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Original Article
COMPORTAMENTO DE LARVAS DE Boophilus microplus EM PASTAGEM
DE Pennisetum purpureum*
BEHAVIOR OF Boophilus microplus LARVAE IN Pennisetum purpureum GRASS
John FURLONG**
Cristiane Nascimento BROVINI***
Ana Carolina de Souza CHAGAS****
RESUMO: Realizou-se o estudo do comportamento das larvas do carrapato Boophilus microplus,
em pastagem de Pennisetum purpureum. Foram feitas observações durante o verão (Jan. a Mar.) e o
inverno (Jun. a Ago.) de 1999, com seis repetições quinzenais para cada estação. As larvas foram acondicionadas
em seringas e colocadas na base da gramínea manejada a 1,60 metros de altura. Elas foram observadas às
6:30, 12:00 e 17:00 horas, três vezes na semana durante quinze dias para cada repetição. A temperatura e a
umidade foram medidas nos horários de observação. No inverno as larvas de B. microplus se localizaram em
posições superiores na gramínea, o que favorece o encontro com o hospedeiro. P. purpureum proporciona
um microambiente mais protegido para as larvas, que ficam mais ativas e dispersas com o aumento da
temperatura e com a diminuição da umidade relativa, dentro de cada estação. No verão elas ficam mais
ativas.
UNITERMOS: Boophilus microplus, Larva, Pennisetum purpureum, Comportamento, Ecologia.
* Parte da dissertação de Mestrado apresentada pelo segundo autor à Universidade Federal de Juiz de Fora , MG.
** Médico Veterinário, PhD., Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Rua Eugênio do Nascimento 610, 36038-330, Juiz de Fora, MG,
*** Bióloga, M.Sc.
**** Bióloga, Doutoranda em Ciência Animal na Universidade Federal de Minas Gerais.
Biosci J., v. 18, n. 1, p. 23-31, june 2002
FURLONG, J.; BROVINI, C. N.; CHAGAS, A. C. S.
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Comportamento de larvas de Boophilus microplus em pastagem de Pennisetum purpureum. Biosci J., v.18, n. 1, p. 23-31, june 2002
INTRODUÇÃO
Durante a fase não-parasitária Boophilus
microplus (Canestrini, 1887) (Acari: Ixodidae) sofre
influência do microclima da superfície do solo e/ou
da vegetação, tanto as fêmeas que estão em busca
de um local adequado para o início da oviposição,
como os ovos em incubação e as larvas em busca do
hospedeiro (CORDOVÉS, 1996). As larvas recém
eclodidas permanecem inativas e abrigadas no solo,
onde há menor variação de temperatura e de
umidade. Após alguns dias, as larvas tornam-se ativas
e sobem na pastagem, ficando aglomeradas na sua
extremidade, e portanto, mais expostas às condições
ambientais (SONENSHINE, 1993). Elas apresentam
respostas comportamentais a essas condições do
ambiente, como capacidade de absorver água da
atmosfera, realizar migrações horizontais e verticais,
além de responderem a estímulos de dióxido de
carbono, vibrações, luz e componentes odoríferos.
Esse parasito é responsável por uma série
de prejuízos à pecuária, sendo combatido
principalmente pela utilização de acaricidas. Pelo fato
da maioria dos carrapatos se encontrarem na fase
de vida livre, como fêmeas em pré-postura, fêmeas
em oviposição, ovos em incubação e larvas
(FURLONG, 1993), fazem-se necessários estudos
ecológicos e comportamentais para se entender o
processo de encontro com o hospedeiro, aperfeiçoar
modelos computacionais de simulação de populações
e explorar novas técnicas de controle integrado, uma
vez que a resistência aos acaricidas é um fator
agravante no combate de B. microplus.
O capim-elefante, Pennisetum purpureum
(Schum), vem sendo amplamente utilizado no Sudeste
e Centro-Oeste do Brasil como pastos adubados e
rotativos, intensificando o uso do solo (FARIA, 1994),
e por ser uma alternativa viável e lucrativa (RESENDE,
1994). Esta forrageira se caracteriza por apresentar
touceiras de formato aberto, altura média de 3,80 m,
lâminas foliares apresentam largura de 4 cm na base e
4,6 cm no meio e 1,2 m de comprimento, pêlos muito
esparsos e pouco visíveis distribuídos nas faces superior
e inferior (XAVIER et al., 1995).
Objetivou-se neste trabalho descrever o
comportamento das larvas do carrapato B. microplus
em pastagem de P. purpureum manejado nos
sistemas de produção de leite, relacionando-os com
as variações ambientais.
MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado na Campo
Experimental de Coronel Pacheco (CECP) da
Embrapa Gado de Leite, no Município de Coronel
Pacheco (21°4535S e 43°15W), região da Zona
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da Mata de Minas Gerais, Brasil. A região possui
altitude de 435 m, temperaturas médias variando entre
27,9°C e 15,3°C, precipitação de 1581,4 mm e clima
do tipo Cwb, tropical de altitude com inverno seco e
verão brando (BRASIL, 1992).
Foram utilizadas fêmeas ingurgitadas
provenientes da colônia do (CECP), mantida com
carrapatos que se alimentam de bovinos 7/8 Holandês
X Zebu (87% de sangue europeu), infestados
naturalmente. As fêmeas são colhidas após caírem
dos animais, são lavadas em água corrente utilizando-
se uma peneira, secadas em papel-filtro e
acondicionadas em estufa climatizada (± 27ºC e UR
> 80%) para a produção quinzenal de larvas. A área
experimental composta pela cultivar mineiro do Capim
Elefante apresenta uma área de 5X10 m livre de
bovinos e de infestação natural de larvas. A pastagem
foi manejada a 1,60 m de altura, simulando pastejo
rotativo. Temperatura e umidade relativa do ar foram
registradas no local do experimento (a nível do solo e
a 1,20 m dele), utilizando-se dois termômetros: um
com bulbo seco e outro com bulbo úmido.
As observações foram realizadas durante o
verão (janeiro, fevereiro, março) e o inverno (junho,
julho e agosto) de 1999. Foram feitas seis repetições
a cada quinze dias em cada estação, com a utilização
de larvas com sete dias de idade, consideradas mais
ativas (HAZARI et al., 1990). Cada repetição foi
feita utilizando-se 20 seringas plásticas com cerca
de 0,2 g de ovos ou 4.000 larvas/seringa (SUTHERST
et al., 1978), simulando a postura média das fêmeas
da colônia. As seringas foram destampadas e
colocadas na base das touceiras, respeitando-se uma
distância de 40 cm entre elas. As observações diretas
das larvas foram feitas três dias por semana (exceto
no início de cada repetição quando ocorreu
diariamente para observar a subida das larvas) e três
vezes ao dia, nos horários de 6:30, 12:00 e 17:00 horas,
com a respectiva aferição de temperatura e umidade
relativa do ar. Registrou-se comportamentos tais como
dispersão (agregadas/dispersas), atividade (ativas ou
em repouso), liberdade em relação às estruturas e/
ou secreções da planta (presas/livres), localização
(bainha da folha/lâmina da folha/ estruturas secas) e
altura atingida (BARROS; EVANS, 1989).
Foi feita análise de co-variância utilizando-
se o módulo General Linear Model do SAS
(STATISTICAL..., 1996), para a verificação da
associação entre as variações ambientais e
comportamentais das larvas.
RESULTADOS
Durante o verão as larvas levaram cerca de
um dia (± 1 dia) para alcançar os locais onde
permaneceram na gramínea, tais como extremidades
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de folhas verdes ou secas, dentro da bainha ou na
superfície inferior ao longo da lâmina foliar. As quebras
e dobras das folhas e as extremidades ou o interior de
talos cortados, foram os locais preferenciais.
Normalmente ocuparam logo as primeiras folhas,
alcançando no máximo 1,20 m da gramínea. A grande
maioria (80%) chegou até 70 cm de altura do solo.
Apresentaram-se em grupos de larvas únicos ou
subdivididos em 2, 3 e até 5 por folha. Após instaladas
nos locais preferenciais, as larvas apresentaram uma
migração vertical de no máximo 2,0 cm, mais
evidenciada nas quebras e dobras das folhas e nos
talos. Isto ocorreu periodicamente no horário de 12:00.
A migração horizontal foi mais evidenciada nos talos
e hastes, como estratégia comportamental de proteção
da ação direta dos raios solares. A chuva e o vento
não interferiram no número de larvas nas gramíneas
e a predação não foi observada.
Durante o inverno, as larvas levaram em
média 2 dias (± 1 dia) para alcançar os locais
preferenciais. Subiram até 1,60 m, mas a maioria
permaneceu entre 0,50 e 1,30 m de altura na planta.
Apresentaram-se em agrupamentos únicos nas
extremidades, migraram verticalmente no máximo 2
cm, mais visivelmente em hastes e talos secos nos
horários mais quentes do dia (em menor quantidade
que no verão), e horizontalmente, principalmente nas
bainhas das folhas secas.
Dentro de cada estação, observou-se
diferenças estatísticas significativas (p<0,05) para as
variáveis entre os três horários (Tab. 1). Durante o
verão, a dispersão observada no horário das 12:00 e
das 17:00 foi maior, a atividade foi maior no horário
das 17:00. Houve também diferença entre a
temperatura das 6:30 e das 12:00 e a umidade das
6:30 foi maior. Já no inverno, a dispersão e a atividade
foram maiores nos horários das 12:00 e 17:00, a
temperatura e a umidade relativa tiveram o mesmo
comportamento que no verão. No estudo estatístico
feito entre as estações, houve diferença estatística
entre a atividade das larvas nos três horários de
observação e para a dispersão no horário das 17:00.
DISCUSSÃO
O tempo que as larvas levaram para alcançar
os locais preferenciais está de acordo com a previsão
feita por Wilkinson (1953) e Souza (1999). Observou-
se que elas atingiram alturas maiores nas folhas
durante o inverno, o que parece estar relacionado às
temperaturas mais amenas neste período. Segundo
Goddard (1992), esta altura também pode estar
relacionada ao tamanho do hospedeiro, já que em seu
estudo, adultos de Ixodes scapularis permaneciam
entre 31 e 40 cm do solo em busca de seus
hospedeiros, que são mamíferos de médio a grande
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porte, especialmente o cervo. Larvas de B. microplus
permaneceram da base até a extremidade da
gramínea (60cm) durante todo o ano (SHORT et al.,
1989). Almeida et al. (1995) relataram que as larvas
de B. microplus se apresentaram sempre ativas e
agrupadas no terço final das gramíneas Brachiaria
decumbens, Panicum maximum e Urocloa
mosanbizensis, todas com 30 cm de altura.
Short et al. (1989) descreveram que 40%
das larvas de B. microplus desceram ao solo
periodicamente ao meio dia e subiram ao entardecer,
em gramínea de 60 cm, durante a estação quente.
Hazari e Misra (1993) relataram apenas uma rápida
migração vertical das larvas de B. microplus, nos
meses de verão quente e úmido, em Cynodon
dactylon. Souza (1999) constatou um deslocamento
vertical de até 3 cm no inverno e de 8 cm no verão,
além de um deslocamento horizontal na folha, para
larvas de B. microplus, em Brachiaria decumbens.
Como no presente trabalho a migração observada
foi menor que as supracitadas, acredita-se que P.
purpureum proporcione uma proteção maior às
larvas contra a ação das variáveis ambientais. Já que
durante o monitoramento não foi observada a
dispersão de larvas por ação de chuva e vento, como
o relatado por Wilkinson e Wilson (1959), isto indica
novamente a maior proteção que P. purpureum
confere às larvas.
De acordo com Utech et al. (1983),
temperaturas até 25°C não interferem na
sobrevivência das larvas de B. microplus. Hitchcock
(1955) constatou, em condições de laboratório, a
sobrevivência de larvas de B. microplus por 240 dias
em umidade de 90%, e de apenas 12 dias em 70%.
Observa-se no presente trabalho, que a atividade e a
dispersão estão diretamente relacionadas à
temperatura e inversamente à umidade relativa do
ar, dentro de cada estação. Observa-se que durante
o verão as larvas sempre estiveram mais ativas do
que no inverno, segundo análise estatística (p<0,05),
o que neste caso não se justifica por diferenças na
temperatura e na umidade entre as estações, pois
não houve diferença significativa entre estas variáveis.
Tais resultados não estão de acordo com os estudos
de Holtzer et al. (1988) e Harlan e Foster (1990),
que observaram que Ixodes pacificus tem um
comportamento de busca mais intenso com o aumento
da umidade e com o decréscimo da temperatura
ambiente e da luz.
CONCLUSÕES
No inverno as larvas de B. microplus se
localizam em posições superiores na gramínea, o que
favorece o encontro com o hospedeiro. P. purpureum
proporciona um microambiente protegido para as
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larvas, que ficam mais ativas e dispersas com o
aumento da temperatura e com a diminuição da
umidade relativa, dentro de cada estação. No verão
as larvas ficam mais ativas do que no inverno.
ABSTRACT: Behaviour of Boophilus microplus tick larvae was studied in Pennisetum purpureum
grass. The observations were done during summer (January March) and winter (July August) of 1999,
with six fortnightly repetitions for each station. The larvae were conditioned in plastic syringes, placed in the
base of the grass, handled 1,60 m of height. Its were observed at the 6:30, 12:00 and 17:00 hours, three times
in the week during fifteen days to any repetition. Temperature and humidity were measured in observations
time. In winter B. microplus larvae were located in higher positions at grass and this behaviour makes easy
the meet with the host. P. purpureum gives bigger protection to the larvae, which stay more active and
dispersal with the temperature increase and humidity decrease, inside of each station. In summer larvae stay
more active.
UNITERMS: Boophilus microplus, Larvae, Pennisetum purpureum, Behaviour, Ecology.
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TABELA 1
MÉDIAS (M) DA DISPERSÃO (D, %) E DA ATIVIDADE (A, %) DAS LARVAS DE BOOPHILUS
MICROPLUS DIANTE DAS MÉDIAS DE TEMPERATURA (T, °C) E UMIDADE RELATIVA DO
AR (UR %), OBSERVADAS EM SEIS REPETIÇÕES (R) NO VERÃO E NO INVERNO DE 1999,
EM TRÊS HORÁRIOS DIFERENTES (06:30, 12:00 E 17:00), EM PASTAGEM DE PENNISETUM
PURPUREUM EM CORONEL PACHECO-MG. BRASIL.
Estação R D A T UR D A T UR D A T UR
1 3,1 41 19,1 96 3,3 7,5 32,2 61,8 30 58,3 28,8 65,5
2 1,7 50 21,5 91 32,5 62 30,8 61,2 11 56,7 26,5 81,5
Verão 3 3,3 40 20,9 94 6,7 37 30,7 72,1 7,5 58,3 25,7 87,5
4 2,5 54 20,7 98 11,7 45 27,5 79,3 9,2 49,2 24,6 84,5
5 1,7 12 20,8 96 14,2 38 29,2 72,8 5,8 23,3 24,5 87,3
6 0,8 13 21,1 95 18,3 24 29,2 75,2 10 20,1 24,9 87,3
0
1 22 4,1 13,8 94,6 35,1 14 23,3 73,1 40 14,2 20,2 83,2
2 0,3 0,8 11,7 94,3 15,8 17 23,5 74,3 13 19,2 19,8 84,5
Inverno 3 1,7 2,5 13,7 94,8 8,3 18 23,8 71,2 18 35,1 19,6 79,1
4 0,1 1,7 10,7 94,3 21,7 30 24,7 59,2 18 18,3 21,7 69,7
5 0,8 7,5 12,5 93,5 12,5 22 24,4 61,8 18 24,9 20,9 71,8
6 0,1 0,2 9,3 79,2 10,8 44 25,1 55,3 23 13,3 20,9 58,1
0
6:3
0
12:0
0
17:0
0