocorrencia de quedas de idosos. Para a coleta de dados foram aplicados questionarios estruturados em visitas domiciliar realizadas no periodo de abril de 2011 a setembro de 2012 com 78 idosos da cidade de Alfenas- MG. Verificou-se que variavel sexo nao interfere significativamente no risco de quedas em idosos. Nenhum dos fatores fisiologicos houve correlacao significativa com as quedas. Sofreram queda no periodo 32,1% dos entrevistados. O modelo de regressao logistica foi ajustado aos dados. Foram significativos o historico de quedas anteriores, com razao de chance de 6,4; a idade, com razao de chance de 8,2; e a presenca de tapetes espalhados pelo chao com razao de chance de 4,4. Logo, existe a necessidade de medidas de atencao basica a esses fatores por parte de programas assistenciais de saude para reduzir a ocorrencia de quedas de idosos.
Article
Full-text available
Objectives: To compare the balance and level of independence of elderly persons and to correlate these variables with age, cognitive status and number of medications taken. Methods: A total of 172 individuals, aged over 60 and without cognitive deficit were included in the study. The risk of falls was performed using the Berg Balance Scale and functional independence through the Barthel Index. Correlations were performed by Spearman's correlation index, and association was tested with the chi-square test, with p≤0.05 considered significant. Results: There was a moderate correlation between the risk of falls and functional independence (r=0.38; p<0.0001). There was also a statistically significant correlation between age and risk of falls (r=-0.43; p<0.0001). With regard to the association between the risk of falls and drugs, it was observed that elderly people who took three or more medications fell twice as often (p<0.0001). Conclusion: The results found a correlation between the risk of falls and functional independence, and also that older elderly persons, and those who took a greater number of medications, were more at risk of falls.
Article
Full-text available
Factors associated with alteration of mobility among elderly residents in the community Background: Alterations in mobility are a common problem among the elderly, which leads to limitations in the performing of their activities of daily living. In this context, physiotherapeutic intervention aims at improving functionality and the ability to walk around, to give the elderly a sense of security and independence. However, for a proper and efficient intervention to occur, it is essential to know which of the elderly are most vulnerable and which factors are associated with those alterations. Objective: To analyze the influence of sociodemographic, physical and mental factors on the mobility of elderly residents in Santa Cruz, State of Rio Grande do Norte, Brazil. Method: The sample consisted of 310 elderly individuals, to whom the "timed get up and go" test was applied. Statistical analysis was performed using the Pearson chi-squared test in bivariate analysis, followed by binary logistic regression in multivariate analysis, with the respective odds ratios (OR). Results: It was found that 53.9% of the elderly had alterations in their mobility. Multivariate analysis found that this was associated with age over 75 years (p = 0.000), negative perception of health (p = 0.006) and cognitive deficit (p = 0.018). Conclusions: The identification of the factors associated with disturbances in gait is of fundamental importance in the planning of physiotherapeutic treatment.
Article
Full-text available
OBJETIVO: Investigar a história da queda relatada por idosos, identificando fatores possivelmente relacionados, assim como local de ocorrência, causas e conseqüências. MÉTODOS: A amostra da investigação constou de 50 idosos, de ambos os sexos, com idade de 60 anos ou mais, residentes em Ribeirão Preto, SP, que haviam sido atendidos em duas unidades de um hospital público. Foram consultados prontuários e realizadas visitas domiciliares para aplicação de um questionário estruturado com perguntas abertas, fechadas e mistas relativas à queda. RESULTADOS: Os dados obtidos mostraram uma realidade que não difere substancialmente daquela encontrada em outros países. A maioria das quedas ocorreu entre idosos do sexo feminino (66%), com idade média de 76 anos, no próprio lar do idoso (66%). As causas foram principalmente relacionadas ao ambiente físico (54%), acarretando sérias conseqüências aos idosos, sendo as fraturas as mais freqüentes (64%). A queda teve grande impacto na vida do idoso no que se refere às atividades da vida diária. Provocou maior dependência para a realização de atividades como: deitar/levantar-se, caminhar em superfície plana, cortar unhas dos pés, tomar banho, caminhar fora de casa, cuidar das finanças, fazer compras, usar transporte coletivo e subir escadas. CONCLUSÕES: O estudo demonstrou que a queda ocorrida entre os idosos traz sérias conseqüências físicas, psicológicas e sociais, reforçando a necessidade de prevenção da queda, garantindo ao idoso melhor qualidade de vida, autonomia e independência.
Article
Full-text available
OBJETIVO: Identificar fatores associados a quedas e a quedas recorrentes em idosos vivendo na comunidade, determinando o risco relativo de cada fator como preditor para quedas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de seguimento de dois anos, por meio de duas ondas de inquéritos multidimensionais domiciliares (1991/92 e 1994/95) com uma coorte de 1.667 idosos de 65 anos ou mais residentes na comunidade, município de São Paulo, SP. O instrumento utilizado foi um questionário estruturado, versão brasileira do OARS: Brazilian Multidimensional Functional Assessment Questionnaire (BOMFAQ). Foi realizada uma análise de regressão logística, passo a passo, com p<0,05 e IC de 95%. RESULTADOS: Cerca de 31% dos idosos disseram ter caído no ano anterior ao primeiro inquérito; cerca de 11% afirmaram ter sofrido duas ou mais quedas. Durante o seguimento, 53,4% dos idosos não referiram quedas, 32,7% afirmaram ter sofrido queda em pelo menos um dos inquéritos e 13,9% relataram quedas em ambos os inquéritos. O modelo preditivo de quedas recorrentes foi composto das variáveis: ausência de cônjuge (OR=1,6 95% IC 1,00-2,52), não ter o hábito de ler (OR=1,5 95% IC 1,03-2,37), história de fratura (OR=4,6 95% CI 2,23-9,69), dificuldade em uma a três atividades de vida diária (OR=2,37 95% CI 1,49-3,78), dificuldade em quatro ou mais atividades de vida diária (OR=3,31 95% CI 1,58-6,93) e entre aqueles idosos com visão mais comprometida (OR=1,53 95% CI 1,00-2,34). CONCLUSÕES: O envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida demandam ações preventivas e reabilitadoras no sentido de diminuir os fatores de risco para quedas, como o comprometimento da capacidade funcional, a visão deficiente e a falta de estimulação cognitiva.
Article
Full-text available
Since falling is associated with serious morbidity among elderly people, we investigated whether the risk of falling could be reduced by modifying known risk factors. We studied 301 men and women living in the community who were at least 70 years of age and who had at least one of the following risk factors for falling: postural hypotension; use of sedatives; use of at least four prescription medications; and impairment in arm or leg strength or range of motion, balance, ability to move safely from bed to chair or to the bathtub or toilet (transfer skills), or gait. These subjects were given either a combination of adjustment in their medications, behavioral instructions, and exercise programs aimed at modifying their risk factors (intervention group, 153 subjects) or usual health care plus social visits (control group, 148 subjects). During one year of follow-up, 35 percent of the intervention group fell, as compared with 47 percent of the control group (P = 0.04). The adjusted incidence-rate ratio for falling in the intervention group as compared with the control group was 0.69 (95 percent confidence interval, 0.52 to 0.90). Among the subjects who had a particular risk factor at base line, a smaller percentage of those in the intervention group than of those in the control group still had the risk factor at the time of reassessment, as follows: at least four prescription medications, 63 percent versus 86 percent, P = 0.009; balance impairment, 21 percent versus 46 percent, P = 0.001; impairment in toilet-transfer skills, 49 percent versus 65 percent, P = 0.05; and gait impairment, 45 percent versus 62 percent, P = 0.07. The multiple-risk-factor intervention strategy resulted in a significant reduction in the risk of falling among elderly persons in the community. In addition, the proportion of persons who had the targeted risk factors for falling was reduced in the intervention group, as compared with the control group. Thus, risk-factor modification may partially explain the reduction in the risk of falling.
Article
Full-text available
Fear of falling has been recognized as a potentially debilitating consequence of falling in elderly persons. However, the prevalence and the correlates of this fear are unknown. Prevalence of fear of falling was calculated from the 1-year follow-up of an age- and gender-stratified random sample of community-dwelling elderly persons. Cross-sectional associations of fear of falling with quality of life, frailty, and falling were assessed. The prevalence of fear increased with age and was greater in women. After adjustment for age and gender, being moderately fearful of falling was associated with decreased satisfaction with life, increased frailty and depressed mood, and recent experience with falls. Being very fearful of falling was associated with all of the above plus decreased mobility and social activities. Fear of falling is common in elderly persons and is associated with decreased quality of life, increased frailty, and recent experience with falls.
Article
Full-text available
With a sample survey (N = 266) of elderly adults residing in six housing developments in Massachusetts, we used logistic regression to: (a) identify covariates of fear of falling among all subjects and (b) identify covariates of activity curtailment among the subset of subjects who were afraid of falling. Fifty-five percent of respondents were afraid of falling; of those who were afraid, 56% had curtailed activity due to this fear. Factors associated with fear of falling were: being female, having had previous falls, and having fewer social contacts. Factors associated with activity curtailment among those who were afraid were: not communicating about falls; having less social support; and knowing someone who had fallen. Falls history appears an important contributor to fear of falling, whereas the impact of this fear on activities appears more a function of social support. These findings suggest different strategies for the primary and secondary prevention of fear of falling.
Article
Full-text available
The aim of this study was to assess the impact of fear of falling on the health of older people. A total of 528 subjects (mean age 77 years) were recruited from two hospitals in Sydney, Australia, and followed for approximately 12 months. Eighty-five subjects died during follow-up, and 31 were admitted to an aged care institution. Tinetti's Falls Efficacy Scale (FES) was successfully administered to 418 subjects as part of the baseline assessment. Among those with baseline FES scores, ability to perform 10 activities of daily living (ADLs) was assessed at baseline and follow-up in 307 subjects, and SF-36 scores were assessed at baseline and follow-up in 90 subjects recruited during the latter part of the study. Falls during follow-up were identified using a monthly falls calendar. Compared with those with a high fall-related self-efficacy (FES score = 100), those with a low fall-related self-efficacy (FES score < or = 75) had an increased risk of falling (adjusted relative risk 2.09, 95% confidence interval [CI] 1.31-3.33). Those with poorer fall-related self-efficacy had greater declines in ability to perform ADLs (p < .001): the total ADL score decreased by 0.69 activities among persons with low FES scores (< or =75) but decreased by only 0.04 activities among persons with FES scores of 100. Decline in ADLs was not explained by the higher frequency of falls among persons with low FES scores. SF-36 scores (particularly scores on the Physical Function and Bodily Pain subscales) tended to decline more among persons with poor fall-related self-efficacy. Nonfallers who said they were afraid of falling had an increased risk of admission to an aged care institution. Fear of falling has serious consequences for older people. Interventions that successfully reduce fear of falling and improve fall-related self-efficacy are likely to have major health benefits.
Article
The relationships of fear of falling and fall-related efficacy with measures of basic and instrumental activities of daily living (ADL-IADL) and physical and social functioning were evaluated in a cohort of community-living elderly persons. Sociodemographic, medical, psychological, and physical performance (e.g., gait speed, timed hand function) measures were administered, during an in-home assessment, to a probability sample of 1,103 residents of New Haven, Connecticut, who were > or = 72 years of age. Falls and injuries in the past year, fear of falling, and responses to the Falls Efficacy Scale were also ascertained. The three dependent variables included a 10-item ADL-IADL scale, an 8-item social activity scale, and a scale of relative physical activity level. Among cohort members, 57% denied fear of falling whereas 24% acknowledged fear but denied effect on activity; 19% acknowledged avoiding activities because of fear of falling. Twenty-four percent of recent fallers vs 15% of nonfallers acknowledged this activity restriction (chi 2 = 13.1; p < .001). Mean fall-related efficacy score among the cohort was 84.9 (SD 20.5), 79.8 (SD 23.4), and 88.1 (SD 17.9) among fallers and nonfallers, respectively (p < or = .0001). Fall-related efficacy proved a potent independent correlate of ADL-IADL (partial correlation = .265, p < .001); physical (partial correlation = .234, p < .001); and social (partial correlation = .088, p < .01), functioning in multiple regression models after adjusting for sociodemographic, medical, psychological, and physical performance covariates as well as history of recent falls and injuries. Fear of falling was only marginally related (p = .05) with ADL-IADL functioning and was not associated with higher level physical or social functioning. The strong independent association between self-efficacy and function found in this study suggests that clinical programs in areas such as prevention, geriatric evaluation and management, and rehabilitation should attempt simultaneously to improve physical skills and confidence. Available knowledge of the factors influencing efficacy should guide the development of these efficacy-building programs.
Article
To assess the incidence of falls and the prevalence, intensity, and covariates of fear of falling among community-dwelling elderly, the authors surveyed a random sample of 196 residents (> or = 58 years of age) of housing developments for the elderly in Brookline and Plymouth, Massachusetts. Forty-three percent reported having fallen in recent years, 28% in the last year. Of those who had fallen within the year prior to the interview, 65% reported injury, 44% sought medical attention, and 15% required hospitalization as a consequence of their fall(s). Fear of falling ranked first when compared to other common fears (i.e., fear of robbery, financial fears). Self-rated health status and experience of previous falls were significantly associated with fear of falling. Further analysis suggests that fear of falling may affect social interaction, independent of risks for falling.
Article
Predictive models of fall risk in the elderly living in the community may contribute to the identification of elderly at risk for recurrent falling. Our aim was to investigate occurrence, determinants and health consequences of falls in a community-dwelling elderly population and the contribution of data from patient records to a risk model of recurrent falls. A population survey was carried out using a postal questionnaire. The questionnaire on occurrence, determinants and health consequences of falls was sent to 2744 elderly persons of 70 years and over, registered in four general practices (n = 27 000). Data were analysed by bivariate techniques and logistic regression. A total of 1660 (60%) responded. Falls (> or =1 fall) in the previous year were reported by 44%: one-off falls by 25% and recurrent falls (> or =2 falls) by 19%. Women had significantly more falls than men. Major injury was reported by 8% of the fallers; minor injury by 49%. Treatment of injuries was by the GP in 67% of cases. From logistic regression, a risk model for recurrent falls, consisting of the risk factors female gender, age 80 years or over, presence of a chronic neurological disorder, use of antidepressants, problems of balance and sense organs and complaints of muscles and joints was developed. The model predicted recurrent falls with a sensitivity of 64%, a specificity of 71%, a positive predictive value of 42% and a negative predictive value of 86%. A risk model consisting of six variables usually known to the GP from the patient records may be a useful tool in the identification of elderly people living in the community at risk for recurrent falls.