Content uploaded by Mônica Oliveira Batista Oriá
Author content
All content in this area was uploaded by Mônica Oliveira Batista Oriá on Jun 23, 2016
Content may be subject to copyright.
24 Oriá MOB, Ximenes LB, Alves MDS. Madeleine Leininger and the Theory of the Cultural Care Diversity and Universality: an
Historical Overview. Online braz j nurs [internet]. 2005 [cited month day year]; 4 (2): 24-30. Available from: http://www.obj-
nursing.u .br/index.php/nursing/article/view/3753
ISSN: 1676-4285
Madeleine leininger e a teoria da diversidade e universalidade
do cuidado cultural – um resgate histórico
Mônica Oliveira Batista Oriá¹, Lorena Barbosa Ximenes¹, Maria Dalva Santos Alves¹
1 Universidade Federal do Ceará
RESUMO
Objetivando obter uma compreensão da evolução histórica da Teoria da Diversidade e Universalidade do
Cuidado Cultural (TDUCC) realizamos uma pesquisa documental das trajetória e produção intelectual de
Madeleine Leininger a partir de consultas à base de dados (Medline), páginas da internet relacionadas à
Leininger e visitas à bibliotecas. A TDUCC vem sendo aplicada em diferentes países do mundo se rmando
como uma importante teoria para o desenvolvimento do cuidado fundamentado na cultura de nossa clientela.
Acreditamos que a visão geral do contexto vivido por Leininger e suas in uências para a construção de uma
teoria de enfermagem internacionalmente aceita, possa ser útil para aqueles que desejam se enveredar pela
pesquisa na área de enfermagem transcultural a encontrar um caminho para guiar a sua prática assistencial,
de ensino e pesquisa.
Descritores: teoria de enfermagem, cultura, pesquisa.
25
Oriá MOB, Ximenes LB, Alves MDS. Madeleine Leininger and the Theory of the Cultural Care Diversity and Universality: an
Historical Overview. Online braz j nurs [internet]. 2005 [cited month day year]; 4 (2): 24-30. Available from: http://www.obj-
nursing.u.br/index.php/nursing/article/view/3753
INTRODUÇÃO
De acordo com Spradley e Allender (1) des-
de 1600 chegavam europeus e africanos (vin-
dos como escravos) que foram se estabelecendo
nos Estados Unidos da América (EUA). Em 1900
a imigração de países como Índia, Chile e Co-
réia cresceram de forma extraordinária em ter-
ritório americano. Ainda segundo as autoras os
padrões de imigração ao longo dos anos contri-
buíram indubitavelmente para a construção de
uma diversidade cultural nos EUA.
Destarte, visitar ou morar nos EUA signi-
ca, antes de mais nada, entrar em contato não só
com o povo e a cultura americana mas conviver
nas atividades do dia-a-dia com pessoas de di-
versos países como China, Japão, Sérvia, Israel,
Índia, África, Filipinas, Bangladesh, Grécia, Rús-
sia, Alemanha, Espanha para citar apenas alguns.
Desta feita, os setores de prestação de ser-
viços dentro do território americano precisaram
se adaptar a essa sociedade cosmopolita. Neste
sentido, destacamos a necessidade que os enfer-
meiros americanos sentiram de conhecer e com-
preender as culturas de seus clientes para me-
lhor assistí-los. A partir deste contexto não é de
se estranhar que a Teoria da Diversidade e Uni-
versalidade do Cuidado Cultural (TDUCC) tenha
nascido naquele país.
Objetivando obter uma compreensão da
evolução histórica da TDUCC realizamos uma
pesquisa documental das trajetória e produção
intelectual de Madeleine Leininger (fundadora
do campo de enfermagem transcultural e auto-
ra da teoria em foco neste estudo).
METODOLOGIA
Para este estudo documental utilizamos
como principais recursos para a coleta de da-
dos o acervo bibliográco daClaude Moore He-
alth Sciences Library da University of Virginia, con-
sultas à base de dados (Medline), páginas da in-
ternet relacionadas à Leininger (www.tcns.org,
www.humancaring.org/). O material consulta-
do, aproximadamente 70 documentos, foi orga-
nizado cronologicamente e por categoria (livros
e periódicos). Com o material organizado foram
realizadas diversas leituras para traçarmos a tra-
jetória de Madeleine Leininger. Este estudo foi
realizado entre Janeiro e Novembro de 2004.
Quem é Madeleine Leininger?
Madeleine Leininger nasceu em Sutton, Nebraska, EUA, e
freqüentou as escolas Sutton High School e Scholastica
College. Leininger iniciou sua carreira em 1948 ao concluir
o curso de graduação em enfermagem em St Anthony’s
School of Nursing (Denver-Colorado-EUA). Em 1950 con-
cluiu também o curso de graduação em Ciências Biológicas
no Benedictine College em Atkinson, Kansas(2) . Com essa
formação Leininger atuou como instrutora, chefe da unida-
de médico-cirúrgica e abriu uma nova unidade psiquiátrica
no St Joseph’s Hospital em Omaha.
Em 1954, Leininger obteve o título de Mes-
tre em enfermagem psiquiátrica na Catholic Uni-
versity of America (Washington, DC) (2). A reali-
zação do curso de mestrado foi importante pa-
ra que Madeleine conduzisse e publicasse suas
pesquisas na área de enfermagem psiquiátrica
(3-8) . Enquanto trabalhava em uma unidade psi-
quiátrica em meados dos anos 50, em Cincinna-
ti, Leininger passou a perceber uma lacuna na
compreensão dos fatores culturais que inuen-
ciavam no comportamento das crianças que es-
26 Oriá MOB, Ximenes LB, Alves MDS. Madeleine Leininger and the Theory of the Cultural Care Diversity and Universality: an
Historical Overview. Online braz j nurs [internet]. 2005 [cited month day year]; 4 (2): 24-30. Available from: http://www.obj-
nursing.u.br/index.php/nursing/article/view/3753
tavam sob seus cuidados, e isso passou a preo-
cupá-la em demasiado. A partir de então Leinin-
ger passou a reetir sobre a interrelação entre
enfermagem e antropologia, e procurou adqui-
rir conhecimentos especícos de antropologia
para subsidiar sua assistência. Tal interesse fez
com que Madeleine Leininger buscasse o pro-
grama de doutorado em Antropologia Psicoló-
gica, Social e Cultural da University of Washing-
ton (Seattle) em 1959 e procurasse fundamentar
seus estudos nos aspectos conceituais relacio-
nados à cultura, enfermagem e etnociência (9-19) .
Durante seu curso de doutorado Leinin-
ger desenvolveu o primeiro método de pesqui-
sa genuinamente da enfermagem o qual deno-
minou de Etnoenfermagem. Leininger dene
etnoenfermagem como o método de pesquisa
qualitativa da enfermagem focalizada na abor-
dagem naturalística, aberta à descoberta e am-
plamente indutiva para documentar, descrever,
explicar e interpretar a visão de mundo, signi-
cados, símbolos e experiências de vida dos in-
formantes e como eles enfrentam o atual ou po-
tencial fenômeno do cuidado de enfermagem
(20) . Com o método previamente denido Leinin-
ger passou a realizar estudos etnográcos/etno-
enfermagem durante dois anos em Eastern Hi-
ghlands (Nova Guiné) em uma população indí-
gena (Gadsup).
Destarte, Leininger não só observou ques-
tões especícas daquela cultura mas também
percebeu uma marcante diferença cultural en-
tre os povos do ocidente e oriente especialmen-
te no que se refere aos cuidados à saúde e prá-
ticas saudáveis. Essa experiência na Nova Guiné
foi de grande importância para a fundamenta-
ção e validação de sua teoria.
Leininger constituiu-se na primeira enfer-
meira com o título de doutor em antropologia
ao concluir o curso em 1965. Ciente da impor-
tância de partilhar os conhecimentos adquiridos
com sua formação e contribuir para a formação
de enfermeiros transculturais Leininger ofere-
ceu em 1966 o primeiro curso de Enfermagem
Cultural na University of Colorado.
Com a expansão multicultural da popu-
lação americana os enfermeiros sentiram, em
maior escala, a necessidade de receber adequa-
da formação para cuidar de forma transcultural.
A partir desse contexto a enfermagem transcul-
tural foi inserida por Madeleine como disciplina
da graduação em 1970. A inserção dessa disci-
plina nos programas de mestrado e doutorado
teve início nos anos 80 em diversas universida-
des americanas, tais como na Minnesota State
University, College of Health & Nursing Sciences
da Delaware University, Southern Mississippi e
University of Nebraska Medical Center. Dentre os
países que oferecem cursos dessa natureza po-
demos citar Alemanha, Austrália e Equador. Atu-
almente, Madeleine Leininger continua atuan-
do nas áreas de pesquisa, educação e consulto-
ria em enfermagem transcultural.
Teoria da diversidade e universalidade do cui-
dado cultural
Madeleine Leininger cunhou o termo en-
fermagem transcultural, a qual considera ser di-
ferente da antropologia médica e disciplinas
ans, por estar focalizada em diferentes cultu-
ras, no cuidado cultural, nos fenômenos da saú-
de e da enfermagem. Foi Leininger também
quem cunhou o termo cuidado culturalmente
congruente (nos idos de 1960) para embasar o
principal objetivo de sua teoria, qual seja: iden-
ticar os meios para proporcionar um cuidado
de enfermagem culturalmente congruente aos
fatores que inuenciam a saúde, o bem-estar, a
doença e a morte das pessoas de culturas diver-
sas e semelhantes.
Os primeiros documentos publicados por
Leininger que podem ser considerados os mar-
cos iniciais da teoria foram os livros Nursing and
27
Oriá MOB, Ximenes LB, Alves MDS. Madeleine Leininger and the Theory of the Cultural Care Diversity and Universality: an
Historical Overview. Online braz j nurs [internet]. 2005 [cited month day year]; 4 (2): 24-30. Available from: http://www.obj-
nursing.u.br/index.php/nursing/article/view/3753
anthropology: two worlds to blend (15) e Transcul-
tural nursing: concepts, theories, and practice (21) .
Outras produções de Madeleine continuaram a
nortear a expansão do conhecimento da enfer-
magem transcultural (22-28) , até que em 1991 a te-
oria foi publicada e discutida de forma mais am-
pla em seu livro Culture care diversity and univer-
sality: a theory of nursing(29) de leitura obrigató-
ria para quem quer conhecer, estudar e aplicar
a teoria. Outros textos continuaram a ser publi-
cados como forma de atualizar e reforçar o co-
nhecimento da enfermagem transcultural (30-33) .
Ao usar a TDUCC o mais importante para o
enfermeiro é descobrir o signicado do cuida-
do cultural, as práticas de cuidado especícas
de cada cultura e como os fatores culturais es-
pecialmente religião, política, economia, visão
de mundo, ambiente, gênero dentre outros fa-
tores, podem inuenciar no cuidado ao ser hu-
mano. Para tanto a teorista utilizou os seguin-
tes conceitos para fundamentar a teoria: Cultura,
Valores culturais, Cuidado de enfermagem cul-
turalmente diverso, Etnocentrismo, Generaliza-
ção, Estereótipo, Congruência cultural, Etnoen-
fermagem e Enfermagem transcultural.
Na concepção de Madeleine Leininger o m
último da teoria é usar os achados das pesqui-
sas para proporcionar um cuidado congruente
(com os valores, crenças e práticas culturais), se-
guro e signicativo para as pessoas de culturas
diversas e similares (20) . A partir desse prisma a
teorista considera que existe uma diversidade e
uma universalidade cultural na prática do cuidar
que precisa ser conhecida e compreendida pa-
ra que a enfermagem possa assistir sua cliente-
la de maneira satisfatória e humanística.
Tamanha preocupação em construir um
cuidado cultural evidencia o quanto a teorista
tem focalizado seus estudos no cuidado huma-
no, sendo este um dos focos principais de sua
teoria e de sua produção intelectual (34-44) . Des-
sa forma, Madeleine Leininger é reconhecida
como a líder dos estudos do cuidado humano.
Se inicialmente sua teoria não recebeu o
crédito e o devido valor da comunidade cientí-
ca, como relata a própria autora(29) nos dias atu-
ais a teoria de Leininger é amplamente utilizada
em diversos países do mundo. Tal fato fez com
que Leininger considerasse importante fundar
uma instituição que pudesse estabelecer um fó-
rum de debates sobre a teoria, disseminar os co-
nhecimentos adquiridos a partir da enfermagem
transcultural e apoiar os pesquisadores da área.
Para cumprir com esses objetivos a Trans-
cultural Nursing Society foi criada em 1974. Es-
sa instituição mantém uma página na internet
(www.tcns.org) com informações de interes-
se para os pesquisadores transculturais, reali-
za uma conferência anual, aberta à comunida-
de cientíca objetivando congregar os pesqui-
sadores para discutir novas estratégias no cam-
po de enfermagem transcultural e mantém há
15 anos um periódico especialmente dedicado
à discutir a inuência da cultura nos cuidados à
saúde, o Journal of Transcultural Nursing.
Aplicação interdisciplinar da tducc
Ao longo dos anos, a teorista tem revela-
do à comunidade cientíca que a TDUCC po-
de e deve ser aplicada nas diversas disciplinas
da enfermagem. Tal fato, é notório quando evi-
denciamos a aplicação da teoria na administra-
ção de enfermagem (45-47), educação (48-55) , pes-
quisa (26;31;56-60) e saúde mental (6;8;16) .
O futuro da TDUCC
Diante da globalização ora vigente, Lei-
ninger se mantém preocupada com a solidi-
cação da enfermagem transcultural não só co-
mo uma disciplina mas como ciência e sua res-
pectiva aplicação nesse terceiro milênio, sendo
este o foco principal da produção de Leininger
28 Oriá MOB, Ximenes LB, Alves MDS. Madeleine Leininger and the Theory of the Cultural Care Diversity and Universality: an
Historical Overview. Online braz j nurs [internet]. 2005 [cited month day year]; 4 (2): 24-30. Available from: http://www.obj-
nursing.u.br/index.php/nursing/article/view/3753
no início deste século (20;61-64) .
Na concepção de Madeleine a utilização
da teoria pode proporcionar diversos benefí-
cios não só para a comunidade onde a teoria
está sendo aplicada mas para a sociedade inter-
nacional como um todo. A partir dessa premissa
é que nos últimos anos Leininger tem inclusive
defendido a tese de que conhecer, compreen-
der e cuidar do outro a partir de sua realidade
cultural é fundamental para o estabelecimento
da harmonia e paz mundial. Em seu texto Lei-
ninger defende que tragédias como os atenta-
dos de 11 de setembro de 2001 nos EUA, dentre
outros conitos, poderiam ter sido evitados se
o conhecimento do cuidado transcultural fosse
usado em todo mundo para prevenir tais atos
humanos destrutivos (20) .
Dentro dessa proposta, a teorista lista os
principais desaos para os pesquisadores da en-
fermagem transcultural nesse terceiro milênio (65) :
1. usar de forma mais explícita os conhecimen-
tos da enfermagem cultural em todas as áre-
as clínicas de enfermagem;
2. desenvolver mais estudos e avaliar os benefí-
cios do cuidado culturalmente competente;
3. promover e usar as políticas, princípios, pa-
radigmas e perspectivas teóricas da enfer-
magem transcultural para guiar as decisões
e ações da enfermagem;
4. a necessidade de especialistas em enferma-
gem transcultural impactar o conhecimento
da enfermagem transcultural na mídia, nas
agências governamentais, dentre outros;
5. conduzir pesquisas criativas para descobrir
outras culturas ainda pouco conhecidas;
6. abordar questões éticas, morais e legais re-
lacionadas à diversas culturas;
7. estabelecer colaboração de educação, pes-
quisa e prática multi e interdisciplinares
mantendo o foco distinto de cada disciplina;
8. disseminar o conhecimento da enferma-
gem cultural em publicações internacionais;
9. a necessidade de estabelecer fundos para a
educação e pesquisa transcultural e
10. a necessidade de estabelecer uma rede glo-
bal de enfermagem transcultural.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A TDUCC vem sendo utilizada ao longo dos
anos como referencial teórico e/ou metodológi-
co de estudos conduzidos pela enfermagem em
diversos países. No Brasil a teoria tem se mostra-
do um importante instrumento para se conhe-
cer a clientela que a enfermagem precisa assistir.
Tal fato contribui para a construção de um cor-
po próprio de conhecimentos que devem culmi-
nar com a implementação de um cuidado cultu-
ralmente congruente à realidade do indivíduo.
Assim, acreditamos que esta visão geral
do contexto vivido por Leininger e suas inu-
ências para a construção de uma teoria de en-
fermagem internacionalmente aceita, possa ser
útil para aqueles que desejam se enveredar pela
pesquisa na área de enfermagem transcultural
a encontrar um caminho para guiar a sua práti-
ca assistencial, de ensino e pesquisa.
REFERÊNCIAS
1. Spradley BW, Allender JA. Transcultural nursing
in the community. In: Allender JA, Spradley BW,
editors. Community health nursing: concepts and
practice. Philadelphia: Lippincott, 2001. p. 57-79.
2. Welch AZ. Madeleine Leininger: Culture care: di-
versity and universality theory. In: Tomey AM,
Alligood MR, editors. Nursing theorists and their
work. St Louis: Mosby, 2002. p. 501-526.
3. Leininger M. Clinical specialist in child psychia-
tric nursing: role and function. University of Cin-
cinnati Publications 1954;2-6.
4. Leininger M. Identifying care needs and how the-
se needs can be met through psychiatric nursing.
University of Cincinnati Publications 1955;8-12.
29
Oriá MOB, Ximenes LB, Alves MDS. Madeleine Leininger and the Theory of the Cultural Care Diversity and Universality: an
Historical Overview. Online braz j nurs [internet]. 2005 [cited month day year]; 4 (2): 24-30. Available from: http://www.obj-
nursing.u.br/index.php/nursing/article/view/3753
5. Leininger M. Changes in psychiatric nursing. Can
Nurse 1961; 57:938-49.
6. Leininger MM. Community psychiatric nursing:
trends, issues, and problems. Perspect Psychiatr
Care 1969; 7(1):10-20.
7. Hoing CF, Leininger M. Basic psychiatric concepts
in nursing. Philadelphia: J.B. Lippincott, 1960.
8. Leininger M. Contemporary issues in mental he-
alth nursing. Boston: Little Brown, 1973.
9. Leininger M. The culture concept and its rele-
vance to nursing. J Nurs Educ 1967; 6(2):27-37.
10. Leininger M. Nursing care of a patient from ano-
ther culture: Japanese-American patient. Nurs
Clin North Am 1967; 2:747-62.
11. Leininger M. The signicance of cultural concepts
in nursing. MLN Bull 1968; 16(2):3-4.
12. Leininger MM. Cultural dierences among sta
members and the impact on patient care. MLN
Bull 1968; 16(5):5-6.
13. Leininger MM. The use of cultural concepts in pa-
tient care. MLN Bull 1968; 16(5):3-4.
14. Leininger M. Ethnoscience: a new and promising
research approach to the health sciences. Image
J Nurs Sch 1969; 3(1):2-8.
15. Leininger M. Nursing and anthropology: t wo worl-
ds to blend. New York: John Wiley & Sons, 1970.
16. Leininger M. Some anthropological issues rela-
ted to community mental health programs in the
United States. Community Ment Health J 1971;
7(1):50-61.
17. Leininger M. Nursing in the context of social
and cultural systems. In: Mitchell P, editor. Ba-
sic concepts to nursing. New York: McGraw-Hill,
1973: 37-60.
18. Leininger M. The culture concept and its rele-
vance to nursing. In: Auld M, Birum L, editors.
The challenge of nursing: a book of readings. St
Louis: Mosby, 1973. p. 39-46.
19. Leininger M. Health care dimensions: transcul-
tural health care issues and conditions. Philadel-
phia: F.A. Davis, 1976.
20. Leininger M. Culture care theory: a major con-
tribution to advance transcultural nursing kno-
wledge and practices. J Transcult Nurs 2002;
13(3):189-92.
21. Leininger M. Transcultural nursing: concepts,
theories and practices. New York: John Wiley &
Sons, 1978.
22. Leininger M. Transcultural nursing: a new
subeld to general nursing and health know-
ledge. Manitoba: University of Manitoba, 1978.
23. Leininger M. Transcultural nursing care of ado-
lescent and middle age adult. Salt Lake City: Uni-
versity of Utah College Nursing, 1979.
24. Leininger M. Transcultural nursing. New York:
Masson, 1979.
25. Leininger M. Cultural change, ethics and the nur-
sing care implications. Salt Lake City: University
of Utah College Nursing, 1980.
26. Leininger MM. Qualitative research methods in
nursing. Philadelphia: WB Saunders, 1985.
27. Leininger M. Transcultural nursing theory. In:
Marriner A, editor. Nursing theorists and their
work. St Louis: CV Mosby, 1986. p. 144-60.
28. Leininger M. Transcultural nursing: a worldwide
necessity to advance nursing knowledge and
practice. In: McCloskey J, Grace H, editors. Nur-
sing issues. Boston: Little, Brown & Co, 1990.
29. Leininger MM. Culture care diversity and univer-
sality: a theory of nursing. New York: National Le-
ague for Nursing Press, 1991.
30. Leininger M. Culture Care Theory: the relevant
theory to guide nurses functioning in a multi-
cultural world. NLN Publ 1993;(15-2548):105-21.
31. Leininger MM, McFarland MR. Transcultural nur-
sing; concepts, theories, research & practice. New
York: McGraw-Hill; 2002.
32. Leininger M. Transcultural nursing: concepts,
theories, research, and practice. New York: Mc-
Graw Hill; 1995.
33. Leininger M. Culture care diversity and universa-
lity: a theory of nursing. Boston: Jones & Bartlett
Publishers; 2001.
34. Leininger M. The phenomenon of caring. Part V.
Caring: the essence and central focus of nursing.
Nurs Res Rep 1977; 12(1):2-14.
35. Leininger M. Caring: a central focus of nursing
and health care services. Nurs Health Care 1980;
1(3):135-43.
36. Leininger M. Care facilitation and resistance fac-
tors in the culture of nursing. Top Clin Nurs 1986;
8(2):1-12.
37. Leininger M. Care symposium: resources on cultu-
re (letter to the editor). J Nurs Adm 1986; 16(6):35.
38. Leininger M. Care: discovery and uses in clinical
community nursing. Detroit: Wayne State Uni-
30 Oriá MOB, Ximenes LB, Alves MDS. Madeleine Leininger and the Theory of the Cultural Care Diversity and Universality: an
Historical Overview. Online braz j nurs [internet]. 2005 [cited month day year]; 4 (2): 24-30. Available from: http://www.obj-
nursing.u.br/index.php/nursing/article/view/3753
versity Press; 1988.
39. Leininger M, Watson J. The caring imperative in
education. New York: National League for Nur-
sing; 1990.
40. Leininger M. Ethical and moral dimensions of ca-
re. Detroit: Wayne State University Press; 1990.
41. Leininger M. The phenomenon of caring: impor-
tance, research questions and theoretical consi-
derations. In: Ismeurt R, Arnold E, Carson V, edi-
tors. Readings: concepts fundamental to nursing.
Philadelphia: Springhouse; 1990. p. 5-11.
42. Leininger M. Historic and epistemologic dimen-
sions of care and caring with futuristic direc-
tions. In: Stevenson J, Reimer T, editors. Know-
ledge about care: state of the art and future de-
velopments. Kansas City: American Nurses Asso-
ciation; 1990. p. 19-31.
43. Gaut D, Leininger M. Caring: the compassiona-
te healer. New York: National League for Nur-
sing; 1991.
44. Leininger M. Reections on Nightingale with a fo-
cus on human care theory and leadership. In: Ni-
ghingale F, Burnum B, editors. Nightingale, no-
tes on nursing: what it is, and what it is not. Phi-
ladelphia: JB Lippincott; 1992. p. 28-29.
45. Leininger M. Transcultural nursing administra-
tion: an imperative worldwide. J Transcult Nurs
1996; 8(1):28-33.
46. Leininger M. Are nurses prepared to function
worldwide? J Transcult Nurs 1994; 5(2):2-4.
47. Leininger M. Health care reform: when will it in-
clude transcultural nursing care? J Transcult Nurs
1993; 4(2):2-3.
48. Leininger M. Teaching transcultural nursing to
transform nursing for the 21st century. J Trans-
cult Nurs 1995; 6(2):2-3.
49. Leininger M. Teaching transcultural nursing in
undergraduate and graduate programs. J Trans-
cult Nurs 1995; 6(2):10-26.
50. Leininger M. Transcultural nursing research to
transform nursing education and practice: 40 ye-
ars. Image J Nurs Sch 1997; 29(4):341-47.
51. Leininger M. Nursing education exchanges:
concerns and benets. J Transcult Nurs 1998;
9(2):57-63.
52. Leininger M. This I believe--about interdisciplina-
ry health education for the future. Nurs Outlook
1971; 19(12):787-91.
53. Leininger M. Doctoral programs for nurses: tren-
ds, questions, and projected plans. Part I: trends,
questions, and issues on doctoral programs. Nurs
Res 1976; 25(3):201-10.
54. Leininger M. Changing directions in nursing edu-
cation. Primary and transcultural nursing care. Ta-
ehan Kanho 1977; 16(4):58-67.
55. Leininger M. Transcultural nursing education: a
worldwide imperative. Nurs Health Care 1994;
15(5):254-57.
56. Leininger M. Major directions for transcultural
nursing: a journey into the 21st century. J Trans-
cult Nurs 1996; 7(2):28-31.
57. Leininger M. Culture care theory, research, and
practice. Nurs Sci Q 1996; 9(2):71-8.
58. Leininger M. Overview of the theory of culture
care with the ethnonursing research method. J
Transcult Nurs 1997; 8(2):32-52.
59. Leininger M. Founder’s focus: theoretical, rese-
arch, and clinical critiques to advance transcul-
tural nursing scholarship. J Transcult Nurs 2001;
12(1):71.
60. Leininger M. Ethnomethods: the philosophic and
epistemic bases to explicate transcultural nursing
knowledge. J Transcult Nurs 1990; 1(2):40-51.
61. Leininger MM. Current issues in using anthro-
pology in nursing education and services. West
J Nurs Res 2001; 23(8):795-806.
62. Leininger M. Founder’s focus: types of sciences
and transcultural nursing knowledge. J Transcult
Nurs 2001; 12(4):333.
63. Leininger M. Founder’s focus: cultural diusion
trends, uses, and abuses in transcultural nursing.
J Transcult Nurs 2002; 13(1):70.
64. Leininger M. Founder’s focus: transcultural nur-
sing care makes a big outcome difference. J
Transcult Nurs 2003; 14(2):157.
65. Leininger M. Founder’s focus--the third millen-
nium and transcultural nursing. J Transcult Nurs
2000; 11(1):69.
Recebido: 22/03/2005
Revisado: 17/06/2005
Aprovado: 07/07/2005