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REV. BRAS. GERIATRIA E GERONTOLOGIA; 2006; 8(1); 9-20
Preocupação de idosos em relação a quedas 57
AA
AA
ARTIGOSRTIGOS
RTIGOSRTIGOS
RTIGOS O O
O O
ORIGINAISRIGINAIS
RIGINAISRIGINAIS
RIGINAIS / O / O
/ O / O
/ ORIGINALRIGINAL
RIGINALRIGINAL
RIGINAL A A
A A
ARTICLESRTICLES
RTICLESRTICLES
RTICLES
Palavras-chave:
medo; acidentes por
quedas; atividades
cotidianas; atividade
motora; atividades
de lazer; idoso;
mulheres; Programa
Saúde da Família;
Saúde Pública;
Marília, São Paulo
Preocupação de idosos em relação a quedas
Preoccupation of elderly people concerning falls
Mariana A. V. Freitas*
Marcos E. Scheicher*
Resumo
Objetivos: as quedas e o medo de cair são um importante problema de saúde
pública entre os idosos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a preocupação de
idosos com novas quedas e identificar em quais atividades ela acontece. Metodologia:
26 idosos (76,2 ± 6,3 anos, 84,6% do gênero feminino) dos Programas de Saúde
da Família “Jóquei Clube” e “Três Lagos”, da cidade de Marília, São Paulo. A
avaliação da preocupação de novas quedas foi feita utilizando-se a Escala Interna-
cional de Eficácia de Quedas elaborada pelo PROFANE, dividida em três partes:
atividade de vida diária (AVD), atividade física (AF) e atividade social (AS). Resulta-
dos: a maioria dos participantes manifestou grande preocupação com novas quedas
nas atividades de limpeza de casa (73,1%). No aspecto AF, grande parte das pesso-
as demonstrou muita preocupação na realização de atividades como sentar-se ou
levantar-se de uma cadeira (73%). Nas atividades sociais, houve grande preocupa-
ção para a maioria dos itens avaliados. A média de quedas foi maior na faixa etária
de 75-84 anos (2,9), em comparação com as outras faixas etárias (2,4-³85 anos;
1,63-65 a 74 anos) Conclusão: O estudo permitiu observar que existe um grande
medo de idosos com novas quedas nas atividades básicas de vida diária.
Abstract
Objective: falls and the fear of falling are an important problem of public health
among the elderly. This work aims to evaluate the fear of elderly concerning new
*Universidade Estadual Paulista
Departamento de Educação Especial, Curso de Fisioterapia
Marília, SP, Brasil
Correspondência / Correspondence
Marcos Eduardo Scheicher
Av. Hygino Muzzi Filho, 737
17525-900 – Marília, SP, Brasil
E-mail: mscheicher@flash.tv.br
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REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., 2008; 11(1):57-64
REV. BRAS. GERIATRIA E GERONTOLOGIA; 2006; 8(1); 9-20
Key words: fear;
accidental falls;
activities of daily
living; motor activity;
leisure activities; aged;
women; Family Health
Program; Public
Health; Marília city, São
Paulo
falls and to identify in which activities these happen. Methodology: 26 aged (76,2 ±
6,3 years, 84.6% were female) from the Family Health Programs “Jockey Clube”
and “Três Lagos”, in Marília, São Paulo. The evaluation of fear of new falls was
made using the Falls Efficacy Scale International elaborated by PROFANES, divided
in three parts: everyday activities (EA), physical activity (PA) and social activity
(SA). Results: most part of participants revealed great concern with new falls in
activities such as home cleaning (73,1%). Concerning PA, most people showed
concern with the accomplishment of activities such as sitting down or stading up
(73%). In social activities, for most questions evaluated a great concern was
expressed. The average of falls was higher for ages 75-84 years (2,9) as compared to
other ages (2,4 - ³ 85 years; 1,63 - 65 to the 74 years). Conclusion: The study allowed
to observe that elderly people are very much concerned with new falls in basic
everyday activities.
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país que envelhece a pas-
sos largos. As alterações na dinâmica
populacional são claras, inexoráveis e
irreversíveis. No início do século XX, um
brasileiro vivia em média 33 anos; hoje, a
expectativa de vida atinge 68 anos. Segundo
dados do IBGE, a população de idosos hoje
ultrapassa 15 milhões de brasileiros e em 20
anos será de 32 milhões.1
O processo do envelhecimento também
está relacionado ao aparecimento de deter-
minadas doenças (hipertensão arterial
sistêmica, acidente vascular encefálico, insufi-
ciência cardíaca congestiva etc.), embora não
haja comprovação do surgimento dos fato-
res de risco após os 65 anos, pois, nessa fase,
alterações orgânicas, somadas às debilidades,
favorecem o aparecimento de doenças. Além
disso, há outros fatores de risco, como taba-
gismo e alcoolismo, associados ao apareci-
mento de patologias (DPOC e depressão, res-
pectivamente) nessa faixa etária.2,3
Uma das conseqüências mais graves do
envelhecimento são as quedas, que são reconhe-
cidas como um importante problema de saúde
pública entre os idosos, devido a freqüência,
morbidade e elevado custo social e econômico
decorrente das lesões provocadas.4,5 A queda é
definida como a perda total de equilíbrio pos-
tural, o qual se relaciona à insuficiência súbita dos
mecanismos neurais e osteo-articulares envolvi-
dos na manutenção da postura.3,6,7
A marcha é dependente da capacidade de
vários órgãos, especialmente os sistemas neu-
rológicos, músculo-esqueléticos e cardiovascular.
A principal tarefa do controle motor durante a
marcha envolve o controle do corpo nos perí-
odos de apoio unipodal.8,9 Esse período está
diminuído em idosos, embora ainda repre-
sente 74 a 80% do ciclo da marcha.10
Epidemiologicamente, a distribuição de
quedas por faixas etárias a cada ano é a se-
guinte: 32% em pacientes de 65 a 74 anos;
35% em pacientes de 75 a 84 anos; 51% em
pacientes acima de 85 anos. No Brasil, 30%
dos idosos caem ao menos uma vez ao ano,
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com freqüência maior em mulheres do que
em homens da mesma faixa etária.6,8 As que-
das têm relação causal com 12% de todos os
óbitos na população geriátrica, sendo respon-
sáveis por 70% das mortes acidentais em pes-
soas com 75 anos ou mais. Além disso, cons-
tituem a sexta causa de óbito em pacientes
com mais de 65 anos. Naqueles que são hos-
pitalizados em decorrência de uma queda, o
risco de morte no ano seguinte à hospitaliza-
ção varia entre 15% e 50%.11
As alterações crônico-degenerativas ineren-
tes à pessoa idosa levam a um problema de gran-
de proporção: o medo de cair, tanto para cai-
dores, como para não-caidores. Essa situação
traz conseqüências graves para o idoso, como:
declínio funcional,12 restrição social,13 diminui-
ção da qualidade de vida14,12 e institucionaliza-
ção.12 Sua prevalência é maior em mulheres e
em pessoas com história prévia de quedas.13
OBJETIVOS
Os objetivos deste trabalho foram avaliar
a preocupação de idosos com novas quedas
e identificar em quais atividades a preocupa-
ção acontece.
METODOLOGIA
Foram avaliados 26 idosos dos Pro-
gramas de Saúde da Família “Jóquei Clube”
e “Três Lagos”, da cidade de Marília, Estado
de São Paulo. As características dos sujeitos
estão mostradas na Tabela 1. Os critérios de
inclusão foram: idade igual ou superior a 65
anos, capacidade para compreender e respon-
der aos questionamentos da pesquisa e ter
sofrido pelo menos uma queda no último ano.
Os idosos selecionados assinaram um termo
de consentimento livre e esclarecido.
Tabela 1 - Características dos sujeitos.
* p= 0,003 em comparação com a faixa etária 65-74 anos
** p<0,05 em comparação com a faixa etária 65-74 anos
Faixas Etárias (anos)
65-74 75-84 85
n11105
Sexo (M/F) 2/9 2/8 1/4
N
o
médio de quedas 1,63 2,9* 2,4**
>
–
60 60
60 60
60
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AVALIAÇÃO DE PREOCUPAÇÃO DE QUEDAS
A preocupação com novas quedas foi avali-
ada utilizando-se a Escala Internacional de Efi-
cácia de Quedas elaborado pelo PROFANE
(Prevention of falls Network Europe). A escala
foi validada para a língua portuguesa pela Fa-
pesp,15 seguindo as recomendações e adequa-
ções para a tradução. Para este estudo, a escala
foi dividida em três partes, de acordo com o
tipo de atividade: atividade de vida diária (AVD),
atividade física (AF) e atividade social (AS).
ASPECTOS ÉTICOS
O trabalho foi submetido ao Comitê de
Ética em Pesquisa da Faculdade de Filosofia
e Ciências da UNESP de Marília, e aprovado
sob número 3495/2006.
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados antropométricos foram apresen-
tados como média ± desvio padrão. Os esco-
res de preocupação de quedas foram apresen-
tados como freqüência absoluta (FA) e freqüên-
cia relativa (FR) do total. A comparação entre
o número de quedas nas faixas etárias foi feita
pelo teste de Kruskal Wallis. Foi considerado
um valor significativo com p ≤ 0,05.
RESULTADOS
O número de participantes foi de 26 idosos,
com média de idade de 76,2 ± 6,3 anos, sendo
22 do gênero feminino. Os idosos foram sepa-
rados em 3 faixas etárias, conforme a OMS
(Tabela 1). Chama-nos a atenção que a maioria
dos participantes manifestou grande preocupa-
ção com novas quedas nas atividades de limpe-
za de casa (73,1%). Quase a metade dos entre-
vistados (46,1%) manifestou moderada preo-
cupação com atividades básicas como vestir-se
ou despir-se e tomar banho (Tabela 2).
Tabela 2 - Escores de preocupação para atividades de vida diária.
FA: freqüência absoluta (n); FR: freqüência relativa (%)
Atividades Não estou
preocupado
Um pouco
preocupado
Moderadamente
preocupado
Muito
preocupado
FA FR FA FR FA FR FA FR
Limpar a casa 1 3,8 3 11,5 3 11,5 19 73,1
Vestir-se ou despir-se 4 15,4 7 26,9 12 46,1 3 11,5
Preparar as refeições 7 26,9 11 42,3 4 15,4 4 15,4
Tomar banho 3 11,5 8 30,7 12 46,1 3 11,5
Atender ao telefone antes
que pare de tocar
4 15,4 14 53,8 4 15,4 4 15,4
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A Tabela 3 mostra a distribuição do medo
de quedas nas atividades físicas. Nesse escore,
a grande maioria das pessoas demonstrou
muita preocupação na realização dessas ativi-
dades: sentar-se ou levantar-se de uma cadei-
ra (73%), subir ou descer escadas (61,5%),
andar em superfície irregular (96,1%), descer
uma rampa (88,4%).
Tabela 3 - Escores de preocupações para atividades físicas.
FA: freqüência absoluta (n); FR: freqüência relativa (%).
Nas atividades sociais (Tabela 4), houve
grande preocupação para a maioria dos itens
avaliados: 80,7% têm grande preocupação
em andar em locais com muita gente;
61,5%, andar pela vizinhança; e 57,7%, de
ir às compras.
Tabela 4 - Escores de preocupação para atividades sociais.
FA: freqüência absoluta (n); FR: freqüência relativa (%).
Atividades Não estou
preocupado
Um pouco
preocupado
Moderadamente
preocupado
Muito
preocupado
FA FR FA FR FA F R FA FR
Sentar ou levantar de uma
cadeira
2 3 11,5 3 11,5 19 73,1
Subir ou descer escadas 1 3,8 2 7,7 7 26,9 16 61,5
Alcançar objetos acima da
cabeça
2 7 26,9 7 26,9 10 38,6
Andar em superfícies
escorregadias
-- -- -- 26 100
Andar em superfícies
irregulares
-- -- 1 3,8 25 96,1
Subir ou descer uma rampa 2 7,7 1 3,8 -- 23 88,4
Atividades Não estou
preocupado
Um pouco
preocupado
Moderadamente
preocupado
Muito
preocupado
FA FR FA FR FA F R FA FR
Ir às compras 1 3,8 8 30,7 2 7,7 15 57,7
Andar pela vizinhança 1 3,8 3 11,5 6 23,1 16 61,5
Visitar um amigo ou parente 6 23,1 4 15,4 -- 16 61,5
Andar em um local onde haja
multidão
2 7,7 3 11,5 -- 21 80,7
Sair para eventos sociais 1 3,8 11 42,3 5 19,2 9 34,6
62 62
62 62
62
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O número médio de quedas por faixa etá-
ria pode ser visto na Figura 1. Percebe-se que os pacientes entre 75 e 84 anos caem mais do
que as outras faixas etárias avaliadas.
Figura 1 - Número médio de quedas distribuído por faixa etária.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
65 -74 75 -84 85
Faixas etárias (anos)
Número médio de quedas
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
65 -74 75 -84 85
Número médio de quedas
*
³
**
* p = 0,003, ** p < 0,05 em relação à faixa etária de 65-74 anos
DISCUSSÃO
A análise do idoso frente às suas incapaci-
dades e medos permite admitir a complexi-
dade do assunto e sua influência nas áreas não
somente da saúde, mas principalmente huma-
na e social. Os dados do trabalho mostraram
que nas escalas avaliadas (AVD, AF e AS) há
grande preocupação na ocorrência de novas
quedas. A média de quedas foi maior na faixa
etária de 75-84 anos (Figura 1) em compara-
ção com as outras faixas etárias, provavelmen-
te porque nesse período há o avanço no pro-
cesso de envelhecimento, enquanto que os ido-
sos com 85 anos ou mais diminuem suas ati-
vidades naturalmente. Considerando todas as
idades, a porcentagem de quedas foi de 26,6%,
seguindo padrões dos países ocidentais.6
Em nosso estudo, a prevalência do medo
de quedas variou de 25,6% a 91,5%. Esses
dados são semelhantes aos de Tinetti et al.,16
Li et al.17 e Wilson et al.,18 cujos valores varia-
ram de 20% a 85%.
Assim como Howland et al.,13 nosso estu-
do também evidenciou declínio nas ativida-
des sociais associadas ao medo de cair, prin-
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cipalmente em atividades com grande núme-
ro de pessoas (80,7%), visitar amigos e pa-
rentes (61,5%) e ir às compras (57,7%).
No escore atividade física, o estudo mos-
trou grande receio de quedas em atividades
comuns, como sentar-se ou levantar-se de
uma cadeira (73,1%). Esses dados estão de
acordo com outros estudos que também re-
lataram diminuição de atividades físicas por
causa do medo de cair.14,19-22,7
CONCLUSÃO
A queda e o medo de novas quedas consti-
tuem graves problemas para a população ido-
sa. O estudo permitiu observar que existe um
grande medo, por parte de idosos, com novas
quedas em atividades básicas do dia-a-dia e que,
por isso, políticas públicas, visando a minimi-
zar o número de quedas e orientar a popula-
ção, devem ser priorizadas, contribuindo para
o retorno do idoso ao convívio social.
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Recebido em: 17/9/2007
Revisado: 22/11/2007
Aceito: 11/12/2007