ArticlePDF Available

Acrania and other failures in the formation of the skull bones: a literature review

Authors:

Abstract and Figures

Acrania is a rare congenital malformation with partial or total absence of skull of human fetuses. It is often associated with anencephaly and is usually fatal in very short time. There are some prenatal markers and the ultrasound is the gold-standard diagnostic method. The authors review aspects of the epidemiology, pathophysiology, ultrasound diagnosis, differential diagnosis of cephalic malformations and obstetric management of the disease.
Content may be subject to copyright.
217
Revisão
J Bras Neurocirurg 23 (3): 217-221, 2012
Maranha LA, Augusto LP, Zanine SC, Araújo JC - Acrania e outras falhas na formação dos ossos do crânio: uma revisão da literatura
Acrania e outras falhas na formação dos ossos do crânio:
uma revisão da literatura
Acrania and other failures in the formation of the skull bones: a literature review
Luana Antunes Maranha1,
Lucas Pires Augusto2,
Simone Cristina Zanine3,
João Cândido Araújo4
1 - Médica Residente do Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
2 - Acadêmico de Medicina da UFPR
3 - Professora no Serviço de Neurocirurgia da UFPR
4 - Chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Clínicas da UFPR
RESUMO
A acrania é uma malformação congênita rara que cursa
com ausência parcial ou total do crânio de fetos humanos.
Está associada frequentemente com anencefalia e é, via de
regra, fatal em curtíssimo prazo. Existem alguns marcadores
pré-natais, sendo a ultrassonografia o exame diagnóstico
padrão-ouro. Os autores revisam aspectos relacionados a
epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico ultrassonográfico,
diagnóstico diferencial entre malformações cefálicas e manejo
obstétrico da doença.
Palavras Chave: Acrania; malformação de sistema nervoso
central; anencefalia.
ABSTR ACT
Acrania is a rare congenital malformation with partial or
total absence of skull of human fetuses. It is often associated
with anencephaly and is usually fatal in very short time.
There are some prenatal markers and the ultrasound is the
gold-standard diagnostic method. The authors review aspects
of the epidemiology, pathophysiology, ultrasound diagnosis,
differential diagnosis of cephalic malformations and obstetric
management of the disease.
Key Words: Acrania; malformation of the central nervous
system; anencephaly.
Recebido em 17 de abril de 2012, aceito em 14 de junho de 2012
218
Revisão
J Bras Neurocirurg 23 (3): 217-221, 2012
Maranha LA, Augusto LP, Zanine SC, Araújo JC - Acrania e outras falhas na formação dos ossos do crânio: uma revisão da literatura
Introdução
Acrania é uma malformação letal que consiste na ausência
dos ossos planos do crânio. Os hemisférios cerebrais, apesar
de presentes, estão desorganizados.3,28 Em alguns casos existe
a associação com anencefalia, e isso pode ocorrer devido ao
traumatismo do tecido cerebral exposto.12
Embora a acrania associada à anencefalia seja uma entidade
relativamente conhecida e apresente uma incidência de 10 a
cada 10.000 nascimentos, a acrania isolada é uma entidade rara
com incidência incerta, haja vista o pequeno número de casos
descritos na literatura.21
Durante o pré-natal, o exame bioquímico e citológico do líqui-
do amniótico pode sugerir a presença de um defeito no tubo
neural, entretanto a confirmação diagnóstica desta malforma-
ção congênita é feita através da ultrassonografia, em especial
a de segundo trimestre, quando a mineralização dos ossos do
crânio já está completa.5
O diagnóstico da doença pode ser feito durante o pré-natal, no
segundo trimestre de gestação, e deve-se ter em mente o diag-
nóstico diferencial com outras doenças como acalvaria, encefa-
locele, anencefalia, osteogênese imperfeita e hipofosfatasia.3,7
A associação com outras malformações geralmente está pre-
sente, e por seu prognóstico letal, o diagnóstico precoce é in-
dicado.
Epidemiologia
Por ser uma entidade rara, a acrania apresenta uma incidência
incerta, levando-se em conta os poucos casos descritos em lite-
ratura.25 Já a acrania associada à anencefalia possui uma inci-
dência de um a cada mil nascimentos.3
Patogênese
A acrania é uma malformação congênita rara e supõe-se que
resulte da falha do mesênquima em migrar sob o ectoderma do
tecido cerebral durante a quarta semana de vida intrauterina.
Outros autores sugerem que a anomalia deva-se a uma falha
na diferenciação mesenquimal cerebral na quinta semana de
gestação.15 A acrania verdadeira trata-se, portanto, de um de-
feito pós-neurulacional; diferente da anencefalia, um defeito
no fechamento do tubo neural. Nesse caso, a ausência de osso
do crânio é apenas parte do complexo da malformação, e não
pode ser tratada como acrania ou acalvaria.18
O tecido cerebral fica recoberto apenas por uma fina camada
epidérmica, e exposto ao líquido amniótico. Embora os hemis-
férios cerebrais estejam presentes, normalmente são disformes.
A Figura 1 é um caso ilustrativo de tal situação.
Estima-se que haja um papel do gene Cart1 na origem da do-
ença, por isso a suplementação de ácido fólico no período pré-
-concepção pode ter um papel na supressão da expressão deste
gene.31
]
Figura 1 - Imagem de um feto com acrania, demonstrando ausência da calota
craniana, assim como tecido cerebral disforme : segundo www.guiasdeneuro.
com.ar/organogenesis-teratogenesis/
Associação com anencefalia
Estudos em animais demostraram que, quando ocorre ausência
dos ossos planos do crânio e conseqüente exposição do tecido
cerebral às agressões mecânicas e químicas do líquido amnió-
tico, ocorre a degeneração progressiva dos hemisférios.27 Rela-
tos em ultrassonografia evidenciaram que em humanos, assim
como em animais, ocorre a progressão de acrania para exence-
falia e, finalmente, anencefalia.22
Propõe-se que alguns casos de anencefalia que são diagnosti-
cados no segundo ou terceiro trimestre de gestação se origina-
ram como acrania, seguidas pela degeneração de vastas por-
219
Revisão
J Bras Neurocirurg 23 (3): 217-221, 2012
Maranha LA, Augusto LP, Zanine SC, Araújo JC - Acrania e outras falhas na formação dos ossos do crânio: uma revisão da literatura
ções do cérebro.4 Por isso, em grande parte dos casos a acrania
está associada à deterioração dos hemisférios cerebrais, com
anencefalia associada.
Diagnóstico ultrassonográfico
O nível sérico materno de alfa proteína pode ser um preditor de
malformações do tubo neural, porém, tal medida é inespecífi-
ca, portanto o diagnóstico definitivo se faz através da ultrasso-
nografia obstétrica.
Em fetos saudáveis existem evidências histológicas de que o
início da mineralização dos ossos planos do crânio ocorre na
décima semana de gestação e, portanto, na ultrassonografia da
décima primeira semana de gestação o crânio é hiperecogênico
em relação aos tecidos subjacentes.13
Sendo assim, o diagnóstico de acrania pode ser feito no segun-
do trimestre de gestação, quando a mineralização óssea está
completa. Os achados ultrassonográficos são:
• Desenvolvimento do tecido cerebral sem evidência de calvá-
ria (na acrania parcial podem ser observadas partes do esquele-
to), como demonstrado na figura 2;
• O tecido cerebral pode aparecer com uma ecogenicidade ir-
regularmente difusa;
• Sulcos cerebrais proeminentes.
Figura 2 - Imagem ultrassonográfica de acrania, com hemisférios cerebrais pre-
sentes (seta) e a imagem do feto ao nascimento, com os hemisférios cerebrais
expostos.
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial deve ser feito com encefalocele,
acalvaria, anencefalia, osteogênese imperfeita, hipofosfatasia,
síndrome das bandas amnióticas e aplasia cútis congênita7.
Na encefalocele ocorre uma falha na migração das células que
formaram o crânio em cobrir todo este, sendo assim, ocorre
uma protrusão das meninges e tecido cerebral por um orifício
no crânio. Em 75% dos casos a lesão é occipital, porém, pode
ser localizada na região frontoetmoidal ou parietal. A ence-
falocele, assim como a anencefalia, sempre está associada à
acrania.
Nos Estados Unidos sua incidência é de 1-2 a cada 10.000 nas-
cidos vivos.1
Não se conhecem as causas ou associações, mas 70% das en-
cefaloceles occipitais ocorrem em fetos do sexo feminino, en-
quanto encefaloceles anteriores ocorrem com maior freqüência
em fetos do gênero masculino.16
Em 40% dos casos de encefalocele ocorre a presença de outras
anomalias cromossômicas,1 e pode ocorrer associação com mi-
crocefalia, hidrocefalia, espinha bífida e Síndrome de Meckel-
-Gruber.
Um pré-requisito para o diagnóstico de encefalocele é a pre-
sença de um defeito ósseo na abóboda craniana e, portanto, seu
diagnóstico não pode ser feito antes da mineralização óssea
dos ossos do crânio, que ocorre por volta da décima semana
gestacional.
Apesar disso, Von Zalen–Sprock e col. relataram que, em al-
guns casos, o primeiro sinal de uma possível encefalocele é
uma cavidade romboencefálica alargada por volta da nona se-
mana de gestação.23
Já na acalvaria ocorre ausência dos ossos da calvária, dura-
mater e músculos associados, na presença de ossos faciais e
base do crânio normais.14 Enquanto os hemisférios cerebrais
estão ausentes na anencefalia, na acalvaria o conteúdo intra-
craniano está completamente formado, embora possam ocor-
rer algumas anormalidades neuropatológicas. Sua patogênese
ainda é desconhecida, porém uma hipótese é de que ocorra um
defeito pós-neurulação, com disposição normal do ectoderma
embrionário.14 Pela ultrassonografia fetal, o diagnóstico é feito
pela ausência dos ossos da calota craniana, com a presença de
hemisférios cerebrais totalmente formados.6
O diagnóstico diferencial com anencefalia deve ser feito preco-
cemente, apesar de grande parte dos casos ela ser derivada de
uma acrania prévia. Comumente a anencefalia não está asso-
ciada a outras malformações; porém, em casos raros esta pode
ser parte de uma síndrome.10
Na anencefalia o tecido cerebral ao redor das órbitas está au-
sente, conferindo ao feto uma aparência “frog-like”, com olhos
protuberantes.7
Além da ausência dos ossos do crânio, ocorre ausência do teci-
220
Revisão
J Bras Neurocirurg 23 (3): 217-221, 2012
Maranha LA, Augusto LP, Zanine SC, Araújo JC - Acrania e outras falhas na formação dos ossos do crânio: uma revisão da literatura
do cerebral e, embora um terço dos fetos nasça vivo, eles não
são viáveis nem conscientes e vão logo a óbito.8
Outro diagnóstico diferencial deve ser feito com a osteogênese
imperfeita, que se caracteriza pela presença dos ossos do crâ-
nio; porém esses são pouco mineralizados, e os ossos longos
são curvos e curtos, podendo apresentar sinais de fratura. À
ecografia os membros são hipoecogênicos, com sombra acústi-
ca posterior. A maior parte dos casos ocorre por uma mutação
no gene que codifica cadeias de aminoácidos que fazem parte
do colágeno tipo I.24
A hipofosfatasia é uma desordem metabólica hereditária que
resulta em níveis baixos de uma enzima denominada fosfatase
alcalina. Na hipofosfatasia a ultrassonografia demonstra ossos
pouco mineralizados, com múltiplas fraturas. Uma área ultras-
sonográfica importante a ser pesquisada são os ossos da mão,
que são translúcidos no paciente com hipofosfatasia, porém
ecogênicos no paciente com osteogênese imperfeita.29
Em relação à aplasia cútis congênita, trata-se de uma condição
rara na qual a pele está ausente. Pode haver defeitos, em um
pequeno número de casos, na camada subcutânea, periósteo,
ossos do crânio e duramater. Os hemisférios cerebrais estão
completamente formados e normais. O local mais acometido é
o crânio, e sua etiologia provavelmente está relacionada a fato-
res genéticos, teratogênicos, infecções e acidentes vasculares.11
Figura 3- Imagem de um recém nascido de 12 dias, com ossos do crânio de fina
espessura e ausência completa da pele.
A síndrome das bandas amnióticas, ou bandas de constricção
congênita, apresenta-se como uma patologia também pouco
comum, e com uma gama de apresentações clínicas diferentes.
Essas alterações variam de um simples anel de constricção em
dedos e artelhos a amputações, malformações da face, cabeça
e tronco, como lábio leporino, anencefalia, encefalocele, hidro-
cefalia, microftalmia, coração extratorácico e gastrosquize.2,20
O diagnóstico pré-natal desta afecção é difícil, porém a pre-
sença de anomalias fetais grosseiras ou bandas fibróticas em
pontos de constricção falam a favor da presença da doença.6 Os
defeitos mais comumente presentes são os de extremidades,
como atrofias distais, amputações intrauterinas, sindactilia, lu-
xação congênita do quadril, pé torto congênito e pseudoartrose
tibial.26,9 Possui um elevado índice de óbitos e incompatibilida-
de com a vida.19
Associação a malformações fetais
Na grande maioria dos casos, o cariótipo dos fetos com acrania
é normal. Entretanto, em alguns casos pode haver associação
a outras anomalias como defeitos no tubo neural, cardíacos,
fenda palatina, pé torto congênito e onfalocele.28
Existem relatos de aparecimento da acrania concomitantemen-
te a outras síndromes raras como a síndrome da banda amnióti-
ca (desordem congênita que resulta em uma série de anomalias
como bandas de constricção, amputações, deformidades cra-
niofaciais e anomalias viscerais)29 e a síndrome de Adams-Oli-
ver (síndrome caracterizada por aplasia cútis congênita do cou-
ro cabeludo e graus variáveis de defeitos distais de membros).17
Aconselhamento genético e manejo obstétrico
Após um diagnóstico de acrania, é dado à paciente o direito
de interromper a gestação, pela não viabilidade desses fetos,
naqueles países onde a lei de interrupção da gestação é permi-
tida. Isso não ocorre no Brasil, onde apenas recentemente as
gestações de fetos anencefálicos, sob rigorosa avaliação, foram
autorizadas ao aborto assistido por médico.
O exame patológico deve ser realizado sempre, pois é impor-
tante no aconselhamento genético, uma vez que a chance de
anencefalia nas outras gestações é de 2-5%. Ainda assim, o ris-
co de acrania nas gestações subsequentes é baixo.29
O aconselhamento genético após o diagnóstico é difícil devido
ao fato de que ainda não se conhece uma anomalia genética ou
cromossômica que participe da gênese da doença. Mas é certo
que as chances de recorrência são diferentes nos casos de defeito
no fechamento do tubo neural, quando comparadas a outras etio-
logias possíveis (por exemplo, associada a bandas amnióticas).
A suplementação de ácido fólico pode ser um possível fator
protetor contra a acrania, o que foi demonstrado em ratos.31
Mas fica claro que ele só previne os defeitos de fechamento do
tubo neural, sendo que seu efeito protetor só ocorre se a suple-
mentação for iniciada antes da gestação.
221
Revisão
J Bras Neurocirurg 23 (3): 217-221, 2012
Maranha LA, Augusto LP, Zanine SC, Araújo JC - Acrania e outras falhas na formação dos ossos do crânio: uma revisão da literatura
Referências
1. Anderson J, Waller DK, Canfield MA, Shaw GM. Maternal
obesity, gestational diabetes, and central nervous system birth
defects. Epidemiology. 2005;16(1):87-92.
2. Askins G, Error G. Congenital constriction band syndome. J Ped
Orthop. 1988;8:461-6.
3. Bianca S, Ingegnosi C, Auditore S, Reale A, Galasso MG, Bar-
tolini G et al. Prenatal and postnatal findings of acrania. Arch
Gynecol Obstet 2005; 271(3):256-8.
4. Bronshtein M, Ornoy A. Acrania: anencephaly resulting from
secondary degeneration of closed neural tube: two cases in the
same family. J Clin Ultrasound 1991;19:230.
5. Çaksen H, Kurtoglu S. A case of Adams-Oliver syndrome as-
sociated with acrania, microcephaly, hemiplegia, epilepsy, and
mental retardation. Pediatrics. 2000;252-5.
6. Chandran S, Lim LK, Yu VY. Fetal acalvaria with amniotic band
syndrome. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2000;82(1):11-3.
7. Chen CP, Tzen CY, Chang TY, Yeh LF, Wang W. Prenatal diag-
nosis of acrania associated with facial defects, amniotic bands
and limb-body wall complex. Ultrasound Obstet Gynecol.
2002;20:94-5. (letter to editor)
8. Cook RJ, Erdman JN, Hevia M, Dickens BM. Prenatal manage-
ment of anencephaly. Human Rights. 2008;102:304-8.
9. Costa EM, Alves MP, Fraga CE, Silva Júnior JA, Daher O. Sín-
drome das bandas de constrição congênita. Estudo de 16 casos.
Rev Bras Ortop. 1996;31(4):341-6.
10. Deak KL, Siegel DG, George TM, Gregory S, Ashley-Koch A,
Speecer MC. Further evidence for a maternal genetic effect and
a sex-influenced effect contribuing to risk for human neural tube
defects. Birth Defects Clin Res Mol Teratol. 2008;82(10):662-9
11. Dutra LB, Pereira MD, Kreniski TM, Zanon N, Cavalheiro S,
Ferreira LM. Aplasia cutis congenita: management of a large
skull defect with acrania. J Craniofac Surg 2009; 20(4):1288-92.
12. Ganchrow D, Ornoy A. Possible evidence for secondary degen-
eration of central nervous system in the pathogenesis of anen-
cephaly and brain dysplasia: a study in young women fetuses.
Arch Pathol Histol 1979;384:225
13. Green JJ, Hobbins JC. Abdominal ultrasound examination of
first trimester fetus. Am J Obstet Gynecol. 1988;159:165-75.
14. Harris CP, Townsend JJ, Carey JC. Acalvaria: a unique congeni-
tal anomaly. Am J Med Genet 1993;46(6):694-9.
15. Mannes EJ, Crelin ES, Hobbins JS, Viscomi GN, Alcebo L.
Sonographic demonstration of fetal acrania. Am J Roentgenol.
1982;139:181-2.
16. Minnesota Department of Health Fact Sheet. Encephalocele.
2005. http://www.health.state.mn.us/divs/fh/mcshn/bd/enceph.
pdf
17. Nogueira FCS, Cruz RB, Machado LP, Ramos BLF, Madureira
Jr JL, Pinto RZA. Síndrome da banda amniótica: relato de caso.
Rev Bras Ortop. 2011;46:56-62.
18. Norman MG, McGillivray BC, Kalousek DK, Hill A, Poskitt
KJ. Congenital malformation of the brain. Pathological, em-
bryological, clinical, radiological and genetic aspects. Oxford
University Press 1995; 367.
19. Orellana HR, Paublo MM, Bustos VJ, Ramirez HP, Gutiérrez
CJ, Andreani FS, et al. Síndrome de brida amniótica y complejo
limb-body-wall: a propósito de un caso clínico. Bol Hosp San
Juan de Diós. 2004;51(6):340-3.
20. Quintero RA, Morales WJ, Phillips J, Kalter CS, Angel JL.
In utero lysis of amniotic bands. Ultrasound Obstet Gynecol.
1997;10:316-320.
21. Romero R, Pilu G, Jeanty J, Ghidini A, Hobbins JC. Prenatal Di-
agnosis of Congenital Anomalies. Appleton & Lange, Norwalk,
Connecticut, 1988. pp 75-76.
22. Schimdt W, Kubli F. Early diagnoses of severe congenital mal-
formations by ultrasonography. J Perinat Med. 1982;10: 233-
241.
23. Van Zalen-Sprock RM, van Vugt JMG, van Geijn HP. First tri-
mester sonographic detection of neurodevelopmental abnormal-
ities in some single gene disorders. Prenat Diagn. 1996;16:199-
202.
24. Venturi G, Tedeschi E, Mottes M, Valli M, Camilot M, Viglio
S. Osteogenesis imperfecta: clinical, biochemical and molecular
findings. J Clin Investig. 2006;12:131-9.
25. Vergani P, Ghidini A, Sirtori M, et al. Antenatal diagnosis of
fetal acrania. J Ultrasound Med. 1987; 6:715-7.
26. Walter JH, Goss LR, Lazarra AT. Amniotic band syndrome. J.
Foot Ankle Surg. 1998;37:325-33.
27. Warkany J. Anencephaly. In Warkeny J, editor, .Congenital mal-
formations. Chicago Yearbook Publishers. 1971, p. 198-200.
28. Weissman A, Diukman R, Auslender R, Fetal Acrania: Five cas-
es and Review of the Literature. J Clin Ultrasound 1997;25:511-
4
29. Wiebe S. Case Report: Radiographic and prenatal ultrasound
features of perinatal lethal hypophosphatasia - differentiation
from osteogenesis imperfecta type II. Radiology. 2007; 6::32-5.
30. www.guiasdeneuro.com.ar/organogenesis-teratogenesis/
31. Zhao Q, Behringer RR, de Crombrugghe B: Pre-natal folic acid
treatment suppresses acrania and meroanencephaly in mice mu-
tant for the Cart1 ho- meobox gene. Nat Genet 1996;13:275.
autoR correspondente
Luana Antunes Maranha
Rua General Carneiro, nº°181
Alto da Glória – Curitiba – PR
CEP 80060-900
E-mail: luanamaranha@yahoo.com.br
... Acrania is a rare congenital anomaly with a reserved prognosis and still unclear etiology [1][2][3][4][5][6]. According to researchers, it is also known as exencephaly [7][8][9]. ...
... Because of this, the dura mater, skull, and all involved muscles (known as the neurocranium) are absent and brain tissue, even is present and disorganized. Since that the neurocranium is not present to mold the hemispheres, they will not differentiate and will morph into a single mass that will not be able to sustain life [3,4,11]. The bones of the base and face are present and normal [12].The ...
... Maranha's research group refer that there is histological evidence that the onset of mineralization of flat bones of the skull occurs at the tenth gestational week and, therefore, in this period ultrasonography shows the hyperechogenic skull in relation to the underlying tissues [4]. In this sense, the diagnosis of acrania can be made in the second trimester of gestation, when bone mineralization is complete. ...
Article
Full-text available
We described a cranial vault defect associated with amniotic band syndrome of a post-bariatric pregnancy. Obstetric ultrasonography with gestational age of 14 weeks and six days showed fetal acrania and at 21 weeks, revealed also a tortuosity of right radius and ulna. Case report: newborn, vaginal delivery, preterm (35 weeks and three days of gestation), Apgar 6/6, presented at birth a diagnosis of acrania and amniotic constriction band in the left upper limb without radial pulse in this limb. Transferred after birth to a Neonatal ICU, she died after 9 days. This rare lethal anomaly has important implications for obstetric management and counseling. Although there is no consensus in the literature regarding the risks of gestations after malabsorption procedures, gestations after bariatric surgery should be accompanied with extreme care aiming at an adequate nutritional intervention at risk of affecting the intrauterine environment and the developing fetus.
Article
Full-text available
The significance of ultrasound examinations in early stages of pregnancy is illustrated by the detection of four severe congenital malformations within the first trimester and one malformation syndrome within the first part of the second trimester of pregnancy. We report on the diagnosis of a fetal POTTER syndrome (13 weeks), an anencephalic fetus (13 weeks), MECKEL-GRUBER syndrome (16 weeks), fetal exomphalos (12 weeks) and finally "Siamese twins" (11 weeks). Characteristic ultrasonographic findings are presented and described in detail. The incidence of these severe fetal abnormalities vary between 1:1000 (anencephaly), 1:6000 (exomphalos), 3:10,000 (POTTER-Syndrome), 1:50,000 (MECKEL-GRUBER Syndrome) and 1:250,000 (conjoined twins) live births. The sonographical diagnosis of all these malformation syndromes could be established by thorough and repeated inspection of the fetal head and fetal body with longitudinal and transversal scans. It is concluded, that the high and still increasing reliability congenital structural anomalies renders routine systemic ultrasound screening an attractive possibility already at this "early" stage of pregnancy.
Book
Other Information: DN: From review by William B. Dobyns, Univ. of Minnesota Medical Center, Minneapolis, MN (US), in American Society of Human Genetics, Volume 60, No. 3 (Mar 1997); PBD: 1995
Article
A síndrome da banda amniótica é uma desordem congêni-ta rara que pode resultar em defeitos corporais diversos (bandas de constrição, amputação, deformidades craniofaciais, anomalias viscerais etc). Sua incidência é estimada em cerca de 1:1.200 a 1:15.000 nascidos vivos. O acometimento das extremidades é o mais frequente. Relatamos um caso envolvendo o membro superior esquerdo e ambos os membros inferiores de um recém-nascido operado no Hospital Mater Dei em Belo Horizonte.
Article
Aplasia cutis congenita is a rare disorder characterized by absence of skin. Lesions typically occur on the vertex and are sometimes small, but they can affect deep tissues such as the skull bone and dura. Mortality is related to the depth and size of the lesion and can amount to a rate of more than 50% when full thickness is involved. The treatment remains controversial -- both surgical and conservative managements are described. Minor lesions can be controlled with nonsurgical treatment, but large defects require early surgery. We report the case of a female newborn with acrania and scalp aplasia cutis congenita, which was treated with a bipedicle scalp flap based on the temporal vessels. Full- and partial-thickness skin grafts were used to cover the donor site on the temporo-occipital region. Postoperatively, the patient developed a liquorice cyst, which was treated with a shunt, and she has been followed up for evaluation of the bony defect closure and skull morphology. Her neuropsychomotor development is normal.
Article
In an attempt to help elucidate pathogenetically those human cases exemplifying secondary degeneration of the neural tube causing brain dysraphia, macroscopic and histologic observations of two young human fetuses are described. A nine-week-old anencephalic fetus exhibited an absence of spinal cord (amyelia) with retention of neural crest derivatives (dorsal root ganglion cells and thusir processes, and sympathetic ganglia) implying the presence of a neural tube in early gestation. The second, ten-week-old exencephalic case exhibited restricted brain hemorrhage and necrosis of the telencephalon and brain stem amongst otherwise normal brain and spinal cord tissue. These two young fetal cases may represent examples of a previously normal neural tube which has undergone degeneration at a stage where neural crest has already undergone differentiation, and thus distinguishes them from cases of complete dysraphism which probably results from primary degeneration during neurulation.
Article
The first-trimester fetus can now be comprehensively studied with ultrasound. Various biometric measurements correlate well with gestational age, such as crown-rump length (r2 = 0.938) and cranial apex to ear diameter (r2 = 0.983). On the other hand, yolk sac diameter (r2 = 0.129) and abdominal perimeter (r2 = 0.58) correlate poorly with gestational age. By 10 weeks' gestation, kidneys can be visualized in 60% of cases; 98% will be seen at 11 weeks; and 100% of cases will be visible by 12 weeks. The bladder appears later, and by 12 weeks' gestation this organ can be identified in 50% of cases. It is likely that renal agenesis can be diagnosed (or excluded) reliably in the first trimester. With improving technology, prenatal diagnosis of some fetal anomalies is now possible in the first trimester.
Article
Acrania is a congenital anomaly in which the flat bones of the cranial vault are symmetrically absent, while the bones of the base of the skull are normally present. Therefore, acrania is not a neural tube defect and brain tissue is usually present, but abnormally developed. This is the second report published in English of a prenatal diagnosis of this anomaly.
Article
Acrania is a developmental anomaly characterized by partial or complete absence of the cranium with complete but abnormal development of brain tissue. It is the product of an ectodermal and mesodermal aberration and occurs after neural tube closure. Thus, acrania differs from anencephaly, which results from a neural tube defect and is characterized by absence or near absence of the cerebral hemispheres and, consequently, the overlying calvaria. Despite an extensive search, we have found no report of the sonographic demonstration of fetal acrania.
Article
Acalvaria is a rare malformation usually regarded as a postneurulation defect. It consists of absence of the calvarial bones, dura mater and associated muscles in the presence of a normal skull base and normal facial bones. The condition is frequently confused by prenatal ultrasonography with anencephaly or an encephalocele. Whereas the cerebral hemispheres are absent in anencephaly, the cranial contents in acalvaria are generally complete, though some neuropathological abnormality is often present. The presumed pathogenesis of acalvaria is faulty migration of the membranous neurocranium with normal placement of the embryonic ectoderm, resulting in absence of the calvaria but an intact layer of skin over the brain parenchyma. We describe 2 cases of acalvaria, one misdiagnosed ultrasonographically as an occipital encephalocele prenatally. The brain in one fetus demonstrated semilobar holoprosencephaly and micropolygyria, but in the other, was structurally and histologically normal with the exception of hydrocephalus.