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Orientation and self-orientation in sessions conducted by experienced and inexperienced behavior-analytic therapists

Authors:
  • Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Brasil, Rondonopólis

Abstract and Figures

In order to understand the control by rules in therapy, the study verified the presence of orientation and self-orientation in sessions held by experienced and less experienced behavior-analytic therapists and if there were differences in their degree of specificity. Orientation meant indication given by the therapist outside the therapy session. When issued by the client, self-orientation was registered. Six less experienced and six experienced therapists participated in the study. Each recorded three sessions of three adult clients who had no specific diagnostic. The experienced behavior therapists presented a wide variation in the use of orientation among clients and sessions and in average they oriented more than the less experienced. The majority of the experienced behavior therapists clients self-oriented more than those of the less experienced. Orientation and self-orientation for specific action prevailed. One or more orientations and self-orientations occurred in sessions conducted by behavior-analytic therapists, suggesting that emission and rule alterations can lead to change in the therapeutical process.
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Orientação e Auto-orientação em Atendimentos de Terapeutas
Analítico-comportamentais Experientes e Pouco Experientes¹
Orientation and Self-orientation in Sessions Conducted by Experienced
and Inexperienced Behavior-analytic Therapists
Juliana Cristina Donadone
Sonia Beatriz Meyer
2
3
Departamento de Psicologia Clínica
do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
¹Artigo referente à dissertação de mestrado da primeira autora.
²Doutoranda em Psicologia Clinica IP/USP-SP. E-mail: judonado@terra.com.br
³Docente do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de São Paulo. E-mail: sbmeyer@usp.br
Resumo
Abstract
Em busca de uma melhor compreensão do controle por regras em terapia, verificou-se a presença
de orientação e auto-orientação em sessões de terapeutas analítico-comportamentais experientes e
pouco experientes e se estas se diferenciavam quanto ao grau de especificidade. Foi considerada
“orientação” uma indicação do terapeuta do que fazer fora da sessão e “auto-orientação” quando
essa indicação era emitida pelo cliente. Participaram seis terapeutas pouco experientes e três
experientes, cada um atendendo três clientes adultos por três sessões. Terapeutas experientes
apresentaram grande variação quanto ao uso da orientação entre clientes e entre sessões e, em
média, orientaram mais que os pouco experientes. A maioria dos clientes dos terapeutas
experientes se auto-orientou mais que os dos outros terapeutas. Predominaram orientações e auto-
orientações para ação específica. Uma ou mais orientações e auto-orientações ocorreram em
sessões conduzidas por terapeutas analítico-comportamentais, sugerindo que emissão e alteração
de regras podem contribuir com mudanças no processo terapêutico.
Palavras-Chave: terapeutas analítico-comportamentais; experiência, orientação, auto-orientação.
In order to understand the control by rules in therapy, the study verified the presence of orientation
and self-orientation in sessions held by experienced and less experienced behavior-analytic
therapists and if there were differences in their degree of specificity. Orientation meant indication
given by the therapist outside the therapy session. When issued by the client, self-orientation was
registered. Six less experienced and six experienced therapists participated in the study. Each
recorded three sessions of three adult clients who had no specific diagnostic. The experienced
behavior therapists presented a wide variation in the use of orientation among clients and sessions
and in average they oriented more than the less experienced. The majority of the experienced
behavior therapists clients self-oriented more than those of the less experienced. Orientation and
self-orientation for specific action prevailed. One or more orientations and self-orientations
occurred in sessions conducted by behavior-analytic therapists, suggesting that emission and rule
alterations can lead to change in the therapeutical process.
Key words: behavior therapists; experience, orientation, self-orientation.
ISSN 1517-5545
2005, Vol. VII, nº 2, 219-229
Revista Brasileira de
Terapia Comportamental
e Cognitiva
219
Juliana Cristina Donadone - Sonia Beatriz Meyer
Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn. 2005, Vol. VII, nº 2, 219-229
220
Processos Responsáveis por Mudanças Psi-
co-terapêuticas
Orientação de acordo com Skinner
Comportamento modelado por contingên-
cias e comportamento governado por regras
Atualmente, ocorrem debates sobre quais são
os processos responsáveis por mudanças
ocorridas em psicoterapias. Meyer (2004), por
exemplo, analisou quais dos processos com-
portamentais estudados por Skinner e seus
seguidores podem ser responsáveis por tais
mudanças, sugerindo que mudanças compor-
tamentais produzidas pela terapia poderiam
ou ser prioritariamente modeladas por contin-
gências da relação terapêutica ou principal-
mente governadas por novas regras produ-
zidas na terapia.
Alguns autores comportamentais apontam
que mudanças ocorridas em terapia se dão
através de procedimentos estruturados e do
controle por regras (Skinner, 1989, Matos,
2001). Já autores como Hayes, Kohlenberg e
Melacon (1989) e Follette, Naugle e Callaghan
(1996) afirmam que a história de aprendiza-
gem e a modelagem adquirida na interação
com o terapeuta são um importante mecanis-
mo de mudança.
É importante produzir evidências empíricas
para ajudar na análise teórica sobre os pro-
cessos de mudança clínica. Entendeu-se que o
primeiro passo para isso seria verificar se
aparecem regras que poderiam indicar mu-
danças comportamentais durante atendi-
mentos de analistas do comportamento. Pare-
ceu relevante, também, constatar quem emite
tais regras, o terapeuta ou o cliente. As regras
analisadas foram as orientações e auto-
orientações.
Para Skinner (1974/1982), orientação pode ser
entendida como uma descrição do compor-
tamento feita pelo falante a ser executado pelo
ouvinte, com indicação explícita ou implícita
das conseqüências da ação desse ouvinte.
Com base nessa definição, é possível afirmar
que auto-orientação é uma descrição do com-
portamento feita pelo cliente a ser executado
por ele mesmo, com indicação explícita ou im-
plícita das conseqüências da ação. Nesse sen-
tido, a diferença entre a orientação e a auto-
orientação é que, no segundo caso, a pessoa
descreve o comportamento que ela mesma
deverá fazer.
As orientações englobam ordens, avisos e
conselhos que são diferentes formas de regras
(Skinner, 1974/1982). Uma pessoa que esteja
seguindo uma orientação, aceitando um
conselho, prestando atenção a um aviso,
obedecendo a leis e regras, não se comporta
exatamente da mesma maneira que outra que
tenha sido exposta diretamente às contin-
gências, porque uma descrição das contin-
gências nunca é completa ou exata (usual-
mente, é simplificada para poder ser ensinada
ou compreendida com facilidade) e porque as
contingências de apoio raras vezes são manti-
das plenamente. O controle exercido por
orientações, conselhos, regras ou leis é mais
ostensivo do que o exercido pelas próprias
contingências, em parte porque este é menos
sutil, enquanto aquele, por isso mesmo, pare-
ce significar maior contribuição pessoal e
valor interno (Skinner, 1974/1982).
O comportamento modelado por contingên-
cias é aquele mantido por conseqüências rela-
tivamente imediatas que não dependem do
ato de ouvir ou ler uma regra, mas apenas da
interação com contingências. A probabilidade
futura de emissão de resposta é determinada
pela relação entre a resposta e o reforçador
produzido por ela havendo necessidade de
uma exposição geralmente longa às conse-
qüências, o que pode ser pouco prático, espe-
cialmente quando as conseqüências produ-
zidas pelo comportamento são muito adiadas
ou escassas, tornando-se, portanto, ineficazes
na modificação de comportamentos; ou ainda,
quando os comportamentos que seriam mo-
delados pelas contingências em vigor são in-
desejáveis (Skinner, 1969/1975).
Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn. 2005, Vol. VII, nº 2, 219-229 221
Orientação e Auto-orientação
O comportamento governado por regras é
aquele controlado por uma descrição verbal e
que pode induzir homens a se comportarem
de modo efetivo sem que haja necessidade de
exposição, geralmente longa, às conseqüên-
cias descritas (Skinner, 1966).
Matos (2001) descreveu a distinção feita por
Zettle e Hayes entre dois tipos de comporta
mentos governados por regras:
(em inglês “pliance”) e (em inglês
“tracking”). Um comportamento aquiescente
seria aquele que depende essencialmente de
contingências sociais (a pessoa é reforçada
diretamente por seguir a regra); um compor
tamento de rastreamento depende essencial
mente de correspondência entre o comporta
mento verbal e eventos ambientais. Uma nor
ma, uma lei ou um costume controlam com
portamentos de aquiescer; uma instrução ou
uma descrição de um trajeto controlam com
portamentos de rastrear. Pode-se dizer que a
conseqüência instrucional típica é a aprova
ção social, e a do comportamento indicado
pela regra é a conseqüência (Matos,
2001). Há casos extensamente pesquisados em
que as duas conseqüências produzem com
portamentos incompatíveis. Essas situações
podem gerar a denominada insensibilidade a
contingências colaterais.
Quando o comportamento operante fica mais
sob o controle das contingências de aprovação
social, dizemos que tal comportamento está
'insensível' às contingências naturais ou às
programadas pelo experimentador (Nico,
1999).
A redução na sensibilidade às contingências,
entretanto, não pode ser considerada uma
característica inerente ao controle por regras,
já que tal redução é modulada por diversos
aspectos, conforme indicado em estudos
experimentais, como: conteúdo das instru-
ções, variabilidade comportamental, densida-
de de reforços, história de reforçamento, grau
de discriminabilidade. Considerando o con-
teúdo das instruções, quanto mais elas espe-
cificam o comportamento a ser executado,
maior a insensibilidade produzida (para
maiores detalhes ver Donadone, 2004, Abreu-
Rodrigues e Sanabio, 2004, Meyer, 2005).
A estratégia de orientação é claramente uma
estratégia de controle por regras tanto em sua
topografia como em sua função. Na presente
pesquisa atentou-se que diferentes tipos de
orientação (regras) poderiam produzir dife-
rentes resultados (levando-se em conside-
ração a literatura sobre regras). Dessa forma,
orientações para ação genérica e orientações
para encoberto, por serem orientações que
não descrevem acuradamente o que deve ser
feito - e sim qual o objetivo a ser atingido-, são
menos especificas e, portanto, possivelmente
gerem menos insensibilidade às contingên-
cias naturais. Já orientações para ação especí-
fica e para tarefa especificam exatamente o
que deve ser feito para se chegar a um objetivo
determinado. Estes dois últimos tipos de
orientações citados têm maior possibilidade
de gerar insensibilidade às contingências na-
turais. Essas afirmações também são válidas
para as auto-orientações, não importando que
ouvinte e falante sejam a mesma pessoa.
O uso da orientação como uma das formas de
produzir mudanças por regras pode ter vários
determinantes: a abordagem teórica compor-
tamental, que tem produzido intervenções
bem-sucedidas com o uso de procedimentos
padronizados envolvendo orientação; a expe-
riência clínica, durante a qual pode ter havido
reforço diferencial do emprego de estratégias
diretivas; a história de vida dos diferentes
clientes, assim como a própria resposta às
orientações (Meyer e Donadone, 2002).
Quanto à abordagem teórica, terapeutas com-
portamentais são considerados diretivos, e
seus programas terapêuticos compreendem
procedimentos específicos, guiando e enco-
rajando os esforços do cliente nas sessões de
tratamento e na vida diária. Já terapias psico-
dinâmicas consideram que dar sugestões não
é uma atuação psicoterapêutica “evocativa”
-
aquiescência
rastreamento
-
-
-
-
-
-
-
colateral
-Variáveis que podem interferir no uso da
orientação em psicoterapia
Juliana Cristina Donadone - Sonia Beatriz Meyer
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ou que propicie descobertas (Garfield, 1995).
No entanto, tais terapeutas consideram que há
casos em que a orientação direta se mostra ne-
cessária em situações em que o cliente está em
risco ou temporariamente não é capaz de fazer
opções.
Já quanto à experiência, vários estudos de-
monstram que quanto à formação de vínculo,
não há diferenças significativas entre tera-
peutas experientes e pouco-experientes (Gar-
filed, 1995; Dunkle e Friedlander 1996; Prado,
2002; Novaki, 2003). Mas a experiência pode
ser determinante na forma como os terapeutas
vão comportar-se ao longo das sessões. Se-
gundo Hackney e Nye (1977), terapeutas ini-
ciantes são mais agitados, falantes e diretivos.
Com base na afirmação desses autores, consi-
derou-se necessário comparar se havia dife-
renças entre a emissão de orientação por tera-
peutas comportamentais experientes e pouco
experientes.
Quanto à história de vida dos clientes, Hayes,
Kohlenberg e Melacon (1989) afirmaram que
muitas desordens clínicas envolvem pro-
blemas no controle verbal, como os quatro a
seguir: (a) problemas do cliente na formulação
de auto-regras; (b) nas regras aprendidas; (c)
no não-seguimento de regras; (d) no segui-
mento excessivo de regras. Assim, há casos em
que o controle por regras é desejável e outros
em que é indesejável. Nesse caso, dois cursos
terapêuticos parecem disponíveis: evitar
controle verbal ou alterá-lo de forma a dimi-
nuir os efeitos de produção de insensibilida-
de, sendo que o único tipo de regra formal-
mente estimulado seria a descrição verbal das
contingências envolvidas em experiências vi-
vidas (Hayes e cols, 1989).
Quanto à resposta dos clientes a orientações,
Beutler, Molero e Talebi (2002) afirmaram que
clientes são considerados resistentes quando
rejeitam conselhos e não respondem à maioria
das intervenções de seus terapeutas.
Esta pesquisa tinha como objetivo verificar: a)
se terapeutas comportamentais utilizam a es-
tratégia de orientar seus clientes; b) se há dife-
renças quanto à freqüência de orientações por
terapeutas comportamentais experientes e
pouco experientes; c) se há diferenças quanto
à ocorrência de orientação para ação espe-
cífica, orientação para ação genérica, orien-
tação para tarefa e orientação para encoberto
utilizadas por terapeutas experientes e pelos
pouco experientes; d) se clientes se auto-
orientam; e) quais os subtipos de auto-orien-
tação mais comuns e h) se eles aparecem com
freqüências diferentes quando se comparam
clientes de terapeutas experientes e pouco
experientes.
Participaram desta pesquisa, seis terapeutas
pouco experientes (T.P.E.1A; T.P.E.2A;
T.P.E.1B; T.P.E.2B; T.P.E.1C e T.P.E.2C) e três
terapeutas experientes (T.E.D; T.E.E e T.E.F.).
Os terapeutas pouco experientes tinham o
mínimo de dois anos e nove meses de expe-
riência clínica e o máximo de três anos de ex-
periência em atendimento clínico, e foram
divididos em três duplas com base na facul-
dade de graduação e o supervisor em comum.
Quanto aos terapeutas experientes, o mínimo
de experiência em atendimentos foi de 15 anos
e o máximo de 28 anos. Quanto ao número de
casos atendidos pelos T.P.E., este variou de 10
a 100 casos. Já para os T. E, variou de 100 a 1400
casos. A Tabela 1 traz informações sobre os
terapeutas participantes na época da coleta de
dados.
Os nove terapeutas atenderam 27 clientes,
sendo 22 do sexo feminino e cinco do sexo
masculino. A idade variou de 18 a 54 anos, e o
estado civil predominante foi solteiro (19
clientes), seguido de casados (seis clientes) e
divorciados (dois clientes). A duração da te-
rapia (na época da coleta de dados) variava de
quatro meses a quatro anos (ver Tabela 1).
Objetivos
Método
Participantes
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Orientação e Auto-orientação
Ambiente
Procedimento de coleta de dados
Subtipos de Orientação
1.
2.
3.
Resultados e discussão
As sessões utilizadas nesta pesquisa foram,
em sua maioria, gravadas em clínicas parti-
culares. As sessões de um Terapeuta Expe-
riente e de um Terapeuta Pouco Experiente
foram gravadas numa clínica-escola de uma
universidade. As sessões de um outro Tera-
peuta Pouco Experiente foram gravadas em
um ambulatório de um hospital particular.
Solicitaram-se, aos terapeutas, gravações em
áudio ou em vídeo de três sessões com quais-
quer três diferentes clientes adultos. Ofere-
ceram-se, a todos os participantes, os grava-
dores, as fitas e pilhas para a realização da
coleta de dados. O tempo de gravação de cada
sessão deveria ser de uma hora, e as sessões
não deviam ser as iniciais, pois haveria baixa
probabilidade de haver orientações nas pri-
meiras sessões, uma vez que o início da
terapia é uma fase predominantemente de co-
leta de dados e de estabelecimento de vínculo.
Redigiu-se um documento de consentimento
informado, no qual se pediu a autorização dos
clientes para a gravação das sessões e para a
sua utilização em pesquisas. Esse documento
também continha todos os esclarecimentos
necessários sobre as pessoas autorizadas a
manusearem o material produzido e sobre o
sigilo das informações e de qualquer tipo de
identificação do cliente. Aos terapeutas,
foram entregues um documento de consen-
timento informado, semelhante ao do cliente e
um questionário solicitando informações ge-
rais.
As fitas gravadas foram transcritas, as falas
numeradas e categorizadas. As medidas to-
madas neste estudo foram: número de pala-
vras emitidas por sessão pelo terapeuta e pelo
cliente; número de palavras emitidas em falas
contendo orientação/auto-orientação (orien-
tações/auto-orientações novas, repetições,
continuação); número de orientações e de
auto-orientações; número de cada subtipo da
orientação/auto-orientação.
orientação
para que o cliente se comporte da forma indi
cada em seu cotidiano, especificando a topo
grafia do comportamento a ser desenvolvido.
- orientação
para que o cliente se comporte da forma indi
cada em seu cotidiano, porém não indicando a
ação que deverá ser executada, e sim qual o
resultado a ser atingido com qualquer topo
grafia de comportamento;
- orientação para
que o cliente reflita sobre um tema proposto
ou observe suas ações e pensamentos;
4. - orientação para que o
cliente execute uma tarefa proposta.
As mesmas categorias foram utilizadas para
as auto-orientações, sendo que a única dife-
rença existente é que, ao invés de ser o tera-
peuta a emitir tais subtipos de orientação, era
próprio cliente que as emitia para que ele
mesmo as realizasse.
Os dados coletados foram submetidos à aná-
lise estatística com o uso do pacote estatístico
computadorizado, o SPSS. As análises feitas
foram: a ANOVA (e seu complemento - teste
de Tukey) e o Teste de Igualdade de Duas
Proporções. Realizou-se também uma análise
descritiva utilizando-se o Intervalo de Con-
fiança.
Primeiramente, verificou-se se a estratégia de
orientação estava presente nas sessões ana-
lisadas assim como a proporção de orientação
encontrada na amostra.
De um total de 81 sessões, em 79 (97,5%)
ocorreu a estratégia de orientação, ou seja, a
orientação foi usada em praticamente todas as
sessões. Quando se compararam o número de
sessões dos terapeutas experientes e o dos
terapeutas pouco experientes, constatou-se
que 100% das sessões dos terapeutas pouco
experientes e 92,6% das sessões dos terapeutas
experientes continham orientações a seus
Orientação para ação específica -
-
-
Orientação para ação genérica
-
-
Orientação para encoberto
Prescrição de tarefa
Juliana Cristina Donadone - Sonia Beatriz Meyer
Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn. 2005, Vol. VII, nº 2, 219-229
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clientes, sendo esta diferença estatisticamente
significativa.
Auto-orientação ocorreu em 43 sessões (53,1%
das sessões analisadas), não havendo diferen-
ças significativas entre o uso e não uso dessa
estratégia. Os clientes dos terapeutas expe-
rientes se auto-orientaram em 66,7% das
sessões, já os dos terapeutas pouco experien-
tes, em 46,3% das sessões. Apesar de os clien-
tes dos terapeutas experientes se auto-orien-
tarem mais que os clientes dos terapeutas
pouco experientes, essa diferença não chegou
a ser estatisticamente significante.
Ao analisar a proporção média (média ponde
rada) das sessões dedicadas à orientação cons
tatou-se que os terapeutas, experientes ou
não, empregaram orientações ou chegaram a
usá-la com 63,36% das palavras da sessão,
sendo a média de 17,5% das palavras de suas
sessões dedicadas à estratégia de orientação.
Os terapeutas pouco experientes variaram
entre 0% de orientação a 50,42%, utilizando-a
em média 9,6% . Destaca-se, nesse resultado,
a grande variabilidade encontrada na
utilização da estratégia de orientação por
terapeutas experientes (ver Figura 1)
Quanto aos clientes dos terapeutas expe-
rientes, em média 1,5% do que eles falavam
eram auto-orientações (variação entre 0% e
8,15%). Já quanto aos clientes dos terapeutas
pouco experientes, em média, apenas 0,6% do
que eles falavam foram auto-orientações
(variação entre 0% e 4,77%). A diferença en-
contrada quanto à utilização da estratégia de
auto-orientação por clientes dos terapeutas
experientes e clientes dos terapeutas pouco
experientes foi significativa. Talvez a baixa
ocorrência de auto-orientação principalmente
pelos clientes dos terapeutas pouco experien-
tes se deva ao fato de que se auto-orientar é um
comportamento modelado na relação
terapêutica e, sendo mais complexo, sua
aquisição também deve ser mais complexa.
Após a verificação da presença e da proporção
da estratégia de orientação nas sessões ana-
lisadas, realizou-se a comparação entre as du-
plas de terapeutas pouco experientes. A pri-
meira comparação foi entre os membros de ca-
da dupla (TPE1A comparado com TPE2A;
TPE1B com TPE2B, e TPE1C com TPE2C).
Nesta comparação, observou-se que as duplas
apresentaram um desempenho similar em
relação à média de palavras emitidas em falas
com orientação (ou seja, as diferenças entre as
médias de palavras em falas com orientação
de cada um não foram significativas), o mes-
mo ocorrendo para os clientes desses tera-
peutas quanto à auto-orientação.
Quando se compararam as diferentes duplas
de terapeutas pouco experientes (T.P.E.1A e
T.P.E.2A; T.P.E.1B e T.P.E.2B; T.P.E.1C e
T.P.E.2C), observou-se que, em média, não
havia diferenças estatisticamente significa-
tivas entre o número de palavras em falas com
orientação dos terapeutas pouco experientes
das diferentes universidades. Quanto à média
de auto-orientações emitidas pelos clientes,
não houve diferenças significativas ao se
realizar a comparação das diferentes duplas.
Pode-se afirmar que, de modo geral, a
formação em diferentes universidades não se
correlaciona com a utilização da estratégia de
orientar. Também não houve diferenças signi-
ficativas quanto à emissão de auto-orientação
pelos clientes desses terapeutas.
Ao se compararem os terapeutas experientes
(Terapeuta Experiente D, Terapeuta Expe-
riente E e Terapeuta Experiente F), verificou-
se que Terapeuta Experiente E apresentou
um maior número de palavras em falas com
orientação que os demais terapeutas. Os clien-
tes do Terapeuta Experiente D se auto-orien-
taram significativamente mais que os clientes
dos terapeutas E e F. A comparação entre os
terapeutas experientes sugere que, quanto à
orientação, não houve diferenças médias
significativas, apesar de o Terapeuta Expe-
riente E haver orientado mais seus clientes
que os terapeutas D e F. Quanto à auto-orien-
tação, o fato de os clientes do Terapeuta
Experiente D se auto-orientarem significati-
vamente mais que os outros sugere que o
estilo pessoal do terapeuta, a história de vida
dos diferentes clientes, assim como a própria
-
-
.
Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn. 2005, Vol. VII, nº 2, 219-229 225
Orientação e Auto-orientação
resposta à orientações são variáveis provavel-
mente responsáveis pela diferença.
Utilizou-se o SPSS para detalhar mais a aná-
lise através dos gráficos tipo Bloxplot, em que
foram comparadas as distribuições da orien-
tação emitidas por terapeutas experientes e
terapeutas pouco experientes.
5427N=N =
NPFOPENPFOE
1000
800
600
400
200
0
-200
Figura 1: Comparação da distribuição do número de palavras em falas com orientação dos terapeutas experientes (NPFOE) e pouco
experientes (NPFOPE).
Os gráficos da Figura 1 e 2 fornecem as
seguintes informações: a) mediana, que são os
traços dentro de cada caixa apresentada no
gráfico; b) variabilidade, que são os tamanhos
das caixas que contém 50% da amostra, c)
pontos de máximo, que são os traços acima
das caixas; d) pontos de mínimo, que são os
traços abaixo das caixas. Os pequenos círculos
representam (resultados discrepantes)
e os asteriscos representam os resultados
extremos.
Ao observar os gráficos do NPFOE (número
de palavras em falas com orientação dos tera-
peutas experientes) e NPFOPE (número de
palavras em falas com orientação dos tera-
peutas pouco experientes) é possível visua-
lizar, com clareza, o que foi analisado anterior-
mente nos testes estatísticos. Observa-se que
há maior variabilidade na utilização da orien-
tação pelos terapeutas experientes do que
pelos terapeutas pouco experientes. Esse re-
sultado chama a atenção, uma vez que o
número de terapeutas pouco experientes era
maior que o número de terapeutas expe-
rientes. Uma possível explicação para essa
grande variabilidade apresentada pelos tera-
peutas experientes é que estes ousam mais e
respondem mais ao que ocorre nas sessões, ao
tema trazido pelo cliente e mesmo à reação do
cliente à emissão de orientação. Assim, cada
momento da sessão é único, e não há apre-
sentação de um padrão fixo de comportamen-
to por parte desses terapeutas. Já os terapeutas
pouco experientes poderiam estar mais sob o
controle do como proceder, e não ousando
muito. Pareceram responder mais em relação
ao procedimento geral do que ao momento
terapêutico em particular. Esses dados, no
entanto, permitem concluir, apenas, que é
muito difícil determinar o que está contro-
lando o comportamento de orientar. Ora
parece ser o cliente, ora parece ser o terapeuta,
ora parece não ser nenhum dos dois e sim
outras variáveis como o tema abordado; e,
finalmente, há momentos em que o que parece
determinar a utilização da estratégia de
orientação é uma mistura de todos esses
elementos.
Foram utilizados também os gráficos do tipo
para comparar a distribuição de auto-
orientação emitida pelos clientes dos terapeu
tas experientes e clientes dos terapeutas pouco
experientes.
outliers
Bloxplot
-
Juliana Cristina Donadone - Sonia Beatriz Meyer
Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn. 2005, Vol. VII, nº 2, 219-229
226
2754N=N =
NPFAOENPFAOPE
600
500
400
300
200
100
0
-100
Figura 2: Comparação da distribuição do número de palavras em falas com auto-orientação dos terapeutas pouco experientes
(NPFAOPE) e experientes (NPFAOE).
Ao observar os gráficos do NPFAOE (número
de palavras em falas com auto-orientação dos
clientes dos terapeutas experientes) e
NPFAOPE (número de palavras em falas com
auto-orientação dos clientes dos terapeutas
pouco experientes) é possível visualizar que
os clientes dos terapeutas experientes
emitiram um maior número de palavras em
falas com auto-orientação que os clientes dos
terapeutas pouco experientes. Os clientes dos
terapeutas experientes também apresentaram
maior variabilidade que os clientes dos
terapeutas pouco experientes.
Uma possível explicação para o maior número
de auto-orientações nas sessões dos terapeu-
tas experientes seria a de que terapeutas expe-
rientes podem ter mais condições de reali-
zarem suas intervenções terapêuticas basea-
das na modelagem direta do comportamento
verbal, incluindo a modelagem de auto-
regras. Seria interessante que futuras pes-
quisas pudessem esclarecer essa questão.
Além de analisar o número de palavras em
falas com orientação e auto-orientação, outra
análise considerou o número de falas com
orientação e o número de falas com auto-
orientação, assim como seus subtipos. A
Tabela 2 refere-se às análises sobre a média do
total de falas com orientação e de cada subtipo
de falas com orientação.
Tabela 1 – Comparação entre a média de orientação e seus subtipos emitidos por terapeutas experientes e pouco ex-
perientes.
Falas com
Orientação
(TOTAL)
Falas com
Orientação p/ Ação
Específica.
Falas com
Orientação p/ Ação
Genérica.
Falas com
Orientação p/
Tarefa
Falas com
Orientação para
Encoberto.
Orientação
Exp. P. Exp. Exp. P. Exp. Exp. P. Exp. Exp. P. Exp. Exp. P. Exp.
Média 6,78 5,15 4,11 2,07 1,19 1,33 - 0,39 1,48 1,35
Mediana 6442110011
Desvio Padrão 5,76 3,17 4,50 2,01 1,44 1,61 - 0,98 1,97 1,43
Tamanho 27 54 27 54 27 54 27 54 27 54
p-valor 0,104 0,006* 0,688 0,043* 0,736
*diferença significativa estatisticamente.
Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn. 2005, Vol. VII, nº 2, 219-229 227
Orientação e Auto-orientação
Não há diferenças significativas entre a média
de orientações emitidas pelos terapeutas
experientes e pouco experientes. No entanto,
quando a análise recai sobre os subtipos de
orientação, apenas se encontra diferença
significativa nas falas com orientação para
ação específica mais utilizadas pelos tera-
peutas experientes. Quanto às falas com orien-
tação para tarefa, houve diferença signifi-
cativa entre os terapeutas, sendo apenas utili-
zadas pelos terapeutas pouco experientes. No
entanto, como a utilização foi extremante
baixa (próxima de zero), deve-se olhar esta
diferença estatisticamente significativa com
ressalvas e deve-se lembrar que os terapeutas
analíticos comportamentais não têm advo-
gado o uso de tarefas. Isso poderia explicar o
baixo uso de orientação para tarefa. Quanto às
falas com orientação para ação genérica e falas
com orientação para encobertos, não existe
diferença média estatisticamente significante
entre os grupos de terapeutas experientes e
poucos experientes.
Usar orientação para tarefa e orientação para
ação específica como forma de produzir
mudanças terapêuticas merece análise, tendo
em vista um corpo da literatura básica que
alerta para o fato de que, ao se emitirem regras
específicas, corre-se o risco de que a pessoa
responda apenas às regras e não às contin-
gências naturais (Abreu-Rodrigues e Sanabio,
2004).
Danforth, Chase, Dolan e Joyce (1990) afirma-
ram que o conteúdo das instruções é um fator
importante, pois quando a regra especifica
com exatidão a tarefa, ocorrem respostas
estereotipadas e insensibilidade comporta-
mental. Já quando as instruções, ou seja, as re-
gras são vagas, há um favorecimento de con-
trole pelas contingências.
A Tabela 3 apresenta os dados referentes à
comparação da emissão de auto-orientações
por clientes dos terapeutas experientes e
pouco experientes.
Tabela 2 - Comparação entre Auto-orientação e seus subtipos emitidos por terapeutas experientes e pouco experientes
Fala com Auto-
Orientação (TOTAL)
Fala com Auto-
Orientação para Ação
Específica.
Fala com Auto-
Orientação para Ação
Genérica
Fala com Auto-
Orientação para
Encoberto.
Auto Orientação
Exp. P. Exp. Exp. P. Exp. Exp. P. Exp. Exp. P. Exp.
Média 2,19 0,85 1,19 0,41 0,70 0,35 0,30 0,09
Mediana 1 0,5 1 0 0 0 0 0
Desvio Padrão 2,84 1,23 1,69 0,86 1,30 0,68 0,78 0,29
Tamanho 27 54 27 54 27 54 27 54
p-valor 0,004* 0,007* 0,111 0,091#
*diferença significativa estatisticamente; #tendência à diferença estatisticamente significante.
Os clientes dos terapeutas experientes se auto-
orientaram, em média, significativamente
mais que os clientes dos terapeutas pouco
experientes. Para o subtipo auto-orientação
para ação específica, os clientes dos terapeutas
experientes se auto-orientaram significati-
vamente mais. Quanto aos subtipos auto-
orientação para ação genérica e auto-
orientação para encobertos, os clientes dos
terapeutas experientes e pouco experientes
não apresentaram diferença média que pu-
desse ser estatisticamente significante entre os
grupos. Os clientes dos terapeutas experientes
e pouco experientes não se auto-orientaram
para tarefa. Como apontado na literatura, a
vantagem da emissão e seguimento de auto-
orientação é que não dependeriam da apro-
vação social do terapeuta, mas manteriam a
vantagem da rapidez de mudança.
Dez por cento da amostra da pesquisa foi
submetida ao julgamento de um juiz, para
cálculo de concordância, que foi de 83% para a
localização da fala do terapeuta, 89% para o
número de palavras nas falas com orientação,
Juliana Cristina Donadone - Sonia Beatriz Meyer
Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn. 2005, Vol. VII, nº 2, 219-229
228
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Cognitivo-comportamental: Práticas Clínicas.
Psychotherapy in Practice 58,
Journal of the Experimental Analysis of Behavior
54
Journal of Counseling Psychology 43
Behavior Therapy, 27
95% para a categorização da orientação, 91%
para a localização da fala do cliente, 100% para
o número de palavras nas falas com auto-
orientação e 100% para a categorização das
auto-orientações.
Os resultados sugerem que terapeutas ana-
lítico-comportamentais utilizam, em sua prá-
tica clínica, orientação, e que emissão de novas
regras em terapia poderia ser uma das razões
das mudanças comportamentais Nesta pes-
quisa, procurou-se controlar alguns determi-
nantes como: a abordagem teórica compor-
tamental, a variação de clientes, as flutuações
intra-sessões e a manipulação da variável ex-
periência. No entanto, não foi possível afirmar
o que determina o aparecimento da estratégia
de orientação, pois houve muita flutuação nos
resultados, e nem a variável manipulada e
nem as variáveis controladas conseguiram
explicar as flutuações. Ou seja, a orientação
não foi determinada nem claramente pela
experiência do terapeuta, nem claramente
pelas características de diferentes clientes e
nem pelas diferentes sessões.
Outra variável crítica poderia ser o momento
da terapia na coleta de dados. A amostra era
bem heterogênea; a coleta foi realizada em
diferentes fases de terapia dos diferentes
clientes; no entanto, também não se encontrou
correlação entre a presença ou não de orien-
tação e auto-orientação com a fase da terapia
dos diferentes clientes.
Estudos futuros também deveriam verificar o
efeito das orientações ou auto-orientações so-
bre o comportamento do cliente. O objetivo
deste estudo foi o de mapear a ocorrência de
orientações e auto-orientações, o que permitiu
inferir que a orientação, ou seja, a utilização de
regras, faz parte do processo de mudança.
Julga-se necessário, então, olhar mais aten-
tamente, momento a momento, o que está
controlando o comportamento de orientar dos
terapeutas através da análise funcional, pois,
como Skinner afirmou, comportamentos não
acontecem no vácuo. Ao identificar as condi-
ções caso a caso, identificam-se as variáveis
controladoras. O conjunto da literatura de psi-
coterapia aponta que as variáveis são com-
plexas, interagem, e é extremamente difícil
isolá-las. Ao olhar cada unidade de orien-
tação, podem-se verificar os possíveis diferen-
tes controles, o mesmo ocorrendo no caso da
auto-orientação. Futuras pesquisas devem ser
realizadas, permitindo um aprofundamento
dessas questões.
Conclusão
.
Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn. 2005, Vol. VII, nº 2, 219-229 229
Orientação e Auto-orientação
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21/07/2005
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Psychotherapy: An eclectic - Integrative Approach -
Aconselhamento: Estratégias e Objetivos
Rule-governed behavior: Cognition,
contingencies, and instructional control
Revista Brasileira de Terapia
Comportamental e Cognitiva 3
Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 4
Ciência do Comportamento Conhecer e Avançar
Análise do Comportamento: Pesquisa, Teoria e Aplicação,
Sobre Comportamento e Cognição.
Psicologia Comportamental e Cognitiva: da Reflexão Teórica à Diversidade da Aplicação,
Influência das experiências e de modelo na descrição de intervenções terapêuticas
Terapia via Internet e relação terapêutica
Problem
Solving: Research, Method, and Theory.
Os Pensadores
Sobre o Behaviorismo
Recent Issues in the Analysis of Behavior.
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Article
Full-text available
Behavior therapists provide rules (Skinner, 1989) and they are considered directive. Is thus orientation the main procedure followed by behavior therapists? Frequency of orientations (behavior description with explicit or implicit consequences) given by experienced behavior therapists was counted as well as the kind of orientation: orientation for action, for reflection or task orientation and also if they were specific or generic. One therapist taped 11 sessions with four clients, another nine sessions with two clients and a third one seven sessions with three clients. All therapists showed a low proportion of verbalizations with orientation, indicating that this was a not often used strategy. The fluctuations indicated negligible differences among therapists and clients. The orientations tended to be specific, the greatest differences among therapists was in the type of orientation given.
Article
Full-text available
The authors hypothesized that level of experience and selected personal characteristics of therapists would predict clients' perceptions of the working alliance early in treatment. 73 22–64-yr-old therapists in university settings completed measures that assessed level of self-directed hostility, perceived social supports, and degree of comfort with attachment, and their clients completed a measure that estimated the working alliance between the 3rd and 5th sessions of therapy. As predicted, level of self-directed hostility, perceived social support, and degree of comfort with closeness in interpersonal relationships were significantly predictive of the bond component of the working alliance. Contrary to predictions, experience level was not uniquely predictive of clients' alliance ratings on the goal and task components of the alliance. (PsycINFO Database Record (c) 2012 APA, all rights reserved)
Article
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Há interesse crescente não só no estudo dos resultados de psicoterapias, mas também nos processos responsáveis pelos resultados obtidos. De uma perspectiva analítico-comportamental discute-se se o processo de mudança psicoterápica se dá por formulação (e seguimento) de novas regras ou pela conseqüenciação direta de comportamentos emitidos na interação terapêutica. Mudanças ocorridas após orientação do terapeuta seriam governadas por regras. Por orientação entende-se uma descrição do comportamento feita pelo falante a ser executada pelo ouvinte com descrição explícita ou implícita das conseqüências da ação. A auto-orientação seria uma descrição feita pelo falante (nesta pesquisa, o cliente) a ser executado por ele mesmo. A pesquisa teve por objetivo analisar o efeito de quatro variáveis sobre o comportamento de orientar: a) formação teórica comportamental; b) experiência; c) clientes; d) temas abordados ou outras flutuações entre sessões. Participaram desta pesquisa seis terapeutas comportamentais pouco experientes e três experientes. Cada um gravou três sessões com três clientes adultos sem diagnóstico específico. As sessões foram transcritas e categorizadas, tendo sido contados o número de palavras e de falas com orientação e auto-orientação e seus subtipos. Os terapeutas comportamentais experientes orientaram significativamente mais seus clientes que os pouco-experientes. No entanto os terapeutas experientes apre. (Continuação) Entre os experientes e pouco-experientes ocorreram diferenças significativas referentes aos subtipos orientação para ação específica e orientação para tarefa, mas não houve diferenças significativas para os subtipos orientação para ação genérica e orientação para encoberto. Os terapeutas experientes emitiram significativamente mais orientação para ação específica e os terapeutas pouco-experientes significativamente mais orientação para tarefa. Os resultados sugerem que terapeutas comportamentais tendem a ser diretivos, ou seja, utilizam a estratégia de orientar seus clientes, mas em média menos de 20% das sessões dos terapeutas experientes e menos de 10% das sessões dos terapeutas pouco-experientes são usados com a estratégia de orientação. Dissertação (Mestrado).
Article
Full-text available
A repeated acquisition design was used to study the effects of instructions and differential reinforcement on the performance of complex chains by undergraduates. The chains required responding on a series of keys that corresponded to characters that appeared on a monitor. Each day, subjects performed a new chain in a learning session and later relearned the same chain in a test session. Experiment 1 replicated previous research by showing that instructional stimuli paired with the correct responses in the learning sessions, combined with differential reinforcement in both learning and test sessions, resulted in stimulus control by the characters in each link. Experiment 2 separated the effects of instructional stimuli and differential reinforcement, and showed that stimulus control by the characters could be established solely by differential reinforcement during the test sessions. Experiment 3 showed that when a rule specified the relation between learning and test sessions, some subjects performed accurately in the test sessions without exposure to any differential consequences. This rule apparently altered the stimulus control properties of the characters much as did differential reinforcement during testing. However, compared to differential reinforcement, the rule established stimulus control more quickly.
Article
In this brief didactic revision a few questions concerned to rule-governed behavior are discussed. It is shown that instructed behavior is less sensitive to contingencies than shaped behavior. However, contingency controlled behavior may become rule governed (self-rules). Complex motor behavior as well as those which depend upon subtle response differentiation are more easily taught by instructions but, once established, they may occur without those rules; and they may become completely under contingency control. That means that rules are useful to complement contingencies which are weak, remote, or too complex, as well as in situations of competition between opposing contingencies. However, as those contingencies become stronger (through a more efficient stimulus control or through establishing operations) they overcome rule control.
Chapter
If rule-govemed behavior is as ubiquitous as it seems, it is only logical that many clinical disorders involve problems in verbal control of one kind or another. At least four types of problems can be discerned.
Article
Behavior that solves a problem is distinguished by the fact that it changes another part of the solver's behavior and is strengthened when it does so. Problem solving typically involves the construction of discriminative stimuli. Verbal responses produce especially useful stimuli, because they affect other people. As a culture formulates maxims, laws, grammar, and science, its members behave more effectively without direct or prolonged contact with the contingencies thus formulated. The culture solves problems for its members, and does so by transmitting the verbal discriminative stimuli called rules. Induction, deduction, and the construction of models are ways of producing rules. Behavior that solves a problem may result from direct shaping by contingencies or from rules constructed either by the problem solver or by others. Because different controlling variables are involved, contingency-shaped behavior is never exactly like rule-governed behavior. The distinction must take account of (1) a system which establishes certain contingencies of reinforcement, such as some part of the natural environment, a piece of equipment, or a verbal community; (2) the behavior shaped and maintained by these contingencies; (3) rules, derived from the contingencies, which specify discriminative stimuli, responses, and consequences, and (4) the behavior occasioned by the rules.
Article
This paper presents a behavior analytic understanding of the functional components of the therapeutic relationship. Whereas other models of understanding therapy have offered interpretations of the importance of the client-therapist alliance, few have specified mechanisms responsible for mediating change that have a foundation in experimental psychology. Consistent with the radical behaviorally based Functional Analytic Psychotherapy (FAP), we describe, using a contemporary understanding of verbal behavior, how the therapist establishes him or herself as a provider of social reinforcement in order to shape change using contingent and noncontingent responding. We propose a reason why a limited amount of client-therapist contact can produce large changes in behavior. The paper closes with a description of a research strategy for evaluating the proposed model of effecting client change as a function of the therapeutic relationship.
Article
Theoretical literature is contradictory in most areas, but virtually all theories agree on the existence of patient resistance and propose similar implications, meanings, and effects of its manifestation. However, theories differ widely in both the assumed causes of resistance and the methods of dealing with resistant patients. Common to various theoretical definitions is an assumption that resistance is both a dispositional trait and an in-therapy state of oppositional, angry, irritable, and suspicious behaviors. Reactance is a special class of resistance that is manifest in oppositional and uncooperative behavior. Resistance bodes poorly for treatment effectiveness. Nondirective and paradoxical strategies have been found to be quite successful in overcoming resistant and reactant states, while matching low-directive and self-directed treatments with resistant patients circumvents the effects of resistance traits.
Processos comportamentais em psicoterapia
  • Meyer
Meyer (2004). Processos comportamentais em psicoterapia. Em: A. C. Cruvinel; A. L. F. Dias;