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Proposta de uma trilha interpretativa na Reserva Particular do Patrimônio Natural Estadual Mo'ã, Itaara (RS) Proposal for an Interpretative Trail in The Particular Reservation of The Natural Heritage State Mo'ã, Itaara (RS, Brazil)

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RESUMO O presente trabalho tem como objetivo propor uma estratégia de leitura da paisagem por meio de uma trilha interpretativa na RPPN Estadual MO'Ã, que se localiza no município de Itaara (RS). Por meio desta proposta, pretende-se ressaltar a valorização e preservação do patrimônio natural presente na RPPN, por meio da Interpretação Ambiental, cuja o objetivo principal é a tradução de informações relacionadas a natureza partindo do contato direto com o meio ambiente. Instituída em 15 de junho de 2015, a RPPN Estadual MO'Ã, busca promover a proteção dos recursos ambientais e a conservação da diversidade biológica, permitindo visitação e atividades que envolvam Educação Ambiental. Sendo assim a presença de uma Unidade de Conservação no município de Itaara abre espaço para práticas de Interpretação Ambiental (IA), que permitam uma maior aproximação da sociedade com a natureza. Para isso buscou-se utilizar a metodologia sistêmica, pois para haver IA tem-se que compreender todos os elementos e suas relações entre si, para traduzi-las ao visitante. Portanto, os resultados obtidos após três saídas de campo, permitiram que se elegesse como eixo principal da interpretação a mata ciliar, localizado ao sul da propriedade, justamente pela sua dinâmica peculiar, transformadora da paisagem em períodos de elevada pluviosidade. Optou-se por abordar o tema sobre a importância da mata ciliar, assim como a energia do rio. Foram elencados 6 pontos a partir do método do IAPI para uma trilha autoguiada de 1,5Km no entorno do rio que faz a divisa da RPPN Estadual MO'Ã com outra propriedade. O meio interpretativo escolhido foi o folder e um Guia prático, a fim de atribuir autonomia ao visitante em escolher os pontos de seu interesse e possibilidade de guardar as informações e interpretá-las.
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Proposta de uma trilha interpretativa na Reserva Particular
do Patrimônio Natural Estadual Mo’ã, Itaara (RS)
Proposal for an Interpretative Trail in The Particular Reservation
of The Natural Heritage State Mo'ã, Itaara (RS, Brazil)
Letícia Ramires Corrêa, Adriano Severo Figueiró
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo propor uma estratégia de leitura da
paisagem por meio de uma trilha interpretativa na RPPN Estadual MO’Ã, que
se localiza no município de Itaara (RS). Por meio desta proposta, pretende-
se ressaltar a valorização e preservação do patrimônio natural presente na
RPPN, por meio da Interpretação Ambiental, cuja o objetivo principal é a
tradução de informações relacionadas a natureza partindo do contato direto
com o meio ambiente. Instituída em 15 de junho de 2015, a RPPN Estadual
MO’Ã, busca promover a proteção dos recursos ambientais e a conservação
da diversidade biológica, permitindo visitação e atividades que envolvam
Educação Ambiental. Sendo assim a presença de uma Unidade de
Conservação no município de Itaara abre espaço para práticas de
Interpretação Ambiental (IA), que permitam uma maior aproximação da
sociedade com a natureza. Para isso buscou-se utilizar a metodologia
sistêmica, pois para haver IA tem-se que compreender todos os elementos e
suas relações entre si, para traduzi-las ao visitante. Portanto, os resultados
obtidos após três saídas de campo, permitiram que se elegesse como eixo
principal da interpretação a mata ciliar, localizado ao sul da propriedade,
justamente pela sua dinâmica peculiar, transformadora da paisagem em
períodos de elevada pluviosidade. Optou-se por abordar o tema sobre a
importância da mata ciliar, assim como a energia do rio. Foram elencados 6
pontos a partir do método do IAPI para uma trilha autoguiada de 1,5Km no
entorno do rio que faz a divisa da RPPN Estadual MO’Ã com outra
propriedade. O meio interpretativo escolhido foi o folder e um Guia prático, a
fim de atribuir autonomia ao visitante em escolher os pontos de seu
interesse e possibilidade de guardar as informações e interpretá-las.
PALAVRAS-CHAVE: Interpretação Ambiental; RPPN Estadual MO’Ã; Trilha
interpretativa; Patrimônio Natural.
Corrêa, L.R.; Figueiró, A.S. Proposta de uma trilha interpretativa na Reserva
Particular do Patrimônio Natural Estadual Mo’ã, Itaara (RS). Revista Brasileira de
Ecoturismo, São Paulo, v.10, n.3, ago/out 2017, pp.628-644.
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Mo’ã, Itaara (RS)
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ABSTRACT
The present work aims to propose a strategy of reading the landscape by
means of an interpretative trail in the RPPN Estadual MO'Ã, which is located
in the municipality of Itaara (RS, Brazil). Through this proposal, it is intended
to highlight the valuation and preservation of the natural heritage present in
the RPPN, through the Environmental Interpretation, whose main objective is
the translation of information related to nature starting from direct contact
with the environment. Established on June 15, 2015, the State MOH RPPN
seeks to promote the protection of environmental resources and the
conservation of biological diversity, allowing for visitation and activities that
involve Environmental Education. Thus, the presence of a Conservation Unit
in the municipality of Itaara opens up space for Environmental Interpretation
(IA) practices, which allow a closer relationship between society and nature.
For this, we tried to use the systemic methodology, because in order to have
AI we have to understand all the elements and their relationships with each
other, to translate them to the visitor. Therefore, the results obtained after
three field trips allowed the selection of the riparian forest, located south of
the property, due to its peculiar dynamics, transforming the landscape into
periods of high rainfall. It was decided to approach the theme about the
importance of the riparian forest, as well as the energy of the river. Six points
were listed from the IAPI method for a self-guided trail of 1.5Km in the vicinity
of the river that makes the boundary of the State RPPN MO'Ã with another
property. The interpretive medium chosen was the folder and a practical
guide, in order to give the visitor autonomy in choosing the points of their
interest and possibility to store the information and interpret them.
KEYWORDS: Environmental Interpretation; State RPPN MO'Ã; Interpretive
Trail; Natural Patrimony.
Introdução
O grande desafio da humanidade, na atualidade, é compreender sua
intrínseca relação e dependência ao meio natural. Assim como outras
civilizações romperam com os limites da resiliência dos sistemas naturais,
com gravíssimas consequências para o suporte da vida humana, de certa
forma estamos hoje vivenciando uma crise socioambiental gerada pela
relação de exploração que estabelecemos com a natureza. A partir deste
distanciamento o homem promoveu esta exploração dos “recursos naturais”
em nome do desenvolvimento econômico ilimitado, caminhando assim para
uma profunda crise ambiental (SOUZA, 2014).
Por traz desta crise socioambiental está a crise de percepção, onde a
humanidade está se afastando da natureza e rompendo seus laços vitais
com o meio natural, desequilibrando-se e, assim, comprometendo até
mesmo suas relações sociais. Isto desencadeia uma série de conflitos, o que
nos leva a considerar que fazemos parte da natureza, de tal maneira que, ao
se degradarem fisicamente as estruturas da natureza, compromete-se,
também, a estabilidade da sociedade. Assim, é considerável que os
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problemas atuais não podem ser estudados e resolvidos de forma isolada,
mas sistêmica e interdependente como aborda Capra (1996).
Diante das transformações humanas nas paisagens naturais surge a
necessidade da criação de medidas de gestão e planejamento que venham
a proteger e destacar as potencialidades paisagísticas do território nacional.
Neste sentido, a instituição de áreas protegidas visando à conservação das
características naturais é um dos principais instrumentos da Política
Nacional do Meio Ambiente e uma das estratégias do poder público para
assegurar a manutenção da qualidade ambiental e, consequentemente, da
qualidade de vida da população (KORMANN et al., 2010). Sendo assim há a
possibilidade de aproximar as comunidades com a natureza através das
Unidades de Conservação, a partir da interpretação ambiental, a fim de
redescobrir o sentido da natureza, pois abre o espaço para a divulgação e
incentivo à conservação, e constrói um aprendizado a partir de recreação
junto à natureza, restaurando a percepção antes perdida.
Nesse sentido a Reserva Particular do Patrimônio Natural Estadual
MO’Ã, localizada em Itaara (RS), contribui com uma área natural propicia
para uma interpretação ambiental, onde o visitante pode interagir e se
apropriar do conhecimento sobre o patrimônio natural que esta Reserva
oferece.
Sendo assim, busca-se através do referente trabalho propor uma
trilha interpretativa na RPPN MO’Ã, para que seu patrimônio natural seja
traduzido a partir de uma linguagem adequada ao público que irá buscar
uma aproximação com a natureza e seus recursos especialmente no caso
das escolas de Itaara. A interpretação aqui entendida seria a leitura e
compreensão não apenas imediata da paisagem, mas aquela capaz de
despertar a curiosidade e emancipar o indivíduo, a ponto de mudar suas
atitudes perante o mundo.
Objetivo Geral
Propor uma estratégia de leitura da paisagem da RPPN MO’Ã em
Itaara (RS), por meio da interpretação ambiental em uma trilha autoguiada.
Metodologia
Diante da complexidade de propor uma leitura da paisagem da RPPN
Estadual MO’Ã através da IA, o que melhor atende as necessidades desta
pesquisa é a abordagem sistêmica, onde distinguir um sistema na
multiplicidade dos fenômenos da superfície é ato mental, cuja ação procura
abstrair o referido sistema da realidade evolvente (CHRISTOFOLETTI,
1979), ou seja, busca estabelecer os elementos existentes e suas relações.
Na primeira etapa buscou-se apresentar uma revisão bibliográfica a
respeito do conceito de interpretação ambiental e sua correlação com as
Unidades de Conservação, a partir de bibliografia de Thomas et al. (2011),
Kormann et al. (2010) e Ferrarese (2016) as quais durante anos realizaram
pesquisas na RPPN Estadual MO’Ã subsidiando sua instituição e
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contribuindo para esta pesquisa com a caracterização da área e Tilden
(1957) e o Manual de Introdução à Interpretação Ambiental do Projeto Doces
Matas (2002) e o material Manejo de Trilhas: um manual para gestores
(2008) como base fundamental para compreender a IA, assim como as
etapas para escolher o tema, os tópicos e os meios de interpretação.
Na segunda etapa partiu-se para as saídas a campo e investigação in
loco da RPPN Estadual MO’Ã. A partir disso, foi determinado o tema central
da trilha que é “Mata Ciliar”.
Foram selecionados 6 pontos para interpretação ambiental a partir da
metodologia dos Indicadores de Atratividade de Pontos Interpretativos (IAPI)
que objetiva agregar ao potencial interpretativo de cada sítio selecionado,
um valor qualitativo para aumentar a atratividade do local (MAGRO;
FREIXÊDAS,1998). Primeiramente foram coletados 10 pontos com GPS
(Global Positioning System, modelo Garmin eTrex 30), e foram transferidos
para o computador com o auxílio do programa Trake Maker, e visualizados
utilizando o programa Google Earth, os registros fotográficos foram
realizados com câmera NIKON COOLPIX L330, 20.2 Megapixels e descritos.
Na segunda fase organizou-se um quadro com indicadores de atratividade.
Na terceira fase construiu-se uma Ficha de campo que foi preenchida
indicando a presença ou ausência de cada indicador e a pontuação final
(Quadro 1).
Quadro 1: Ficha de campo com indicadores de atratividade. Os números entre parênteses
indicam o peso atribuído aos indicadores selecionados, podendo variar para cada trilha.
Table 1: Field sheet with indicators of attractiveness. The numbers in parentheses indicate
the weight assigned to the selected indicators, and may vary for each track.
Para esclarecer melhor quais pontos são mais relevantes para a IA
construiu-se um gráfico de colunas onde os 6 pontos que se destacam foram
selecionados. Observa-se a Figura 1 com os pontos selecionados e os
valores de atratividade.
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Figura 1: Valores finais de atratividade para os pontos de interpretação Trilha do Arroio
Manuel Alves. Fonte: autores (2016)
Figure 1: Final values of attractiveness for interpretation points. Manuel Alves Arroio Trail.
Source: authors (2016).
A última etapa se constituiu na elaboração de um meio interpretativo,
no caso um folder (Apêndice A) e um guia prático (Apêndice B) que mostra
os pontos selecionados pela pesquisa com sua breve interpretação e
fotografia. Para a confecção desse folder e o guia foi utilizado o software
GoogleEarth® e o programa de edição de imagem CorelDraw®.
Resultados e Reflexões
Ao considerar os estudos realizados por esta pesquisa, a RPPN
Estadual MO’Ã tem um potencial relevante para o município de Itaara, porém
ainda pouco explorado no sentido da IA, muito em função da sua recente
instituição. Portanto esta pesquisa propõe como estratégia de leitura da
paisagem da RPPN Estadual MO’Ã através de uma trilha interpretativa
autoguiada, pois segundo o Material Manejo de Trilhas: Manual para
Gestores (2008), uma trilha de até 2.500m, é considerada uma trilha de curta
distância e é destinada a atividades recreativas e educativas.
Após três saídas de campo foi decidido o tópico interpretativo que foi
a Mata Ciliar, tal tema abre um leque para a IA, pois pode-se abordar o tema
sobrea importância da mata ciliar para a conservação dos recursos hídricos.
Na Figura 2 observa-se o mapa de Localização da trilha do Arroio Manuel
Alves.
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Figura 2: Mapa de Localização da Trilha do Arroio Manuel Alves.
Fonte: Marinho, A.R.; Org.: Corrêa, L.R; (2016).
Figure 2: Manuel Alves Stream Trail Map.
Source: Marinho, A.R.; Org.: Corrêa, L.R. (2016).
Foram elencados 6 pontos para uma trilha autoguiada de 1,5Km no
entorno do rio que faz divisa da RPPN Estadual MO’Ã com outra
propriedade. Em relação ao grau de dificuldade é considerada uma Trilha
Moderada, pois seu percurso é inferior a 1.500m, exigindo esforço físico
moderado, apresentando pequenos obstáculos, como desníveis, escadas,
pedras, troncos, riachos, mas não exigindo técnica específica. A referente
trilha tem a forma circular, possibilitando ao visitante voltar ao ponto inicial
sem cruzar pelo mesmo caminho.
Em seguida os pontos selecionados e suas respectivas
interpretações:
Ponto 1: O Arroio Manuel Alves (29°37'46.36"S / 53°44'18.13"O)
No ponto 1 busca-se aguçar os sentidos do visitante, com o som e o
tato, pois para acessar a RPPN Estadual MO’Ã necessita-se atravessar o
rio, neste ponto o visitante é posto a sentir as rochas, basaltos do fundo do
rio e o seu forte fluxo, podendo observar os matacões nas margens do rio,
este que modifica a paisagem em cada enxurrada, portanto sensibilizar-se
para a importância da conservação do patrimônio hídrico através da
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proteção da Mata Ciliar, e o respeito para com a força da natureza. O poder
de transporte do rio, produz uma seleção granulométrica, desde os maiores
blocos nas áreas de maior energia, até a deposição das areias mais finas e
argila nos pontos de menor energia.
Na área existem vários canais de rede de drenagem que compõem a
micro bacia hidrográfica do Arroio Manoel Alves, responsável pelo
abastecimento domiciliar da população rural local e flutuante, população
esta, que vem para Itaara nos períodos de verão em busca de lazer nos
balneários da região, principal atração turística do município. O Arroio
Manoel Alves é um dos afluentes do Arroio Grande, integrante da bacia
hidrográfica do rio Vacacaí-Mirim, da região hidrográfica do Guaíba. Este rio
tem características bem peculiares pela sua energia e capacidade de carga.
A dinâmica fluvial desta bacia hidrográfica é caracterizada por canais de
grande energia de transporte nas porções de maior inclinação da vertente, o
que facilita a ocorrência de enxurradas em períodos chuvosos.
A RPPN Estadual MO’Ã está situada na margem esquerda da Bacia
Hidrográfica do Arroio Manoel Alves. Na porção sul da propriedade, onde
está incluída a trilha, encontram-se as menores cotas altimétricas, bem
como as menores declividades isso reflete em uma perda de energia do rio
em direção à jusante, a qual se pode afirmar que resulta em uma dinâmica
de formação de ilhotas por deposição de blocos e matacões no leito do
canal. Neste ponto pode-se ressaltar a importância da Mata Ciliar para o rio,
em relação à manutenção da qualidade da água, a mata reduz o
assoreamento e a força das águas que chegam aos rios, o que mantém sua
qualidade ao impedir a entrada de poluentes para o meio aquático.
O Arroio Manoel Alves em época de chuva intensa (cerca de 336 mm,
em novembro de 2013), mostrou-se com grande vazão (KORMANN,2010).
Em 2014 em função do fenômeno climático El nino houve uma maior
concentração de chuvas, impedindo a entrada na RPPN Estadual MO’Ã, em
função da ausência de uma ponte, pois a que foi construída pela Prefeitura
Municipal de Itaara foi levada pelo rio (FERRARESE, 2016). Em 2015
moradores do entorno da propriedade ficaram ilhados em função do
rompimento da ponte que passa por cima do rio que deságua no Arroio
Manuel Alves (DIÁRIO DE SANTA MARIA,2015). Na Figura 3 pode-se
analisar a dinâmica do Arroio Manuel Alves.
Neste ponto pode-se esclarecer os fatores que influenciam na
dinâmica fluvial, como a pluviosidade, que consiste na quantidade de água
que este rio recebe em dias de chuva. Para o Arroio Manuel Alves é
determinante a quantidade de chuva. Outros fatores como infiltração,
evapotranspiração também são importantes, para determinar a dinâmica do
rio.
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Fonte: Acervo Fund Figura15 Arroio Manuel Alves:a) Vista do Arroio Manoel Alves em época
Figura 3: Arroio Manuel Alves:a) Vista do Arroio Manoel Alves em época de chuva intensa,
cerca de 336 mm, em novembro de 2013; b) Matacões nas margens do arroio; c)Arroio
Manuel Alves em 2016;d) Ponte de acesso a RPPN que foi levada pelo rio.
Fonte: acervo Fundação MO'Ã.
Figure 3: Arroio Manuel Alves: a) View of Arroio Manoel Alves in heavy rainy season, about
336 mm in November 2013; B) Matacões on the banks of the stream; C) Arroio Manuel
Alves in 2016; d) Access bridge to RPPN that was taken by the river.
Source: MO'ã foundation collection.
Ponto 2: Você está entrando em uma Reserva Particular do Patrimônio
Natural RPPN(29°37'46.44"S/53°44'17.95"O)
Neste ponto a informação não se refere a mata em si, mas sim às
características da UC. Tem como objetivo explicar ao visitante o que são
RPPNs, como são criadas, suas funções e importância, que são criadas por
iniciativa dos proprietários, para conservar a natureza, ou seja, Reserva
Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma categoria de Unidade de
Conservação criada pela vontade do proprietário, sem desapropriação de
terra. No momento que decide criar uma RPPN, o proprietário assume
compromisso com a conservação da natureza. Atividades recreativas,
turísticas, de educação e pesquisa são permitidas na reserva, desde que
a
b
c
d
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sejam autorizadas pelo órgão ambiental responsável pelo seu
reconhecimento (SNUC,2000).
A RPPN Estadual MO’Ã possui 21,02 e foi instituída em 15 de
junho de 2015, e tem por finalidade promover a proteção dos recursos
ambientais e a conservação da diversidade biológica. Esta área foi doada pelo
casal Rainer e Eleonora à Fundação MO’Ã Estudos e pesquisas para a
Proteção e o Desenvolvimento Ambiental. A palavra MO’Ã significa proteger
em tupi-guarani. Apesar de não estar inserida no tema específico da
interpretação considerou-se que seria importante o esclarecimento ao
visitante de que a área se trata de uma Unidade de Conservação e as
características principais dessa categoria, já que a proposta é de uma trilha
autoguiada. Na Figura 4 Placa indicativa na RPPN MO’Ã.
Figura 4: Placa indicativa da propriedade da Fundação MO’Ã.
Fonte: Acervo Fundação MO’Ã.
Figure 4: Indicative plate of the MO'ã Foundation.
Source: Mo'ã Foundation Collection.
Nesta área foram realizadas pesquisas relacionadas a Variáveis
Climáticas,Solos e Levantamento Florístico, assim como visita de alunos da
UFSM (SEMA,2014), destacando a importância desta UC para a pesquisa e
Educação Ambiental, de forma que valorize a conservação da biodiversidade
da área e promova a criação de novas UCs na região central do RS.
Ponto 3: É nativa ou exótica? (29°37'44.41"S/ 53°44'18.25"O)
Neste ponto o visitante deve ser esclarecido inicialmente sobre as
espécies nativas presente na Mata ciliar, que são aquela vegetação de uma
determinada região que, durante milhares de anos, vêm interagindo com o
ambiente e, assim, passou por um rigoroso processo de seleção natural
gerando espécies geneticamente resistentes e adaptadas ao local onde
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ocorrem. E sobre as espécies exóticas que são aquelas introduzidas de
outras regiões, como de outro país, por exemplo, as quais não sofreram
esse processo de seleção natural e, dessa forma, não servem de substituto
ideal para a flora nativa, uma vez que não desempenham as mesmas
funções dentro do ecossistema (CAMPOS et al.,2006). A partir disso o
visitante, já adentrando a mata ciliar, tem contato com uma variedade nativa
do bioma da Mata Atlântica. A gimnosperma nativa Araucaria angustifólia,
conhecida como Araucária é nativa do Rio Grande do Sul e dominante nas
partes elevadas do Planalto, podendo ocorrer na Serra do Sudeste (FLORA
DIGITAL,2009). No ponto 2 o objetivo é esclarecer sobre a importância de
Unidades de Conservação como a RPPN Estadual MO’Ã para a proteção de
espécie sem risco elevado de extinção como é o caso da Araucária. Nesta
RPPN foram encontradas 277 taxa nativos do Brasil (FERRARESE,2016). E
também para compreender o que são espécies nativas e os danos causados
pela espécie exótica invasora em áreas naturais, como por exemplo a Uva
do Japão (Hovenia dulcis Thunb.) originária da China, Japão e Coréia,
atualmente é encontrada também no Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai,
Estados Unidos, Cuba, Sul da Europa e Norte da África. Estes tipos de
plantas, produzem descendentes em número muito elevado, que conseguem
se dispersar a grandes distâncias da planta mãe, competindo com as
espécies nativas. A dispersão de H. dulcis ocorre por seus frutos, carnosos
ao madurar, com sabor doce e agradável. Em função disso as aves preferem
seus frutos e não os das nativas. Diminuindo a disseminação das espécies
nativas, (MAIEVES et al., 2015). Na Figura 5 observa-se duas espécies
presentes da RPPN Estadual MO’Ã.
Figura 5: Exemplos de Espécies nativa e exóticas presentes na RPPN Estadual MO’Ã: a)
Hovenia dulcis Thunb. b) Araucaria angustifolia. Fonte: Autores (2016).
Figure 5: Examples of native and exotic species present in the State RPPN MO'Ã: a)
Hovenia dulcis Thunb. B) Araucaria angustifolia. Source: Authors (2016).
b
a
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Ponto 4: Mata Ciliar e o Sarandi (29°37'41.24"S/ 53°44'18.96"O)
Neste ponto o objetivo é compreender a função da Mata Ciliar e suas
características, que consiste na mata que se encontra ao longo dos cursos
d’água (rios, córregos, lagos e lagoas). É caracterizada por ser bastante
úmida, com abundante presença de samambaias e musgos. O nome “mata
ciliar” vem do fato de serem tão importantes para a proteção de rios e lagos
como são os cílios para nossos olhos, são como barreira que impede que a
água do escoamento superficial escoe imediatamente para dentro do canal
sendo liberada aos poucos para dentro do rio.
Amparada pelo Código Florestal Federal como "área de preservação
permanente” deve respeitar uma extensão específica de acordo com a
largura do rio, lago, represa ou nascente(BRAGA et al., 2003). Como pode-
se observar na Figura 6.
Figura 6: Representação da extensão da mata ciliar de acordo com a largura do rio.
Fonte: Cartilha do Código Florestal (2016).
Figure 6: Representation of the extension of the ciliary forest according to the width of the
river. Source: Forest Code Primer (2016).
De acordo com Nascimento (2001) muitos benefícios oferecidos
pela mata ciliar como:
Proteção dos vegetais e animais, assim como os rios e nascentes e o
solo com aumento da serapilheira, funciona como uma esponja que
absorve a água evitando enxurradas
Proporcionam abrigo a fauna, assim como alimento.
Favorece o fluxo gênico dentro das populações
Aumenta a resistência das margens dos rios, pelas raízes das arvores,
evitando assoreamento.
Atua como filtro reduzindo a contaminação dos cursos d’água por
detritos
Oferece benefícios sociais como espaço de lazer e contato direto com a
natureza
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Em função disso neste ponto observa-se um arbusto característico de
mata ciliar, o Sarandi (Colliguaja brasiliensisKlotzsch ex Baill.) encontrado
nas margens do recursos hídricos (Figura 7), bem como em seu interior,
mesmo quando estes possuem caráter temporário, permanecendo sem água
em períodos de estiagem (FERRARESE, 2016). É presente no Brasil desde
o RJ até o RS e no Uruguai, Paraguai e Argentina. Árvore que cresce
apenas às margens dos rios, em áreas periodicamente alagadas. Possui
importância por amenizar a erosão. Indicado para o reflorestamento das
margens de rios. É comum uma parte das suas folhas cair no inverno
(CEPPA, 2008).
Figura 7: a) Sarandi-mata-olho presente na mata ciliar do Arroio Manuel Alves;
b) Mata ciliar no entorno do Arroio da RPPN Estadual MO’Ã. Fonte: Autores (2016).
Figure 7: a) Sarandi-kite-eye present in the ciliary forest of Arroio Manuel Alves;
b) Ciliary forest in the surroundings of the Arroio of the State RPPN MO'Ã.
Source: Authors (2016).
Ponto 5: Poço dos lambaris (29°37'40.39"S/ 53°44'19.84"O)
Neste ponto o objetivo é compreender que a as várzeas são
ambientes importantes para a manutenção do equilíbrio da dinâmica do rio,
em tais condições a entrada e saída de sedimentos são equivalentes
(BIGARELLA,2003) assim como do equilíbrio ecológico na RPPN Estadual
MO’Ã. São elas que dissipam as forças erosivas do escoamento superficial
de águas pluviais, funcionando como importantes controladores de
enchentes e em época de chuva intensa forma pequenos córregos que
deságuam no Arroio Manuel Alves, caracterizando canais entrelaçados,
típicos de zonas montanhosas, com planície, formada a partir de depósitos
coluvionares sob constante retrabalhamento pela complexa rede de canais
de menor porte que são constantemente desativados/reativados de acordo
com o período chuvoso (KORMANN et al., 2009). Após as chuvas os
córregos secam e este pequeno poço se forma e nele se desenvolve um
habitat de peixes de pequeno porte assim como anfíbios (Figura 19).
b
a
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Figura 8: (a) Escoamento restrito à calha principal do rio, poço com pouca quantidade de
água; (b) Início do extravasamento da calha; (c), (d), (e) Extravasamento da calha inunda a
planície; (f) Após passagem da cheia, acréscimo do volume de água no poço.
Fonte: adaptado de PAZ (2010).
Figure 8: (a) Flow restricted to the main channel of the river, well with little amount of water;
(B) Start of the extravasation of the gutter; (C), (d), (e) Extravasation of the gutter floods the
plain; (F) After passing the flood, increase the volume of water in the well.
Source: Adapted from PAZ (2010).
Nesta parada o visitante pode desenvolver sua percepção sobre o
meio, pois remete a um ambiente calmo de apreciação da vida de pequenas
espécies, necessitando de atenção e silencio. Na Figura 9 um exemplo da
beleza cênica presente na RPPN Estadual MO’Ã.
Figura 9: Poço formado pela inundação do Arroio Manuel Alves. Fonte: Autores (2016)
Figure 9: Well formed by the flood of Arroio Manuel Alves. Source: Authors (2016).
Proposta de uma trilha interpretativa na Reserva Particular do Patrimônio Natural Estadual
Mo’ã, Itaara (RS)
641 Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v.10, n.3, ago-out 2017, pp. 628-644.
Ponto 6: Fungo do ar puro (29°37'39.66"S/ 53°44'22.07"O)
Neste ponto o visitante deve compreender a importância da
preservação da mata ciliar para o rio, para a qualidade da água, e para
nossa saúde, na qualidade do ar. Nos grandes centros urbanos os poluentes
atmosféricos são os grandes causadores de problemas na saúde humana,
principalmente respiratórios.
A presença deste poluentes pode ser, muitas vezes, observada a
partir da presença ou ausência de bioindicadores como os liquens. Para
tanto deve-se observar as arvores e especificamente os seus troncos. No
caso deste ponto percebe-se manchas rosas. Estas “manchas” são
chamadas de liquens, que são seres vivos muito simples que constituem
uma simbiose de um organismo formado por um fungo e uma alga;
geralmente se proliferam nos substratos mais variados: sobre rochas, solo,
casca das árvores e madeira. Podem ser de diversos tipos como Crostos o
que é o caso deste ponto, onde o líquen fica preso no substrato, pode ser
folioso tomando uma forma de folha, ou fruticoso tendo a forma de um
arbusto. São seres pioneiros nas rochas nuas, dos solos de florestas
queimadas e de escoadas vulcânicas. O ar atmosférico puro é fator
fundamental à sobrevivência dos liquens, assim como bromélias, já que
estes se alimentam da água presente do meio, fixando elementos neles
presentes, especialmente o nitrogênio (GONÇALVEZ, 2007 apud VICENTE,
2012).
Neste ponto podemos concluir que a qualidade do ar na RPPN
Estadual MO’Ã é boa pela presença do líquen na arvore. Na figura21a seguir
observa-se a presença de manchas rosas no caule da arvore, que consiste
no líquen.
Figura 10: a) Líquen no caule da arvore; b) Bromélia presente na RPPN MO’Ã.
Fonte: Autores (2016).
Figure 10: a) Lichen on the stem of the tree; B) Bromeliad present in RPPN MO'Ã.
Source: Authors (2016).
b
a
Corrêa, L.R.; Figueiró, A.S.
Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v.10, n.3, ago-out 2017, pp. 628-644. 642
Considerações
Afirmara partir dos trabalhos de campo realizados pode-se comprovar
o grande potencial interpretativo presente na RPPN Estadual MO’Ã, assim
como em todo o corredor ecológico da Quarta Colônia. Ações de IA se
fazem necessárias para a valorização de tais potencialidades.
O acesso a propriedade através de uma ponte é de extrema
relevância, pois um dos princípios da IA é o acesso e segurança do visitante,
a ausência de uma ponte dificulta o acesso principalmente em períodos pós
chuvas.
A trilha sugerida no presente trabalho tem como público alvo a
comunidade escolar, mas nada impede que seja utilizada por visitantes em
geral desde que siga o Plano de Manejo. Posteriormente a capacidade de
carga da trilha deverá ser calculada, para minimizar impactos e subsidiar o
Plano de manejo da RPPN Estadual MO’Ã.
Portanto com a presente pesquisa conclui-se que a informação é
importante para IA, porém se usá-la de maneira isolada, ela será inútil e
dispensável. Mas se traduzi-la de forma que conecte o visitante ao meio,
será transformadora. A IA deve provocar sensações e instigar o visitante.
Deve partir do contato direto com a natureza, para que alcance seu
verdadeiro objetivo (PROJETO DOCES MATAS, 2002).
O Plano de Manejo, que é um documento consistente, elaborado a
partir de diversos estudos, incluindo diagnósticos do meio físico, biológico e
social”(MMA,2016) está em fase de construção, tendo até 2020 para
concluir-se, sendo que todas as pesquisas realizadas até então, deverão
compor este Plano, assim como um Plano Interpretativo onde esta pesquisa
se faz pioneira, este plano de manejo estabelece normas e restrições para
uso da RPPN.
Destaca-se a necessidade de acessos e infraestrutura na propriedade
para receber pesquisadores e visitantes, assim como um Centro de
Interpretação e Pesquisas Ambientais (CIPA), que futuramente tornará a
RPPN Estadual MO’Ã um local de referência de pesquisa e Educação
Ambiental. Este centro deve conectar-se a esta trilha proposta e com as
demais que serão construídas com seus tópicos e temas definidos.
A referente trilha poderá vir a ser guiada desde que haja um
profissional preparado a guiar os visitantes.
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Proposta de uma trilha interpretativa na Reserva Particular do Patrimônio Natural Estadual
Mo’ã, Itaara (RS)
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especialização em Ensino de Ciências). Universidade Tecnológica Federal
do Paraná - Campus Medianeira. 2012.
Letícia Ramires Corrêa: Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria,
RS, Brasil.
E-mail: leticiarcorrea@gmail.com
Link para o currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3357786530501748
Adriano Severo Figueiró: Universidade Federal de Santa Maria, Santa
Maria, RS, Brasil.
E-mail: adri.geo.ufsm@gmail.com
Link para o currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0669013150421592
Data de submissão: 07 de março de 2017
Data de recebimento de correções: 31 de julho de 2017
Data do aceite: 31 de julho de 2017
Avaliado anonimamente
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Conference Paper
Full-text available
A realização de uma análise integrada dos atributos ambientais da paisagem é de extrema importância à conservação dos recursos naturais, especialmente em áreas destinadas a proteção ambiental. Neste sentido surge a proposta de aplicação da metodologia de mapeamento geoambiental desenvolvida no Laboratório de Geologia Ambiental (LAGEOLAM/UFSM) por Trentin e Robaina (2005), como ferramenta para subsidiar a gestão de uma área de 24 ha, localizada no município de Itaara, região central do estado do Rio Grande do Sul. Como resultado tem-se a identificação das potencialidades e fragilidades da área estudada a partir dos principais elementos controladores do meio físico. Estas informações visam subsidiar a criação e gestão de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) neste espaço, contribuindo desta maneira, para que seja atingido o objetivo principal de proteção dos atributos ambientais da área.
Article
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O presente trabalho visa apresentar uma proposta de zoneamento ambiental para a Reserva Particular do Patrimônio Natural da Fundação MO’Ã no município de Itaara, Rio Grande do Sul. Salienta-se que esta se encontra em processo de instituição. O zoneamento constitui um importante instrumento de ordenamento territorial e proteção ambiental, sendo uma das etapas obrigatórias do Plano de Manejo de uma Unidade de Conservação. A construção do zoneamento é orientada pelo roteiro metodológico proposto pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, tendo como base um diagnóstico do meio físico da área de estudo. O principal resultado é o mapeamento das diferentes zonas ambientais desta área protegida, de acordo com a fragilidade do seu meio físico.
Article
Full-text available
Within the theme of the protected areas, this paper presents the studies conducted to subsidize the establishment of a Private Reserve of Natural Heritage (PRNH) in a property belonging to the Foundation MO'Ã in the city of Itaara - RS. From the survey of the legislation on protected areas, the proposal to establish a PRNH is shown by the public authority of Itaara. This proposal is supported by the Environmental Assessment of the area, enabling the identification of conditions of environmental fragility which justify the adoption of actions to protect this natural area. The results found by constructing thematic maps are indicative of restrictions on the occupation of this area due to the slope relief. This way, it was sought to motivate the discussion on the establishment of protected areas in the central region of Rio Grande do Sul.
Educação Ambiental para gestão de recursos hídricos: livro de orientação para o educador
  • A R Grabher
BRAGA, A.R.; GRABHER, C; LAHÓZ, F.C.C; GOTARDI, K.R. Educação Ambiental para gestão de recursos hídricos: livro de orientação para o educador. São Paulo: Consórcio PCJ, 2003
Meios físico e biótipo
  • L Deon
  • M Silva
  • G P Rppn
  • Mo 'ã
CHAMI, L.; DEON, M.; SILVA, G.P. RPPN MO'Ã: Meios físico e biótipo. Disponível em: <http://www.sema.rs.gov.br/upload/Estudo%20T%C3%A9cnico.pdf>. Acesso em 06 de Julho de 2016
Descrição de Espécies Florestais: CEPPA
  • Florística
Florística. Descrição de Espécies Florestais: CEPPA, 2008. Disponível em <http://www.unicruz.edu.br/floristica/descricao.php>. Acesso em 13 de Nov. de 2016.
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze. Disponível em http
  • Flora Digital
FLORA DIGITAL. Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze. Disponível em http://www.ufrgs.br/fitoecologia/florars/open_sp.php?img=1179. Acesso em 14 de Nov. de 2016
Trilhas: como facilitar a seleção de pontos interpretativos
  • T C Magro
  • V M Freixêdas
MAGRO, T.C.; FREIXÊDAS, V.M. Trilhas: como facilitar a seleção de pontos interpretativos. Circular Técnica IPEF n. 186, Setembro de 1998.
Manual de Introdução à Interpretação Ambiental
  • Projeto Doces Matas
PROJETO DOCES MATAS. Manual de Introdução à Interpretação Ambiental. Belo Horizonte: IEF: IBAMA. Fundação Biodiversitas, 2002.