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Species of Vermiculariopsiella (Hyphomycetes) associated with plant debris in a fragment of Atlantic Rain Forest, "Serra da Jibóia", Bahia State, Brazil

Authors:

Abstract and Figures

During a survey of microfungi associated to plant debris in a fragment of Atlantic Rain Forest, Serra da Jibóia, Santa Terezinha, Bahia State, from October/2005 to June/2006, four Vermiculariopsiella species were found in association to the decomposition of leaves, petioles and twigs in this ecosystem. V. immersa (Desm.) Bender and V. cubensis (R.F. Castañeda) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton are new records for "Serra da Jibóia" and State of Bahia, respectively, V. cornuta (V. Rao & Hoog) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton and V. falcata Nawawi, Kuthub. & B. Sutton represent new records for South America. Descriptions and illustrations of morphologic characteristics of the four species, information about substrates and geographical distribution as well as a taxonomic key for all known species of Vermiculariopsiella are provided.
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Revista Brasil. Bot., V.31, n.4, p.659-665, out.-dez. 2008
Espécies de Vermiculariopsiella (Hyphomycetes) associadas a
substratos vegetais em fragmento de Mata Atlântica, Serra da Jibóia,
Estado da Bahia, Brasil1
MARCOS FABIO OLIVEIRA MARQUES2,5, LUIS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO3
e LEONOR COSTA MAIA4
(recebido: 03 de maio de 2007; aceito: 18 de setembro de 2008)
ABSTRACT – (Species of Vermiculariopsiella (Hyphomycetes) associated with plant debris in a fragment of Atlantic Rain
Forest, “Serra da Jibóia”, Bahia State, Brazil). During a survey of microfungi associated to plant debris in a fragment of Atlantic
Rain Forest, Serra da Jibóia, Santa Terezinha, Bahia State, from October/2005 to June/2006, four Vermiculariopsiella species
were found in association to the decomposition of leaves, petioles and twigs in this ecosystem. V. immersa (Desm.) Bender and
V. cubensis (R.F. Castañeda) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton are new records for “Serra da Jibóia” and State of Bahia, respectively,
V. cornuta (V. Rao & Hoog) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton and V. falcata Nawawi, Kuthub. & B. Sutton represent new records
for South America. Descriptions and illustrations of morphologic characteristics of the four species, information about
substrates and geographical distribution as well as a taxonomic key for all known species of Vermiculariopsiella are provided.
Key words - Anamorph, fungal diversity, taxonomy
RESUMO – (Espécies de Vermiculariopsiella (Hyphomycetes) associadas a substratos vegetais em fragmento de Mata
Atlântica, Serra da Jibóia, Estado da Bahia, Brasil). Durante o levantamento de microfungos associados a substratos vegetais
na Serra da Jibóia, Santa Terezinha, Bahia, Brasil, no período de outubro/2005 a junho/2006, foram encontradas quatro
espécies de Vermiculariopsiella associadas à decomposição de folhas, pecíolos e galhos nesse ecossistema. Vermiculariopsiella.
immersa (Desm.) Bender e V. cubensis (R.F. Castañeda) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton são novos registros para a Serra da
Jibóia e Estado da Bahia respectivamente e V. cornuta (V. Rao & Hoog) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton e V. falcata Nawawi,
Kuthub. & B. Sutton constituem novos registros para a América do Sul. São apresentadas descrições e ilustrações das
características morfológicas das quatro espécies, informações sobre substratos e a distribuição geográfica, bem como chave
para identificação de todas as espécies conhecidas de Vermiculariopsiella.
Palavras-chave - Anamórfico, diversidade fúngica, taxonomia
1. Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor, Programa de
Pós-Graduação em Biologia de Fungos da Universidade Federal de
Pernambuco, Recife, PE, Brasil.
2. Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação,
Campus VII, Laboratório de Microbiologia (LAM), BR 407, km
127, Rod. Lomanto Júnior, 48970-000 Senhor do Bonfim, BA,
Brasil.
3. Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de
Ciências Biológicas, Laboratório de Micologia, Caixa Postal 252,
44031-460 Feira de Santana, BA, Brasil.
4. Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Micologia,
Av. Prof. Nelson Chaves s/n, Cidade Universitária, 50670-420
Recife, PE, Brasil.
5. Autor para correspondência: mfomarques@gmail.com
Introdução
A Mata Atlântica abriga uma grande diversidade
de vegetais, sendo estimado que existam 13.000 espécies
de angiospermas, 73% delas endêmicas (Whitmore 1997,
Brasil 2002). Por outro lado, não há estimativas sobre
os fungos, que exercem papel fundamental na manutenção
desse bioma. Entre os microfungos associados a substratos
vegetais destacam-se os que produzem conidioma em
esporodóquios, caracterizados por uma massa de conídios
sobre um aglomerado de conidióforos curtos (estroma
pulvinado), formando um pseudoparênquima (Kirk et al.
2001). Cerca de 160 gêneros de fungos conidiais produzem
esporodóquio (Herrera & Ulloa 1998).
O gênero Vermiculariopsiella foi estabelecido por
Bender em 1932, com a espécie-tipo V. immersa (Desm.)
Bender, caracterizado por apresentar conidioma em
esporodóquio, setas numerosas, células conidiogênicas
fialídicas, conídios cilíndricos, asseptados, levemente
curvados, agrupados em mucilagem (Nawawi et al. 1990).
Oramasia Urries foi criada em 1956 com a espécie-
tipo O. hirsuta e redescrita por Sutton & Pirozynski (1963)
como possuindo conidiogênese holoblástica e simpodial.
Contudo, Sutton (1978) verificou que a conidiogênese é
fialídica. Nag Raj (1983) sinonimizou Oramasia com
Vermiculariopsiella, considerando duas variedades: V.
immersa (Desm.) Bender var. immersa e V. immersa var.
ramosa (B. Sutton) Nag Raj.
Chaetopsina ludoviciana J. L. Crane & Schokn. foi
transferida para Menisporopsis ludoviciana (J. L. Crane
M. F. O. Marques et al.: Espécies de Vermiculariopsiella (Hyphomycetes)
660
& Schokn.) P. M. Kirk & B. Sutton por não compartilhar
características com esse gênero (Kirk & Sutton 1985) e
depois sinonimizada com V. ludoviciana (J. L. Crane &
Schokn.) R. F. Castañeda, Cano & Guarro, pois segundo
Castañeda-Ruiz et al. (1997), com base na descrição
original e ilustrações, esta não constitui uma espécie de
Menisporopsis. Em revisão do gênero, Nawawi et al.
(1990) propuseram combinações válidas: V. cornuta
(V. Rao & de Hoog) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton
(= Gyrothrix cornuta V. Rao & de Hoog), V. cubensis
(R. F. Castañeda) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton
(= Oramasia hirsuta Urries var. cubensis R. F. Castañeda)
e elevaram a variedade V. immersa (Desm.) Bender var.
ramosa (B. Sutton) Nag Haj ao nível de espécie, V. ramosa
(B. Sutton) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton, com base na
diferença das setas e esporodóquio. Castañeda-Ruiz &
Kendrick (1991) propuseram a combinação de Gyrothrix
microsperma (Höhn.) Piroz. para V. microsperma (Höhn.)
R. F. Castañeda & W. B. Kendr., devido à formação de
conídios com base arredondada e ápice agudo e fialídes
com ápice conidiogênico aberto; no entanto, esta
combinação não foi aceita devido à ausência de conidioma
em G. microsperma.
Hoje, Vermiculariopsiella, gênero com ampla
distribuição (Kirk et al. 2001), é constituído por doze
espécies: V. arcicula Pasqual. & Zucconi; V. cornuta
(V. Rao & de Hoog) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton; V.
cubensis; V. elegans Keshavaprasad, D’Souza & Bhat;
V. endophytica Puja, Bhat & K.D. Hyde; V. falcata
Nawawi, Kuthub. & B. Sutton; V. immersa; V. indica
Keshavaprasad, D’Souza & Bhat; V. parva
Keshavaprasad, D’Souza & Bhat; V. parvula Nawawi,
Kuthub. & B. Sutton; V. ramosa; V. spiralis Crous,
Wingf. & W. B. Kendr. e uma variedade, V. immersa
var. immersa (Kirk & Cooper 2007). Estas espécies
diferem quanto à morfologia e dimensões dos
esporodóquios, setas, células conidiogênicas e conídios.
Algumas espécies são endofíticas, outras ocorrem sobre
folhas em decomposição e substratos vegetais submersos
(Castañeda-Ruiz 1986, Rao & de Hoog 1986, Nawawi
et al. 1990, Grandi & Gusmão 2002, Keshavaprasad et
al. 2003, Puja et al. 2006).
O objetivo deste trabalho foi registrar a diversidade
de espécies de Vermiculariopsiella que ocorrem na Mata
Atlântica e ampliar os conhecimentos sobre a
distribuição do gênero.
Material e métodos
O material descrito nesse estudo foi originado de coletas
de serapilheira, realizadas entre outubro/2005 a junho/2006
em um fragmento de Mata Atlântica, Serra da Jibóia,
município de Santa Terezinha (12°51’ S e 39°28’ W), uma
das 147 áreas prioritárias para conservação desse bioma
(Brasil 2002).
As amostras de material vegetal foram recolhidas em
saco de papel Kraft e transportadas ao laboratório, onde
foram submetidas à lavagem em água corrente, secagem
sobre papel toalha em temperatura ambiente e posteriormente
colocadas em câmaras-úmidas (placa de Petri com papel filtro
e água destilada esterilizada), que foram acondicionadas em
uma caixa de isopor (170 L). Periodicamente a caixa era aberta
por alguns minutos para circulação do ar e, após 72 horas,
o material incubado foi observado em estereomicroscópio
(Castañeda-Ruiz et al. 2006, modificado).
Estruturas reprodutivas dos microfungos foram transferidas,
com auxílio de agulhas finas, para meio de montagem semi-
permanente contendo resina PVL (álcool polivinílico com
lactofenol) (Trappe & Schenck 1982). A identificação foi
efetuada utilizando bibliografia especializada e o material
depositado no Herbário da Universidade Estadual de Feira
de Santana (HUEFS) e/ou no Herbário do Departamento de
Micologia da Universidade Federal de Pernambuco (URM).
Resultados e discussão
Vermiculariopsiella cornuta (V. Rao & de Hoog)
Nawawi, Kuthub. & B. Sutton, Mycotaxon 37: 181.
1990. º Gyrothrix cornuta V. Rao & de Hoog, Stud.
Mycol. 28: 68. 1986.
Figuras. 1-5
Conidioma em esporodóquio, solitário; setas ramificadas
dicotomicamente, paredes espessas, eretas, retas, septadas,
lisas, castanho-escuras a negras, estipes 78-139,5 × 7,5-
15 µm; ápice com 1-4 ramificações dicotômicas, última
ramificação pontiaguda, afinando-se e encurvando-se na
maturidade, castanho-escuras, última ramificação
castanha 43,5-72 × 4,5-7,5 µm; conidióforos curtos,
densamente agrupados, hialinos; células conidiogênicas
polifialídicas, cilíndricas a obclavadas, lisas, hialinas;
conídios solitários, asseptados, cilíndricos, ápice agudo
e levemente curvo e base obtusa, lisos, agrupados em
mucilagem, hialinos, 12,6-16,2 × 1,0-1,2 µm.
As características morfológicas e as dimensões das
estruturas estão de acordo com a descrição original da
espécie (Rao & de Hoog 1986), exceto pelas menores
dimensões do conídio no material examinado e as
ramificações, afinando-se e curvando-se na maturidade,
detalhe não observado na descrição original. Essa espécie
foi originalmente descrita na Índia como Gyrothrix
cornuta Rao & de Hoog sobre folhas mortas (Rao & de
Hoog 1986). No entanto, o gênero Gyrothrix (Corda)
Corda é caracterizado por possuir células conidiogênicas
Revista Brasil. Bot., V.31, n.4, p.659-665, out.-dez. 2008 661
poliblásticas, evidentes, solitárias e percurrentes, anelídicas,
conídios arranjados no ápice da célula conidiogênica e
freqüentemente se destacando em grupos (Pirozynski
1962, Ellis 1971, 1976). Assim, posteriormente G.
cornuta foi transferida para o gênero Vermiculariopsiella
por Nawawi et al. (1990), por apresentar conidioma
setoso, fiálides com colaretes e conídios hialinos, com
uma curta papila protuberante na base, marcando o ponto
de destacamento, agrupados em mucilagem. Este registro
constitui a primeira citação da espécie para o neotrópico.
Material examinado: BRASIL. BAHIA: Santa
Terezinha, Serra da Jibóia, sobre folhas em decomposição,
10-XII-2005, M.F.O. Marques s.n. (HUEFS105738);
galhos em decomposição, 27-X-2005, M.F.O. Marques
s.n. (URM78842) e pecíolos em decomposição, 17-II-2006,
M.F.O. Marques s.n. (URM78841).
Figuras 1-5. Vermiculariopsiella cornuta. 1. Esporodóquio. 2. Seta com três ramificações dicotômicas. 3. Seta com ramificações
curvas na maturidade. 4. Células conidiogênicas. 5. Conídios. 6-11. V. cubensis. 6. Esporodóquio. 7. Ápice da seta. 8.
Apêndice filiforme. 9. Células conidiogênicas. 10-11. Conídios. Barra = 50 µm (1-3); 10 µm (4, 8, 9); 5 µm (5, 10, 11); 100
µm (6); 25 µm (7).
Figures 1-5. Vermiculariopsiella cornuta. 1. Sporodochia. 2. Setae with three dichotomical branches. 3. Setae with branches
curved in maturity. 4. Conidiogenous cells. 5. Conidia. 6-11. V. cubensis. 6. Sporodochia. 7. Apex of setae. 8. Filiform appendage.
9. Conidiogenous cells. 10-11. Conidia. Bar = 50 µm (1-3); 10 µm (4, 8, 9); 5 µm (5, 10, 11); 100 µm (6); 25 µm (7).
123
45 6
78 9
10
11
M. F. O. Marques et al.: Espécies de Vermiculariopsiella (Hyphomycetes)
662
Distribuição geográfica e substratos: Índia; folhas
em decomposição não identificadas (Rao & de Hoog
1986).
Vermiculariopsiella cubensis (R. F. Castañeda) Nawawi,
Kuthub. & B. Sutton, Mycotaxon 37: 180. 1990.
º Oramasia hirsuta var. cubensis R. F. Castañeda, Fungi
Cubenses (La Habana): 11. 1986.
Figuras 6-11
Conidioma em esporodóquio, solitário; setas numerosas,
com paredes espessas, eretas, retas ou flexuosas, septadas,
lisas, extremidades com ramificações dicotômicas,
castanho-escuras, 192-425 × 10-20 µm; ápice com 2-4
ramificações primárias e 4-8 secundárias; ramificações
dicotômicas com células cônicas, septadas ou não, lisas,
às vezes com apêndice filiforme, castanho-claras, 13,5-
33 × 4,5-6 µm; conidióforos curtos, densamente agrupados,
hialinos; células conidiogênicas monofialídicas, hialinas;
conídios solitários, asseptados, cilíndricos, base arredondada
e ápice levemente agudo e curvo, lisos, gutulados,
agrupados em mucilagem, hialinos, 9,6-15 × 1,2-1,8 µm.
O material examinado apresenta as características
típicas para a espécie (Castañeda-Ruiz 1986, Mercado-
Sierra et al. 1997, Grandi & Gusmão 2002). Contudo,
os conídios apresentaram menores dimensões do que os
referidos por Mercado-Sierra et al. (1997), alterando a
amplitude das dimensões dos conídios da espécie. Grandi
& Gusmão (2002) a referiram pela primeira vez para o
Brasil no Estado de São Paulo. Esta espécie difere das
demais descritas para o gênero, pelo número de ramificações
dicotômicas ou tricotômicas das setas, apêndices filiformes
e conídios gutulados.
Material examinado: BRASIL. BAHIA: Santa Terezinha,
Serra da Jibóia, sobre pecíolos em decomposição,
15-X-2005, M.F.O. Marques s.n. (HUEFS10539).
Distribuição geográfica e substratos: Brasil: São
Paulo, em folhas em decomposição de Tibouchina
pulchra Cogn. (Grandi & Gusmão 2002); Cuba: folhas
em decomposição de Syzygium jambos (L.) Alston
(Castañeda-Ruiz 1986).
Vermiculariopsiella falcata Nawawi, Kuthub. & B.
Sutton, Mycotaxon 37: 175. 1990.
Figuras 12-15
Conidioma em esporodóquio, solitário; setas numerosas,
com paredes espessas, eretas, retas ou flexuosas,
septadas, lisas, castanho-escuras, 126-354 × 4,5-9 µm;
conidióforos curtos, densamente agrupados, hialinos;
células conidiogênicas monofialídicas, cilíndricas, com
distintos colaretes, lisas, castanhas; conídios solitários,
3-septados, falcados, ápice agudo e levemente curvo e
base às vezes truncada ou arredondada, lisos, gutulados,
agrupados em mucilagem, hialinos, 30-39,6 × 1,2-1,3 µm.
As dimensões das estruturas estão de acordo com o
referido por Nawawi et al. (1990), mas os conídios
apresentam-se um pouco menores em comparação ao
originalmente descrito (36-47 × 1,5-2 µm). Os conídios
falcados, 3-septados, gutulados, são únicos para essa
espécie. Vermiculariopsiella falcata apresenta seta não
ramificada como V. arcicula, V. immersa, V. parvula e
V. spiralis, diferindo destas principalmente pelos conídios
falcados, 3-septados (Pasqualetti & Zucconi 1992). A
espécie está sendo referida pela terceira vez para o mundo,
sendo esta a primeira citação para a América do Sul.
Material examinado: BRASIL. BAHIA: Santa Terezinha,
Serra da Jibóia, sobre folhas em decomposição, 02-I-2006,
M.F.O. Marques s.n. (HUEFS105741).
Distribuição geográfica e substratos: Cuba: folhas
em decomposição não identificadas (Castañeda-Ruiz,
dados não publicados); Malásia: galhos submersos em
decomposição, não identificados (Nawawi et al. 1990).
Vermiculariopsiella immersa (Desm.) Bender, Mycologia
24: 412. 1932. º Excipula immersa Desm., Bull. Soc. Bot.
Fr. 4: 911, 1857. º Dinemasporium immersum (Desm.)
Sacc., Syll. fung. (Abellini) 10: 439. 1892. º Vermiculariopsis
immersa (Desm.) Höhn., Ber. dt. bot. Ges. 36: 317. 1918.
= Dinemasporium adenatum Petrak, Bot. Jahrb. Syst.
Beiblatt 62: 150. 1929.
= Oramasia hirsuta Urries, An. Inst. Bot. A. J. Cavanilles
14: 168, 1956.
Figuras 16-19
Conidioma em esporodóquio, solitários; setas
numerosas, com paredes espessas, eretas, retas ou
flexuosas, septadas, lisas, castanhas, 354-690 × 6-13,5 µm;
conidióforos curtos, densamente agrupados, hialinos;
células conidiogênicas monofialídicas, subcilíndricas a
lageniformes, lisas, com colaretes recurvados, hialinas;
conídios solitários, asseptados, cilíndricos, ápice agudo
e base obtusa, lisos, agrupados em mucilagem, hialinos,
13,5-20,4 × 1,6-1,9 µm.
Os caracteres do material estudado estão de acordo
com o mencionado por Nag Raj (1983) e Nawawi et al.
(1990), exceto pela dimensão das setas e a largura dos
conídios, menores do que o referido por Nawawi et al.
(1990). Vermiculariopsiella immersa assemelha-se a
V. arcicula Pasqualetti & Zucconi e V. spiralis pelas
células conidiogênicas com ápice recurvado, diferindo
pelo conídio fusiforme a curvado e a seta espiralada,
respectivamente (Crous et al. 1995). No Brasil, V.
Revista Brasil. Bot., V.31, n.4, p.659-665, out.-dez. 2008 663
Figuras 12-15. Vermiculariopsiella falcata. 12. Esporodóquio. 13. Células conidiogênicas. 14-15. Conídios. 16-19. V. immersa.
16. Esporodóquio. 17. Células conidiogênicas. 18-19. Conídios. Barra = 50 µm (12); 10 µm (13, 17-19); 35 µm (14-15);
200 µm (16).
Figures 12-15. Vermiculariopsiella falcata. 12. Sporodochia. 13. Conidiogenous cells. 14-15. Conidia. 16-19. V. immersa.
16. Sporodochia. 17. Conidiogenous cells. 18-19. Conidia. Bar = 50 µm (12); 10 µm (13, 17-19); 35 µm (14-15); 200 µm (16).
12 13 14 15
16 17 18 19
immersa foi coletada por Sutton (1978) ainda com a
denominação anterior de Oramasia hirsuta var. hirsuta,
nos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco.
Para a Bahia foi registrada associada a folhas em
decomposição na Chapada Diamantina (Gusmão et al.
2005). Vermiculariopsiella immersa aparenta ser a
espécie mais comum, ocorrendo em folhas, pecíolos e
cascas em decomposição de uma variedade de vegetais
em habitats temperados e tropicais (Sutton 1978, 1993,
Nawawi et al. 1990, Nag Raj 1983).
Material examinado: BRASIL. BAHIA: Santa
Terezinha, Serra da Jibóia, sobre folhas em decomposição,
12-XII-2005, M.F.O. Marques s.n. (HUEFS105740) e
pecíolos em decomposição, 16-II-2006, M.F.O. Marques
s.n. (URM78843).
Distribuição geográfica e substratos: Austrália,
Grécia, Itália, Espanha, Estados Unidos, Reino Unido:
substratos não descritos (Sutton 1993); Brasil: sobre folhas
em decomposição de Esenbeckia macrocarpa Hub.,
Eucalyptus grandis W. Hill & Maiden e Eucalyptus sp.
(Sutton 1978), Caesalpinia echinata Lam. (Grandi &
Silva 2006), folhas não identificadas (Gusmão et al.
2005); Brunei: folhas e galhos submersos, não identificados,
Malásia: folhas em decomposição submersas, não
identificadas (Nawawi et al. 1990); Cuba: sobre folhas
não identificadas (Castañeda-Ruiz, dados não publicados);
França: folhas de Quercus sp. e Prunus lusitanica L.
(Sutton 1993); Índia: folhas de Quercus ilex L., Q.
coccifera L. e Loranthus sp. (Nag Raj 1983); Malawi:
sobre folhas não identificadas (Sutton 1993).
Chave dicotômica para as espécies de Vermiculariopsiella da Serra da Jibóia
1. Setas não ramificadas
2. Setas espiraladas com ápice afilado ou arredondado....................................................................... V. spiralis
2. Setas eretas, retas ou flexuosas
M. F. O. Marques et al.: Espécies de Vermiculariopsiella (Hyphomycetes)
664
3. Células conidiogênicas com ápice reto
4. Células conidiogênicas com distintos colaretes
5. Conídios falcados, 3-septados, ápice curvo e pontudo ..................................................... V. falcata
5. Conídios cilíndricos, asseptados, com ápice levemente curvo e pontiagudo ................... V. parvula
4. Células conidiogênicas subcilíndricas, com colaretes inconspícuos
6. Conídios cilíndricos 37-42 × 10-13 µm .................................................................... V. endophytica
6. Conídios cilíndricos < 35 µm comprimento
7. Conídios 12-15 µm comprimento ................................................................................... V. parva
7. Conídios com dimensões maiores
8. Conídios 20-25 × 6-8 µm ....................................................................................... V. elegans
8. Conídios 22-30 × 8-11 µm ....................................................................................... V. indica
3. Células conidiogênicas com ápice recurvado
9. Conídio fusiforme, geralmente curvo, 15-19,5 × 2,5-38 µm ............................................... V. arcicula
9. Conídio cilíndrico, 13,5-20,4 × 1,6-1,9 µm ......................................................................... V. immersa
1. Setas ramificadas
10. Setas com ramificações primárias e secundárias curtas; células terminais com um apêndice
filiforme .......................................................................................................................................... V. cubensis
10. Setas com ramificações dicotômicas
11. Seta com uma ramificação dicotômica ..................................................................................... V. ramosa
11. Seta com três ramificações dicotômicas ................................................................................... V. cornuta
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Article
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During inventory of conidial fungi at Serra da Fumaça, Pindobaçu, Bahia State, and Brazil, 44 species were found. Five species are new records for Americas: Dendryphiosphaera parvula Nawawi & Kuthub., Diplococcium dendrocalami Goh, K.D Hyde & Umali, Sporidesmiella aspera Kuthub. & Nawawi, S fusiformis W.P. Wu, and Triposporium verruculosum RF Castañeda, Gené & Guarro. Stanjehughesia hormiscioides (Corda) Subram. is a new record for Neotropics; Hemibeltrania decorosa RF Castañeda & WB Kendr. is a new record for South America and Spadicoides macroobovata Matsush is a new record for Brazil. Descriptions, illustrations, geographical distribution and comments are presented for new records. A list of species founded is included too.
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Novel species of microfungi described in the present study include the following from South Africa: Cercosporella dolichandrae from Dolichandra unguiscati, Seiridium podocarpi from Podocarpus latifolius, Pseudocercospora parapseudarthriae from Pseudarthria hookeri, Neodevriesia coryneliae from Corynelia uberata on leaves of Afrocarpus falcatus, Ramichloridium eucleae from Euclea undulata and Stachybotrys aloeticola from Aloe sp. (South Africa), as novel member of the Stachybotriaceae fam. nov. Several species were also described from Zambia, and these include Chaetomella zambiensis on unknown Fabaceae, Schizoparme pseudogranati from Terminalia stuhlmannii, Diaporthe isoberliniae from Isoberlinia angolensis, Peyronellaea combreti from Combretum mossambiciensis, Zasmidium rothmanniae and Phaeococcomyces rothmanniae from Rothmannia engleriana, Diaporthe vangueriae from Vangueria infausta and Diaporthe parapterocarpi from Pterocarpus brenanii. Novel species from the Netherlands include: Stagonospora trichophoricola, Keissleriella trichophoricola and Dinemasporium trichophoricola from Trichophorum cespitosum, Phaeosphaeria poae, Keissleriella poagena, Phaeosphaeria poagena, Parastagonospora poagena and Pyrenochaetopsis poae from Poa sp., Septoriella oudemansii from Phragmites australis and Dendryphion europaeum from Hedera helix (Germany) and Heracleum sphondylium (the Netherlands). Novel species from Australia include: Anungitea eucalyptorum from Eucalyptus leaf litter, Beltraniopsis neolitseae and Acrodontium neolitseae from Neolitsea australiensis, Beltraniella endiandrae from Endiandra introrsa, Phaeophleospora parsoniae from Parsonia straminea, Penicillifer martinii from Cynodon dactylon, Ochroconis macrozamiae from Macrozamia leaf litter, Triposporium cycadicola, Circinotrichum cycadis, Cladosporium cycadicola and Acrocalymma cycadis from Cycas spp. Furthermore, Vermiculariopsiella dichapetali is described from Dichapetalum rhodesicum (Botswana), Ophiognomonia acadiensis from Picea rubens (Canada), Setophoma vernoniae from Vernonia polyanthes and Penicillium restingae from soil (Brazil), Pseudolachnella guaviyunis from Myrcianthes pungens (Uruguay) and Pseudocercospora neriicola from Nerium oleander (Italy). Novelties from Spain include: Dendryphiella eucalyptorum from Eucalyptus globulus, Conioscypha minutispora from dead wood, Diplogelasinospora moalensis and Pseudoneurospora canariensis from soil and Inocybe lanatopurpurea from reforested woodland of Pinus spp. Novelties from France include: Kellermania triseptata from Agave angustifolia, Zetiasplozna acaciae from Acacia melanoxylon, Pyrenochaeta pinicola from Pinus sp. and Pseudonectria rusci from Ruscus aculeatus. New species from China include: Dematiocladium celtidicola from Celtis bungeana, Beltrania pseudorhombica, Chaetopsina beijingensis and Toxicocladosporium pini from Pinus spp. and Setophaeosphaeria badalingensis from Hemerocallis fulva. Novel genera of Ascomycetes include Alfaria from Cyperus esculentus (Spain), Rinaldiella from a contaminated human lesion (Georgia), Hyalocladosporiella from Tectona grandis (Brazil), Pseudoacremonium from Saccharum spontaneum and Melnikomyces from leaf litter (Vietnam), Annellosympodiella from Juniperus procera (Ethiopia), Neoceratosperma from Eucalyptus leaves (Thailand), Ramopenidiella from Cycas calcicola (Australia), Cephalotrichiella from air in the Netherlands, Neocamarosporium from Mesembryanthemum sp. and Acervuloseptoria from Ziziphus mucronata (South Africa) and Setophaeosphaeria from Hemerocallis fulva (China). Several novel combinations are also introduced, namely for Phaeosphaeria setosa as Setophaeosphaeria setosa, Phoma heteroderae as Peyronellaea heteroderae and Phyllosticta maydis as Peyronellaea maydis. Morphological and culture characteristics along with ITS DNA barcodes are provided for all taxa.
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During a survey of conidial fungi carried out in aquatic and terrestrial habitats in the semi-arid Caatinga biome of Brazil, three new species were found on decaying plants. Anungitopsis caatingensis sp. nov. was found on decaying leaves collected in a terrestrial habitat. Codinaea pindobacuensis sp. nov. and Stanjehughesia clavata sp. nov. were found on decaying leaves and decaying bark collected in freshwater, respectively. Descriptions, illustrations and comments are presented, including a key to accepted species of Anungitopsis. Three species of Janetia are transferred to Linkosia and two species are proposed as synonyms: Minimelanolocus machili is synonymous with Cacumisporium pleuroconidiophorum and Janetia curviapicis is synonymous with Stanjehughesia hamatiella.
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Following the isolation of Menisporopsis pirozynskii in Cuba, a comparative study of the species of Menisporopsis has been made, and a key to the described species of this genus is provided. The new combination Vermiculariopsiella ludoviciana is proposed.
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Brachydesmiella brasiliensis anam. sp. nov., found on decaying pods of unidentified Leguminosae and Brachydesmiella obclavata anam. sp. nov., collected on the rotten leaf of an unidentified plant, both from the semi-arid region of Bahia State, Brazil, are described and illustrated. The former is distinguished by navicular to broad fusiform, 3-euseptate, densely verrucose, brown conidia; the latter by obclavate, rostrate, 1-euseptate, pale brown, smooth-walled conidia. A key to Brachydesmiella species is provided. Repetophragma fasciatum comb. nov. and Repetophragma filiferum comb. nov. are proposed. Some other microfungi are reported from the semi-arid region of Brazil.
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The new taxa Flosculomyces, based on F. floridaensis, Oncopodium simmonsii and Oramasia hirsuta var. ramosa are described, illustrated and compared with related taxa. Twenty-one other species are recorded from Florida with relevant annotations, and the nomenclatural change, Ramichloridium verrucosum (syn. Veronaea verrucosa) is made.
Article
This is the third paper in a series arising from an ongoing collaboration between Cuban and Canadian mycologists. These publications document a large number of taxa of conidial fungi, most of which originate in Cuba, an island already well known for the high level of endemism in its avifauna. In keeping with this reputation, most of the fungi described here are new to science. This paper introduces 9 new genera (8 from Cuba, 1 from Canada), 69 new species (66 from Cuba, 3 from Canada), and 9 new combinations, as well as records of 29 known conidial fungi not previously reported from Cuba.