ArticlePDF Available

Academic profile, beliefs, and self-efficacy in research of clinical nurses: implications for the Nursing Research Program in a Magnet Journey™ hospital

Authors:

Abstract and Figures

To describe the academic profile, research experience, beliefs, and self-efficacy in research of clinical nurses in a Magnet Journey™ hospital. Quantitative descriptive designed to assess research experience of clinical nurses. The survey was divided into demographics characteristics; scientific/academic profile (Nursing degree; membership in academic research groups, involvement in papers, teaching activities, scientific conferences, and posters presented); beliefs related to nursing research (about skills, benefits to career, reputation of institution, patient care; job satisfaction level); and Research Self-Efficacy (conducting literature review; evaluating quality of studies; using theory; understanding evidence; and scientific writing: putting ideas on paper easily; recognize and adapt the text to the reader; write to the standards required by science; write with objectivity, logical sequence, coherence, simplicity, clarity, and precision; insert the references in the text correctly; write the references appropriately; use correct spelling and grammar; write texts in English). Most clinical nurses had low research experience, yet had positive beliefs in and perception of well-developed research skills. Our findings should contribute to the preparation of research programs aimed at facilitating the engagement of clinical nurses in the development of scientific projects.
Content may be subject to copyright.
einstein. 2013;11(4):507-13
ARTIGO ORIGINAL
Perfil acadêmico, crenças e autoeficácia em pesquisa de
enfermeiros clínicos: implicações para o Programa de
Pesquisa de Enfermagem de um Hospital na Jornada Magnet
®
Academic profile, beliefs, and self-efficacy in research of clinical nurses:
implications for the Nursing Research Program in a Magnet Journey™ hospital
Eliseth Ribeiro Leão
1
, Olga Guilhermina Farah
1
, Elisa Aparecida Alves Reis
1
,
Claudia Garcia de Barros
1
, Cristina Satoko Mizoi
1
Trabalho realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil.
1
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil.
Autor correspondente: Eliseth Ribeiro Leão – Avenida Albert Einstein, 627/701 – Morumbi – CEP: 05652-900 – São Paulo, SP, Brasil – Tel: (11) 2151-1032 – E-mail: eliseth.leao@einstein.br
Data de submissão: 24/7/2013 – Data de aceite: 9/11/2013
Conflitos de interesse: não há.
RESUMO
Objetivo: Descrever o perfil acadêmico, a experiência em pesquisa, as
crenças e a autoeficácia em pesquisa dos enfermeiros clínicos de um
hospital em Jornada Magnet
®
. Métodos: Estudo descritivo, tipo survey,
para avaliar perfil acadêmico, experiência em pesquisa, crenças e
habilidades de pesquisa dos enfermeiros clínicos. A análise foi dividida
em características demográficas; perfil acadêmico/científico (titulação
acadêmica, participação em grupos de pesquisa, envolvimento em
publicações, atividades de ensino, conferências científicas e apresentação
de posteres); crenças relacionadas à Pesquisa em Enfermagem
(habilidades, benefícios para a carreira, reputação da instituição, para o
cuidado do paciente, satisfação no trabalho); e autoeficácia em pesquisa
(conduzir revisão de literatura, avaliar a qualidade dos estudos, usar
teoria; compreender as evidências e escrita científica: facilidade para
colocar as ideias no papel, reconhecer e adaptar o texto para o leitor,
escrever obedecendo os padrões requeridos pela ciência, escrever com
objetividade, clareza e precisão; inserir as referências apropriadamente,
usar corretamente a ortografia e gramática; escrever textos em inglês).
Resultados: A maioria dos enfermeiros clínicos tinha pouca experiência
em pesquisa, todavia, demonstraram crenças positivas e percepção
de habilidades de pesquisa bem desenvolvidas. Conclusão: Nossos
achados devem contribuir para a elaboração de programas de pesquisa
que objetivem facilitar o engajamento dos enfermeiros clínicos no
desenvolvimento de projetos científicos.
Descritores: Pesquisa em enfermagem clínica; Pesquisa em enfermagem;
Pesquisa em avaliação de enfermagem
ABSTRACT
Objective: To describe the academic profile, research experience,
beliefs, and self-efficacy in research of clinical nurses in a Magnet
Journey™ hospital. Methods: Quantitative descriptive designed
to assess research experience of clinical nurses. The survey was
divided into demographics characteristics; scientific/academic
profile (Nursing degree; membership in academic research groups,
involvement in papers, teaching activities, scientific conferences,
and posters presented); beliefs related to nursing research (about
skills, benefits to career, reputation of institution, patient care; job
satisfaction level); and Research Self-Efficacy (conducting literature
review; evaluating quality of studies; using theory; understanding
evidence; and scientific writing: putting ideas on paper easily;
recognize and adapt the text to the reader; write to the standards
required by science; write with objectivity, logical sequence,
coherence, simplicity, clarity, and precision; insert the references
in the text correctly; write the references appropriately; use correct
spelling and grammar; write texts in English). Results: Most clinical
nurses had low research experience, yet had positive beliefs in and
perception of well-developed research skills. Conclusion: Our findings
should contribute to the preparation of research programs aimed at
facilitating the engagement of clinical nurses in the development of
scientific projects.
Keywords: Clinical nursing research; Nursing research; Nursing evaluation
research
INTRODUÇÃO
Os cuidados de enfermagem caracterizam-se por com-
petência técnica e humanística, bem como conhecimen-
to científico nesse campo. A alta qualidade do atendi-
mento depende de todas essas dimensões.
Uma maneira bem estabelecida de promover tais
habilidades é por meio de apoio e motivação da pes-
einstein. 2013;11(4):507-13
508
Leão ER, Farah OG, Reis EA, Barros CG, Mizoi CS
quisa em enfermagem. O contato com informações
cientificamente estruturadas permite que a equipe de
enfermagem fique atualizada nesse campo de forma
constante, que avalie as suas práticas e ajude a crescer
em termos profissionais, incorporando novas maneiras
de pensar e cuidar de seus pacientes
(1)
.
Vários fatores contribuíram para a implantação de
programas de pesquisa em enfermagem em instituições
privadas, e muitos estão relacionados à necessidade de
estabelecer padrões de qualidade internacional nesses
centros. Um caso de apoio crescente ao desenvolvi-
mento da pesquisa em enfermagem refere-se aos requi-
sitos associados à designação do Magnet
®
. O Programa
de
Reconhecimento Magnet
®
foi desenvolvido pelo
American
Nurses Credentialing Center (ANCC) para
reconhecer as organizações de assistência à saúde que
possuem excelência em serviços de enfermagem
(2)
. Em
hospitais com designação Magnet
®
e hospitais da Jornada
Magnet
®
, as unidades de pesquisa são criadas para faci-
litar o desenvolvimento da pesquisa. Mas esse é apenas
um primeiro passo no processo. É sempre preciso ter o
apoio de um enfermeiro-pesquisador (cientistas de en-
fermagem com doutorado)
(3)
.
Desenvolver uma cultura de pesquisa fora do mun-
do acadêmico não é uma tarefa fácil, especialmente
para profissionais com dedicação total aos cuidados de
enfermagem. A pesquisa em enfermagem é, em geral,
ainda muito restrita às universidades, e os enfermeiros
clínicos têm muitas dificuldades para desenvolver pro-
jetos de pesquisa. Em primeiro lugar, como implantar
programas de pesquisa que promovam o engajamento
de enfermeiros clínicos na pesquisa em enfermagem?
Para tanto, é necessário conhecer o passado acadêmico
dos enfermeiros, assim como suas crenças e autoeficácia
em pesquisa, para adotar as estratégias mais apropria-
das. Além disso, ainda não há um consenso sobre o me-
lhor modelo de treinamento e apoio à pesquisa, ou como
engajar de maneira eficaz os enfermeiros clínicos na
pesquisa. Desse modo, é necessário um programa abran-
gente e multifacetado para preencher essa lacuna entre
pesquisa e prática
(4)
. Isso é possível somente por meio
de um diagnóstico detalhado do passado, experiências e
crenças dos enfermeiros clínicos em relação à pesquisa.
Neste estudo, relatamos os resultados de uma ava-
liação detalhada do perfil acadêmico, experiência em
pesquisa, crenças e autoeficácia em pesquisa de en-
fermeiros clínicos funcionários do Hospital Israelita
Albert Einstein (HIAE), em São Paulo, Brasil, que é a
primeira instituição na América Latina a se candidatar
à designação Magnet
®
. A compreensão do perfil e das
idiossincrasias dessa população de enfermeiros capa-
citou a preparação de um programa de pesquisa, com
o objetivo de facilitar o engajamento de enfermeiros
clínicos no desenvolvimento de projetos científicos. O
conhecimento dos fatores associados à implantação
bem-sucedida das práticas de pesquisa em centros não
acadêmicos, particularmente naqueles que buscam a
designação Magnet
®
, pode inspirar outras organizações
em outros contextos a iniciar ou consolidar essa ativida-
de nos cuidados à beira do leito.
OBJETIVO
Diagnosticar o perfil acadêmico, a experiência em pes-
quisa, as crenças e a autoeficácia na pesquisa de enfer-
meiros clínicos em hospital na Jornada Magnet
®
.
MÉTODOS
Foi realizada uma pesquisa eletrônica descritiva utili-
zando-se uma amostra de conveniência de 165 enfer-
meiros clínicos (20% do total de enfermeiros clínicos
até janeiro de 2012) do HIAE, hospital privado, loca-
lizado em São Paulo e primeira instituição da América
Latina aceito na Jornada Magnet
®
em outubro de 2011.
O convite para participar e responder aos questionários
foram enviados por e-mail. A participação foi voluntá-
ria, e os dados foram processados em setembro de 2012.
Todos os participantes assinaram o Formulário de Con-
sentimento Informado para este estudo.
A pesquisa foi dividida em quatro subseções: (1)
Dados Demográficos (7 perguntas); (2) Perfil Acadêmico/
Científico (18 perguntas); (3) Crenças Relacionadas à
Pesquisa em Enfermagem (8 perguntas; Escala Likert),
com base nas declarações propostas por Apleton et al.
(5)
;
e (4) Autoeficácia em Pesquisa (22 itens, escala de 5 pon-
tos) proposta por Sweson-Britt e Reineck
(6)
. As ativida-
des listadas na Escala de Autoeficácia em Pesquisa
de Enfermagem foram traduzidas para o português
e foram adicionados um item relacionado à pesquisa
literária em bases de dados na América Latina e um
item relacionado à redação em inglês (oito itens: colo-
car as ideias facilmente no papel; reconhecer e adaptar
o texto para o leitor; redigir com os padrões exigidos
pela ciência; redigir com objetividade, sequência lógica,
coerência, simplicidade, clareza e precisão; inserindo
cor retamente as referências no texto; redigir corretamente
as referências; usar ortografia e gramática corretas; redigir
textos em inglês). Esse instrumento não classifica pontos,
não requerendo validação, pois serve apenas como guia
para a simples quantificação das habilidades.
As variáveis categóricas foram descritas como fre quên-
cias absolutas e porcentagens. As variáveis qualita tivas fo-
ram expressas como variações medianas. As compara
ções
509
Perfil acadêmico, crenças e autoeficácia em pesquisa de enfermeiros clínicos
einstein. 2013;11(4):507-13
entre as medidas de crenças e habilidades em diferentes
categorias de variáveis de perfis foram realizadas com a uti-
lização dos testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis.
Para as pontuações de crenças e habilidades, foram
adicionadas as respostas aos itens, e os valores das pon-
tuações foram os seguintes: pontuação mínima = 1 x
número de itens = acordo ou crença máxima; pontua-
ção máxima = 5 x número de itens = acordo ou cren-
ça mínima. Assim, as pontuações padronizadas míni-
mas e máximas foram zero e 10 (independentemente
do número de itens adicionados), representando, res-
pectivamente, os níveis máximos e mínimos de acordo
ou crença. Os testes estatísticos foram realizados com
Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão
17. A significância foi considerada como p≤0.05.
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa, sob número 36.268.
RESULTADOS
Perfil acadêmico dos participantes
Dos 165 participantes da pesquisa, a maioria (87,3%)
era formada por enfermeiros clínicos, seguida por ges-
tores de enfermagem (6,1%), administradores de en-
fermagem (5,5%), e enfermeiros pesquisadores (1,2%).
Embora todos os participantes fossem graduados em
enfermagem, a maioria (72,7%) tinha concluído a gra-
duação há 5 anos ou mais antes da entrevista. A maioria
dos participantes (85,5%) também tinha um título de
especialização, sendo um total de 12,7% com título de
mestrado e 3%, de doutorado.
A análise da experiência em pesquisa revelou que
somente 13,3% participavam de grupos de pesquisa
acadêmica. Ainda, a maioria dos participantes relatou
uma experiência razoável e boa (40% e 17,6%, respec-
tivamente), com apenas 8,5% e 33,9% tendo relatado
nenhuma ou muito pouca experiência em pesquisa.
De maneira semelhante, a análise mostrou que apenas
17,6% apresentaram resultados de pesquisa em congres-
sos científicos e 9,7% tinham publicado um manuscrito
nos 2 anos antes da entrevista. A maioria (77,5%) dos
respondentes esperava participar de atividades de pes-
quisa. A participação nas atividades de docência foi re-
latada por cerca de um terço (34,5%) dos respondentes.
Crenças dos enfermeiros clínicos e o impacto na pes-
quisa em enfermagem
A tabela 1 mostra que a maioria dos enfermeiros clínicos
tinha crenças positivas sobre os benefícios da pesquisa em
enfermagem, predominantemente sobre o impacto da
pesquisa na imagem da empresa, no desenvolvimento do
trabalho em equipe e em assistência aos pacientes.
Autoeficácia em pesquisa de enfermagem
A figura 1 mostra pontuações mais altas nas habilida-
des relacionadas ao uso do conhecimento teórico, com-
preensão de evidências e capacidade de conduzir revi-
sões literárias. A capacidade de analisar criticamente
ar tigos científicos em outros idiomas foi pouco avaliada.
A análise das habilidades em pesquisa global dessa
população indicou que tais habilidades dependiam do
grau de complexidade de cada atividade de pesquisa. As
taxas de concordância (respostas ‘concordo’ e ‘concordo
totalmente’) relacionadas com a capacidade de revisar a
literatura variaram entre 51,2 e 87,3% (média de 68,7%).
As pontuações atribuídas às habilidades de análise críti-
ca variaram entre 38,1 e 60,6% (média 49,5%) e aquelas
atribuídas à prática baseada em evidência e em conhe-
cimentos teóricos variaram entre 75,1 e 89,7% (média
82,2%). As habilidades de redação científica tiveram
pontuações que variaram entre 67,3 e 84,2% (média de
73,6%). A maioria dos respondentes acreditava que era
capaz de ler e compreender um artigo científico redigido
em inglês ou espanhol (70,9 e 69,1%, respectivamente).
Tabela 1. Crenças relacionadas ao impacto da pesquisa em enfermagem na qualidade dos cuidados ao paciente e na vida profissional
Crenças
Acredito
totalmente
n (%)
Acredito
n (%)
Não acredito nem
desacredito
n (%)
Não acredito
n (%)
Não acredito
totalmente
n (%)
Total
n (%)
Garante que os padrões de cuidados aos pacientes sejam aprimorados 84 (50,9) 75 (45,5) 6 (3,6) 0 (0) 0 (0) 165 (100)
Beneficia a equipe em termos de desenvolver suas habilidades 83 (50,3) 78 (47,3) 4 (2,4) 0 (0) 0 (0) 165 (100)
Ajuda a melhorar a maneira como a equipe trabalha junto 76 (46,1) 83 (50,3) 6 (3,6) 0 (0) 0 (0) 165 (100)
Eleva o perfil e a reputação da unidade 89 (53,9) 68 (41,2) 6 (3,6) 2 (1,2) 0 (0) 165 (100)
Eleva o perfil e a reputação do centro 97 (58,8) 65 (39,4) 3 (1,8) 0 (0) 0 (0) 165 (100)
Ajuda a aprimorar meu desenvolvimento profissional/carreira 103 (62,4) 56 (33,9) 5 (3,0) 1 (0,6) 0 (0) 165 (100)
Promove o envolvimento do paciente e dos cuidados prestados de
mostrando como o departamento é organizado e como funciona
63 (38,2) 77 (46,7) 17 (10,3) 7 (4.2) 1 (0,6) 165 (100)
Torna meu trabalho mais prazeroso 79 (47,9) 68 (41,2) 12 (7,3) 6 (3,6) 0 (0) 165 (100)
einstein. 2013;11(4):507-13
510
Leão ER, Farah OG, Reis EA, Barros CG, Mizoi CS
Entretanto, poucos enfermeiros eram capazes de redigir
um artigo nesses idiomas (23,6 e 7,9%, respectivamente).
Apenas 2,4% eram capazes de ler e compreender francês
e nenhum era capaz de redigir naquele idioma.
Capacidades ainda menores para redigir estavam
significativamente associadas ao maior tempo decor-
rido desde a graduação (p=0,008). Como esperado,
a melhor capacidade de redação estava associada aos
pós-graduados (p=0,022), sendo que o título de douto-
rado estava associado a uma melhor capacidade geral
(p=0,044) e a uma melhor capacidade para pesquisa
(p=0,018). A docência também favoreceu positivamen-
te a capacidade geral para pesquisa desses enfermeiros
(p=0,011), assim como a capacidade de buscar infor-
mações e utilizar as habilidades de práticas baseadas em
evidência e de uso de conhecimentos teóricos (p=0,004;
0,031, e 0,002, respectivamente). A instituição acadêmi-
ca de origem (pública ou privada), a participação em
cursos de treinamento em pesquisa e apresentação dos
resultados de suas pesquisas em publicações ou eventos
não foram estatisticamente significativos em relação às
habilidades de pesquisa.
Os enfermeiros com título de mestrado tinham
crenças mais positivas sobre os benefícios da pesquisa e
melhores habilidades para pesquisa (Tabela 2). A partici-
pação em grupos de pesquisa foi o fator de maior influên-
cia nesse aspecto (Tabela 3). Do mesmo modo, ter apre-
sentado resultados de pesquisa em eventos científicos
influenciou positivamente as crenças dos enfermeiros
em relação à pesquisa (p=0,001), independentemente
de serem investigador principal (p=0,002) ou coautores
(p=0,032). Um total de 77,5% dos respondentes espera-
vam realizar alguma pesquisa no futuro e 37,5% demons-
traram interesse em processos de inovação.
DISCUSSÃO
Neste estudo, estabelecemos um perfil detalhado da
experiência em pesquisa, crenças e autoeficácia na pes-
quisa de enfermeiros clínicos no primeiro hospital ad-
mitido na Jornada Magnet
®
na América do Sul.
Graus variáveis de experiência em pesquisa foram
relatados pelos 165 respondentes. De modo geral, os
enfermeiros clínicos foram positivos em suas crenças,
assim como na percepção de suas próprias habilidades
de pesquisa, que foram mais positivas do que as rela-
tadas na literatura
(6,7)
. Observou-se que os enfermeiros
que fizeram cursos de especialização tinham uma maior
percepção das dificuldades associadas à redação cien-
tífica. Talvez decorrentes de uma visão mais crítica de
suas próprias limitações por terem sido expostos a essa
experiência. Por outro lado, algumas barreiras, como
tempo insuficiente para realizar pesquisa, podem ter
prejudicado a capacidade desses profissionais para fa-
Figura 1. Pontuações das habilidades em pesquisa relatadas por 165 enfermeiros
clínicos do Hospital Israelita Albert Einstein com a utilização da Escala de
Autoeficácia em Pesquisa de Enfermagem (NURSES adaptada). São Paulo, Brasil.
Setembro de 2012
Tabela 2. Associação entre crenças/habilidades e título de mestrado
Crenças e habilidades
Título de
mestrado
Sem título
de mestrado
Valor
de p
Mediana Mediana
Crenças (0-10) 10 8,4 <0,001
Habilidades gerais (0-10) 7,4 6,5 0,011
Idiomas (0-10) 3,3 3,3 0,001
Revisão de literatura (0-10) 7,5 6,9 0,018
Compreensão da literatura de pesquisa e
avaliação da qualidade dos estudos (0-10)
6,7 5,8 0,121
Uso de teoria (0-10) 7,5 7,5 0,033
Compreensão de evidências (0-10) 7,5 7,5 0,051
Tabela 3. Associação entre crenças/habilidades e participação de enfermeiros
clínicos no grupo de pesquisa acadêmica
Sim Não
Valor
de p
Mediana Mediana
Crenças (0-10) 10 8,4 <0,001
Habilidades gerais (0-10) 7,1 6,6 0,049
Idiomas (0-10) 3,3 3,3 0,062
Revisão da literatura (0-10) 7,5 6,9 0,017
Compreensão da literatura de pesquisa e
avaliação da qualidade dos estudos (0-10)
6,3 5,8 0,679
Uso de teoria (0-10) 8,3 7,5 0,006
Compreensão de evidências (0-10) 10 7,5 <0,001
Redação científica (0-10) 7,1 7,5 0,488
511
Perfil acadêmico, crenças e autoeficácia em pesquisa de enfermeiros clínicos
einstein. 2013;11(4):507-13
zer e publicar pesquisas
(8,9)
. Além disso, como a partici-
pação em publicações reforçou essas crenças positivas,
mas não a percepção de suas próprias habilidades de
pesquisa, esses resultados indicam que os enfermeiros
clínicos podem não ter sido os investigadores principais
dos estudos publicados.
Outro aspecto que pode ter contribuído para a baixa
produção científica é a dificuldade em analisar critica-
mente textos e artigos científicos escritos em outros
idiomas. Na realidade, a capacidade de análise crítica
de textos científicos escritos em inglês foi pouco avalia-
da pelos respondentes. Inglês é o idioma internacional
da ciência
(10)
, mas, para os autores cuja língua materna
não é o inglês, a redação de manuscritos científicos re-
presenta um grande desafio.
Já foi sugerido que os enfermeiros clínicos são alta-
mente motivados para participar de pesquisas, mas que
não têm confiança para iniciar e implementar projetos
de pesquisa
(11)
. Com poucas exceções, a pesquisa em
enfermagem não tem sido uma parte característica das
atividades da enfermagem clínica. É raro ter uma equi-
pe com habilidades e formação acadêmica necessárias
para facilitar as pesquisas
(7)
. Muitos enfermeiros clínicos
sentem-se intimidados pela pesquisa. As pesquisas rea-
lizadas anteriormente estão em conformidade com este
estudo, tendo sido relatado que os enfermeiros clínicos
têm “medo do desconhecido”, “falta de capacitação ou
confiança para realizar pesquisas”, ou “a crença de que
não possuem habilidades para realizar pesquisas, o que
impede a realização de projetos de pesquisa”
(12)
.
Neste estudo, a maioria dos enfermeiros percebeu
que as seguintes habilidades eram bem desenvolvidas:
a capacidade de procurar informações de maneira efi-
caz, habilidades teóricas, prática baseada em evidência,
capacidade de redação e leitura, e a compreensão de
inglês e espanhol. A conclusão de mestrado ou douto ra -
do, assim como a participação em grupos de pesqui sa
e docência, também teve influência positiva na per-
cep ção dos enfermeiros sobre suas habilidades. A au-
topercepção dos enfermeiros clínicos sobre as habilida-
des de pesquisa foi, na verdade, maior do que relatada
anteriormente
(6,7)
. Entretanto, nossos resultados indi-
caram que essas habilidades pareciam favorecer mais
a prática baseada em evidência do que a pesquisa em
enfermagem. A baixa produção científica relatada aqui
reforça essa ideia, em conformidade com a noção de
que apenas enfermeiros isolados realizam pesquisas e
de que as publicações são raras
(13)
.
Nossos achados também indicaram que o principal
impacto da pesquisa em enfermagem percebido pelos
respondentes está associado à melhora da imagem ins-
titucional. Esse valor é fortemente reconhecido pelos
funcionários dessa instituição. Isso pode ser explicado
pelo fato de que o hospital é reconhecido pela exce-
lência na qualidade de cuidado aos pacientes, sendo
uma instituição do mais alto nível no Brasil. Em 2012,
o HIAE foi reconhecido com a premiação SciVal Brazil
(Elsevier), que consagra as instituições brasileiras de
pesquisa com excelência notável na produção científi-
ca. O HIAE recebeu o prêmio na categoria “Citações
por documento”. Nossos achados contrastaram com os
estudos anteriores
(5)
, indicando que as respostas mais
positivas dos enfermeiros clínicos sobre suas visões do
impacto da pesquisa estão associadas aos padrões de
cuidados com os pacientes e o desenvolvimento de ha-
bilidades específicas.
A condução e a aplicação de pesquisas não têm sido
uma prioridade para os enfermeiros em geral, apesar
da crença amplamente aceita de que a pesquisa em
enfermagem é relevante. Enquanto a maior parte dos
enfermeiros clínicos busca a prática baseada em evidên-
cia, são aparentemente relutantes e apáticos quanto à
condução de pesquisa em enfermagem
(13)
. Na realidade,
os enfermeiros de instituições de saúde acadêmicas e
não acadêmicas mencionaram pouco a médio interesse
em pesquisa, sugerindo que este seja um aspecto pre-
sente universalmente
(4)
. Nossos resultados apoiam essa
noção, como pode ser evidenciado pelo fato de que o ní-
vel espontâneo de adesão dos enfermeiros clínicos para
responder os questionários foi baixo. Para a maioria dos
enfermeiros, o tema da pesquisa parecia muito distante
e despertava pouco interesse. A recente contratação de
um enfermeiro pesquisador, a falta de familiaridade
com um novo departamento o Núcleo de Pesquisa
em Enfermagem e Multiprofissional −, que não existia
na instituição, também podem ter contribuído para isso.
A observação de que a pesquisa em enfermagem não é
uma prioridade para os enfermeiros clínicos é incompre-
ensível, uma vez que os enfermeiros que trabalham em
hospitais são bem posicionados para identificar proble-
mas da prática clínica encontrados diariamente à beira
do leito e podem ajudar a construir evidências para suas
práticas
(12)
. Observou-se pouca participação nos grupos
de pesquisa e, consequentemente, pouca experiência
em pesquisa. Isso é consistente com análises realizadas
anteriormente, mostrando que os enfermeiros desejam
firmar parcerias com escolas de enfermagem para fazer
pesquisas
(14)
. Porém, há vários desafios, como dificul-
dade em negociar propostas de pesquisa de interesse
comum ao corpo docente da universidade e aos enfer-
meiros clínicos. Alguns enfermeiros preferem liderar
suas próprias pesquisas a firmar parceria com faculda-
des de enfermagem
(15)
. Particularmente, os enfermeiros
clínicos relatam que desejam conduzir estudos que se
traduzam em benefícios para a vida real.
einstein. 2013;11(4):507-13
512
Leão ER, Farah OG, Reis EA, Barros CG, Mizoi CS
Em geral, nosso diagnóstico do perfil acadêmico e
científico dos enfermeiros clínicos registrados no HIAE
indicou alta heterogeneidade de perfis, assim como al-
gumas idiossincrasias e crenças nessa população, que
deveriam ser consideradas na implantação de um pro-
grama destinado ao desenvolvimento das práticas de
pesquisa em enfermagem. Entretanto, uma limitação
desse estudo foi o fato de que os respondentes podem
não representar o perfil dos enfermeiros clínicos da ins-
tituição. Os participantes que optaram por completar
a pesquisa podem ter tido uma maior percepção da re-
levância e do valor da pesquisa em enfermagem para a
prática da atividade.
Ainda há vários desafios ao desenvolvimento de
melhores estruturas institucionais para apoiar e inte-
grar a pesquisa no ambiente clínico, e mostrar que os
achados de pesquisa são relevantes para os clínicos. Os
modelos mais comuns incluem a presença de um conse-
lho de enfermagem do hospital orientado por pesqui-
sadores acadêmicos; um enfermeiro pesquisador com
titulação acadêmica contratado; um enfermeiro pesqui-
sador em período parcial; e um enfermeiro pesquisador
em pe ríodo integral
(16)
. O último modelo é adotado em
nossa instituição. O Núcleo de Pesquisa e Enfermagem
e Multiprofissional foi criado para promover e apoiar as
práticas de pesquisa e o treinamento entre os enfermei-
ros clínicos e a equipe multidisciplinar do hospital. No
HIAE, o enfermeiro pesquisador tem várias funções:
pesquisador independente, docente/orientador, consul-
tor e mentor, como relatado de maneira semelhante em
outras instituições no mundo todo
(17)
.
O diagnóstico do perfil acadêmico dos enfermeiros
identificados aqui indica que são necessários diferentes
tipos de treinamento. Portanto, propomos o seguinte
programa de treinamento: nível básico, com cursos de
metodologia científica (8 horas), pesquisa bibliográfica
(programas regulares da biblioteca) e redação científica
(16 horas). Para os níveis de experiência intermediário
e avançado, recomendamos a análise crítica dos artigos
e a redação científica (40 horas). Para formação con-
tínua, propomos a implantação de reuniões mensais.
Além disso, nosso programa oferece um prêmio de pes-
quisa para as contribuições científicas em enfermagem
clínica e implementação de estratégias para maior visi-
bilidade. Tais contribuições científicas são avaliadas por
meio de indicadores quantificáveis (artigos publicados,
citações, propostas de inovações, patentes e projetos
colaborativos).
O aprimoramento das habilidades de pesquisa dos
enfermeiros clínicos é discutido no mundo todo. Em-
bora esse estudo tenha sido conduzido em um hospi-
tal privado no Brasil, nossos achados podem ser úteis
para outras organizações com perfis semelhantes em
diferentes regiões e países. De maneira semelhante,
nosso programa proposto com base em dados também
pode contribuir para discussões futuras sobre a implan-
tação da pesquisa em enfermagem em instituições não
acadêmicas, especialmente aquelas que buscam obter
a designação Magnet
®
. A compreensão da experiência
em pesquisa, as habilidades e as crenças da equipe de
enfermagem clínica de uma instituição podem ajudar
na implantação de projetos de pesquisa, assim como na
escolha das melhores estratégias de treinamento. Essa
análise é sempre necessária para reduzir o risco de im-
portar ações inapropriadas de outros estudos, o que
pode não corresponder à realidade institucional. Não
há um modelo ideal descrito na literatura para aumen-
tar o envolvimento dos enfermeiros clínicos na pesquisa
em enfermagem. Entretanto, é importante refletir sobre
as maneiras que levam ao desenvolvimento eficaz dos
enfermeiros clínicos na pesquisa em enfermagem e con-
siderar o perfil de enfermeiros que realizam pesquisa
à beira do leito. Nem todo enfermeiros clínicos têm o
desejo e a aptidão para essa tarefa. Além disso, até o
momento, não há um estudo disponível que possibilite
a identificação da proporção ideal de enfermeiros pes-
quisadores para a equipe de enfermeiros clínicos. No
futuro, pode-se reconhecer a necessidade de contratar
mais enfermeiros pesquisadores, não apenas para supor-
te ou orientação, mas também para desenvolver pesquisa
de alta qualidade. Essa será uma transformação real na
produção de conhecimento científico pelos enfermeiros
hospitalares e possibilitará a avaliação e os acompanha-
mentos adequados da vocação de cada enfermeiro.
Nossos achados devem contribuir para a elaboração
de uma proposta de programa de pesquisa adequada ao
nível de experiência acadêmica dessa população.
CONCLUSÕES
Neste estudo, estabelecemos um perfil detalhado da
experiência em pesquisa, crenças e autoeficácia na pes-
quisa de enfermeiros clínicos no primeiro hospital da
América do Sul a ser admitido na Jornada Magnet
®
.
Os enfermeiros clínicos relataram graus variáveis de
experiência em pesquisa. Foram observadas crenças e
percepções positivas sobre as habilidades de pesquisa.
Contudo, a percepção positiva não se traduziu em efeti-
va produção científica.
REFERÊNCIAS
1. Dyniewicz AM, Rivero de Gutiérrez MG. [Research methodology for nurses at
a university hospital]. Rev Latam Enferm. 2005;13(3):354-63.
513
Perfil acadêmico, crenças e autoeficácia em pesquisa de enfermeiros clínicos
einstein. 2013;11(4):507-13
2. Drenkard K, Wolf G, Morgan SH. Editors Magnet: The next generation –
Nurses making the difference. Maryland: American Nursing Credentialing
Center; 2011.
3. Deave T. Research nurse or nurse researcher: how much value is placed on
research undertaken by nurses? J Res Nurs. 2005;10(6):649-57.
4. Silka CR, Stombaugh HA, Horton J, Daniels R. Nursing research in a
nonacademic health system: measuring knowledge, attitudes, and behaviors.
J Nurs Adm. 2012;42(7-8):386-92.
5. Appleton L, Smith K, Wyatt D. Nursing involvement in a practice development
and research unit. Cancer Nurs Practice. 2010;9(7):18-22.
6. Sweson-Britt E, Reineck C. Research education for clinical nurses: a pilot
study to determine research self-efficacy in critical care nurses. J Cont Educ
Nurs. 2009;40(10):454-61.
7. Jamerson PA, Vermeersch P. The role of the nurse research facilitator in building
research capacity in the clinical setting. J Nurs Adm. 2012;42(1):21-7.
8. Atkinson M, Cashy J, Turkel M. Overcoming Barriers to Research in a Magnet
Community Hospital. J Nurs Care Qual. 2008;23(4):362-8.
9. Turkel M, Ferket K, Reidinger G, Beatty DE. Building a nursing research
fellowship in a community hospital. Nurs Economics. 2008;26(1):26-34.
10. English as the international language of science. Res Trends. [Internet]. 2008;(6).
[cited 2013 Apr 12]. Disponível em: http://http://www.researchtrends.com/
issue6-july-2008/english-as-the-international-language-of-science/
11. Willson P, Madary A, Brown J, Gomez L, Martin J, Molina T. Using the forces
of magnetism to bridge nursing research and practice. J Nurs Adm. 2004;
34(9):393-4.
12. Kelly KP, Turner A, Gabel Speroni KG, McLaughlin MK, Guzzetta CE. National
survey of hospital nursing research, part 2: facilitators and hindrances. J Nurs
Adm. 2013;43(1):18-23.
13. Wilson C, Sylvanus T. Generating enthusiasm for nursing research. JNurs
Adm. 2005;35(5):220-3.
14. Dols JD, Bullard K, Gembol L. Setting a nursing research agenda. J Nurs Adm.
2010;40(5):201-4.
15. Latimer R, Kimbell J. Nursing research fellowship: building nursing research
infrastructure in a hospital. J Nurs Adm. 2010;40(2):92-8.
16. Wilson B, Kelly L, Reifsnider E, Pipe T, Brumfield V. Creative approaches to
increasing hospital-based nursing research. J Nurs Adm. 2013;43(2):80-8.
17. Albert N, Siedlecki SL. Developing and implementing a nursing research team
in a clinical setting. J Nurs Adm. 2008;38(2):90-6.
... It is high time we assessed whether adequate research facilities and research-supporting culture exist in the nursing community to provide evidence-based practice in better patient care, and such studies to understand the research self-efficacy among nurses are very scarce. A study conducted at the first Magnet hospital in South America to detail the profile of the research experience, beliefs, and self-efficacy of clinical nurses reported varying degrees of research experience and observed positive beliefs and perceptions about research skills but did not translate into effective scientific production (Leão et al., 2013). ...
... High-quality nursing care depends on sound scientific knowledge as well as technical and humanistic competence. Motivation and support of nursing research are essential in enhancing these abilities (Leão et al., 2013). Structured nursing research activities help nurses grow professionally by updating their knowledge in the field, evaluating their practices, and caring for their patients (Mlambo et al., 2021). ...
... This can be used as a baseline for development of their nurses in conducting and applying research to their practice. Many Magnet journey hospitals assessed the research self-efficacy among nurses using the same scale (Leão et al., 2013). ...
Article
Full-text available
AIM: Research self-efficacy helps predict the individual interest and confidence in conducting research. The study was conducted to identify the research self-efficacy among nurses working in a group of tertiary hospitals and their research-related behavior. METHOD: The study design was descriptive cross-sectional and conducted among nurses at Hamad Medical Corporation, Qatar Convenient sampling was done and 500 is the sample size. Data were collected through an online survey during 2 months in 2019 by using a validated "Nursing Research Self-Efficacy Scale" questionnaire. The scale includes 38 items under five domains, and the response was collected on a Likert scale from 1 to 5. The authors of the scale suggested excellent reliability score for the subscales, ranging from .94 to .97 and the existence of subscales was supported by exploratory and confirmatory factor analysis. RESULTS: A completed survey was collected from 780 nurses. The mean self-efficacy score was 2.92 ± 0.97. The mean score for the subscale of obtaining science-based knowledge resources was the highest (3.24 ± 1.03) and the lowest for critically read and evaluate qualitative research literature (2.63 ± 1.12). Nurses with higher educational qualifications and those who enrolled in any educational program further to their nursing education have statistically significantly high research self-efficacy. CONCLUSION: The overall research self-efficacy of working nurses is moderate. However, nurses' confidence in the ability to perform critiquing research and understand the concept and methodology in research is minimal. Introduction of nurse-tailored research training, which covers fundamental aspects of research to an advanced level, will help make them more confident in research.
... Therefore, research should underpin clinical practice in every health institution. On the one hand, research should be the mission of any academic institution and research hospital that fosters excellence and supports the development of health research activities [5]. These, even if only in part, have fostered the development of research activities for nurses and AHPs. ...
... However, few studies propose efficient strategies that foster participation in research and are moreover difficult to put into practice in specific contexts. These strategies include constant updating, specific courses on research, reading scientific papers, and attending Journal Clubs [2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12]. The most virtuous institutions, the ones that make research their mission, endeavor to overcome barriers and put strategies into practice to increase research among nurses and AHPs. ...
Article
Full-text available
Background Involvement in research activities is complex in pediatric nursing and allied health professionals (AHPs). It is important to understand which individual factors are associated with it to inform policy makers in promoting research. Methods A cross-sectional observational study was conducted to describe the level of participation in research activities over the last ten years of nurses and AHPs working in a tertiary pediatric hospital. A large sample of nurses and AHPs working in an Italian academic tertiary pediatric hospital completed an online self-report questionnaire between June and December 2018. Three multivariate logistic regression analyses were performed to predict participation in research projects, speaking at conferences, and writing scientific articles. Results Overall, data from 921 health professionals were analyzed (response rate = 66%), of which about 21% ( n = 196) reported participating in a research project, while 33% ( n = 297) had attended a scientific conference as a speaker, and 11% ( n = 94) had written at least one scientific paper. Having a Master or a Regional Advanced Course, working as an AHP or a ward manager, as well as regularly reading scientific journals and participation in an internal hospital research group or attendance in a specific course about research in the hospital, significantly predicted participation in research projects, speaking at conferences and writing scientific papers. It is important to foster research interest and competencies among health professionals to improve participation in research projects, speaking at conferences, and writing scientific papers. Conclusions Overall, we found a good level of attendance at conferences as speakers (33%), a moderate level of participation in research (21%), and low levels for writing scientific papers (11%). Our study highlighted the need to support participation in research activities among nurses and AHPs. Policymakers should identify strategies to promote research among nurses and AHPs, such as protected rewarded time for research, specific education, strengthened collaboration with academics, and financial support. Moreover, hospital managers should promote the development of research culture among health professionals, to improve their research competencies and evidence-based practice.
... Participants were satisfied with what they had learned while working on the BT and reported that doing so was useful for acquiring research competencies. This outcome contrasts with those for clinical nursing: Clinical nurses value nursing research linked to patient care and the image of nursing, but this assessment does not translate into an increase in scientific production in nursing (Leão et al., 2013). Studies at the national (Cidoncha-Morenoa, Ruíz de Alegría-Fernandez de Retana (2017)) and international (Patterson et al., 2016) levels show that the main obstacles to carrying out research in the clinical setting are related to organization (lack of time and collaboration from other professionals) and training (lack of critical reading skills). ...
Article
Aim The aim of the study was to describe the characteristics of the Bachelor’s thesis of fourth-year nursing students at a Spanish public university, the criteria that students used to choose a topic and students’ degree of satisfaction after completing the Bachelor’s thesis. Design Quantitative study. Methods We examined 420 Bachelor’s theses carried out from 2013 to 2018 and conducted an online survey among fourth-year students in the 2017-18 and 2018-19 academic years (81 completed questionnaires). Results The Bachelor’s thesis took the form of a research proposal. The most frequent proposal type was a qualitative hospital-based study whose objective was to understand the experiences of adult or adolescent patients, close family members, or nurses. Students chose topics for personal reasons. Most participants reported feeling satisfied with the knowledge and skills acquired. Conclusions Students completing a Bachelor’s thesis in the form of a research proposal have the potential to transfer their research skills to their nursing practice.
Article
Full-text available
Background: This study was to evaluate the quality of nursing from which to find the existing points to improve the quality of nursing care. Research objective: "Assess the quality of nursing care by surveying nurses working in hospitals of Can Tho". Materials and methods: The study surveyed 417 nurses who are directly involved in the care of patients in hospitals and medical centers under the Department of Health of Can Tho. Using the questionnaire including 15 contents with 192 criteria based on the competency standards of Vietnamese nurses (2012) and Circular No.07/2011. Results: the majority of nurses was female (male vs female was 22.5% vs 77.5%), the overall grade was 4.61/5, there were 21 among 192 criteria had low rate of fulfilling (<80%), focusing on criteria related to mental care, implementation of care plans, personal hygiene care, nutrition care, giving medication in bed, health education and scientific research. Conclusion: The quality of general nursing care was at a high level, however, the detailed assessment reveals 21 per 192 criteria with low rate of fulfilling (<80%). Keywords: Nursing, nursing quality, quality of care, capacity standards.
Article
Full-text available
Background Mentoring programmes in health research are beneficial for both mentors and mentees and are essential for the development of the next generation of research leaders. This study describes the self-assessment of research skills in health professionals participating in a research mentoring programme and determines the correlation between the participants’ self-assessment of research skills and professional characteristics. Method This was a quasi-experimental, time-series study conducted in a Brazilian tertiary hospital. Thirty-five health professionals holding a master’s or PhD degree were included. The participants answered a survey in which they self-assessed their research skills distributed into eight domains, with one group responding before training and another group responding after training. The level of significance was set at 5% (p < 0.05). Results Those who received training scored better in research skills related to two domains: critical analysis of the literature and identification of appropriate research methods (p = 0.0245). Conclusion Trained professionals performed better in the domains of critical thinking and knowledge and management of steps in the research process.
Article
Full-text available
Participativno raziskovanje pridobiva pozornost. V babištvu in zdravstveni negi je poudarek pogosto dan klinični praksi, potrebe raziskovalcev pa so zanemarjene. Primerjalna anketna raziskava je bila izvedena z uporabo kvantitativnih deskriptivnih raziskovalnih metod empiričnega raziskovanja. Podatki so bili zbrani z vprašalniki, vzorec pa je obsegal 228 babic in medicinskih sester. Analiza podatkov je vključevala osnovne opisne statistike z izračuni frekvenc in odstotkov. Statistično pomembne razlike so bile določene z χ2-testom. Več kot polovica anketirancev ni imela izkušenj z raziskavami v lastni delovni praksi. Večina jih je izrazila zanimanje za stopnjo načrtovanja vsebin, najmanj želena stopnja pa je bilo poročanje o ugotovitvah študije. Največje ovire so bile pomanjkanje izobraževanja na področju raziskovanja in pomanjkanje znanja o raziskovalnih metodologijah. Rezultati poudarjajo pomen ustanovitve raziskovalnih skupin, ki bi zaposlenim pomagale pridobiti raziskovalne izkušnje. Naše ugotovitve povečujejo ozaveščenost glede ovir za participativno raziskovanje med babicami in medicinskimi sestrami. Skrb za identifikacijo ovir pri uvajanju praks, ki temeljijo na dokazih, je prisotna predvsem zato, ker babice in medicinske sestre vztrajajo pri neuvajanju na dokazih temelječih praks.
Article
Background: This study was to evaluate the quality of nursing care in the hospitals, from which to find the existing points to improve the quality of nursing care. Objective: to assess the quality of nursing care by surveying patients in the hospitals in Can Tho city. Materials and methods: The study surveyed patients who were at the hospitals in Can Tho city. Using the questionnaire including 11 contents with 80 criteria based on the competency standards of Vietnamese nurses (2012) and Circular No.07/2011. Results: surveyed 1666 patients (male vs female was 43% vs 57%), the overall grade was 4.38/5, 3 contents had lowest grade including nursing care practice, mental health care and health education (3.68/5, 3.38/5 and 3.67/5). 14 criteria were assessed with low rate of fulfilling (<80%) including criteria related to nursing assessment, planning and implementing nursing care, mental health care and health education. Conclusion: The quality of nursing care by surveying patients was at a high level, however, the detailed assessment reveals 14 per 80 criteria with low rate of fulfilling (<80%).
Article
Full-text available
Objetivo: Implementar a Teoria do Conforto, mediada pela pesquisa-cuidado, para o alcance de integridade institucional, na prática clínica de enfermeiros em unidade coronariana. Métodos: Pesquisa-cuidado realizada de abril de 2014 a janeiro de 2015 com enfermeiros e pessoas com coronariopatias de um hospital público em Sobral-Ceará-Brasil. Resultado: O método de pesquisa-cuidado facilitou o uso da Teoria do Conforto na prática de cuidar de pessoas com coronariopatias, por meio de diálogos entre enfermeiro pesquisador e enfermeiros assistenciais. Foi possível orientá-los na implementação de uma teoria e um método de pesquisa no cotidiano de cuidado, com vistas a melhores políticas e práticas para integridade institucional. Conclusão: A Teoria do Conforto, no cuidado clínico de Enfermagem direcionado às pessoas com coronariopatias mediada pela pesquisa-cuidado, permite diálogos entre enfermeiro pesquisador e enfermeiros da prática clínica e favorece o alcance da integridade institucional.Descritores: Enfermagem; Cuidados de conforto; Comunicação em saúde; Coronariopatias; Pesquisa em enfermagem clínica, THEORY OF COMFORT IN CLINICAL NURSING CARE BY THE RESEARCH-CARE METHOD Objective: To implement the Comfort Theory, mediated by research-care, to achieve institutional integrity in the clinical practice of nurses in a coronary care unit. Methods: Care research carried out from April 2014 to January 2015 with nurses and people with coronary diseases at a public hospital in Sobral-Ceará-Brazil. Results: The care-research method facilitated the use of Comfort Theory in the practice of caring for people with coronary artery disease, through dialogues between nurse researchers and nursing assistants. It was possible to guide them in the implementation of a theory and a research method in daily care, with a view to better policies and practices for institutional integrity. Conclusion: The Theory of Comfort, in clinical nursing care directed to people with coronary diseases mediated by research-care, allows dialogues between nurse researchers and nurses in clinical practice and favors the achievement of institutional integrity.Keywords: Nursing; Comfort care; Health communication; Coronary diseases; Clinical nursing research.TEORÍA DEL CONFORT EN LA ATENCIÓN CLÍNICA DE ENFERMERÍA POR EL MÉTODO DE LA INVESTIGACIÓNObjetivo: Implementar la Teoría del Confort, mediada por la investigación-atención, para lograr la integridad institucional en la práctica clínica de las enfermeras en una unidad de atención coronaria. Métodos: Investigación de la atención realizada entre abril de 2014 y enero de 2015 con enfermeras y personas con enfermedades coronarias en un hospital público en Sobral-Ceará-Brasil. Resultados: El método de investigación de la atención facilitó el uso de la Teoría de la comodidad en la práctica del cuidado de las personas con enfermedad de las arterias coronarias, a través de diálogos entre investigadores de enfermería y asistentes de enfermería. Fue posible guiarlos en la implementación de una teoría y un método de investigación en la atención diaria, con miras a mejores políticas y prácticas para la integridad institucional. Conclusión: La Teoría de la Confort, en la atención clínica de enfermería dirigida a personas con enfermedades coronarias mediada por la investigaciónatención, permite el diálogo entre enfermeras investigadoras y enfermeras en la práctica clínica y favorece el logro de la integridad institucional.Descriptores: Enfermería; Cuidado de la comodidad; Comunicación de salud; Enfermedades coronarias; Investigación en enfermería clínica.
Article
Healthcare research activity improves patient outcomes. Nurses, Midwives and Allied Health Professions (NMAHPs) make an important contribution to clinical research. Within the United Kingdom (UK), there is a 25-year history of increasing healthcare research capacity and capability through clinical academic roles. Medical colleagues were the first to introduce the role in 2005. In 2007, a national policy identified inequalities in access to and success of research training fellowships between medical and nursing healthcare professionals. This was followed by a number of national initiatives, which continue to evolve to the present day. There is evidence that the UK has reached the 'tipping point' to increase NMAHP research capacity and capability through clinical academic roles. Despite these initiatives substantial gaps remain. Outside, the UK, the term 'clinical academic' is not well understood. There is evidence of the presence of senior clinical academic roles, a clinical professor within Australia and the United States, for example, but there is a lack of opportunities and of a formulised research training pathway at a junior level. There is interest and appreciation of the NMAHP research-active clinical academic within the clinical setting in the Nordic countries and China, but the pace of change is slow due to co-existing priorities involving change and innovation. There is a need to develop and agree both national and international definitions that describes the NMAHP research-focused clinical academic role activity. © 2019 Debbie Carrick-Sen, Ann Moore, Patricia Davidson, Han Gendong, & Debra Jackson.
Article
Full-text available
The argument for evidence-based nursing practice informed by research has placed nursing research capacity-building firmly on the agenda. Despite the recognition of the need for sustainable sources of funding, the emphasis has remained on NHS R&D undertaken by doctor, supported by other professions such as nurses. Indeed, it is common for nurses to be employed in the role of research assistant or data collector, under the supervision of a doctor. The titles ‘Research Nurse’ and ‘Nurse Researcher’ are used interchangeably and this paper highlights the distinction between the two, the requirements of their posts, reasons why nurses may become involved in research and the difficulties that this may entail. We draw attention to the expectations of the research training that first-level nurses receive, the assumption that it results in them being research competent, and the implications for the status of nursing research. Investment in research capacity-building needs to be reflected in the organisation and infrastructure of academic departments and NHS trusts. Joint, long-term educator/practitioner/researcher appointees are required to facilitate the nurseorientated research necessary to inform the increasing demands on practice. If the practice of nursing, midwifery and health visiting is to be underpinned by a scientific evidence-base specific to its own needs, it is necessary to foster an environment conducive to reflection on practice and cultivation of ideas.
Article
Full-text available
Translating research into practice is essential to providing care that promotes both cost-efficient and effective health care delivery. Nurses practicing in the intensive care unit are in need of education that can build research self-efficacy and promote understanding and the ability to apply research findings. This pilot study evaluated the Critical Reading of Research Publications Plus course with intensive care unit nurses to determine whether this experience would affect their research self-efficacy. The Nursing Research Self-Efficacy Scale was administered before and after the course. Paired t tests showed a significant increase on three of the four subscales in research self-efficacy. This study shows that using a course along with mentors may increase the research self-efficacy of practicing nurses.
Article
OBJECTIVE: The aim of this study was to describe the facilitators and hindrances associated with the conduct of registered nurseYled research in US hospitals. BACKGROUND: Hospital-based nursing research programs are growing in response to increasing emphasis on evidence-based practice. Concerns existed about institutional regulations prohibiting staff nurses' ability to be principal investigators of their research studies. METHODS: Comments from the Hospital-Based Nursing Research Requirements and Outcomes national survey regarding facilitators and hindrances of conducting nursing research in hospitals were analyzed using content analysis. RESULTS: Comments from 95% of surveys were classified into 24 facilitator and hindrance codes. Both MagnetA and non-Magnet hospitals identified the presence of a research mentor as the top facilitator. In non-Magnet hospitals, the top hindrance was a lack of a research mentor as compared with Magnet hospitals, which reported lack of time. CONCLUSIONS: The presence of a research mentor is the most important facilitator for hospital nursing research. Findings provide data to inform research program development.
Article
Cancer nursing practice represents a diverse field of knowledge and enquiry, where practice is informed through experiential knowledge, specialist skills and a deep understanding of the needs of patients and their families. This article describes a structured approach to supporting and advancing cancer nurses’ ability to use their knowledge, skills and experience through membership of a practice development and research unit. The development of the unit is described in the context of theory, and the article suggests models and frameworks that can be used to design process and evaluate outcome. The authors present examples of projects that have had a positive effect on patient care, while demonstrating improvements to professional practice through service improvement, practice development and research.
Article
Magnet-designated and aspiring hospitals use research and evidence-based practice initiatives to demonstrate new knowledge and innovation, a key component of the Magnet Recognition Program. Four creative approaches to supporting and conducting institutional nursing research and the implementation of evidence-based care are illustrated, along with examples of successful nurse staff-led projects.
Article
Objective: The aim of this study was to describe the facilitators and hindrances associated with the conduct of registered nurse-led research in US hospitals. Background: Hospital-based nursing research programs are growing in response to increasing emphasis on evidence-based practice. Concerns existed about institutional regulations prohibiting staff nurses' ability to be principal investigators of their research studies. Methods: Comments from the Hospital-Based Nursing Research Requirements and Outcomes national survey regarding facilitators and hindrances of conducting nursing research in hospitals were analyzed using content analysis. Results: Comments from 95% of surveys were classified into 24 facilitator and hindrance codes. Both Magnet and non-Magnet hospitals identified the presence of a research mentor as the top facilitator. In non-Magnet hospitals, the top hindrance was a lack of a research mentor as compared with Magnet hospitals, which reported lack of time. Conclusions: The presence of a research mentor is the most important facilitator for hospital nursing research. Findings provide data to inform research program development.
Article
The objective of this study was to evaluate nurses' knowledge, attitudes, and use of research in a large nonacademic health system prior to and following a 6-month intervention. Many organizations have begun to implement a variety of research-oriented activities to build interest in and support of nursing research. Nurses were surveyed to measure attitudes, knowledge, and behaviors related to nursing research and familiarity with available resources. Barriers to conducting research were identified. Nurses with a baccalaureate degree or higher reported a greater degree of support and knowledge and higher level of familiarity with resources than did diploma/associate degree nurses. Outcomes suggest that implementation of the components of a typical nursing research program may help to improve nurses' attitudes and knowledge of research. Affecting behaviors requires a more targeted approach.
Article
The aim of this study was to examine community hospital nurses’ interest and potential barriers in pursuing advanced education. In October 2010, nursing leaders in Florida formed a task force to implement the Institute of Medicine Future of Nursing recommendations pertaining to the education of nurses. A survey-based descriptive analysis of nurses employed at 3 community hospitals in Florida was performed. A total of 746 nurses answered open-ended questions related to current status in regard to advancing education. The greatest barriers were (1) time constraints, specifically family and work schedule conflicts, and (2) financial concerns. Eleven percent (n = 73) noted the lack of pay incentive and 11% (n = 71) noted that they were nearing retirement. The findings bring an evidence-based approach to summarizing the trials, concerns, and barriers to nurses continuing their education. The Web-based survey proved to be a useful tool to quickly and inexpensively gather feedback from nurses concerning their plans and perceived barriers related to continuing their education.
Article
Nursing now sponsors and drives support for research endeavors within these priorities. Nurse leaders create energy and align projects around our research agenda. Leaders keepmotivation high by disseminating findings, publishing, and celebrating, recognizing that the best motivator for change is the imple-mentation of a practice change based on research done at the institution.
Article
The largest private hospital in Hawaii was recently awarded Magnet Recognition, partly due to its exemplary nursing research culture. The hospital fostered and sustained a strong research environment through the establishment of a nursing institute, nursing research council, and, most recently, a nursing research fellowship. The authors describe the fellowship that was designed to educate nurses on the research process and enable nurses to lead research projects.