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Comportamento de larvas de Boophilus microplus em pastagem de Pennisetum purpureum

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COMPORTAMENTO DE LARVAS DE Boophilus microplus EM PASTAGEM
DE Pennisetum purpureum*
BEHAVIOR OF Boophilus microplus LARVAE IN Pennisetum purpureum GRASS
John FURLONG**
Cristiane Nascimento BROVINI***
Ana Carolina de Souza CHAGAS****
RESUMO: Realizou-se o estudo do comportamento das larvas do carrapato Boophilus microplus,
em pastagem de Pennisetum purpureum. Foram feitas observações durante o verão (Jan. a Mar.) e o
inverno (Jun. a Ago.) de 1999, com seis repetições quinzenais para cada estação. As larvas foram acondicionadas
em seringas e colocadas na base da gramínea manejada a 1,60 metros de altura. Elas foram observadas às
6:30, 12:00 e 17:00 horas, três vezes na semana durante quinze dias para cada repetição. A temperatura e a
umidade foram medidas nos horários de observação. No inverno as larvas de B. microplus se localizaram em
posições superiores na gramínea, o que favorece o encontro com o hospedeiro. P. purpureum proporciona
um microambiente mais protegido para as larvas, que ficam mais ativas e dispersas com o aumento da
temperatura e com a diminuição da umidade relativa, dentro de cada estação. No verão elas ficam mais
ativas.
UNITERMOS: Boophilus microplus, Larva, Pennisetum purpureum, Comportamento, Ecologia.
* Parte da dissertação de Mestrado apresentada pelo segundo autor à Universidade Federal de Juiz de Fora , MG.
** Médico Veterinário, PhD., Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Rua Eugênio do Nascimento 610, 36038-330, Juiz de Fora, MG,
*** Bióloga, M.Sc.
**** Bióloga, Doutoranda em Ciência Animal na Universidade Federal de Minas Gerais.
Biosci J., v. 18, n. 1, p. 23-31, june 2002
FURLONG, J.; BROVINI, C. N.; CHAGAS, A. C. S.
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Comportamento de larvas de Boophilus microplus em pastagem de Pennisetum purpureum. Biosci J., v.18, n. 1, p. 23-31, june 2002
INTRODUÇÃO
Durante a fase não-parasitária Boophilus
microplus (Canestrini, 1887) (Acari: Ixodidae) sofre
influência do microclima da superfície do solo e/ou
da vegetação, tanto as fêmeas que estão em busca
de um local adequado para o início da oviposição,
como os ovos em incubação e as larvas em busca do
hospedeiro (CORDOVÉS, 1996). As larvas recém
eclodidas permanecem inativas e abrigadas no solo,
onde menor variação de temperatura e de
umidade. Após alguns dias, as larvas tornam-se ativas
e sobem na pastagem, ficando aglomeradas na sua
extremidade, e portanto, mais expostas às condições
ambientais (SONENSHINE, 1993). Elas apresentam
respostas comportamentais a essas condições do
ambiente, como capacidade de absorver água da
atmosfera, realizar migrações horizontais e verticais,
além de responderem a estímulos de dióxido de
carbono, vibrações, luz e componentes odoríferos.
Esse parasito é responsável por uma série
de prejuízos à pecuária, sendo combatido
principalmente pela utilização de acaricidas. Pelo fato
da maioria dos carrapatos se encontrarem na fase
de vida livre, como fêmeas em pré-postura, fêmeas
em oviposição, ovos em incubação e larvas
(FURLONG, 1993), fazem-se necessários estudos
ecológicos e comportamentais para se entender o
processo de encontro com o hospedeiro, aperfeiçoar
modelos computacionais de simulação de populações
e explorar novas técnicas de controle integrado, uma
vez que a resistência aos acaricidas é um fator
agravante no combate de B. microplus.
O capim-elefante, Pennisetum purpureum
(Schum), vem sendo amplamente utilizado no Sudeste
e Centro-Oeste do Brasil como pastos adubados e
rotativos, intensificando o uso do solo (FARIA, 1994),
e por ser uma alternativa viável e lucrativa (RESENDE,
1994). Esta forrageira se caracteriza por apresentar
touceiras de formato aberto, altura média de 3,80 m,
lâminas foliares apresentam largura de 4 cm na base e
4,6 cm no meio e 1,2 m de comprimento, pêlos muito
esparsos e pouco visíveis distribuídos nas faces superior
e inferior (XAVIER et al., 1995).
Objetivou-se neste trabalho descrever o
comportamento das larvas do carrapato B. microplus
em pastagem de P. purpureum manejado nos
sistemas de produção de leite, relacionando-os com
as variações ambientais.
MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado na Campo
Experimental de Coronel Pacheco (CECP) da
Embrapa Gado de Leite, no Município de Coronel
Pacheco (21°4535S e 43°15W), região da Zona
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da Mata de Minas Gerais, Brasil. A região possui
altitude de 435 m, temperaturas médias variando entre
27,9°C e 15,3°C, precipitação de 1581,4 mm e clima
do tipo Cwb, tropical de altitude com inverno seco e
verão brando (BRASIL, 1992).
Foram utilizadas fêmeas ingurgitadas
provenientes da colônia do (CECP), mantida com
carrapatos que se alimentam de bovinos 7/8 Holandês
X Zebu (87% de sangue europeu), infestados
naturalmente. As fêmeas são colhidas após caírem
dos animais, são lavadas em água corrente utilizando-
se uma peneira, secadas em papel-filtro e
acondicionadas em estufa climatizada (± 27ºC e UR
> 80%) para a produção quinzenal de larvas. A área
experimental composta pela cultivar mineiro do Capim
Elefante apresenta uma área de 5X10 m livre de
bovinos e de infestação natural de larvas. A pastagem
foi manejada a 1,60 m de altura, simulando pastejo
rotativo. Temperatura e umidade relativa do ar foram
registradas no local do experimento (a nível do solo e
a 1,20 m dele), utilizando-se dois termômetros: um
com bulbo seco e outro com bulbo úmido.
As observações foram realizadas durante o
verão (janeiro, fevereiro, março) e o inverno (junho,
julho e agosto) de 1999. Foram feitas seis repetições
a cada quinze dias em cada estação, com a utilização
de larvas com sete dias de idade, consideradas mais
ativas (HAZARI et al., 1990). Cada repetição foi
feita utilizando-se 20 seringas plásticas com cerca
de 0,2 g de ovos ou 4.000 larvas/seringa (SUTHERST
et al., 1978), simulando a postura média das fêmeas
da colônia. As seringas foram destampadas e
colocadas na base das touceiras, respeitando-se uma
distância de 40 cm entre elas. As observações diretas
das larvas foram feitas três dias por semana (exceto
no início de cada repetição quando ocorreu
diariamente para observar a subida das larvas) e três
vezes ao dia, nos horários de 6:30, 12:00 e 17:00 horas,
com a respectiva aferição de temperatura e umidade
relativa do ar. Registrou-se comportamentos tais como
dispersão (agregadas/dispersas), atividade (ativas ou
em repouso), liberdade em relação às estruturas e/
ou secreções da planta (presas/livres), localização
(bainha da folha/lâmina da folha/ estruturas secas) e
altura atingida (BARROS; EVANS, 1989).
Foi feita análise de co-variância utilizando-
se o módulo General Linear Model do SAS
(STATISTICAL..., 1996), para a verificação da
associação entre as variações ambientais e
comportamentais das larvas.
RESULTADOS
Durante o verão as larvas levaram cerca de
um dia 1 dia) para alcançar os locais onde
permaneceram na gramínea, tais como extremidades
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de folhas verdes ou secas, dentro da bainha ou na
superfície inferior ao longo da lâmina foliar. As quebras
e dobras das folhas e as extremidades ou o interior de
talos cortados, foram os locais preferenciais.
Normalmente ocuparam logo as primeiras folhas,
alcançando no máximo 1,20 m da gramínea. A grande
maioria (80%) chegou até 70 cm de altura do solo.
Apresentaram-se em grupos de larvas únicos ou
subdivididos em 2, 3 e até 5 por folha. Após instaladas
nos locais preferenciais, as larvas apresentaram uma
migração vertical de no máximo 2,0 cm, mais
evidenciada nas quebras e dobras das folhas e nos
talos. Isto ocorreu periodicamente no horário de 12:00.
A migração horizontal foi mais evidenciada nos talos
e hastes, como estratégia comportamental de proteção
da ação direta dos raios solares. A chuva e o vento
não interferiram no número de larvas nas gramíneas
e a predação não foi observada.
Durante o inverno, as larvas levaram em
média 2 dias 1 dia) para alcançar os locais
preferenciais. Subiram até 1,60 m, mas a maioria
permaneceu entre 0,50 e 1,30 m de altura na planta.
Apresentaram-se em agrupamentos únicos nas
extremidades, migraram verticalmente no máximo 2
cm, mais visivelmente em hastes e talos secos nos
horários mais quentes do dia (em menor quantidade
que no verão), e horizontalmente, principalmente nas
bainhas das folhas secas.
Dentro de cada estação, observou-se
diferenças estatísticas significativas (p<0,05) para as
variáveis entre os três horários (Tab. 1). Durante o
verão, a dispersão observada no horário das 12:00 e
das 17:00 foi maior, a atividade foi maior no horário
das 17:00. Houve também diferença entre a
temperatura das 6:30 e das 12:00 e a umidade das
6:30 foi maior. no inverno, a dispersão e a atividade
foram maiores nos horários das 12:00 e 17:00, a
temperatura e a umidade relativa tiveram o mesmo
comportamento que no verão. No estudo estatístico
feito entre as estações, houve diferença estatística
entre a atividade das larvas nos três horários de
observação e para a dispersão no horário das 17:00.
DISCUSSÃO
O tempo que as larvas levaram para alcançar
os locais preferenciais está de acordo com a previsão
feita por Wilkinson (1953) e Souza (1999). Observou-
se que elas atingiram alturas maiores nas folhas
durante o inverno, o que parece estar relacionado às
temperaturas mais amenas neste período. Segundo
Goddard (1992), esta altura também pode estar
relacionada ao tamanho do hospedeiro, já que em seu
estudo, adultos de Ixodes scapularis permaneciam
entre 31 e 40 cm do solo em busca de seus
hospedeiros, que são mamíferos de médio a grande
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porte, especialmente o cervo. Larvas de B. microplus
permaneceram da base até a extremidade da
gramínea (60cm) durante todo o ano (SHORT et al.,
1989). Almeida et al. (1995) relataram que as larvas
de B. microplus se apresentaram sempre ativas e
agrupadas no terço final das gramíneas Brachiaria
decumbens, Panicum maximum e Urocloa
mosanbizensis, todas com 30 cm de altura.
Short et al. (1989) descreveram que 40%
das larvas de B. microplus desceram ao solo
periodicamente ao meio dia e subiram ao entardecer,
em gramínea de 60 cm, durante a estação quente.
Hazari e Misra (1993) relataram apenas uma rápida
migração vertical das larvas de B. microplus, nos
meses de verão quente e úmido, em Cynodon
dactylon. Souza (1999) constatou um deslocamento
vertical de até 3 cm no inverno e de 8 cm no verão,
além de um deslocamento horizontal na folha, para
larvas de B. microplus, em Brachiaria decumbens.
Como no presente trabalho a migração observada
foi menor que as supracitadas, acredita-se que P.
purpureum proporcione uma proteção maior às
larvas contra a ação das variáveis ambientais. Já que
durante o monitoramento não foi observada a
dispersão de larvas por ação de chuva e vento, como
o relatado por Wilkinson e Wilson (1959), isto indica
novamente a maior proteção que P. purpureum
confere às larvas.
De acordo com Utech et al. (1983),
temperaturas até 25°C não interferem na
sobrevivência das larvas de B. microplus. Hitchcock
(1955) constatou, em condições de laboratório, a
sobrevivência de larvas de B. microplus por 240 dias
em umidade de 90%, e de apenas 12 dias em 70%.
Observa-se no presente trabalho, que a atividade e a
dispersão estão diretamente relacionadas à
temperatura e inversamente à umidade relativa do
ar, dentro de cada estação. Observa-se que durante
o verão as larvas sempre estiveram mais ativas do
que no inverno, segundo análise estatística (p<0,05),
o que neste caso não se justifica por diferenças na
temperatura e na umidade entre as estações, pois
não houve diferença significativa entre estas variáveis.
Tais resultados não estão de acordo com os estudos
de Holtzer et al. (1988) e Harlan e Foster (1990),
que observaram que Ixodes pacificus tem um
comportamento de busca mais intenso com o aumento
da umidade e com o decréscimo da temperatura
ambiente e da luz.
CONCLUSÕES
No inverno as larvas de B. microplus se
localizam em posições superiores na gramínea, o que
favorece o encontro com o hospedeiro. P. purpureum
proporciona um microambiente protegido para as
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larvas, que ficam mais ativas e dispersas com o
aumento da temperatura e com a diminuição da
umidade relativa, dentro de cada estação. No verão
as larvas ficam mais ativas do que no inverno.
ABSTRACT: Behaviour of Boophilus microplus tick larvae was studied in Pennisetum purpureum
grass. The observations were done during summer (January  March) and winter (July  August) of 1999,
with six fortnightly repetitions for each station. The larvae were conditioned in plastic syringes, placed in the
base of the grass, handled 1,60 m of height. Its were observed at the 6:30, 12:00 and 17:00 hours, three times
in the week during fifteen days to any repetition. Temperature and humidity were measured in observations
time. In winter B. microplus larvae were located in higher positions at grass and this behaviour makes easy
the meet with the host. P. purpureum gives bigger protection to the larvae, which stay more active and
dispersal with the temperature increase and humidity decrease, inside of each station. In summer larvae stay
more active.
UNITERMS: Boophilus microplus, Larvae, Pennisetum purpureum, Behaviour, Ecology.
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TABELA 1
MÉDIAS (M) DA DISPERSÃO (D, %) E DA ATIVIDADE (A, %) DAS LARVAS DE BOOPHILUS
MICROPLUS DIANTE DAS MÉDIAS DE TEMPERATURA (T, °C) E UMIDADE RELATIVA DO
AR (UR %), OBSERVADAS EM SEIS REPETIÇÕES (R) NO VERÃO E NO INVERNO DE 1999,
EM TRÊS HORÁRIOS DIFERENTES (06:30, 12:00 E 17:00), EM PASTAGEM DE PENNISETUM
PURPUREUM EM CORONEL PACHECO-MG. BRASIL.
Estação R D A T UR D A T UR D A T UR
1 3,1 41 19,1 96 3,3 7,5 32,2 61,8 30 58,3 28,8 65,5
2 1,7 50 21,5 91 32,5 62 30,8 61,2 11 56,7 26,5 81,5
Veo 3 3,3 40 20,9 94 6,7 37 30,7 72,1 7,5 58,3 25,7 87,5
4 2,5 54 20,7 98 11,7 45 27,5 79,3 9,2 49,2 24,6 84,5
5 1,7 12 20,8 96 14,2 38 29,2 72,8 5,8 23,3 24,5 87,3
6 0,8 13 21,1 95 18,3 24 29,2 75,2 10 20,1 24,9 87,3
0            
1 22 4,1 13,8 94,6 35,1 14 23,3 73,1 40 14,2 20,2 83,2
2 0,3 0,8 11,7 94,3 15,8 17 23,5 74,3 13 19,2 19,8 84,5
Inverno 3 1,7 2,5 13,7 94,8 8,3 18 23,8 71,2 18 35,1 19,6 79,1
4 0,1 1,7 10,7 94,3 21,7 30 24,7 59,2 18 18,3 21,7 69,7
5 0,8 7,5 12,5 93,5 12,5 22 24,4 61,8 18 24,9 20,9 71,8
6 0,1 0,2 9,3 79,2 10,8 44 25,1 55,3 23 13,3 20,9 58,1
0            
6:3
0
12:0
0
17:0
0
... remaining in a strategic location, such as the tip of a blade of grass and performing questing). To reduce energy expenditure in warmer and less humid periods of the day, the larva remains in a place with favourable abiotic conditions and waits for better conditions to search for a host (Waladde & Rice, 1982;Furlong et al., 2002). ...
... Ticks have different locomotory behaviours depending on their host-finding strategy; hunter ticks move horizontally in the presence of host cues, whereas ambusher ticks move more vertically (Sonenshine & Roe, 2014). Vertical movement in vegetation to await a host is the typical behaviour of R. microplus larvae (Furlong et al., 2002). The results obtained in the present study confirm this because larvae were not activated, even in the presence of CO 2 , when the olfactometer was positioned horizontally. ...
Article
The present study aimed to evaluate the behaviour of larvae of Rhipicephalus microplus exposed to different stimuli. A Y‐olfactometer was positioned vertically and R. microplus larvae were exposed to environmental air, CO2 alone, N,N‐diethyl‐3‐methylbenzamide (DEET) alone, and CO2 combined with the repellents DEET and (E)‐2‐octenal. Tests were also conducted with the olfactometer positioned horizontally; in this case, however, only CO2 was tested. In all tests conducted with the Y‐olfactometer positioned vertically, CO2 activated R. microplus larvae even in the presence of DEET and (E)‐2‐octenal, although activation was lower when these repellents were used. In the absence of CO2, larval behaviour against DEET was similar to that of the larvae in the control group. In the tests performed with the olfactometer positioned horizontally, the larvae had no significant response to the presence of CO2. The larvae were not attracted to or repelled by any compound tested in either the vertical or horizontal position of the olfactometer. The lack of horizontal displacement, attraction or repellence may have been a result of the ambush behaviour of this tick species. However, when larvae were exposed to stimuli and the olfactometer was positioned vertically, the interference of attractant and repellent stimuli in larval behaviour was assessed. CO2 was a strong stimulus activating Rhipicephalus microplus larvae when the olfactometer was positioned vertically. The activation promoted by CO2 was decreased in the presence of the repellents N,N‐diethyl‐3‐methylbenzamide and (E)‐2‐octenal. Rhipicephalus microplus larvae were not attracted to or repelled by any compound tested when the olfactometer was positioned either vertically or horizontally.
... In addition, in the current study, the average size of the grass composed of Tanzania (Panicum maximum cv Tanzania) was 62.85 cm in height and did not show any correlation with the number of larvae found. The same was found with an average height of 30 cm (Almeida et al., 1995), 60 cm (Short et al., 1989) and 1.6 m (Furlong et al., 2002) in different grasses species. ...
Article
The present study evaluated over two years the seasonal dynamics of Rhipicephalus microplus in a Cerrado biome of midwestern Brazil (Goiânia, Goiás) and correlated the current climatic conditions (environmental temperature, insolation, rainfall, relative humitidy and saturation deficit of the atmosphere) of this site with 30 years ago. In addition, the data collected in the present research were compared with climatic conditions data and R. microplus population dynamics conducted by our group in other regions (Formiga, Minas Gerais and Jaboticabal, São Paulo) within the same biome. For the parasitic phase dynamics, R. microplus females (4.5-8.0 mm) counts were performed on tick natural infested cows kept in Panicum maximum paddocks. To verify the larvae dynamics on pasture the flannel dragg technique on natural infested pasture was performed, and the height of the grass was measured. Five peaks of engorged R. microplus females on animals and larvae infestations on pastures were observed. Being three and two peaks during the rainy and dry season of the year, respectively. Insolation (r = 0.8758; P = 0.00009; R² = 0.7670), rainfall (r = -0.8572; P = 0.0002; R² = 0.7348), maximum environmental temperature in summer (r = 0.9999; P < 0.0087; R² = 0.9988) and the saturation deficit of the atmosphere in autumn (r = -0.9789; P = 0.0211; R² = 0.9582) influenced the seasonal dynamics of R. microplus larvae on pastures. While the forage height did not influence the number of larvae found on pasture (r = 0.1545; P = 0.7682; R² = 0.0239). The comparison between the climatic data of the last 30 years with the current climatological data (2012 to 2019) in the state of Goiás, and the comparison with R. microplus population dynamics from other two locations in the same biome indicated that the increase of the environmental temperature due to the global warming possibly is a determining factor which increase the number of one or up two tick annual peaks. In addition, this climatic variable was responsible for increase the population density of ticks on pastures and animals observed in July/winter of the present study, in comparison to other regions with the same biome, as discussed in this work.
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Objetivo: Evaluar la actividad repelente del aceite de las semillas de Jatropha curcas L. con diferentes períodos de almacenamiento en larvas de Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Materiales y Métodos: La investigación se desarrolló en los laboratorios de parasitología y biotecnología de la Estación Experimental de Pastos y Forrajes Indio Hatuey, ubicada en el municipio Perico, provincia de Matanzas, Cuba. Se utilizó la cepa de garrapata Cayo Coco y se evaluaron aceites con dos períodos de almacenamiento: uno y tres años de extracción. Como control positivo se utilizó el acaricida Deltametrina (Butox®) y como negativo, el agua destilada. Para los estudios in vitro se aplicó la metodología para la identificación de sustancias repelentes, descrita por Chagas y Dias (2012), donde se evaluaron las concentraciones de 0,5; 1,75; 2,5; 5 y 10 mg mL⁻¹. Resultados: El análisis mostró diferencias significativas (p < 0,05) entre los tratamientos experimentales en los diferentes horarios, con respecto al control negativo (agua destilada). Los porcentajes de repelencia fueron superiores a 90 % para los aceites de J. curcas. La actividad repelente fue elevada, y el intervalo de 4-8 horas fue el de mejores resultados, con valores de 93,9 y 97,3 % para el aceite 2014 y 2017, respectivamente, sin diferencias significativas entre ambos. Transcurridas las 8 horas, el control positivo disminuyó su actividad repelente hasta alcanzar valores del 64,2 % a las 16 horas. El agua destilada no mostró actividad repelente, ya que sus valores estuvieron en un intervalo entre 3 y 7 % durante la etapa experimental. Conclusiones: El aceite de J. curcas posee actividad repelente, independientemente del tiempo de almacenamiento, con valores que superan 90 % de eficacia.
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In larval cattle ticks the main sense organs which have been recognized are the eyes, Haller's organs, and the palpal organs; the four pairs of sensilla sagittiformia may also have a sensory function. Larvae were allowed to ascend supports simulating grass stalks and were tested for response to vibration, air currents, interrupted illumination, warm and moist objects, and odours from skin secretions of man and cattle. The strongest questing response was to the odours. Larvae which had been exposed to low humidities collected around and imbibed from drops of water. The main stimulus governing ascent of the grass blades appeared to be positive phototaxis to moderate light intensities. Larvae sheltered from direct sunlight. Larvae in the field were found to be more exposed in the early morning, often being at the tops of grass stalks. Measurements of light, air temperature, and humidity indicated that light intensity might govern this movement. This suggests that larval sampling in the pasture should take place in the first half of the morning. In a single series of observations, larvae which had hatched at the base of straws were observed to ascend them in the late afternoon. In a few experiments isolated larvae ascended artificial supports above the reach of a bovine host but groups were always found at heights within reach.
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Studies were made on infestations of Boophilus microplus (Canestrini) established by single applications of large cultures of larvae to cattle. The minimum duration of the larval stage was 4.5 days, and the maximum 13.1 days. Fifty per cent of the larvae had undergone ecdysis by 5.5 days after attachment. Nymphs commenced to moult 11.9 days after the attachment of the larvae to the cattle, and the last moulted 20.3 days after the infestation of the cattle. Fifty per cent of nymphs had completed the moult 13.9 days after attachment of the larvae. Male nymphs moulted, on the average, somewhat earlier than female nymphs. Adult males were still present up to 70 days after attachment of the larvae to the cattle. Engorged female ticks commenced to fall 18.9 days after the attachment of the larvae. Fifty per cent had fallen by 21.9 days, and the last fell at 35.5 days. Climate has little effect on the duration of the stages on cattle. A diurnal rhythm in the fall of engorged ticks was demonstrated, most ticks falling between the hours of 6.00 and 10.00 a.m. There is a considerable natural mortality of all stages of the tick on cattle. The importance of the life history studies to toxicological work is discussed.
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Larvae of Boophilus microplus were released onto pasture in south-eastern and central Queensland and their survival was measured using destructive sampling. In summer 50% of the larvae survived for 2 weeks and 10% survived for 4 weeks. Comparable values for winter were 3-4 and 6-11 weeks respectively. A chart was prepared to relate larval survival to maximum temperatures in summer, when pasture spelling for tick control is most likely to be successful. A computer simulation model was developed to describe the survival of the larvae in relation to meteorological conditions. The parameter values were fitted using the data from south-eastern Queensland and tested against observations made in central Queensland. Maximum temperature and saturation deficit at 1500 hours proved to be the best predictors of survival, but it was not possible to distinguish between their effects.
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The survival and behaviour of the unfed stages ofRhipicephalus appendiculatus, Boophilus decoloratus andB. microplus in gauze columns were observed in long and short grass in the highveld of Zimbabwe. Ticks were exposed in the cool, hot and rainy seasons of 1980 and 1981. All species and stages survived longer in long grass than in short grass. Larvae from engorged female ticks released in the cool season hatched much later than incubator-reared controls. They were consequently not present during the cold weather and survived longer than larvae subjected to the low temperatures, in which the shortest survival-times were recorded. The survival of nymphs was insensitive to season. The longest survival-times were recorded in adults. Median survival-times of incubator-reared adults ranged from 165 to 375 days in short grass and from 333 to 493 days in long grass. These times were usually longer than those for adults which moulted in the field. Larvae of the three species and nymphs ofR. appendiculatus were active soon after hatching or moulting, irrespective of the season. In contrast, adults ofR. appendiculatus showed different patterns of activity in different seasons. Adults first appeared at the base of the columns in October/November and then gradually ascended to reach a maximum height in December/January. They remained high up in the columns until May/June when the weather became increasingly cold and dry. Larvae ofB. decoloratus climbed higher up in the columns in the long grass than did the larvae of the other two species. Larvae and nymphs ofR. appendiculatus and larvae ofB. microplus migrated up and down the columns daily, but larvae ofB. decoloratus and adults ofR. appendiculatus did not migrate.
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Adult Ixodes scapularis Say were collected weekly during two fall-winter-spring seasons from 1989 to 1991 to assess their temporal and spatial distribution as well as the effects of several meteorologic parameters on questing activity. Collections were made in three 0.4-ha sites in central Mississippi by flagging vegetation with a white flannel cloth. Adult I. scapularis were collected from 25 October through 11 April during the 1989-1990 season and 24 October-1 April in the 1990-1991 season. Peak I. scapularis questing activity occurred on 5 February and 4 February during the two seasons, respectively. Ticks were collected most often at approximately 20 degrees C but seven were collected on a day when the temperature was 6.9 degrees C. Ticks were clustered within the study sites and not evenly distributed. Most I. scapularis were collected from Ligustrum sinense and Chasmanthium sessiliflorum at a height of 31-40 cm. Statistical analyses of the meteorologic factors that affect questing activity are presented and discussed.
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Fifteen micrometeorologic or microenvironmental parameters, including temperature, moisture, wind, and solar radiation, were repeatedly measured at 1 m and 2.5 cm aboveground, in the litter layer, and in the soil concurrently with drag samples of questing American dog tick, Dermacentor variabilis (Say), in five plots (1 by 10 m) in Delaware County, Ohio. Multivariate statistical analyses of the resultant data showed that ambient temperature was the best general predictor of adult tick host seeking under the observed ranges of the observed parameters. Multivariate procedures included forward stepwise multiple regressions and principal components analyses. Solar radiation was covariant with ambient temperature but was much less predictive. A suppression of questing activity with increased ambient temperature was evident at the highest observed temperatures, implying an upper temperature limit for this activity.
Comportamento e longevidade de larvas de Boophilus microplus (Can., 1887) nas gramíneas Brachiaria decumbens, Panicum maximum e Urocloa mosanbizensis
  • M A O Almeida
  • F R Araújo
  • E L L Carvalho
  • F S Julião
  • V A Santarém
  • E F Faria
ALMEIDA, M. A. O.; ARAÚJO, F. R.; CARVALHO, E. L. L.; JULIÃO, F. S.; SANTARÉM, V. A.; FARIA, E. F. S. Comportamento e longevidade de larvas de Boophilus microplus (Can., 1887) nas gramíneas Brachiaria decumbens, Panicum maximum e Urocloa mosanbizensis. Rev. Bras. Parasitol. Vet., São Paulo, v. 4, n. 2, p. 2, 1995. Suplement 1.
Secretaria Nacional de Irrigação. Departamento Nacional de Meteorologia. Normais climatológicas (1961-1990). Brasília, 1992. 84p. FURLONG
  • Brasil
  • Ministério Da Agricultura E Reforma Agrária
BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Secretaria Nacional de Irrigação. Departamento Nacional de Meteorologia. Normais climatológicas (1961-1990). Brasília, 1992. 84p. FURLONG, J.; BROVINI, C. N.; CHAGAS, A. C. S. 29