ArticlePDF Available

Cerambycidae (Coleoptera) of Colombia. V. Lamiinae with divergent tarsal claws

Authors:
  • Museu Anchieta de Porto Alegre

Abstract and Figures

New species described from Colombia: Amphicnaeia interrupta sp. nov., from Cauca; Adetus tayronus sp. nov., from Magdalena; A. aberrans sp. nov., from Santander; Parmenonta albosticta sp. nov., from Cundinamarca; Jamesia bella sp. nov., from Cauca. New records for nine species of Colombian Lamiinae (Apomecynini, Agapanthiini, Onciderini) are given.
Content may be subject to copyright.
Cerambycidae (Coleoptera) da Colômbia. VI. Lamiinae com unhas... 255
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
CERAMBYCIDAE (COLEOPTERA) DA COLÔMBIA. VI. LAMIINAE
COM UNHAS TARSAIS DIVARICADAS OU BÍFIDAS
Maria Helena M. Galileo1, 3
Ubirajara R. Martins2, 3
ABSTRACT
CERAMBYCIDAE (COLEOPTERA) OF COLOMBIA. VI. LAMIINAE WITH DIVARICATE
OR BIFID TARSAL CLAWS. New taxa described from Colombia: Desmiphora (D.) tristis sp. nov.
from Cundinamarca; Blabia longipennis sp. nov. from Nariño; Anhanga gen. nov., type species A.
diabolica sp. nov. from Valle del Cauca; Exalphus vicinus sp. nov. from Santander; Necalphus
maranduba sp. nov. from Amazonas; Paradesmus gen. nov., type species, P. iuba sp. nov. from
Atlántico. New combination proposed: Padesmus brunneus (Aurivillius, 1923) from Adesmus. New
records for nineteen species (Acanthoderini, Acanthocinini, Aerenicini, Desmiphorini, Hemilophini,
Polyrhaphidini) of Colombian fauna are given.
KEYWORDS. Cerambycidae, Colombia, Lamiinae, new records, new taxa.
INTRODUÇÃO
O material examinado pertence às instituições: GMIC, Coleção Gilberto Mendoza,
Santafé de Bogotá; IAHC, Instituto de Investigaciones de Recursos Biológicos
“Alexander von Humboldt”, Villa de Leyva; MZSP, Museu de Zoologia, Universidade de
São Paulo, São Paulo; UNAB, Facultad de Agronomia, Universidad Nacional de Colombia,
Bogotá.
Desmiphorini
Desmiphora (D.) fasciculata (Olivier, 1792)
Lamia fasciculata OLIVIER, 1792:465.
Cerambyx fasciculatus; OLIVIER, 1795:(67)96, est.7, fig.131.
Desmiphora (Desmiphora) fasciculata; AUDINET-SERVILLE, 1835:62; MONNÉ, 1994a:57 (cat.).
Desmiphora servillei WHITE, 1855:401, est.10, fig.7; CHEVROLAT, 1862:254.
Desmiphora fasciculata m. servillei; BATES, 1880:115.
Desmiphora gigantea THOMSON, 1860:75; BATES, 1874:225 (sin.).
1. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Caixa Postal 1188, 90001-970 Porto Alegre, Rio Grande do Sul,
Brasil.
2. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, Caixa Postal 42694, 04299-970 São Paulo, São Paulo, Brasil.
3. Bolsista do CNPq.
256
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
GALILEO & MARTINS
Espécie com vasta distribuição do México até o Brasil (Espírito Santo), Guiana
Francesa, Peru e Bolívia (MONNÉ, 1994a).
Material examinado. COLÔMBIA, Amazonas: PNN (Parque Nacional Natural) Amacayacu
(Mocagua, 3°23’S, 70°06’W, 150 m), , 20-27.III.2000, A. Parente col., armadilha Malaise (IAHC).
Desmiphora (D.) tristis sp. nov.
(Fig. 1)
. Tegumento castanho-escuro. Cabeça revestida por pubescência castanho-clara.
Vértice a cada lado com um pincel de pêlos brancos internamente e pretos externamente.
Lobos oculares superiores tão afastados entre si quanto o dobro da largura de um lobo.
Antenas com pubescência uniforme, acastanhada; ápice dos antenômeros V-X com
estreito anel de pubescência branca.
Lados do protórax (fig. 1) com espinho desenvolvido ligeiramente voltado para trás
e para cima. Pronoto revestido por pubescência castanha, com duas faixas laterais de
pubescência branca, iniciadas perto do úmero e convergentes para a parte anterior, terminam
num longo fascículo com pêlos brancos posteriormente e pretos implantados na margem
anterior do pronoto.
Élitros (fig. 1) com pubescência castanha irregularmente entremeada por pubescência
branca. Cada élitro com faixas de pubescência branca: (1) uma no úmero em continuação
com a faixa pronotal; (2) uma estreita que se inicia entre o úmero e o escutelo, bifurca-se
no nível do quinto anterior do élitro, formando um ramo que se dirige obliquamente em
direção à sutura e outro ramo que se estende até o meio dos élitros e volta-se para a frente
até tocar a faixa umeral; (3) uma faixa estreita em forma de “V”, no terço posterior. Cada
élitro com fascículos de pêlos: (1) um pequeno, predominantemente de pêlos castanhos
na bifurcação da faixa 2; (2) um longitudinal de pêlos castanho-escuros no local da crista
centro-basal; (3) um no quarto apical junto ao vértice da faixa 3, de pêlos brancos e muito
longos seguido por um pincel longitudinal de pêlos pretos; (4) um anteapical, diminuto,
de pêlos alaranjados e pretos.
Face ventral com pubescência ferruginosa. Processo prosternal com elevação
transversal próxima à cabeça. Processo mesosternal sem tubérculo. Lados do metasterno
com quatro rugas transversais; centro do metasterno e área das rugas sem pubescência.
Lados do urosternito V com pincel de pêlos brancos. Pernas com pêlos longos e
predominantemente brancos; pubescência variegada de pêlos ferruginosos e brancos.
Dimensões, em mm. Comprimento total 11,2; protórax: comprimento 2,7, maior largura
3,4; comprimento do élitro 8,2; largura umeral 3,7.
Material-tipo. Holótipo , COLÔMBIA, Cundinamarca: Viotá (ca. 4°N, 75°W), I.1995,
Corradine col. (GMIC).
Discussão. Desmiphora (D.) tristis tem processo prosternal truncado para o lado
da cabeça como D. (D.) maculosa Chemsak & Linsley, 1966, D. (D.) obliquelineata
Breuning, 1948, D. (D.) fasciculata (Olivier, 1792), D. (D.) hirticollis (Olivier, 1795) e D. (D.)
xerophila Martins & Galileo, 1995. Pela presença de pincéis de pêlos no urosternito V,
assemelha-se a D. (D.) hirticollis e D. (D.) xerophila. Difere de D. (D.) hirticollis pela
ausência de áreas cobertas por pubescência branca nos élitros; áreas rugosas do
metasterno com número maior de rugas e lados dos urosternitos sem áreas circulares
Cerambycidae (Coleoptera) da Colômbia. VI. Lamiinae com unhas... 257
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
brilhantes. Distingue-se de D. (D.) xerophila pelos lobos oculares superiores mais distantes
entre si do que a largura de um lobo; pelos lados do protórax com faixas de pubescência
branca e pelos élitros sem área central de pubescência branca.
Fig. 1. Desmiphora (D.) tristis sp. nov., holótipo , comprimento 11,2 mm.
258
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
GALILEO & MARTINS
Estola fratercula Galileo & Martins, 1999
Estola fratercula GALILEO & MARTINS, 1999b:86, fig. 10; MARTÍNEZ, 2000:98.
Estola fratercula foi originalmente descrita de Bolívar. MARTÍNEZ (2000) repetiu
essa procedência.
Material examinado. COLÔMBIA, Vichada: PNN (Parque Nacional Natural) Tuparro (Bosque
Sabana, 5°21’N, 67°51’W, 100 m), , 20-29.IX.2000, W. Villalba col., armadilha Malaise (IAHC);
(Cerro Tomás, 140 m), , 29.XI-8.XII.2000, W. Villalba col., armadilha Malaise (MZSP).
Estoloides (E.) strandiella Breuning, 1940
Estoloides (E.) strandiella BREUNING, 1940:76; 1974:55 (chave); MONNÉ, 1994a:40 (cat.).
O exemplar examinado enquadra-se perfeitamente em Estoloides (E.) strandiella
tanto pela descrição original (BREUNING, 1940) quanto pela chave publicada por BREUNING
(1974). A espécie foi originalmente descrita de Turrialba, Cartago, Costa Rica. Para a
Colômbia, MARTÍNEZ (2000) citou duas espécies de Estoloides: E. (E.) grossepunctata
Breuning, 1940 e E. (E.) perforata (Bates, 1872).
Material examinado. COLÔMBIA, Cauca: PNN (Parque Nacional Natural), Isla Gorgona (Alto
del Mirador, 2°58’N, 78°11’W), , 8-24.IV.2000, H. Torres col., armadilha Malaise (IAHC).
Blabia longipennis sp. nov.
(Fig. 3)
. Colorido geral vermelho-acastanhado. Escapo, pedicelo e antenômero III
castanhos; IV-X com base avermelhada e escurecidos para o ápice. Pernas alaranjadas.
Fronte com alguns pontos esparsos. Lobos oculares inferiores com o quádruplo do
comprimento das genas. Lobos oculares superiores com seis fileiras de omatídios, tão
distantes entre si quanto a largura de um lobo. Antenas atingem o ápice dos élitros no
meio do antenômero IX. Antenômero III ligeiramente curvo.
Espinhos laterais do protórax (fig. 3) curtos; uma sensila implantada em ponto
apenas saliente um pouco à frente do espinho. Pronoto com três gibosidades, duas
látero-anteriores e uma maior, centro-posterior. Pontuação pronotal grossa.
Élitros (fig. 3) com crista centro-basal apenas demarcada. Úmeros com tubérculo
dorsal muito discreto. Extremidades elitrais com espinho externo moderado e levemente
divergente. Toda superfície elitral com pubescência vermelho-acastanhada.
Face ventral revestida por pubescência acinzentada. Mesepimeros, metepimeros e
lados do metasterno pontuados.
Dimensões, em mm. Comprimento total 11,6; protórax: comprimento 2,0, maior largura
2,5; comprimento do élitro 8,9; largura umeral 3,3.
Material-tipo. Holótipo , COLÔMBIA, Nariño: La Planada (Parcela Olga, 1o15’N, 28o15’W,
1850 m), 2-16.XII.2000, G. Oliva col., armadilha Malaise (IAHC); parátipo , mesmos dados do
holótipo (MZSP).
Cerambycidae (Coleoptera) da Colômbia. VI. Lamiinae com unhas... 259
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
Discussão. Blabia longipennis assemelha-se a B. bicuspis (Bates, 1866), ocorrente
no Peru e na Amazônia brasileira. Distingue-se pela ausência de faixa amarelada no centro
do pronoto e de pubescência amarelada, densa, no escutelo e pelos élitros relativamente
mais longos (comprimento/largura umeral, 2,7). Em B. bicuspis, centro do pronoto ocupado
por faixa longitudinal de pubescência amarelada; escutelo revestido por pubescência
amarela e élitros relativamente mais curtos (comprimento/largura umeral 2,5-2,6).
Anhanga gen. nov.
Etimologia. Tupi, anhanga = diabo, alusivo ao aspecto dos espinhos pronotais.
Gênero feminino.
Espécie-tipo, Anhanga diabolica sp. nov.
Aspecto geral alongado. Fronte mais larga do que longa. Região entre os tubérculos
anteníferos acentuadamente deprimida. Olhos com granulação média; lobos oculares
inferiores apenas mais longos que as genas; lobos oculares superiores com quatro fileiras
de omatídios, tão distantes entre si quanto o quádruplo da largura de um lobo. Uma
sensila implantada em tubérculo atrás de cada lobo ocular superior. Último artículo dos
palpos maxilares esbelto e alongado. Escapo subcilíndrico, sem cicatriz apical, tão longo
quanto o antenômero III, ligeiramente curvo; superfície irregular com depressões
longitudinais. Antenômero III mais longo que o IV e o V (demais artículos faltam). Protórax
mais longo do que largo, sem espinho ou tubérculo nos lados. Pronoto com quatro
espinhos de ápices voltados para trás e situados na mesma linha transversal: dois externos,
mais longos; dois internos, subdivididos (agudos no lado interno e pequena projeção no
lado externo), glabros e brilhantes no ápice, com cerca de um terço do comprimento dos
espinhos externos. Na frente destes quatro espinhos, no meio do pronoto, mais dois
espinhos pequenos, um a cada lado, brilhantes, agudos e com ápice voltado para trás.
Élitros com três linhas elevadas, estreitas; metade basal com alguns tubérculos providos
de setas escamiformes de ápice truncado. Extremidades dos élitros transversalmente
truncadas. Cavidade coxal anterior angulosa lateralmente. Processo prosternal sem
tubérculos, laminiforme entre as coxas. Metasterno moderadamente reduzido em
comprimento. Fêmures longamente pedunculados com clava esbelta. Mesotíbias com
pequeno sulco no terço apical. Metatarsômero I tão longo quanto II+III.
Discussão. Anhanga apresenta um conjunto de caracteres que permitem distingui-lo
dos gêneros sul-americanos de Desmiphorini com lados do protórax desarmados e separados
em chave por MARTINS & GALILEO (1998a). Salientamos: fronte larga; lobos oculares superiores
bem distantes entre si; escapo com irregularidades na superfície; pronoto com espinhos
manifestos; cavidades procoxais angulosas no lado externo; superfície dos élitros com linhas
elevadas e com setas escamiformes; extremidades elitrais truncadas; metasterno algo reduzido
em comprimento; metatarsômero I tão longo quanto II+III.
Algumas espécies de Blabia apresentam setas grosseiras e truncadas nos élitros
(B. rendira Galileo & Martins, 1998) ou escapo com depressões longitudinais (B. banga
Galileo & Martins, 1998). Anhanga difere de Blabia pelos lados do protórax desarmados,
pela presença de espinhos no pronoto e pelo metasterno encurtado.
260
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
GALILEO & MARTINS
Fig. 2. Anhanga diabolica sp. nov., holótipo , comprimento 9,0 mm.
Anhanga diabolica sp. nov.
(Fig. 2)
. Tegumento avermelhado. Cabeça revestida por pubescência ferruginosa, mais
esparsa na fronte. Pronoto densamente pontuado, revestido por pubescência ferrugínea;
nos lados uma faixa de pubescência amarelada, que se inicia na borda anterior, passa pelo
Cerambycidae (Coleoptera) da Colômbia. VI. Lamiinae com unhas... 261
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
lado interno do espinho maior e estende-se até a base. Partes laterais do protórax
densamente pontuadas. Élitros (fig. 2) revestidos por pubescência ferrugínea; cada um
com uma faixa algo glabra, elevada, estreita, no quinto anterior; uma segunda faixa glabra,
mas bordejada por pubescência mais amarelada, que se inicia atrás do úmero, segue
paralela à margem até o terço anterior onde volta-se obliquamente para a sutura e atinge
o meio do élitro; uma terceira faixa, interrompida, no terço posterior. Fêmures ligeiramente
mais escurecidos na clava e revestidos por pubescência ferrugínea. Toda face ventral
com pontos grandes.
Dimensões, em mm. Comprimento total 9,0; protórax: comprimento 2,4, maior largura
2,0; comprimento do élitro 6,2; largura umeral 3,0.
Material-tipo. Holótipo , COLÔMBIA, Valle del Cauca: PNN (Parque Nacional Natural)
Farallones de Cali (03°26’N, 76°48’W, 730 m), 9.V-18.VII.2000, S. Sarria col., armadilha Malaise
(IAHC); parátipo , mesmos dados do holótipo (MZSP).
Polyrhaphidini
Polyrhaphis angustata Buquet, 1853
Polyrhaphis angustata BUQUET, 1853:445; MONNÉ, 1994b:17 (cat.).
Polyrhaphis bondari LANE, 1939:76; LANE, 1974: 380 (sin.).
Polyrhaphis elongata BATES, 1880:133, est. 10, fig. 3; LANE, 1974:380 (sin.).
Polyrhaphis angustata ocorre, segundo MONNÉ (1994b), na América Central
(Nicarágua) e na América do Sul (Colômbia, Peru e Brasil: Amazônia, Bahia).
Material examinado. COLÔMBIA, Cundinamarca: Tacaima (04°27’40”N, 74°38’16”S, 400m),
, 17.VII.1996, F. Ballén col. (UNAB).
Polyrhaphis papulosa (Olivier, 1795)
Cerambyx papulosa OLIVIER, 1795:(67)72, est. 20, fig.156.
Lamia papulosa; SCHOENHERR, 1817:395.
Polyrhaphis papulosa; AUDINET-SERVILLE, 1835:351; MONNÉ, 1994b:18 (cat.).
Polyrhaphis papulosa ainda não havia sido assinalada para a Colômbia e distribui-
se, de acordo com MONNÉ (1994b) na Guiana, Brasil (Amazônia) e Peru.
Material examinado. COLÔMBIA, Boyacá: Yopal, , III.1967, Plazas col. (UNAB).
Acanthoderini
Oreodera glauca glauca (Linnaeus, 1758)
Cerambyx glaucus LINNAEUS, 1758:390.
Lamia glauca; FABRICIUS, 1792:274.
Oreodera glauca; AUDINET-SERVILLE, 1835:20.
Oreodera glauca glauca; MONNÉ, 1994b:27; MARTÍNEZ, 2000:94.
Cerambyx tuberculatus DEGEER, 1775:112, est. 14, fig. 1; AURIVILLIUS, 1923b:377 (sin.).
Cerambyx spengleri FABRICIUS, 1776:231; AURIVILLIUS, 1923b:377 (sin.).
Cerambyx punctata VOET, 1778:16, est. 15, fig. 52; AURIVILLIUS, 1923b:377 (sin.).
Lamia scabra FABRICIUS, 1792:274; TAVAKILIAN, 1991:449 (sin.).
Lamia rudis OLIVIER, 1792:461; TAVAKILIAN, 1991:449 (sin.).
Cerambyx literatus DONOVAN, 1813, est. 546; AURIVILLIUS, 1923b:377 (sin.).
262
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
GALILEO & MARTINS
Oreodera g. glauca tem ampla distribuição do México ao Uruguai (MONNÉ, 1994b).
MARTÍNEZ (2000) assinalou-a para a Colômbia, Meta.
Material examinado. COLÔMBIA, Amazonas: PNN (Parque Nacional Natural) Amacayacu
(Mocagua, 3°23’S, 70°06’W, 150 m), , 3-9.IV.2000, A. Parente col., armadilha Malaise (IAHC).
Exalphus vicinus sp. nov.
(Fig. 4)
Tegumento castanho-escuro. Fronte quadrangular, revestida por pubescência
mesclada de alaranjado e castanho; região central com alguns pontos profundos. Área
entre os lobos superiores dos olhos densamente crivada de pontos profundos. Lobos
oculares superiores tão distantes entre si quanto a largura de um lobo. Antenas, nos
Figs. 3, 4. Habitus. 3, Blabia longipennis sp. nov., holótipo , comprimento 11,6 mm; 4, Exalphus
vicinus sp. nov., holótipo , comprimento 10,7 mm.
Cerambycidae (Coleoptera) da Colômbia. VI. Lamiinae com unhas... 263
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
machos, atingem a ponta dos élitros na extremidade do antenômero X. Escapo com
pubescência ferrugínea mesclada por pêlos brancos. Antenômeros III-XI gradualmente
mais largos em direção ao ápice, com anel de pubescência branca na base.
Lados do protórax com tubérculo agudo atrás do meio. Pronoto densamente
pontuado e revestido por pubescência ferrugínea; com três tubérculos no meio dispostos
em linha transversal; os dois laterais mais evidentes do que o central.
Élitros (fig. 4) com crista centro-basal apenas indicada. Pubescência
predominantemente amarelo-ferrugínea entremeada por pontos contrastantes e áreas de
pubescência castanho-escura em toda a superfície; no meio do dorso, mancha de
pubescência branca em grande área que se estende do terço anterior ao quarto posterior;
a metade anterior dessa mancha não toca a sutura, mas a metade posterior alcança-a. Na
parte anterior da mancha, área de pubescência castanho-escura em forma de “V”. No
interior de cada ponto elitral uma seta branca e curta. Extremidades elitrais arredondadas
em conjunto.
Face ventral coberta por pubescência acinzentada; nos machos, região centro-
posterior do metasterno com longos pêlos amarelados; pontuação inaparente. Fêmures
escurecidos antes da clava. Meso- e metatíbias com três anéis de pubescência
esbranquiçada.
Dimensões, em mm, . Comprimento total 10,7-11,0; protórax: comprimento 2,1-2,2,
maior largura 3,5-3,6; comprimento do élitro 7,6-7,8; largura umeral 4,0-4,2.
Material-tipo. Holótipo , COLÔMBIA, Santander: Macaravita (Hacienda El Cairo),
28.XI.1989, Corradine col. (GMIC); parátipo da mesma procedência que o holótipo, 2.VIII.1989,
Corradine col. (MZSP).
Discussão. O gênero Exalphus foi recentemente estabelecido (RESTELLO et al.,
2001) para 15 espécies anteriormente incluídas em Alphus White, 1855. Exalphus vicinus
é a primeira espécie do gênero descrita da Colômbia e é semelhante a E. simplex (Galileo
& Martins, 1998). Difere de E. simplex pelos antenômeros III e IV sem anel de pubescência
branca; pelos lados do protórax sem pubescência branca densa; pelo padrão de colorido
dos élitros com a mancha central de pubescência branca mais desenvolvida e ausência de
máculas de pubescência branca perto do ápice.
Necalphus maranduba sp. nov.
(Fig. 5)
Etimologia. Tupi, maranduba = novidade.
Tegumento preto revestido por pubescência preta na face dorsal e acinzentada na
ventral. Pubescência branca: nos dois terços basais do antenômero VI; pequena mancha
atrás de cada um dos lobos oculares superiores; duas faixas longitudinais nos lados do
pronoto; faixa junto à margem dos élitros que se inicia no úmero e estende-se até um
pouco além do meio; mancha oblíqua dorsal no quinto apical dos élitros.
Fronte quadrangular. Olhos muito desenvolvidos; lobos oculares inferiores quase
ocupam todo lado da cabeça; lobos oculares superiores com cerca de dez fileiras de
omatídios e separados entre si por distância equivalente a três fileiras de omatídios.
Antenas atingem a ponta dos élitros no ápice do antenômero IX. Escapo cilíndrico, tão
longo quanto o antenômero III e o IV.
264
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
GALILEO & MARTINS
Protórax (fig. 5) mais largo do que longo. Lados com espinho ao nível do meio.
Pronoto com duas gibosidades muito discretas; superfície sem pontos. Processos pro- e
mesosternal sem tubérculos. Élitros desprovidos de crista centro-basal, com pontuação
na metade anterior; ápices transversalmente truncados. Fêmures pedunculados e clavados.
Ápices dos metafêmures não atingem as pontas dos élitros. Mesotíbias profundamente
sulcadas nos dois terços apicais. Metatarsômero I tão longo quanto II+III. Face ventral
sem pontos. Urosternito V com borda apical truncada.
Dimensões, em mm, . Comprimento total 18,7; protórax: comprimento 3,7, maior
largura 6,0; comprimento do élitro 13,5; largura umeral 6,7.
Material-tipo. Holótipo , COLÔMBIA, Amazonas: PNN (Parque Nacional Natural) Amacayacu
(Matamata, 3°23’S, 70°06’W, 150 m), 11-24.III.2000, A. Parente col., armadilha Malaise (IAHC).
Discussão. A única espécie de Necalphus Lane, 1970, N. asellus (Pascoe, 1866)
está representada por apenas uma fêmea, procedente de Santa Marta, Magdalena, Colômbia,
depositada no The Natural History Museum, Londres. Não temos certeza que N. maranduba
pertença ao gênero, embora apresente caracteres que indiquem sua inclusão em Necalphus:
antenas pouco mais longas que o corpo, escapo delgado, pronoto sem tubérculos ou
gibosidades, élitros pontuados e tarsos longos, os metatarsos cerca de três quartos do
comprimento da metatíbia.
Não concordam com a descrição (LANE, 1970): antenômero III um terço mais longo
que o escapo e extremidades elitrais “estreitam-se gradualmente e terminam em ápice
agudo”. PASCOE (1866) definiu os ápices dos élitros como: “elytris apicem versus attenuato-
rotundatis” e “elytra ... gradually attenuated, not suddenly rounded…”.
Até que se possa examinar Necalphus asellus, parece-nos pertinente situar N.
maranduba no gênero.
Acanthocinini
Oedopeza leucostigma Bates, 1864
Oedopeza leucostigma BATES, 1864:146; MONNÉ, 1995a:12 (cat.).
Registrada para o Panamá, Equador, Peru e Brasil (Amazonas, Pará, Rondônia), O.
leucostigma ainda não havia sido assinalada para a Colômbia.
Material examinado. COLÔMBIA, Amazonas: PNN (Parque Nacional Natural) Amacayacu
(Matamata, 3°23’S, 70°06’W, 150 m), 2 , 12-20.III.2000, A. Parente col., armadilha Malaise
(IAHC, MZSP).
Xylergates lacteus Bates, 1864
Xylergates lacteus BATES, 1864:20; MONNÉ, 1995a:31 (cat.).
Xylergates lacteus, segundo MONNÉ (1995a), tem ampla distribuição: Venezuela,
Guiana, Suriname, Equador, Peru, Brasil (Amazônia, Maranhão, Mato Grosso) e Bolívia,
mas ainda sem registro para a Colômbia.
Cerambycidae (Coleoptera) da Colômbia. VI. Lamiinae com unhas... 265
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
Material examinado. COLÔMBIA, Amazonas: PNN (Parque Nacional Natural) Amacayacu
(Mocagua, 3°23’S, 70°06’W, 150 m), , , 24.IV-2.V.2000, A. Parente col., armadilha Malaise (MZSP,
IAHC).
Xylergates elaineae Gilmour, 1962
Xylergates elaineae GILMOUR, 1962:277, est. 3, fig. 3; MONNÉ, 1995a:31 (cat.).
Xylergates dorothaea GILMOUR, 1962:279, est. 3, fig. 4; TAVAKILIAN, 1997:135 (sin.).
Material examinado. COLÔMBIA, Amazonas: PNN (Parque Nacional Natural) Amacayacu
(San Martin, 3°23’S, 70°06’W, 150 m), , 23-30.IV.2000, B. Amado col., armadilha Malaise (IAHC).
Xylergates picturatus Lane, 1957
Xylergates picturatus LANE, 1957:19, fig. 2; MONNÉ, 1995a:31 (cat.).
Assinalada para o Brasil (Amazonas, Rondônia) e Peru, registra-se agora para a Colômbia.
Material examinado. COLÔMBIA, Amazonas: PNN (Parque Nacional Natural) Amacayacu
(Mocagua, 3°23’S, 70°06’W, 150 m), , 3-9.IV.2000, A. Parente col., armadilha Malaise (IAHC).
Trypanidius apicalis Aurivillius, 1921
Trypanidius apicalis AURIVILLIUS, 1921:53, est. 2, fig. 11; MONNÉ, 1995a:60 (cat.).
Até o momento, o gênero Trypanidius Blanchard, 1847 estava representado na
Colômbia por duas espécies: T. andicola Blanchard, 1847 e T. notatus (F., 1787) (MARTÍNEZ,
2000) e agora registram-se duas outras.
Material examinado. COLÔMBIA, Boyacá: Somondoco (4°59’17”N, 73°26’09”W, 1704 m),
, 24.IX.1998, A. Bautista & A. Bohórquez col. (UNAB).
Trypanidius irroratus Monné & Delfino, 1980
Trypanidius irroratus MONNÉ & DELFINO, 1980:320, fig. 2; MONNÉ, 1995a:61 (cat.).
Originalmente descrita da Venezuela (Aragua, Rancho Grande) ora registra-se para
a Colômbia.
Material examinado. COLÔMBIA, Boyacá: Moniquirá (5°52’51”N, 73°34’45”W, 1650 m), ,
21.X.1997, Y. Aranda col. (UNAB).
Granastyochus elegantissimus (Tippmann, 1953)
Astyochus elegantissimus TIPPMANN, 1953:347, est. 25, fig. 57.
Granastyochus elegantissimus; GILMOUR, 1959:2, fig. 2; MONNÉ, 1995a:41 (cat.).
Material examinado. COLÔMBIA, Amazonas: PNN (Parque Nacional Natural) Amacayacu
(Matamata, 3°23’S, 70°06’W, 150 m), , , 27.III-3.IV.2000, A. Parente col., armadilha Malaise
(MZSP, IAHC).
Neoeutrypanus incertus (Bates, 1864)
Eutrypanus incertus BATES, 1864:23; MONNÉ, 1995a:41 (cat.).
Neoeutrypanus incertus; MONNÉ, 1977:696.
266
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
GALILEO & MARTINS
Espécie ainda não assinalada para a Colômbia, é conhecida das Guianas e do Brasil
(Amazonas e Pará).
Material examinado. COLÔMBIA, Amazonas: PNN (Parque Nacional Natural) Amacayacu
(Mocagua, 3°23’S, 70°06’W, 150 m), , , 3-9.IV.2000, A. Parente col., armadilha Malaise (IAHC).
Toronaeus terebrans Bates, 1864
Toronaeus terebrans BATES, 1864:17; MONNÉ, 1995a:40 (cat.).
Espécie até o momento assinalada apenas para o Brasil: Amazonas, Rondônia e
Mato Grosso (MONNÉ, 1995a).
Material examinado. COLÔMBIA, Amazonas: PNN (Parque Nacional Natural) Amacayacu
(Matamata, 3°23’S, 70°06’W, 150 m), 2 , 12-19.III.2000, 20-26.III.2000, A. Parente col., armadilha
Malaise (IAHC, MZSP).
Aerenicini
Pseudophaula porosa (Bates, 1881)
Aerenica porosa BATES, 1881:146.
Pseudophaula porosa; LANE, 1973:422; MONNÉ, 1995b:52 (cat.); MARTINS & GALILEO, 1998b:29.
Segundo MARTINS & GALILEO (1998b), P. porosa ocorre na Colômbia, Venezuela,
Brasil (Pernambuco ao Espírito Santo) e Bolívia.
Material examinado. COLÔMBIA, Cundinamarca: Girardot (4°18’18”N, 74°48’06”W, 281
m), , 28.VI.1974 (UNAB).
Hemilophini
Isomerida tupi Martins & Galileo, 1992
Isomerida tupi MARTINS & GALILEO, 1992:189, fig. 2; MONNÉ, 1995b:16 (cat.); GALILEO & MARTINS,
1996:243.
GALILEO & MARTINS (1996) destacaram a variabilidade da pubescência branca
compacta nos urosternitos que, na série típica de Goiás, Brasil, recobre os urosternitos IV
e V e nos exemplares de Rondônia e Mato Grosso, pode estar ausente no urosternito V,
mas presente nos lados do III. Nos exemplares colombianos a pubescência reveste os
urosternitos IV e V e a região basal dos élitros é mais avermelhada.
Material examinado. COLÔMBIA, Valle del Cauca: PNN (Parque Nacional Natural) Faralones de Cali
(3°26’N, 76°48’W, 730 m), 2 , 9.V-18.VII.2000, S. Sarria col., armadilha Malaise (IAHC, MZSP).
Isomerida lineata Bates, 1874
Isomerida lineata BATES, 1874:232; MONNÉ, 1995b:15 (cat.); GALILEO & MARTINS, 1996:243; MARTÍNEZ,
2000:99.
GALILEO & MARTINS (1996) citaram I. lineata para a Colômbia, Cundinamarca:
Arcabuco. MARTÍNEZ (2000) arrolou-a para Bayacá, Magdalena e Meta.
Cerambycidae (Coleoptera) da Colômbia. VI. Lamiinae com unhas... 267
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
Material examinado. COLÔMBIA, Meta: Parque San Martin (3°42’N, 73°42’W, 419 m), ,
28.IV.1989, G. Garzón col. (UNAB). Cundinamarca: Girardot (4°18’18”N, 74°48’06”W, 281 m), ,
29.VI.1989, J. López col. (MZSP). Bayacá: Miraflores (5°11’50”N, 73°08’56”W, 1720 m), ,
5.VI.1980, F. Ramírez col. (UNAB).
Phoebe concinna White, 1856
Phoebe concinna WHITE, 1856:408, est. 40, fig. 12; MONNÉ, 1995b:35 (cat.); MARTINS & GALILEO,
1998c:432.
Esta espécie foi assinalada por MARTINS & GALILEO (1998c) para o Brasil (Amazonas
e Pará).
Material examinado. COLÔMBIA, Caquetá: San José de Fragua (1°20’N, 76°06’W, 1270 m),
, 9-13.IX.2000, E. González col. (IAHC).
Paradesmus gen. nov.
Etimologia. Do latim, para, ao lado; adesmus, gênero-tipo da tribo.
Espécie-tipo, Paradesmus iuba sp. nov.
Cabeça mais larga que o protórax no nível dos olhos. Vértice não-abaulado. Fronte
mais larga que longa. Olhos inteiros. Lobos oculares inferiores com mais do que o dobro
do comprimento das genas; lobos oculares superiores tão distantes entre si quanto a
largura de um lobo. Antenas ( ) atingem o ápice dos élitros na extremidade do antenômero
X. Escapo subcilíndrico, mais curto do que o antenômero III, atinge o meio do protórax.
Franja constituída por pêlos curtos e numerosos no lado interno do antenômero III.
Protórax mais largo do que longo. Lados do protórax subparalelos e sem gibosidades.
Disco pronotal regularmente convexo. Comprimento do élitro igual a 2,4 vezes a largura
umeral; úmeros sub-retos na margem anterior; lados com duas carenas separadas; friso
marginal sem pêlos longos; extremidades ligeiramente emarginadas com espinho externo.
Metafêmures ultrapassam a borda posterior do urosternito II. Meso- e metatarsômeros
intumescidos. Garras tarsais com dente interno subigual em comprimento ao dente externo.
Discussão. MARTINS & GALILEO (1997) publicaram chave para os gêneros de
Hemilophini relacionados com Adesmus Lepeletier & A.-Serville, 1825, com duas carenas
em cada élitro. Pela cabeça tão ou mais larga que o protórax, fronte transversal, protórax
mais largo do que longo e olhos inteiros, Paradesmus assemelha-se mais a Kyranycha
Martins & Galileo, 1997 e Piruanycha Martins & Galileo, 1997. Contudo, ambos os gêneros
apresentam nos urosternitos manchas de pubescência densa branca ou amarelada.
Especialmente de Kyranycha, Paradesmus distingue-se pela cabeça mais larga do que o
protórax e não-intumescida no dorso; pelo protórax não-abaulado e pelos tarsômeros
intumescidos nos machos.
Paradesmus iuba sp. nov.
(Fig. 6)
Etimologia. Tupi, iuba = amarelo, alusivo à coloração corporal.
Colorido geral vermelho-alaranjado. Escutelo quase glabro. Pronoto com pubescência
esparsa e densamente pontuado. Élitros (fig. 6) recobertos por pubescência amarelada, exceto
na declividade lateral onde a pubescência é mais esparsa e o tegumento amarelo-alaranjado
mais visível; essa cor invade a região dorsal dos élitros, em pequena extensão, numa mancha
268
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
GALILEO & MARTINS
lateral no nível do meio. Face ventral do corpo revestida por pubescência esbranquiçada.
Dimensões, em mm. Comprimento total 18,2; protórax: comprimento 3,4; maior largura
4,0; comprimento do élitro 14,0; largura umeral 5,9.
Material-tipo. Holótipo , COLÔMBIA, Atlántico: Palmar del Varela (10°45’N, 74°45’W),
8.I.1974, R. Méndez col. (UNAB).
Paradesmus brunneus (Aurivillius, 1923), comb. nov.
Adesmus brunneus AURIVILLIUS, 1923a:478; MONNÉ, 1995b:22 (cat.); GALILEO & MARTINS, 1999a:113.
GALILEO & MARTINS (1999a) consideraram Adesmus brunneus espécie incertae sedis
baseados no diapositivo do holótipo, que é um macho, e apresenta fronte com duas
gibosidades situadas no meio, flagelômeros esparsamente pilosos no lado interno e
Figs. 5, 6. Habitus. 5, Necalphus maranduba sp. nov., holótipo , comprimento 18,7 mm; 6, Paradesmus
iuba sp. nov., holótipo , comprimento 18,2 mm.
Cerambycidae (Coleoptera) da Colômbia. VI. Lamiinae com unhas... 269
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
tarsômeros intumescidos. AURIVILLIUS (1923a), com base no holótipo que apresenta a
pubescência corporal mal conservada, chamou atenção para a presença de quatro carenas
elitrais. Adesmus brunneus foi originalmente descrita de Valle del Cauca. Paradesmus
iuba concorda com P. brunneus no aspecto geral e na maioria dos caracteres, mas distingue-
se principalmente pela ausência de projeções frontais.
Agradecimentos. À desenhista Rejane Rosa (MCNZ), pela execução dos desenhos; a Antonio
Santos Silva (MZSP) pela execução das fotografias. O material pertencente ao IHAC foi colecionado
com apoio da National Science Foundation, USA (DEB 9972024) a Michael Sharkey e Brian Brown.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUDINET-SERVILLE, J. G. 1835. Nouvelle classification de la famille des longicornes (suite). Annls Soc. ent. Fr.,
Paris, Sér. 1, 4:5-100.
AURIVILLIUS, C. 1921. Neue Cerambyciden aus der Sammlung G. van Roon. Tijdschr. Ent.,
Stockholm, 64:46-53.
__. 1923a. Neue oder wenig bekannte Coleoptera Longicornia. 19. Ark. Zool., Stockholm, 15:437-479.
__. 1923b. Coleopterorum Catalogus, pars 74, Cerambycidae: Lamiinae. Berlin, W. Junk. p.323-704.
BATES, H. W. 1864. Contributions to an insect fauna of the Amazon valley. Coleoptera, Cerambycidae.
Ann. Mag. nat. Hist., London, Ser. 3, 13:144-164; 14:11-24.
__. 1874. Suplement to the longicorn Coleoptera of Chontales, Nicaragua. Trans. ent. Soc. Lond.,
London, 1874:219-235.
__. 1880. Biologia Centrali Americana, Insecta, Coleoptera. London, British Museum of Natural
History. v.5, p.17-152, est. 3-11.
__. 1881. Notes on longicorn Coleoptera. Revision of the aerénicides and amphionychides of
tropical America. Ann. Mag. nat. Hist., London, Ser. 5, 8:142-152, 196-204, 290-306.
BREUNING, S. 1940. Novae species Cerambycidarum VIII. Folia zool. hydrobiol., Riga, 10:37-85.
__. 1974. Révision des Rhodopinini américains. Studia ent., Petrópolis, 17:1-210.
BUQUET, J. B. 1853. Descriptio de deux espèces nouvelles de longicornes du genre Polyrhaphis Serville.
Annls Soc. ent. Fr., Paris, Sér. 3, 1:443-446.
CHEVROLAT, L. A. 1862. Coléoptères d' Ile de Cuba. Annls Soc. ent. Fr., Paris, Sér. 4, 2:245-280.
DEGEER, G. 1775. Mémoires pour servir à l’histoire des insectes. Stockholm, P. Hesselberg. v.5,
448p., 16 est.
DONOVAN, E. 1813. The natural history of British insects. London. v.16, est. 541-576.
FABRICIUS, J. C. 1776. Genera insectorum... Chilonii, Bertsch. 310p.
__. 1792. Entomologia sytematica... Hafniae, Proft. v.1, 538p.
GALILEO, M. H. M. & MARTINS, U. R. 1996. Revisão do gênero Isomerida Bates, 1866 (Coleoptera,
Cerambycidae, Lamiinae, Hemilophini). Papéis Avuls Zool., São Paulo, 30:231-248.
__. 1999a. O gênero Adesmus (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae, Hemilophini). Iheringia, Sér.
Zool., Porto Alegre, (86):77-116.
__. 1999b. Sobre espécies de Lamiinae (Coleoptera, Cerambycidae) da Colômbia e do Brasil com garras
tarsais divaricadas. Papéis Avuls Zool., São Paulo, 41:83-104.
GILMOUR, E. F. 1959. On the neotropical Acanthocinini. IV. (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae).
Three new genera and species. Opusc. zool., München, (27):1-9.
__. 1962. On the neotropical Acanthocinini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae). Beitr.
Neotrop. Fauna, Hamburg, 2(4):249-293.
LANE, F. 1939. Descrições de longicórnios neotrópicos (nota prévia). Bolm biol., São Paulo, Nova
Sér., 4(1):73-78.
__. 1957. Duas novas espécies de Xylergates Bates e descrição do alótipo de Carphina assula (Bates,
1866) (Col., Lamiidae). Publ. Inst. Pesq. Agron. Pernambuco, Recife, Nova Sér., 4:1-31.
__. 1970. Notas sinonímicas V. Sôbre alguns sinônimos nas tribos Acanthoderini e Acanthocinini.
Atas Soc. Biol., Rio de Janeiro, 14:31, 32.
__. 1973. Cerambycoidea neotropica nova IX (Coleoptera). Stud. ent., Petrópolis, 16:371-438.
__. 1974. Sobre a designação de alguns lectótipos de longicórnios descritos em nota prévia em 1939
(Coleoptera): Cerambycidae. Stud. ent., Petrópolis, 17(1-4):378-382.
270
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 93(3):255-270, 30 de setembro de 2003
GALILEO & MARTINS
LINNAEUS, C. 1758. Systema naturae... 10. ed. Holmiae, Salvius. v.1, 824p.
MARTÍNEZ, C. 2000. Escarabajos longicórnios (Coleoptera: Cerambycidae) de Colombia. Biota
Colombiana, Santafé de Bogotá, I(1):76-105.
MARTINS, U. R. & GALILEO, M. H. M. 1992. Divisão do gênero Isomerida Bates, 1866 (Coleoptera,
Cerambycidae, Lamiinae, Hemilophini). Revta bras. Ent., São Paulo, 36(1):187-195.
__. 1997. Remoção de espécies com duas carenas elitrais do gênero Adesmus (Coleoptera, Cerambycidae,
Lamiinae, Hemilophini). Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, (83):45-64.
__. 1998a. Gêneros sul-americanos de Desmiphorini (Coleoptera, Cerambycidae) com lados do
protórax desarmados. Revta bras. Ent., São Paulo, 41:257-265.
__. 1998b. Revisão da tribo Aerenicini Lacordaire, 1872 (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae).
Arqs Zool., São Paulo, 35(1):1-133.
__. 1998c. Gêneros de Hemilophini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae) semelhantes a Phoebe
Audinet-Serville, 1835. Revta bras. Ent., São Paulo, 41(2-4):431-437.
MONNÉ, M. A. 1977. Contribuição para o conhecimento dos Acanthocinini VI (Coleoptera,
Cerambycidae, Lamiinae). Revta bras. Biol., Rio de Janeiro, 37:693-711.
__. 1994a. Catalogue of the Cerambycidae (Coleoptera) of the Western Hemisphere. Part
XVI. São Paulo, Sociedade Brasileira de Entomologia. 98p.
__. 1994b. Catalogue of the Cerambycidae (Coleoptera) of the Western Hemisphere. Part
XVII. São Paulo, Sociedade Brasileira de Entomologia. 110p.
__. 1995a. Catalogue of the Cerambycidae (Coleoptera) of the Western Hemisphere. Part
XVIII. São Paulo, Sociedade Brasileira de Entomologia. 196p.
__. 1995b. Catalogue of the Cerambycidae (Coleoptera) of the Western Hemisphere. Part
XX. São Paulo, Sociedade Brasileira de Entomologia. 120p.
MONNÉ, M. A. & DELFINO, S. M. 1980. Contribuição ao conhecimento dos Acanthocinini VII
(Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae). Revta bras. Biol., Rio de Janeiro, 40:317-322.
OLIVIER, A. G. 1792. Encyclopédie méthodique. Paris, Panckoucke. v.6, p.369-704.
__. 1795. Entomologie, ou histoire naturelle des insectes, avec leurs caractères génériques
et spécifiques, leur description, leur synonymie, et leur figure enluminée. Coléoptères.
Paris, Desray. v.4, 519p., 72 est.
PASCOE, F. P. 1866. List of the Longicornia collected by the late Mr. P. Bouchard at Santa Marta.
Trans. ent. Soc. Lond., London, 1866:279-296.
RESTELLO, R. M.; IANNUZZI, L. & MARINONI, R. C. 2001. Descrição de dois novos gêneros afins a Alphus
White e duas novas espécies (Acanthoderini). Revta bras. Ent., Curitiba, 45(4):295-303.
SCHOENHERR, C. J. 1817. Synonymia insectorum, order... Skara, L. Buchdruekerey. v.1, 506p.
TAVAKILIAN, G. L. 1991. Notas sinonímicas e novas combinações em longicórneos sul-americanos
(Coleoptera, Cerambycidae). Revta bras. Ent., São Paulo, 35(2):439-453.
__. 1997. Nomenclatural changes, reinstatements, new combinations, and new synonymies among
American Cerambycids (Coleoptera). Insecta Mundi, Gainesville, 11(2):129-139.
THOMSON, J. 1860. Essai d’une classification de la famille des cérambycides et matériaux pour
servir a une monographie de cette famille. Paris, Societé Entomologique de France. 404p.
TIPPMANN, F. F. 1953. Studien ueber neotropische Longicornier II (Coleoptera, Cerambycidae).
Dusenia, Curitiba, 4:313-362.
VOET, S. E. 1778. Catalogus systematicus Coleopterorum. La Haye. v.2, 254p., 50 est.
WHITE, A. 1855. Catalogue of the coleopterous insects in the collection of the British
Museum. Longicornia 2. London, British Museum (Natural History). v.8, p.175-412, est.5-10.
__. 1856. Descriptions of some coleopterous insects in the collection of the British Museum, hitherto
apparently unnoticed. Proc. zool. Soc. Lond., London, 24:406-410.
Recebido em 10.09.2002; aceito em 18.03.2003.
... Much later, Breuning (1971) designated the first of the Bates species, A. lineata, as the type species. Currently, there are 35 species assigned to the genus (Monné 2018;Tavakilian and Chevillotte 2018) with 14 of these described in the 21 st century, four by Galileo (2015), seven by Galileo and Martins (2001, 2003, 2011, and three by Galileo (1999, 2001). Most species (24) are distributed only in South America with seven others only known from Central America, one with an unusually disjunct distribution being known from both southeast Panama and Brazil (Bezark, 2019) but no records in-between, and two occurring in Central America and northern South America. ...
... It differs from A. quinquevittata Bates, 1885 (see photograph of the holotype at Bezark 2019), by the elytra with only two longitudinal pubescent bands, fused in basal third (elytra with 5 longitudinal pubescent bands, not fused in A. quinquevittata). Amphicnaeia rileyi can be separated from A. interrupta Galileo and Martins, 2003 (see photograph of the holotype at Bezark 2019) by the pubescent bands of the dorsal surface of the elytra wide, and absence of lateral pubescent band (respectively, narrow, and present in A. interrupta). It differs from A. lineolata Galileo and Martins, 2011 (see photograph of the holotype at Bezark 2019) by the slender antennomeres, and longitudinal pubescent bands of the elytra fused in anterior third (respectively, thicker and not fused in A. lineolata). ...
Article
Four new species in the genus Amphicnaeia (Coleoptera: Cerambycidae: Lamiinae) are described: A. panamensis Wappes, Santos-Silva and Galileo and A. fuscofasciata Wappes, Santos-Silva and Galileo from Panama; A. bezarki Wappes, Santos-Silva and Galileo from Venezuela; and A. rileyi Wappes, Santos-Silva and Galileo from Costa Rica and Panama. Amphicnaeia affinis Breuning, 1940 is placed in synonymy with A. lineata Bates, 1866, and the species newly recorded from the Brazilian state of Minas Gerais. Amphicnaeia cordigera Aurivillius, 1920 is transferred to Rosalba Thomson, 1864, resulting in a new combination, and Rosalba rufescens Breuning, 1940, is found to be a junior synonym of the former. The holotypes of A. vitticollis Breuning, 1940, and A. villosula (Thomson, 1868) are illustrated for the first time.
Chapter
Se actualiza la lista de los cerambícidos registrados para Colombia, la cual comprende 920 especies, 400 géneros, 69 tribus y 5 subfamilias. En relación con la última lista publicada se observó que el número de especies aumentó en 226. La subfamilia que presentó la mayor abundancia fue Lamiinae (459 especies) (Lám. 25.4), seguida de Cerambycinae (367) (Lám. 25.1), las otras subfamilias, Prioninae, Parandrinae y Lepturinae presentaron 76, 13 y 4 especies, respectivamente. De las especies reportadas, 279 (30.33%) son endémicas para el país. Los departamentos que presentaron el mayor número de especies registradas fueron Cundinamarca, Magdalena y Valle del Cauca, con 152, 131 y 101 especies, respectivamente. Los departamentos de Arauca, Guaviare y las Islas de San Andrés, Providencia y Santa Catalina no presentaron ninguna especie registrada; la Guajira y Vaupés presentaron apenas 1y 2 especies, respectivamente. De las especies registradas para el país, 218 no poseen localidad específica conocida.
Article
Full-text available
Ubirajara Ribeiro Martins de Souza (1932‑2015).
Article
Full-text available
Trata-se da descrição de novas espécies de Adetus LeConte, 1852, provenientes da Bolívia (Santa Cruz): Adetus cacapira sp. nov. e A. cecamirim sp. nov.; do Peru (Cuzco) e da Bolívia (Santa Cruz): A. inca sp. nov. e do México (Veracruz): A. catemaco sp. nov.The following species of Adetus LeConte, 1852 are described: from Bolivia (Santa Cruz), A. cacapira sp. nov. and A. cecamirim sp. nov.; from Peru (Cuzco), and Bolívia (Santa Cruz), A. inca sp. nov.; from Mexico (Veracruz), A. catemaco sp. nov.
Article
Full-text available
New taxa described from Colombia, Amazonas: Xenofrea triangularis sp. nov. (Xenofreini); Boyaca: Neoclytus canescens sp. nov. (Clytini); Epropetes variabile sp. nov. (Tillomorphini); Oreodera advena sp. nov.; Irundisaua gen. nov, type species I. ocularis sp. nov. (Acanthoderini); Cauca: Ischiocentra punctata sp. nov. (Onciderini); Caquetá: Oreodera adornata sp. nov. (Acanthoderini); Chocó: Oreodera nivea sp. nov. (Acanthoderini); Magdalena: Mecometopus arixi sp. nov. (Clytini); Nariño: Carterica rubra sp. nov. (Colobotheini); Putumayo: Eburodacrys guttata sp. nov. (Eburiini); Valle del Cauca: Blabia bicolor sp. nov. (Desmiphorini). New records from Colombia, Amazonas: Criodion cinereum (Olivier, 1795); Coleoxestia atrata (Gounelle, 1909); Eburodacrys quadridens (Fabricius, 1801); E. rufispinis Bates, 1870; E. sulphureosignata (Erichson, 1847); Rhomboidederes minutus Napp & Martins, 1984; Aneuthetochorus conjunctus Napp & Martins, 1984; Lissozodes basalis White, 1855; Mecometopus latecinctus Bates, 1870; Chrysoprasis aureicollis White, 1853; Oreodera curvata Martins & Monné, 1993; Carterica cincticornis Bates, 1865; Magdalena: Atenizus castaneus Martins, 1981; Vichada: Eusapia guyanensis Huedepohl, 1988; Gnomidolon biarcuatum (White, 1855); Tropidion subcruciatum (White, 1855); Sthelenus ichneumoneus Buquet, 1859; Putumayo: Hemilissa opaca Martins, 1976; H. sulcicollis Bates, 1870; Glyptoscapus flaveolus (Bates, 1870); Orthostoma abdominale (Gyllenhal, 1817); Oreodera melzeri Monné & Fragoso, 1988; Caquetá: Gnomidolon conjugatum (White, 1855); Cauca: Mecometopus macilentus Bates, 1872; Tolima: Cherentes niveilateris (Thomson, 1868). New synonym established: Necalphus maranduba Galileo & Martins, 2003 = Myoxomorpha decorata Monné & Magno, 1992 and the new combination proposed: Necalphus decoratus (Monné & Magno, 1992) comb. nov. Cotyadesmus new name proposed for Paradesmus Galileo & Martins, 2003 preoccupied in Myriapoda.
Article
Full-text available
Several nomenclatural and bibliographic issues relating to Cerambycidae are discussed. Authorship of Parandra is attributed to Olivier (1803: 100) and the type species of the genus is Attelabus glaber DeGeer 1774 by monotypy. This implies several nomenclatural changes in the current classification of the New World Parandrini. Parandra laevis Latreille 1804 is an unnecessary replacement name for Parandra glaber (DeGeer 1774) and so a junior objective synonym of that species. Using the reversal of precedence application, Isocerus Illiger 1801 is considered a nomen oblitum and Neandra Lameere, 1912 a nomen protectum; similarly Trestonia Rafinesque 1815 is regarded as a nomen oblitum and Trestonia Buquet, 1859 a nomen protectum. Acanthocinus Schönherr 1817 is regarded as a nomen nudum. The type species of the following genera are discussed: Acanthoderes Audinet-Serville 1835 (Cerambyx daviesii Swederus, 1787); Anaglyptus Mulsant 1839 (Leptura mystica Linnaeus, 1758); Graphisurus Kirby 1837 (Cerambyx fasciatus DeGeer, 1775); Saperda Fabricius, 1775 (Cerambyx carcharias Linnaeus, 1758); Sternidius LeConte 1873 (Lamia alpha Say, 1827); Tmesisternus Latreille 1829 (Tmesisternus bizonulatus Guérin-Méneville 1831); and Tragocerus Latreille 1829 (Prionus bidentatus Donovan, 1805). In order to maintain nomenclatural stability, an application to the Commission should be submitted to reject the first valid type species designations of the following genera: Callichroma Latreille 1816 (Cerambyx moschatus Linnaeus, 1758); Cerasphorus Audinet-Serville 1834 (Stenocorus garganicus Fabricius, 1775); Dorcadion Dalman, 1817 (Cerambyx fuliginator Linnaeus, 1758); and Molorchus Fabricius 1793 (Necydalis umbellatorum Schreber, 1759). Liopinus Linsley and Chemsak 1995 is a junior objective synonym of Sternidius LeConte 1873 (new synonymy) and Urographis a junior objective synonym of Graphisurus. Authorship of Allocerus is attributed to Lacordaire (1830: 173) and Tropidosoma Perty 1832 becomes a junior objective synonym of Allocerus Lacordaire 1830 (new synonymy). Authorship of the genus Anacolus is to be attributed to Berthold (1827: 395), not Latreille (1825). Authorship of the cerambycid genus-group taxa first validated in Lacordaire (1830) are to be attributed to Lacordaire. The dates of publication of the following works, all relevant to Cerambycidae, are discussed: Fabricius' Entomologia systematica volume 1, part 2 (1793, not 1792); Lacordaire's Histoire naturelle des insectes, volume 8 (1868, not 1869); Thomson's Essai d'une classification de la famille des cérambycides (1860–1861, not 1860); and Thomson's Systema cerambycidarum (1864–1865, not 1864, 1865 or 1866).
Article
Through the kindness of Dr. Stephan Breuning, the authors received a lot of Onciderini, almost all of which proved of exceptional interest. Among them were a number of forms unseen during the preparation of the revisional study of the tribe, as well as a number of novel forms. As Dr. Breuning had compared many of these specimens with the original types, it was possible to establish the relationships and synonymy with certainty. Hence, the publication of a supplement appeared advisable. Types of all new species are in the authors' collection.