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Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p
original
RESUMO
Objetivo. Avaliar o índice de depressão em sujeitos pós-Acidente Vas-
cular Cerebral, submetidos à Fisioterapia no município de Campina
Grande, Paraíba. Método. Trata-se de uma pesquisa transversal, ex-
ploratória, descritiva e analítica, com abordagem quantitativa. Foram
avaliados 42 sujeitos pós-AVC distribuídos em instituições públicas
na cidade de Campina Grande, Paraíba, no ano de 2012, pelo Mini-
-Exame do Estado Mental (MEEM), questionário sociodemográco
e Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D). Os dados foram ex-
pressos em média, desvio padrão, frequência e distribuição de frequ-
ência através do programa Statistical Package for the Social Sciences
20.0. Estudo aprovado pelo CEP/UEPB sob n°0731.0.133.000-11.
Resultados. Quanto aos dados sociodemográcos, observou-se a
predominância do gênero feminino 57,1% e a média de idade de
56,98±12,09 anos, variando entre 23 e 75 anos. Em geral, quando
avaliado a presença e o grau de depressão nesses indivíduos através da
escala de HAM-D, foi possível observar um grande contingente entre
depressão moderada e grave, totalizando 50% da amostra. Se conside-
rado os indivíduos que apresentaram algum grau de Depressão, a si-
tuação se torna mais preocupante, 90,5% dos sujeitos se enquadraram
nessa situação. Conclusão. A depressão pós-AVC é um fator de risco
presente e foi relacionada com o gênero feminino, AVC isquêmico e
o prejuízo funcional.
Unitermos. Acidente Vascular Cerebral, Depressão, Saúde Pública,
Neuropsicologia.
Citação. Soares NM, Galdino GS, Araújo DP. Índice de Depressão
em sujeitos pós-AVC no Municipio de Campina Grande-PB.
ABSTRACT
Objective. Assess the level of depression in subjects post-stroke sub-
mitted to physiotherapy in Campina Grande, Paraíba. Method. It’s
cross-sectional, exploratory, descriptive and analytical, with quantita-
tive approach. Were assessed by the Mini-Mental State Examination
(MMSE), sociodemographic questionnaire and the Hamilton De-
pression Scale (HAM-D), 42 subjects poststroke distributed in pub-
lic institutions which provided physiotherapy in the city of Campina
Grande, Paraíba, in the year, 2012. e data were expressed as aver-
age, standard deviation, frequency and frequency distribution using
the Statistical Package for the Social Sciences 20.0. is study was
approved by the CEP/UEPB under number 0731.0.133.000-11.
Results. Considering the analysis data of socio-demographics, there
was a female predominance 57.1% and a mean age of 56.98 ± 12.09
years, ranging between 23 and 75 years. In general, when evaluated
the presence and degree of depression in these individuals through
the HAM-D, it was possible to observe a large contingent relation-
ships between moderate and severe depression, totaling 50% of the
sample. If considered individuals who had some degree of depression,
the situation becomes more worrisome, 90.5% of subjects not t this
situation. Conclusion. Post-stroke depression is a risk factor present
and was associated with female gender, ischemic stroke and functional
impairment.
Keywords. Stroke, Depression, Public Health, Neuropsychology.
Citation. Soares NM, Galdino GS, Araújo DP. Index of Depression
in Subjects Post-Stroke in the County of Campina Grande-PB.
Índice de Depressão em sujeitos pós-AVC no
municipio de Campina Grande - PB
Index of Depression in Subjects Post-Stroke in the County of Campina Grande - PB
Nayron Medeiros Soares1, Gilma Serra Galdino2, Doralúcia Pedrosa de Araújo3
Apoio: Suporte nanceiro do CNPq/UEPB
Endereço para correspondência:
Doralúcia Pedrosa de Araújo
Rua Baraúnas, 351, Bairro Universitário
Conselho Universitário, Universidade Estadual da Paraíba
CEP: 58429500 - Campina Grande-PB, Brasil
Telefone: (83) 33153337 Ramal: 3337
e-mail: doraluciapedrosa@hotmail.com
Original
Recebido em: 09/02/14
Aceito em: 30/05/14
Conito de interesses: não
Trabalho realizado no Laboratório de Neurociências e Comportamento
Aplicadas, Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual da Pa-
raíba (UEPB), Campina Grande-PB, Brasil.
1. Fisioterapeuta, Pós-graduando na UEPB, Campina Grande-PB, Brasil.
2. Médica Neurologista, Mestre em Saúde Coletiva, professora adjunta do De-
partamento de Fisioterapia da UEPB, Campina Grande-PB, Brasil.
3. Fisioterapeuta, Doutora em Ciências da Saúde, professora adjunta do De-
partamento de Fisioterapia da UEPB, Campina Grande-PB, Brasil.
doi: 10.4181/RNC.2014.22.02.931.6p
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INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma mor-
bidade comum, trata-se da terceira causa de morte na
maioria dos países, e a principal causa de incapacidade
a longo prazo1,2. A sequela funcional mais frequente é a
hemiparesia ou hemiplegia3,4 caracterizada pelo prejuízo
funcional do hemicorpo. Além desta, alterações leves ou
graves nas áreas cognitiva, motora e/ou funções psicoló-
gicas podem impossibilitar na reintegração familiar, pro-
ssional e social, o que diminui a qualidade de vida do
indivíduo5.
No AVC a complicação neuropsiquiátrica mais
frequente é a depressão6-8. No DSM-IV-TR9, os sintomas
clínicos da depressão caracteriza-se pelo humor deprimi-
do, tristeza, perda de interesse ou prazer em grande par-
te das atividades do dia a dia, seguidas por um período
mínimo de duas semanas e pode associar-se a insônia,
alterações no peso ou apetite, diminuição do processa-
mento cognitivo, agitação ou retardo psicomotor, fadiga
ou perda de energia, sentimentos de inutilidade ou culpa
excessiva e/ou inadequada, indecisão, pensamentos recor-
rentes sobre morte ou ideias suicidas, planos ou tentativas
de suicídio.
Estima-se que a depressão atinge 30% dos sobre-
viventes10, e tem sido associada ao aumento da mortali-
dade11, maior prejuízo funcional e cognitivo12, redução
na qualidade de vida13 e maior uso de serviços de saúde14.
A detecção e o tratamento precoce da depressão podem
potencializar a recuperação funcional15,16.
A preocupação para entender os índices de depres-
são e sua inuência na reabilitação neurológica contri-
bui para o desenvolvimento de estratégias no processo
de reabilitação, fato que desperta a investigação de meios
para reduzir o índice de depressão pós-AVC e melhorar
na condição geral do sujeito. A pesquisa teve como ob-
jetivo avaliar o índice de depressão em indivíduos pós-
-AVC submetidos à sioterapia no município de Campi-
na Grande-PB.
MÉTODO
Esse trabalho é um estudo originado a partir do
recorte do plano 1 do projeto intitulado “Inuência do
tratamento da depressão na reabilitação neurofuncional:
aplicação da Estimulação Magnética Transcraniana repe-
titiva”. Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratória,
descritiva e analítica, com abordagem quantitativa. Reali-
zada em instituições públicas que disponibilizaram aten-
dimento Fisioterapêutico na cidade de Campina Grande-
-PB, no ano de 2012.
O estudo adotou os aspectos éticos relativos à pes-
quisa com seres humanos conforme a Resolução 196/96
do CNS/MS. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) da Universidade de Estadual da Paraíba
(UEPB) sob o n° 0731.0.133.000-11. Foi elaborado um
Termo Institucional e as instituições concordaram com a
realização da pesquisa.
Amostra
A população foi composta por indivíduos com
diagnostico de AVC. Foram entrevistados 68 participan-
tes, todos já possuíam diagnósticos clínico de AVC e es-
tavam em tratamento Fisioterapêutico no município de
Campina Grande - PB e, destes, 26 foram excluídos da
pesquisa: 18 apresentaram alterações no estado mental,
usando a pontuação de corte do Mini-Exame do Estado
Mental (MEEM); 5 apresentaram afasia e 3 por desistên-
cia, totalizando, ao nal, uma amostra de 42 indivíduos.
Por conseguinte, avaliados pela Escala de Hamilton para
Depressão (HAM-D). Foram considerados os seguintes
critérios de inclusão: (1)Diagnóstico clínico de AVC; (2)
Hemiplegia/ hemiparesia em qualquer dimidio corporal;
(3)Não apresentar outras doenças neurológicas associa-
das; (4)Pacientes pós-AVC de no mínimo 6 meses. Foram
considerados os seguintes critérios de exclusão: (1)Apre-
sentar afasia que comprometa a compreensão do exame;
(2)Deciência visual não corrigida; (3)Apresentar outras
doenças neuropsiquiátricas, excluindo nesse contexto a
depressão; (4)Apresentar alterações no estado mental ou
décits cognitivos.
Considerando as informações sociodemográcas e
da saúde, os indivíduos com AVC selecionados para pes-
quisa tiveram média de idade de 56,98±12,09 anos (Ta-
bela 1), variando entre 23 e 75 anos, predomínio do gê-
nero feminino 57,1% (24), raça parda 42,9% (18) e AVC
isquêmico 59,5% (25). Quanto à ocorrência do AVC,
76,2% (32) tiveram um episódio e a lesão cerebral direi-
ta 69% (29) foi mais frequente. Na avaliação da marcha
16,7% (7) não realizavam, 23,8% (10) realizavam com
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auxilio e 59,5% (25) deambulam independentemente.
Procedimentos
Os pontos metodológicos do estudo foram escla-
recidos e os sujeitos que atenderam aos critérios de inclu-
são e exclusão, registraram sua concordância através do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Conseguinte, foram avaliados pelo MEEM publicado
197417, para rastreio cognitivo, adotando >23 como pon-
te de corte18. Após, foram avaliados pelo questionário
sociodemográco e da saúde, composto por idade, gê-
nero, estado civil, nível intelectual, diagnóstico clínico,
classicação do AVC, idade do primeiro e subsequentes
episódios de AVC, hemisfério cerebral acometido e dado
relativos à assistência em saúde e funcionalidade. Em se-
guida, foram avaliados pela Escala de Hamilton para De-
pressão (HAM-D), composta por 17 itens, tendo como
foco principal sintomas somáticos que caracteriza a gra-
vidade da depressão e classicada por escores acima de
25 pontos que identicam indivíduos gravemente depri-
midos; entre 18-24 moderadamente deprimidos, e entre
7-17 levemente deprimidos19.
Análise Estatística
Os dados foram expressos em média, desvio padrão, fre-
quência e distribuição de frequência através do programa
Statistical Package for the Social Sciences 20.0, versão em
Português.
RESULTADOS
Foi possível observar um grande contingente nas
relações entre Depressão moderada e grave, totalizando
50% da amostra. Se considerados os indivíduos que apre-
sentaram algum grau de Depressão, a situação se torna
mais preocupante, 90,5% (38) se enquadraram nessa si-
tuação (Gráco 1).
O gênero masculino, representando 42,9% (18)
da amostra, 38,9% (7) apresentou graus de depressão
moderada a grave (Tabela 1). Já no gênero feminino, re-
presentando 57,1% (24) da amostra, 58,3% (14) tive-
ram graus de depressão moderado a grave, identicando
maiores índices nesse gênero. Ainda, todos os indivíduos
classicados grau grave em HAM-D tinham lesão no he-
misfério direito. Quando somados os graus moderado e
grave, 58,7% (17) tinham lesão no hemisfério direito e
30,8% (4) no hemisfério esquerdo. Os maiores índices de
depressão leve foram nos indivíduos com lesão esquerda
53,8% (7). Quando avaliados os índices de depressão e a
classicação do AVC, podemos observar que a depressão
no grau grave foi maior em sujeitos com AVC hemorrá-
gico 37,5% (3).
O prejuízo funcional se caracteriza pela incapa-
cidade na realização de determinadas atividades conse-
quente a um comprometimento neurológico. Avaliando
o grau de incapacidade e a escala de HAM-D, percebeu-
-se que todos os indivíduos dependentes ou parcialmente
dependentes que utilizavam algum auxiliar de locomoção
apresentaram algum grau de Depressão (Tabela 2).
Tabela 1
Caracterização sociodemográca e da saúde dos indivíduos pós-AVC, sub-
metidos a Fisioterapia no Município de Campina Grande-PB, no ano
de 2012.
Variáveis Descrição da amostra
n (%)
Gênero
masculino
feminino
18 (42,9)
24 (57,1)
Idade
<50 anos
50-59 anos
> 60 anos
8 (19,0)
18 (42,9)
16 (38,1)
Raça
Brancos
Negros
Pardos
Amarelos
10 (23,8)
12 (28,6)
18 (42,8)
2 (4,8)
Ocorrências de AVC
Uma vez
Duas vezes
Três vezes
32(76,2)
8 (19,0)
2 (4,8)
Hemisfério cerebral comprometido
Direito
Esquerdo
29 (69,0)
13 (31,0)
Classicação
AVC Hemorrágico
AVC Isquêmico
Não souberam informar
8 (19,1)
25 (59,5)
9 (21,4)
Deambulação
Não realiza
Realiza com auxílio
Independente
7 (16,7)
10 (23,8)
25 (59,5)
AVC: Acidente Vascular Cerebral
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DISCUSSÃO
A depressão é comum entre os pacientes com AVC.
Em geral, foi possível observar o grau de depressão mode-
rada a grave em 50% da amostra. Se somássemos com a
gravidade leve da depressão, 90,5% se enquadraram nessa
situação. A depressão tem sido associada com o aumento
da mortalidade nessa população20,21.
Dentre os indivíduos selecionados, a maior reper-
cussão esteve no gênero feminino, 58,3% apresentaram
graus de depressão entre moderada a grave. Outros es-
tudos mostram maiores índices de depressão pós-AVC
no gênero feminino6,22, e associam-se a diminuição nas
atividades domesticas, diminuição da capacidade no tra-
balho em decorrência de incapacidade e a diminuição da
atividade social22.
Foram identicados maiores de depressão no AVC
isquêmico, enquanto os menores foram no AVC hemor-
rágico. As repercussões das lesões isquêmicas são conside-
radas risco de depressão pós-AVC23,24 e estão associadas ao
volume24 e localização da lesão25.
Observado o hemisfério comprometido, lesões no
direito foram mais frequentes 58,6%, quando avaliado
o grau de depressão moderado a grave. Alterações nes-
te hemisfério podem repercutir no mal prognóstico.
Todos aqueles com grau grave de depressão, apresen-
taram lesões no hemisfério direito. Há divergência na
lateralidade da lesão e suas inuências na depressão.
Autores realizaram uma revisão sistemática e identica-
ram em sete estudos o aumento do risco da depressão
em lesões no hemisfério direito26. Existem alterações na
espessura do córtex cerebral na depressão maior, ocor-
rem atroas em ambos os hemisférios cerebrais27. Nes-
se sentido, anormalidades volumétricas do córtex pré-
-frontal dorsolateral e região temporal medial estão
presentes em sujeitos com Depressão maior unipolar28.
O prejuízo funcional se caracteriza pela incapa-
cidade na realização de determinadas atividades conse-
quente a um comprometimento neurológico. Avaliando
o grau funcional da marcha e a escala de HAM-D, perce-
beu-se todos os indivíduos dependentes ou parcialmente
dependentes que utilizavam algum auxiliar de locomoção
apresentaram graus de depressão. Um estudo observou
que a depressão é mais comum em sujeitos com maior
deciência física22. Desse modo, pode associar-se a gravi-
Gráco 1
Índice e grau de depressão em indivíduos pós-AVC, submetidos à Fisioterapia no Município de Campina Grande-PB, no ano
de 2012.
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dade do prejuízo funcional e o risco de depressão.
Seja, no entanto, qual for à problemática apresen-
tada nesses aspectos, a criação de estratégias constitui va-
lioso recurso para reinserção do sujeito. Essas condições
podem inuenciar na qualidade de vida e até mesmo no
processo de reabilitação.
CONCLUSÕES
A depressão pós-AVC é um fator de risco presente
e pode ser inuenciada tanto por condições psicoemo-
cionais quanto alterações neurológicas. Os maiores ín-
dices de depressão pós-AVC estiveram relacionados ao
gênero feminino e o AVC isquêmico apoiando-se nos
dados da literatura. O prejuízo funcional determinou
um grande percentual de indivíduos com depressão pós-
-AVC. Evidencias encontradas neste estudo, indicaram
que a depressão pós-AVC, pode está relacionada com a
lateralização da lesão, porém, há divergência nos estudos
relacionados. Sugere-se a realização de novos estudos para
esclarecimento da relação hemisférica e a depressão pós-
-AVC.
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Tabela 2
Gênero, hemisfério cerebral acometido, classicação e funcionalidade comparada com Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D).
Escala de Hamilton para Depressão (HAM-D)
Sem alterações Grau leve Grau moderado Grau grave
GÊNERO
Masculino
Feminino
11,1% (2)
8,3% (2)
50,0% (3)
33,3% (8)
33,3% (1)
37,5% (7)
5,6% (1)
20,8% (5)
HEMISFÉRIO CEREBRAL
COMPROMETIDO
Esquerdo
Direito
15,4% (2)
6,9% (2)
53,8% (7)
34,5% (10)
30,8% (4)
37,9% (11)
0,0% (0)
20,7% (6)
CLASSIFICAÇÃO
AVC hemorrágico
AVC isquêmico
Não especicado (sem registro)
25,0% (2)
4,0% (1)
11,1% (1)
12,5% (1)
48,0% (12)
44,4% (4)
25,0% (2)
36,0% (9)
44,4% (4)
37,5% (3)
12,0% (3)
0,0% (0)
FUNCIONALIDADE
Não realiza marcha
Realiza marcha com auxílio
Deambula livremente
0,0% (0)
0,0% (0)
16,0% (4)
42,9% (3)
30,0% (3)
44,0% (11)
42,9% (3)
30,0% (3)
44,0% (11)
0,0% (0)
30,0% (3)
12,0% (3)
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