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O Vento Sopra onde Quer: unção do riso

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Abstract

Este artigo apresenta o fenômeno da Benção do Riso, ou Unção do Riso, surgida na Igreja Comunhão Divina de Toronoto, Canadá. Embora esse tenha sido o fenômeno que tornou o movimento conhecido para o mundo, há alusão que já havia relatos da Unção do riso em 1933, em escala menor, e em pequenas igrejas. Foi a partir de 1980, portanto, antes do episódio de Toronto, que a Unção do Riso chega ao Brasil por meio do Pastor Argentino Carlos Anacondia, que difundiu essa doutrina em inúmeras comunidades evangélicas. A Unção do riso é praticada no Brasil e no mundo por grupos pentecostais e neopentecostais, e também carismáticos. O artigo questiona as nuances do evento e suas contradições no ambiente cristão, tanto a nível religioso, teológico e litúrgico. The Wind Blows Where it Wishes: holy laughter This article discusses the phenomenon of the Holy Laughter (also known as Anointing of Laughter, Unction of Laughter, Anointing of Isaac, Toronto Blessing, etc.) that emerged in 1994 at the Holy Communion Church in Toronto, Canada. Despite that phenomenon rising the movement to worldwide fame, there are allusions to said Holy Laughter on accounts since 1933, on a smaller scale and on smaller churches. Firstly, we present the reality of laughter as present in the Judeo-Christian sacred texts and briefly some of its contemporary developments in satirical and humorous adaptations of the Christian bible. Afterwards we present how said Holy Laughter was positively held but also how it became target for harsh criticism by both religious groups and researchers. Lastly, we present how it may be interpreted as an authentic element of faith and worship, or as a cathartic psychological phenomenon led by religious leaders during Christian worship.
Revista Mosaico, v. 11, p. 223-230, 2018. e-ISSN 1983-7801. 223
Artigo
Resumo: o presente artigo apresenta o fenômeno da Unção do Riso (também conhecido
como Benção do Riso, Bênção de Toronto, Benção de Isaac, Unção do cai, cai, etc.)
que surgiu em 1994 na Igreja Comunhão Divina de Toronto, no Canadá. Embora esse
tenha sido o fenômeno que tornou o movimento conhecido para o mundo, há alusão
que já havia relatos da Unção do Riso em 1933, em escala menor, e em pequenas igre-
jas. Apresentamos primeiramente a realidade do riso presente nos escritos sagrados
judeu-cristãos e brevemente alguns desdobramentos atuais de adaptações satíricas e
humoradas da Bíblia cristã. Posteriormente mostramos como essa Unção foi recebida
positivamente, mas também alvo de críticas tanto por grupos religiosos como por
pesquisadores. E por m indicamos como ela pode ser interpretada como de fato um
elemento de fé e culto, ou fenômeno psicológico e catártico conduzido por líderes re-
ligiosos em cultos cristãos.
Palav ras-chave: Riso. Benção. Unção. Teologia. Bíblia.
THE WIND BLOWS WHERE IT WISHES: HOLY LAUGHTER
* Recebido em 18.04.2018. Aprovado em 27.06.2018.
** Professora Associada de Literatura Portuguesa da Universidade Federal de Santa Catarina,
UFSC. É Pós-Doutora em Teologia e Literatura. Atua na Pós-Graduação com a linha de Pesquisa
Teopoética – Os Estudos Comparados entre Teologia e Literatura. É Graduanda de Teologia na
FACASC, Faculdade Católica de Santa Catarina. É autora de diversos livros de teoria e cção.
E-mail: salmaferraz@gmail.com
*** Possui Bacharelado em Filosoa pela Faculdade São Luiz - FSL (2011) e Bacharelado em Teologia
pela Faculdade Católica de Santa Catarina - FACASC (2015). É Mestrando em Literatura pela
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na linha de pesquisa de Textualidades Híbridas,
com ênfase em Teopoética, Teorias do Humor e Teorias da Adaptação. Pesquisa nas áreas de
Teologia, Teopoética e Literatura. E-mail: erik.schmitz@hotmail.com
**** Graduando em Letras-Português pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. E-mail:
igor__sl@hotmail.com
O VENTO SOPRA ONDE QUER:
UNÇÃO DO RISO*
Salma Ferraz**, Erik Dor Schmitz***, Igor Livramento****
DOI 10.18224/mos.v11i2.6277
Revista Mosaico, v. 11, p. 223-230, 2018. e-ISSN 1983-7801. 224
Abstract: this article discusses the phenomenon of the Holy Laughter (also known as
Anointing of Laughter, Unction of Laughter, Anointing of Isaac, Toronto Blessing, etc.)
that emerged in 1994 at the Holy Communion Church in Toronto, Canada. Despite that
phenomenon rising the movement to worldwide fame, there are allusions to said Holy
Laughter on accounts since 1933, on a smaller scale and on smaller churches. Firstly, we
present the reality of laughter as present in the Judeo-Christian sacred texts and briey
some of its contemporary developments in satirical and humorous adaptations of the
Christian bible. Aerwards we present how said Holy Laughter was positively held but also
how it became target for harsh criticism by both religious groups and researchers. Lastly,
we present how it may be interpreted as an authentic element of faith and worship, or as
a cathartic psychological phenomenon led by religious leaders during Christian worship.
Keywords: Laughter. Anointing. Blessing. Theology. Bible
O vento sopra onde quer, você escuta o seu som, mas não sabe de onde vem, nem para onde
vai; assim ocorre com todos os nascidos do Espírito.
João 3, 8
A Teopoética1 estuda a Bíblia do ponto de vista literário, bem como personagens importantes da
Bíblia tais como Deus, Jesus, Maria Madalena, Judas e o Diabo, e tantos outros que saíram das
páginas das sagradas letras para as profanas letras. É dentro da Teopoética que se intensicou
nos últimos anos os estudos do humor e mau humor no judaísmo e no cristianismo.
Nessa nova área de pesquisa, queremos nesse artigo apresentar a Unção do riso, fenômeno surgido
em 1994 na Igreja Comunhão Divina de Toronto, no Canadá. A problemática desse fenômeno está em
denir o que de fato é essa suposta “unção”. Se trata de um fenômeno sobrenatural ou de uma mera
catarse físico-psicológica realizada com pretextos comunitários-religiosos? A princípio, o fenômeno
mostra-se como uma catarse, devaneio e transe de grupos de éis em templos durante cultos religiosos,
comandados por pastores geralmente com boas técnicas de oratória, de condução de massas e de pro-
jeção de subjetividades. Teoricamente não há grandes estudos sobre esse fenômeno, porém usaremos
para apresentar essa “unção” e tentar denir essa questão, alguns pareceres de líderes religiosos e de
críticos da religião, que também tecem defesas, críticas e sátiras a respeito desse tipo de fenômeno.
QUEM É O PAI DO RISO?
Quem é o pai do riso? O riso pertence ao sagrado ou ao profano? Muito já se discutiu e vastíssima
é a bibliograa sobre a temática. Citamos as principais obras que tratam do riso e sua relação com o
cristianismo: O riso: ensaio sobre a signicação do cômico, de Henri Bergson; O Cômico, de Concetta
D’A n gel li e Guido Paduano; Ironia e Humor na Literatura, de Lélia Parreira Duarte; Os chistes e sua
relação com o inconsciente e O humor, de Sigmund Freud; Ironia e o irônico, de D. C. Muecke; História
do Riso e do Escárnio, de Georges Minois; Comicidade e Riso, de Vladimir Propp; Hobbes e a teoria
clássica do riso, de Quentin Skinner, A História da Alegria, de Adam Potkay; e Teologia do Riso, de
Salma Ferraz.
Vários são os grupos, sitcons e humoristas que abordam as relações entre o Judaísmo/Cristia-
nismo e o riso: Monty Python; George Carlin; Os Simpsons, South Park. No Brasil destacam-se: Porta
dos Fundos; Um sábado qualquer; Pastor Adélio; Pastor Gaúcho; Tá no Ar; A Bíblia do Matuto, Bíblia
Freestyle, entre outros.
Dentre os estudos acima epigrafados destaca-se o livro de George Minois, História do Riso e do
Escárnio. No capítulo 4, “A diabolização do riso na Alta Idade Média”, o autor convence a princípio
o seu leitor armando que não há riso na Bíblia. Na metade deste capítulo, após conduzir seu leitor
ao erro, arma categoricamente: é claro que há riso na Bíblia. No livro Teologia do Riso, de Salma
Ferraz, há vários artigos de pesquisadores analisando episódios bíblicos em que o humor extravasa
pelas brechas silenciosas deixadas pelos narradores bíblicos.
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Cabe aqui citarmos alguns episódios do cômico bíblico: o riso de Sara2; as trapalhadas pitorescas
de Jacó que rouba, mente, engana, usurpa e dissimula3; a el e querida jumenta de Balaão que fala e
corrige seu amo; o grande e poderoso Rei Saul evacuando em uma caverna; a luta de boxe entre a Arca
de YHWH e Dagom, o deus meio homem, meio peixe dos Filisteus, e o episódio das hemorroidas
de ouro envolvendo o roubo da arca pelos Filisteus; o sacerdote Eli caindo da cadeira e quebrando o
pescoço quando sabe do roubo da arca.
É importante frisar que a história de Israel começa com o riso. Em Gênesis, capítulo 18, o
Senhor informa à anciã Sara que ela será mãe. Ao ouvir essa profecia Sara ri, e isso parece inco-
modar YHWH.
No Segundo Testamento, o tom é mais sério que no Primeiro. Temos pouquíssimos exem-
plos de humor: a sogra de Pedro é curada por Jesus e se levanta para servir a todos; o misterioso
homem que aparece nu no Getsêmani na hora da crucifixão, em Marcos 14,51. Quem era este
homem? O que estava fazendo pelado naquele momento da prisão de Jesus? E, por fim, a surra
que os endemoniados deram nos exorcistas judeus filhos de Ceva presentes em Atos 19,13-17.
Isto sem falar nas três mulheres da genealogia de Jesus que fogem completamente do padrão das
virtuosas matriarcas: Raabe (ex-prostituta), Tamar (que concebeu do ex-sogro), e Batesebá, mãe
de Salomão, adúltera.
A UNÇÃO DO RISO
Nas últimas décadas surgiu um fenômeno religioso nos EUA e no Canadá denominado Bênção
de Toronto, Benção de Isaac, Unção do riso, Unção do cai, cai. Especicamente, a Unção do Riso surgiu
em 1994 na Igreja Comunhão Divina de Toronto, no Canadá. Embora esse tenha sido o fenômeno
que tornou o movimento conhecido para o mundo, há alusão que já havia relatos da Unção do Riso
em 1933, em escala menor, e em pequenas igrejas. Foi a partir de 1980, portanto, antes do episódio
de Toronto, que a Unção do Riso chega ao Brasil por meio do Pastor argentino Carlos Anacondia,
que difundiu essa doutrina em inúmeras comunidades evangélicas. A Unção do Riso é praticada no
Brasil e no mundo por grupos cristãos pentecostais e neopentecostais. Um dos maiores divulgadores
da Benção do cai, cai, considerado o pai da teoria da prosperidade, foi Kenneth Hagin (1917-2003),
que em 1937 tornou-se pastor da Igreja Assembleia de Deus americana.4 Muito de seus pares o con-
sideraram herege por suas colocações teológicas.
No Brasil essa “benção” cou conhecia como Bênção do cai cai, Gargalhada Sagrada, ou Unção
do helicóptero ou ainda Unção do aviãozinho. O termo cai cai foi usado devido ao fato que muitos
seguidores tomados pelo riso caíam no chão e aviãozinho e helicóptero, porque muitos, em transe,
giravam os braços lembrando uma hélice de helicóptero.
Mas do que se trata? Após uma suposta unção especial, os éis caíam no chão, começavam a rir,
rir até chorar, rir até quase morrer, dando gargalhadas sem parar, com tremores, prostrações, gritos e
uivos. As pessoas que recebiam essa bênção acreditavam que estavam recebendo o poder do Espírito
Santo, portanto, trata-se de um movimento carismático que reúne pentecostais e neopentecostais do
Canadá e EUA5. Os primeiros cultos chegaram a receber visitas de 30 mil pastores dos EUA e Canadá.
O fenômeno se espalhou pelo Canadá e chegou aos EUA e dali ganhou a América e o mundo.
Os principais pastores divulgadores da Unção do Riso, foram Randy Clark e Richard Roberts,
Pat Robertson, Paul Crouch, Kenneth Copeland, Francis e Charles Hunter, Benny Hinn. Temos
ainda na Inglaterra Colin Day, Breed Flooker. Estes dois últimos já estiveram no Brasil. Para o Pas-
tor norte-americano Randy Clark, a unção era como dinamite, e a fé como a cápsula que explode a
dinamite. Clark é autor do movimento Catch the re (pegue o fogo) que possuía uma noção estranha
do signicado do poder divino6.
UNÇÃO DO RISO: PARÓDIAS, FUNDAMENTOS E CONTROVÉRSIAS
O Blog Esboçando Ideias faz uma sátira tremenda à Unção do riso. Fantasiam supostos versículos
bíblicos sobre o riso. Leiamos alguns:
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1. Então, se prostrou Abraão, rosto em terra, e se riu… (Gênesis 17,17)
2. A uns estabeleceu Deu s na Igreja, primeiramente, os que r iem sem parar; em segundo lugar, patriarcas;
depois, apóstolos, profetas e mestres…” (I Piada 17,1)
3. Todo aquele que rir sem parar na Igreja será salvo. (Ari Toledo 7,14)
4. tempo de chorar e tempo de rir… (Eclesiastes. 3,4)
5. Abraão riu e isso foi-lhe imputado para justiça. (1 Sorriso 1,13)
6. não por obras para que ninguém se glorie, mas pelo sorriso. (3 Stand-up 2,18)
7. ria sem cessar. (I Sorrisossences 5,17)
8. Cada um sorria segundo estiver proposto no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque
Deus ama a quem ca rindo na Igreja com alegria. (II Gargalhadas 2,8)
9. O senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, Deus vê o sorriso no rosto (I Humorista
5,14)
11. Vinde a mim todos vós que estais tristes e sem unção que eu vos alegrarei. (II Piadas 3,2)
12. Estêvão, cheio de graça e poder, ria sem parar com grandes sorrisos diante do povo (Atos engraçados
1,7)
13. Deus disse a Moisés: Caia no chão rindo, pois o lugar em que estás é terra santa (I Brincalhão 7,4)
14. Amados, riamos uns dos outros, porque o rir sem parar procede de Deus; todo o que ri sem parar na
igreja procede de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ri ou ri pouco, nunca conheceu o Deus da
piada. (Diversão 4,7)
15. O Senhor é meu pastor e muito riso não faltará. (Anedotas 6,18) 7
Como o leitor ruminante (Machado de Assis) e o leitor modelo (Umberto Eco) podem constatar,
a maioria destes versículos e estes livros não existem. Observem que ele escreve Sorrisossences em vez
de Tessalonicenses. Não existe na Bíblia livro de Gargalhadas, Humorista, Brincalhão e Diversão. As
únicas citações retiradas da Bíblia são os números 1 e 4. Portanto, sua crítica é que a Unção do Riso
não deve ser levada a sério. O Pastor que assina este blog assim se identica: Presbítero André Sanchez,
ama escrever e estudar a Bíblia Sagrada. Escreve artigos no Blog Esboçando Ideias há anos. É membro
da Igreja Presbiteriana Bela Jerusalém, onde atua como presbítero, líder do louvor e professor da Escola
Dominical. É o autor do Método Como Ler a Bíblia e Entendê-la Mais Facilmente.
No entanto, sua sátira não agradou, pois muitos participantes da Unção do riso se expressaram
desta forma, logo após a matéria ser postada no blog:
Primeira réplica: Me converti numa igreja tradicional. Comecei a ler a Bíblia e o Espírito Santo
me mostrou que há muito mais e que Deus não é apenas palavras, mas Deus é rea l e sobrenatural.
O nome unção do riso coloca um estigma numa experiência que não é explicável e é totalmente
espiritual. O fruto do Espírito é alegria. Rir na presença de Deus não é do Diabo. Por que será
que as pessoas acharam que o povo no cenáculo no dia de pentecostes estavam bêbados? Não
podemos ler só as partes da Bíblia que mais nos interessa. Já aconteceu comigo, e eu nunca tinha
ouvido falar, ninguém falou...
Segunda replica: Já vivi essa experiência de unção do riso e quem me envolveu foi o Espírito
Santo. Não imitei animais e não z nada que envergonhasse o Evangelho.
Sirvo um Deus vivo, que se move como quer e se manifesta como quer. Pois quem conheceu a
mente do Senhor para que o possa instruir? Mas nós temos a mente de Cristo. I Cor 2,16.
Sendo assim, ele fala em sua palavra sobre “unção” nova, óleo de alegria. Por que óleo? Óleo
simboliza unção. Quando os primeiros discípulos foram batizados no Espírito Santo eles foram
tidos como bêbados. Julgaram aquela manifestação por não a conhecer, Jesus já tinha avisado
que os discípulos receberiam o Espírito da verdade que o mundo não pôde receber porque não o
veem nem o conhecem (João 14,17). Irmãos cuidado ao julgar, com a mesma medida que medirem
vocês serão medidos. Não julguem uma “unção” que vocês desconhecem.8
No site púlpito cristão, o articulista Renato Vargens condena categoricamente o que ele denomina
de zooteologia, uma vez que durante o tombo, algumas pessoas emitem sons de animais.
Caro leitor, a luz disto tudo resta-nos perguntar: Existe f undamento bíblico para este t ipo de unção?
Em que lugar no Novo Testamento, vemos Jesus ou os apóstolos ensinando sobre a necessidade
de cair no Espirito? Ou ainda, quais são os pressupostos teológicos que nos dão margem para
acreditar na zooteologia, onde Deus se manifesta através de grunhidos animalescos?9
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No site Estudos gospel, novamente Paulo Romero condena o que ele chama de Bebedeira Espi-
ritual do Circo da Alegria, Gargalhada Santa. Notem como ele descreve a unção:
Além das gargalhadas, os participantes emitem sons de vários animais como “prova” de estarem
possuídos por Deus. Mulheres rugem como leoas, homens bufam como touros, e uivam como
lobos, gritam como aves. Em muitos destes cultos há uma participação muito grande de padres
e freiras católicas que também recebem esse “poder”. (...)10
Já o site Sola Scriptura traz as seguintes colocações:
Acomunidade evangélica em todo mundo está dividida a este respeito. Uns consideram esta
experiência um sinal divino ainda que reconheça m que não tem respaldo bíblico, nem na história
do cristianismo. Outros embora a considerem demoníaca, reconhecem que algo acontece (algo
sobrenatural), porém, descartam totalmente a possibilidade que seja de origem do Espírito San-
to; mas que se trata, creem, de algo parecido com uma manifestação de terreiro de candomblé,
umbanda ou até um transe como acontece nas reuniões dos gurus da Nova Era. Veja I Cor 14,29;
I Ts 5,21; I Jo 4,1ss. (...)É quase impossível que pessoas razoáveis e em são juízo se deixem levar
por este fenômeno. Ainda que seja normal o fato do ser humano rir ao ouvir algo engraçado, se
uma pessoa o  zer sem causa alguma isso muitas vez es pode ser considerado como um sintoma de
demência. Ainda mais se isto acontece por um período prolongado. Minha experiência ao visitar
vários manicômios e hospitais psiquiátricos, é que a maioria dos seus internos chegou ali com
estes sintomas. (...) Se é praticamente impossível que uma pessoa em sua sã consciência participe
do Avivamento do Riso, o mesmo podemos dizer de qualquer cristão que conhece a Palavra de
Deus e a história dos avivamentos cristãos. Sinceramente, o fenômeno da “Gargalhada Santa”
não tem precedente algum, nem na Bíblia nem na História. Não só isso: é totalmente contrário
e incompatível com os princípios que ensinou nosso Senhor Jesus Cristo. Convencê-los do erro
é outro assunto11.
O articulista Paulo Romeiro faz o esboço acima baseado no livro El avivamiento de la risa: caos
teológico en la iglesia contemporánea, de Jorge Erdely. Para Erdely, a Unção do riso demonstra o caos
teológico, um transe, problemas psíquicos que se revelam por meio da Gargalhada Santa.
Os eis rebatem as críticas:
Irmãos, […] eu não vejo mal algum na unção do riso, pois já a senti. Muitos a criticam, como
também já a critiquei uma vez, mas hoje, depois que passei por essa experiência com Deus, eu
posso verdadeiramente armar que é TREMENDO!!!! E se verdadeiramente é unção, provém do
Espírito Santo, e negando-a, ou até mesmo chamando-a de “PALHAÇADA”, estamos bla sfemando
contra Ele12.
Marco Aurélio do Santo em seu artigo intitulado A unção do cai cai, do riso, o rugido do leão e
o grito da águia. Avivamento genuíno?, faz severas críticas ao movimento:
Nesse novo movimento que teve sua explosão em 1994, liderado pelo pastor John Arnott e sua
esposa Carol, algo de muito estranho acontece. Risos, garga lhadas, desmaios, t remedeira, pessoas
imitando animais, rugindo como leão, uivando como lobo, tem também o canto do galo e o grito
da águia, a chamada “unção” manifesta-se de várias formas, o culto em seu clíma x transforma-se
em uma espécie de “zoológico espiritual” onde estas manifestações são recebidas como sinal da
“presença do Espírito” (...) No lugar da oração de humilhação e submissão ao Espírito na espera
de um verdadeiro avivamento, encontra-se espaço para a oração da determinação, do poder
da palavra humana, encontrando seu ponto principal nas ações do corpo inuenciadas pelos
rituais de cultos afros, indígenas,e outros. Percebe-se também a oração dos pequenos deuses,
que enganosamente acreditam ter o controle do poder de Deus. Daí parte aideiade poder para
derrubar pessoas com sopros, paletó, imposição de mãos e etc.13
Qual o problema com o movimento do corpo dos africanos? Vale a pena conferir o maravilhoso
livro de Paulina Chizane em coautoria com Rasta Pita, Por quem vibram os tambores do Além. Parece
ter sido escrito como resposta à citação de Marco Aurélio acima:
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Moisés foi o único a ouvir a voz de Deus. Recebeu a mensagem de ir libertar o seu povo que sofria
nas mãos do Faraó. Mas ele humildemente disse a Deus que era pequeno, que não tinha força e
que era demasiado jovem para enfrentar um homem tão poderosos como o Faraó. Foi quando
Deus lhe disse: hei-de dar força e hei-de dar um amigo. Do chão surgiu uma bengala que bateu
no chão e se transformou em cobra. Era a força da magia. Deus deu a Moisés o poder da magia.
Esse é o mesmo tipo de poder que os curandeiros e os espíritas possuem até hoje (CHIZIANE;
PITA, 2013).
Uma tradição quase desconhecida é o Risus Paschalis, encontrada em Reims, na França, no
século IX e que se ampliou pela Itália e Espanha, até 1911 na Alemanha. Em contraste com a sobrie-
dade e penitência da Quaresma, o sacerdote católico na missa da manhã de Páscoa provocava o riso
no povo, sobretudo recorrendo ao imaginário sexual, contava piadas picantes, usando expressões
eróticas e encenando gestos obscenos e até mesmo dramatizando relações sexuais.14 Essa tradição
extinta no meio católico mostra a presença do riso nas celebrações litúrgicas, porém está longe da
nova prática realizada na Unção do Riso, onde o riso está além de um estado de humor, e passa a ser
quase um estado de transe, hipnose, demência, ou êxtase.
Em quais textos bíblicos se baseiam os pastores e pregadores Unção do riso?
Seguem abaixo os textos que podem servir de base para a Unção:
Antigo Testamento
Abraão caiu num sono profundo, conforme (Gn 15,12)
Daniel caiu amedrontado com o rosto em terra (Dn 8,17)
Novo Testamento
Caiam em adoração (Mt 2,11)
Caiam de medo (Mt 17,6; Mt 28,4)
A experiência de Pedro (At 10,10)
A experiência de João (Ap 1,7)
UNÇÃO DO RISO: BENÇÃO OU CATARSE
Cabe ao leitor em suas reexões analisar se este riso é sagrado ou profano. Para suas reexões,
acrescentamos o último parágrafo do artigo Teologia do Riso, no livro de mesmo nome:
Para o lósofo francês Andre Comte-Sponville em seu Pequeno tratado das grandes Virtudes o
humor torna as pessoas humildes, lúcidas, leves, o humor cura, ajuda a viver, liberta, é miseri-
cordioso, é virtuoso, desarma o ódio, a cólera, o fanatismo, é generoso, humor é amor, e um santo
sem humor é um triste santo (FERRAZ, 2017, p. 353).
Eis a proposta: exaltar mais a ressurreição e a alegria do que a cruz e a morte, uma teologia do
Riso, da Felicidade, inclusiva, aonde caibam não só pobres, mas pessoas de todas as classes sociais, de
todo o amplo leque de gêneros e sem gêneros, casados ou divorciados, celibatários ou não, de todas
as raças e de todas as religiões, na qual ninguém herde pecado original e nenhum outro pecado que
não lhe pertença, na qual não existam Diabos, Daimons ou Lúciferes.
Que cada um seja responsável pelos seus atos e não um mísero títere nas mãos de deuses e de-
mônios disputando a pobre alma humana que não deseja mais ser tutorada. Outras bibliotecas sejam
respeitadas tal como a Bíblia o é, em que as mulheres, se o desejarem, sejam ordenadas, e que tenham
vez e voz, na qual não precisamos de tantos intermediários, anjos, santos e Igrejas para termos acesso
direto ao sacro, na qual até os sem deus sejam respeitados, uma teologia que abomine o matar em
nome do seu deus e que respeite outros deuses e outros paraísos. Finalmente nas quais os homens
possam apenas Ser Tão Veredas próprias.
Precisamos aprender a ver pelas frestas dos dedos de Deus, o seu rosto escondido na fenda da
rocha. Se ele estivesse sorrindo, certamente nós seríamos muito mais felizes. Humanos e miseráveis
que somos, apenas pó, incrustados na fenda da rocha do tempo, mergulhados no mistério da existência
humana, talvez só nos resta o riso, porque somos os únicos animais que sabemos que morreremos.
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Por uma Teologia do Riso, na qual as pessoas possam adorar ao seu Deus como melhor lhes
aprouver: rindo!
Karen Burton Mains armava que o riso é um bom amigo de Deus e o Papa Francisco armou
em 2016 que a atitude humana mais próxima à graça de Deus é o humor!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da problemática vista no fenômeno da Unção do Riso, podemos armar que tal evento
se congura mais como catarse coletiva, provocada em cultos religiosos por seus líderes, do que de
fato um evento sobrenatural de cunho espiritual.
O leitor pode analisar o fenômeno, porém o que os dados, as críticas e as observações mais
atestam a respeito dessa “unção” é seu aspecto irracional, meramente de condução de massas com
cunho institucional-religioso por quem a promove. O fenômeno tem a característica do “atitude de
manada”, onde a consciência e racionalidade individuais são eliminadas dos sujeitos que recebem a
“unção”, e a subjetividade (alterada) dos líderes religiosos conduz a catarse em massa.
Mesmo a fé tem seu cunho racional e inteligível. Expor e conduzir seres humanos a tais situações
pode ser armado como ridículo e um desserviço por parte de tais líderes religiosos. Não somente
nós, mas outros críticos, utilizando-se da racionalidade da própria fé e do bom senso, mostramos
como tal ato não possui cunho espiritual, mas simplesmente um fenômeno conduzido subjetivamente
por representante de instituições religiosas com ns pessoais.
Notas
1 A Teopoética foi proposta por Karl Josef Kuschel e trata-se de um novo ramo de estudos acadêmicos
voltado para o discurso crítico-literário sobre Deus, a análise literária efetivada por meio de uma ree-
xão teológica, o diálogo interdisciplinar possível entre Teologia e Literatura. [...] A Teopoética consiste
na crítica estético-literária a Deus, no discurso crítico literário sobre Deus, no âmbito da Literatura e
da análise literária, a partir da reexão teológica presente nos autores. NUTEL (Núcleo de Estudos
Comparados entre Teologia e Literatura), dirigido pela Prof. Dra. Salma Ferraz, UFSC. Disponível em:
<http://teopoetica.sites.ufsc.br/sobre.php>. Acesso em: 14 mar. 2018.
2 Consultar artigo: “É Certo que Riste”. Escritos Luciféricos. Blumenau: Edifurb, 2014, p. 121.
3 Consultar tese de doutorado de Josué Chaves: Ironia e Humor no ciclo Bíblico de Jacó, defendida no Pro-
grama de Pós-Graduação em Literatura da UFSC em: 05 mar. 2018.
4 Disponível em: <https://novareforma.wordpress.com/2009/11/16/biograa-de-kenneth-hagin/>. Acesso em:
08 jun. 2016.
5 De acordo com o site: <http://www.cacp.org.br/e-biblica-a-uncao-do-riso/>, há 37 clubes do riso só em
Bombay, Índia, praticando essas gargalhadas. O modo como começam os risos ali são bem parecidos com
o modo como os neopentecostais e até os pentecostais iniciam as gargalhadas – tudo resultado de uma
indução a um estado de relaxamento. Acesso em: 5 jun. 2017.
6 Disponível em: <http://www.pulpitocristao.com/2011/04/teologia-do-tombo-e-uncao-do-cai-cai.html>.
Acesso em: 08 jun. 2016.
7 Disponível em: <https://www.esbocandoideias.com/2012/07/15-versiculos-que-provam-que-a-uncao-do-
-riso-esta-correta.html>. Acesso em 08 jun. 2016.
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Este artigo apresenta um paronama das manifestações humorísticas subversivas - cinema, seriados de televisão, teatro e espaços virtuais - criados a partir do texto bóiblico, destacando autores que discutem questões referentes ao humor, a teologia e a literatura. Entre eles George Minois, Henri Bergson, Vladimir Propp, Robert Alter, Salma Ferraz e Richard Dawkins.
cheio de graça e poder, ria sem parar com grandes sorrisos diante do povo
  • Estêvão
Estêvão, cheio de graça e poder, ria sem parar com grandes sorrisos diante do povo (Atos engraçados 1,7)
riamos uns dos outros, porque o rir sem parar procede de Deus; todo o que ri sem parar na igreja procede de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ri ou ri pouco
  • Amados
Amados, riamos uns dos outros, porque o rir sem parar procede de Deus; todo o que ri sem parar na igreja procede de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ri ou ri pouco, nunca conheceu o Deus da piada. (Diversão 4,7)
ensaio sobre a significação do cômico. Tradução: Guilherme de Castilho
  • Bergson Referências
  • H Riso
Referências BERGSON, H. O Riso: ensaio sobre a significação do cômico. Tradução: Guilherme de Castilho. Rio de Lisboa, Guimarães Editores, 1993.
A Teopoética consiste na crítica estético-literária a Deus, no discurso crítico literário sobre Deus, no âmbito da Literatura e da análise literária, a partir da reflexão teológica presente nos autores. NUTEL (Núcleo de Estudos Comparados entre Teologia e Literatura), dirigido pela Prof
  • Karl Teopoética Foi Proposta Por
  • Josef
A Teopoética foi proposta por Karl Josef Kuschel e trata-se de um novo ramo de estudos acadêmicos voltado para o discurso crítico-literário sobre Deus, a análise literária efetivada por meio de uma reflexão teológica, o diálogo interdisciplinar possível entre Teologia e Literatura. [...] A Teopoética consiste na crítica estético-literária a Deus, no discurso crítico literário sobre Deus, no âmbito da Literatura e da análise literária, a partir da reflexão teológica presente nos autores. NUTEL (Núcleo de Estudos Comparados entre Teologia e Literatura), dirigido pela Prof. Dra. Salma Ferraz, UFSC. Disponível em: <http://teopoetica.sites.ufsc.br/sobre.php>. Acesso em: 14 mar. 2018.
Ironia e Humor no ciclo Bíblico de Jacó, defendida no Programa de Pós-Graduação em Literatura da UFSC em: 05 mar
  • Josué Consultar Tese De Doutorado De
  • Chaves
Consultar tese de doutorado de Josué Chaves: Ironia e Humor no ciclo Bíblico de Jacó, defendida no Programa de Pós-Graduação em Literatura da UFSC em: 05 mar. 2018.
>, há 37 clubes do riso só em Bombay, Índia, praticando essas gargalhadas. O modo como começam os risos ali são bem parecidos com o modo como os neopentecostais e até os pentecostais iniciam as gargalhadas -tudo resultado de uma indução a um estado de relaxamento
  • Com De Acordo
De acordo com o site: <http://www.cacp.org.br/e-biblica-a-uncao-do-riso/>, há 37 clubes do riso só em Bombay, Índia, praticando essas gargalhadas. O modo como começam os risos ali são bem parecidos com o modo como os neopentecostais e até os pentecostais iniciam as gargalhadas -tudo resultado de uma indução a um estado de relaxamento. Acesso em: 5 jun. 2017.
Por Quem Vibram os Tambores do Além? Indico: Maputo
  • P Chiziane
  • R Pita
CHIZIANE, P.; PITA, R. Por Quem Vibram os Tambores do Além? Indico: Maputo, 2013, p. 21.
Tradução: Caetano Waldrigues Galindo. Curitiba: Editora da UFPR
  • C Paduano
  • G Cômico
D'ANGELLI, C.; PADUANO, G. O Cômico. Tradução: Caetano Waldrigues Galindo. Curitiba: Editora da UFPR, 2007.
Ironia e Humor na Literatura
  • L P Duarte
DUARTE, L. P. D. Ironia e Humor na Literatura. Belo Horizonte: PUC-Minas, 2006.