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Revista AGROTEC – v. 35, n. 1, p 150–160, 2014
Agropecuária Técnica (2014) Volume 35 (1): 150-160
Versão Online ISSN 0100-7467
http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/at/index
Água salina e nitrogênio na emergência e biomassa de mudas de
maracujazeiro amarelo
Marlene Alexandrina Ferreira Bezerra1*, Walter Esfrain Pereira2, Francisco
Thiago Coelho Bezerra3, Lourival Ferreira Cavalcante4, Sherly Aparecida da Silva
Medeiros1
1Doutoranda PPGA/CCA/UFPB, Areia, PB, e-mail: marlene_agro@hotmail.com;
sherly.agro@hotmail.com *Autor para correspondência..
2Prof. Dr. CCA/UFPB, Areia, PB, e-mail: wep@cca.ufpb.br
3Doutorando PPGA/CCA/UFPB, Areia, PB, e-mail: bezerra_ftc@yahoo.com.br
4PPGA/CCA/UFPB; pesquisador do INCTSal, Fortaleza, CE. E-mail: lofeca@cca.ufpb.br
Resumo
A adubação adequada favorece o equilíbrio nutricional das plantas, tornando-as mais resistentes aos estresses
ambientais. Nesse contexto, o objetivo deste experimento foi avaliar os efeitos da salinidade da água de irrigação sob
o substrato, a emergência de plântulas e a biomassa em mudas de maracujazeiro amarelo quando adubadas com
nitrogênio. O experimento foi conduzido em esquema fatorial 5 x 3, correspondendo à condutividade elétrica da água
de irrigação (0,3; 1,0; 2,0; 3,0 e; 4,0 dS m-1) e a adubação nitrogenada (sem adubação nitrogenada, com ureia e com
sulfato de amônio), distribuídos em blocos casualizados. No substrato avaliou-se o pH e a condutividade elétrica do
extrato de saturação e nas mudas de maracujazeiro amarelo, o índice de velocidade de emergência, percentual de
emergência, massa seca da raiz, massa seca da parte aérea e massa seca total. Os dados foram submetidos à análise de
variância. Os efeitos da condutividade elétrica da água de irrigação foram submetidos à análise de regressão e as
médias da adubação com nitrogênio foram comparadas pelo teste de Tukey. A interação entre a condutividade
elétrica da água de irrigação e a adubação nitrogenada foi significativa apenas para o acúmulo de biomassa. O
acréscimo da salinidade da água eleva a condutividade elétrica do extrato de saturação e reduz o pH do substrato, a
emergência de plântulas e o acúmulo de biomassa em mudas de maracujazeiro amarelo. O nitrogênio atenua os
efeitos negativos da condutividade elétrica da água de irrigação moderadamente salina sobre o acúmulo de biomassa
das mudas.
Palavras-chave: Passiflora edulis L., estresse salino, sulfato de amônio, ureia.
Abstract
Saline water and soil nitrogen fertilization on emergency and biomass of yellow passion fruit seedlings.
Adequate nutritional balance benefits the fertilization of the plants, making them more resistant to environmental
stresses. In this context, the objective of this experiment was to evaluate the effects of salinity of irrigation water on
the substrate, plantlet emergence and biomass in seedlings of yellow passion fruit when fertilized with nitrogen. The
experiment was conducted in a 5 x 3 factorial scheme, corresponding to electrical conductivities of irrigation water
(0.3, 1.0, 2.0, 3.0 and, 4.0 dS m-1) and nitrogen fertilization (without nitrogen fertilization, with urea and with
ammonium sulfate), distributed in a randomized block design. In the substrate it were evaluated the pH and electrical
conductivity of the saturation extract. Seedlings of yellow passion fruit were evaluated in the emergency speed index,
seedling emergence and dry matter weight of root, shoot and total. Data were subjected to analysis of variance. The
effects of the electrical conductivity of water irrigation were subjected to regression and the nitrogen fertilization
compared by Tukey test. The interaction between the electrical conductivity of irrigation water and nitrogen
fertilization was significant only for biomass accumulation. The increase in salinity of the irrigation water increases
the electrical conductivity of the saturation extract and reduces the pH of the substrate, the plantlet emergence and
biomass accumulation in yellow passion fruit seedlings. Nitrogen mitigates the negative effects of the electric
conductivity of moderately saline irrigation on the biomass accumulation of seedlings.
Key words: Passiflora edulis L., salt stress, ammonium sulfate, urea.
Bezerra et al. 2014
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Introdução
A qualidade da água para fins
agrícolas obedece a uma classificação,
determinada pela concentração de alguns
íons, tais como o sódio, potássio, cloreto e
sulfato, além de outros parâmetros, como
sólidos dissolvidos e a condutividade
elétrica (Barroso et al., 2011). De acordo
com Ayers e Westcot (1999), o grau de
restrição do uso da água de irrigação quanto
à condutividade elétrica (CEa) é
classificada como de nenhuma (CEa < 0,7
dS m-1), ligeira e moderada (0,7 dS m-1 >
CEa > 3,0 dS m-1) e severa (CEa > 3,0 dS
m-1). Quanto aos efeitos dos sais às
plantas, algumas culturas produzem
rendimentos aceitáveis em elevados níveis
de salinidade e outras são sensíveis à baixa
salinidade. Esta diferença se deve à maior
capacidade de ajustamento osmótico de
algumas culturas sobre outras, o que as
permite absorverem mesmo em condições
de salinidade, maiores volumes de água
(Ayers e Westcot, 1999). Em geral, a
salinidade reduz o crescimento das plantas
inicialmente devido aos efeitos osmóticos,
causando deficiência hídrica, seguida pelos
efeitos do excesso de íons e, por fim,
prejudicando o balanço da absorção de
nutrientes essenciais (Dias e Blanco, 2010;
Patel et al., 2010; Marschner, 2012).
O maracujazeiro amarelo, como
diversas outras frutíferas, é considerado
uma cultura sensível à salinidade (Ayers e
Westcot, 1999). No estudo de mudas de
maracujazeiro diversos trabalhos
observaram redução no crescimento devido
às altas concentrações de sais (Cavalcante
et al., 2009; Ribeiro et al., 2013). Segundo
Constantino et al. (2010), o método de
produção de mudas pode comprometer a
sobrevivência, o crescimento e o
rendimento das plantas. Pelo exposto, o
sucesso de um empreendimento agrícola
com espécies de fruteiras tropicais é muito
dependente da qualidade biológica das
sementes ou das mudas utilizadas (Falcão
Neto et al., 2011), visto que influencia
diretamente no desempenho vegetativo e
produtivo das plantas (Echer et al., 2006).
Assim como a qualidade do
material biológico utilizado, o estado
nutricional das plantas também constitui
parâmetro de expressiva importância no
estudo da tolerância das plantas à salinidade
(Dias e Blanco, 2010). Para os respectivos
autores, plantas adequadamente nutrida
toleram mais à ação da salinidade do que as
desequilibradas nutricionalmente, se
fazendo necessário um manejo adequado de
adubação para que seja possível uma
convivência com a salinidade, com o
mínimo de perdas no rendimento das
culturas.
Alguns estudos vêm apresentando
resultados da adubação nitrogenada em
plantas submetidas ao estresse salino.
Feijão et al. (2011) observaram atenuação
do estresse salino com a aplicação de
nitrogênio e, Blanco e Folegatti (2008)
observaram que o efeito do nitrogênio está
associada ao nível salino adotado. Melo et
al. (2011), ao avaliarem a
evapotranspiração e a produção de melão
sob estresse salino e adubação nitrogenada,
obtiveram respostas significativas do
nitrogênio apenas nos menores níveis de
salinidade da água. Enquanto Nobre et al.
(2013), com a cultura da mamoneira,
verificaram que a partir de 0,4 dS m-1 da
condutividade elétrica da água de irrigação
efeito negativo no crescimento e produção,
minimizado pela aplicação de nitrogênio.
Diante do exposto, o trabalho teve
como objetivo avaliar os efeitos da
salinidade da água de irrigação sob o
substrato, a emergência de plântulas e a
biomassa em mudas de maracujazeiro
amarelo quando adubadas com nitrogênio.
Material e métodos
A pesquisa foi realizada no período
de setembro a dezembro de 2013 em abrigo
telado do Departamento de Solos e
Engenharia Rural (DSER), do Centro de
Ciências Agrárias (CCA) - Campus II - da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB),
no município de Areia-PB. As sementes de
maracujá amarelo (cultivar local),
conhecida como guinezinho, foram obtidas
de um pomar comercial localizado no
município de Nova Floresta-PB.
O substrato utilizado consistiu do
material coletado na camada de 0-20 cm de
Água salina e nitrogênio na emergência e biomassa de mudas de maracujazeiro amarelo
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profundidade do perfil de um Latossolo
Vermelho-Amarelo (EMBRAPA, 2013), da
Estaç
CCA/UFPB, localizada no município de
Areia-PB. Após coletado, o material do
solo foi destorroado, homogeneizado,
colocado para secar ao ar e à sombra e
passado na peneira de malha de 2 mm, em
seguida foi analisado quanto aos atributos
químicos e físicos (Tabela 1), conforme
metodologias contidas em Embrapa (2011).
Tabela 1. Caracterização quanto aos atributos químicos (fertilidade e salinidade) e físicos do
substrato utilizado para a produção de mudas de maracujazeiro amarelo, Areia-PB.
Atributos Químicos
Atributos físicos
Fertilidade
Salinidade
pH em água (1:2,5)
4,90
pHes
6,41
Areia (g kg-1)
552
CE, solo-água (dS m-1)
0,05
CEes (dS m-1)
1,05
Silte (g kg-1)
101
Ca2+ (cmolc kg-1)
1,58
Ca2+ (mmolc L-1)
3,58
Argila (g kg-1)
347
Mg2+ (cmolc kg-1)
2,36
Mg2+ (mmolc L-1)
3,54
Ds (kg dm-3)
1,11
K+ (cmolc kg-1)
0,03
K+ (mmolc L-1)
1,13
Dp (kg dm-3)
2,67
Na+ (cmolc kg-1)
0,09
Na+ (mmolc L-1)
2,18
Porosidade (m3 m-3)
0,59
SB (cmolc kg-1)
4,06
SO42- (mmolc L-1)
0,72
Umidade natural (%)
Al3+ (cmolc kg-1)
0,80
CO32- (mmolc L-1)
0,00
0,33 atm
23,00
H++Al3+ (cmolc kg-1)
7,83
HCO3- (mmolc L-1)
0,50
15,00 atm
14,65
CTC (cmolc kg-1)
11,89
Cl- (mmolc L-1)
9,17
Água disponível (%)
8,35
V (%)
34,15
RAS (mmol L-1)1/2
1,16
Classe textural
Franco
P (mg dm-3)
13,50
PST (%)
0,75
Argilo
M.O. (g kg-1)
17,00
Arenosa
CEes = condutividade elétrica do extrato de saturação; SB = soma de bases trocáveis, SB = Ca2+ + Mg2+ +
K+ + Na+; CTC = capacidade de troca de cátions, CTC = SB + (H+ + Al3+); V = saturação por bases, V =
(SB/CTC)*100; M.O. = matéria orgânica; RAS = razão de adsorção de sódio, RAS =
Na+{[(Ca2++Mg2+)/2]1/2}-1; PST percentagem de sódio trocável, PST = (Na+/CTC)*100; Ds =
densidade do solo; Dp = densidade da partícula.
Os tratamentos foram arranjados
em esquema fatorial 5 x 3, correspondendo
a cinco níveis de condutividade elétrica da
água de irrigação (0,3; 1,0; 2,0; 3,0 e; 4,0
dS m-1) e adubação nitrogenada (sem
adubação nitrogenada e com nitrogênio nas
formas de ureia e sulfato de amônio). Os
tratamentos foram aplicados no
delineamento de blocos casualizados, com
quatro repetições, sendo que cada unidade
experimental foi constituída por três tubetes
de polietileno preto com capacidade
volumétrica de 0,65 dm-3, com uma muda
cada. Em cada tubete foram semeadas
quatro sementes a uma profundidade de
aproximadamente 2 cm e, após a
emergência e estabilização das plântulas, 35
dias após a semeadura, realizou-se o
desbaste, mantendo apenas a plântula mais
vigorosa.
As mudas foram irrigadas
diariamente conforme cada condutividade
elétrica. Para a obtenção dos níveis salinos
foram acrescentados na água de irrigação de
abastecimento os sais de cloreto de sódio
(NaCl), cloreto de cálcio (CaCl2.H2O) e
cloreto de magnésio (MgCl2.6H2O) na
proporção de 7:2:1 g L-1, respectivamente.
Essa relação foi baseada nas proporções dos
respectivos sais nas águas de maior
condutividade elétrica do cristalino do
Nordeste Brasileiro (Silva Júnior et al.,
1999). A adubação básica consistiu na
aplicação de 300 mg dm-3 de P2O5 na forma
de superfosfato simples e 150 mg dm-3 de
K2O oriundo do cloreto de potássio. Para os
tratamentos que receberam adubação
nitrogenada, aplicaram-se 150 mg dm-3 de
nitrogênio via água de irrigação, parcelado
em três aplicações de 50 mg fornecidas 48
horas antes da semeadura, aos 42 e 57 dias
após a semeadura.
Durante a condução do experimento
foram registrados, diariamente no interior
do ambiente protegido, os dados de
temperatura e umidade relativa do ar com
Data Logger®, modelo HT-500. As médias
diárias de cada respectiva variável (Figura
1) foram calculadas a partir da média dos
valores de máxima e mínima. A
temperatura média do ar variou de 25,5 °C
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a 32,1 °C, com média de 29,1 ± 1,2 °C e a
umidade média do ar entre 58,9% a 74,1%, com média de 64,5 ± 3,3%.
10
20
30
40
50
60
70
80
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
151821242730 3 6 9 1215 18 21 24 27 30 2 5 8 11 14 17 20 23 26 29 2
Setembro Outubro Novembro Dezembro
Temperatura do ar (C)
Umidade relativa do ar (%)
2013
Figura 1. Valores médios de temperatura (____) e umidade relativa (----) do ar no ambiente
protegido onde foi desenvolvido o experimento para a formação de mudas de
maracujazeiro amarelo, Areia-PB.
As variáveis analisadas no substrato
após a produção das mudas foram potencial
hidrogeniônico (pHes) e a condutividade
elétrica (CEes) do extrato de saturação
(Richards, 1954).
Nas mudas de maracujazeiro
amarelo foram avaliados o índice de
velocidade de emergência (IVE), calculado
conforme Maguire (1962), a partir dos
dados diários de emergência das plântulas,
iniciada aos 12 dias após a semeadura até a
estabilização ocorrida aos 28 dias;
percentual de emergência (E), pela relação
entre o número de plântulas emergidas e o
número de sementes semeadas. Aos 80 dias
após a semeadura, época em que as mudas
apresentavam condições de transplantio,
foram avaliadas as massas da matéria seca
da raiz (MMSR), da parte aérea (MMSPA,
correspondentes a soma de folhas mais
caules) e, total (MMST, referente a soma de
raiz mais parte aérea).
Os dados foram submetidos à
análise de variância, em que os efeitos da
adubação nitrogenada foram comparados
pelo teste de Tukey ( ) e os da
condutividade elétrica da água de irrigação
por regressão utilizando o teste F ()
para se verificar o ajuste aos modelos,
empregando o software SAS 9.3 (SAS,
2011).
Resultados e discussão
A interação entre a salinidade das
águas e as fontes de nitrogênio não exerceu
efeitos significativos (F = 0,99; p = 0,4647)
sobre o pH do substrato ao final do
experimento, mas a respectiva variável
respondeu significativamente aos efeitos
isolados da salinidade das águas de
irrigação (F = 3,09; p = 0,0315) e da
adubação nitrogenada (F = 6,06; p =
0,0065).
No substrato sem adubação
nitrogenada o potencial hidrogeniônico foi
reduzido de 5,5 para 4,6 indicando uma
redução de 16,4% com a elevação da
salinidade da água de irrigação de 0,3 dS m-
1 para 4,0 dS m-1 (Figura 2). Nos
tratamentos com ureia e sulfato de amônio
obtiveram-se os respectivos valores médios
5,3 e 4,8, que diferiram entre si, mas não
diferiram do valor médio referente ao solo
sem nitrogênio (pH = 5,1).
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4,4
4,6
4,8
5,0
5,2
5,4
5,6
5,8
6,0
0,3
1,0
2,0
3,0
4,0
___ Sem N ()
..... Ureia ()
--- S. amônio ()
pHes
) = 5,56 - 0,2432**x
R2= 0,68
) = 5,34
) = 4,81
Condutividade elétrica da água (dS m-1)
**: significativo a 1% pelo teste F.
Figura 2. Potencial hidrogeniônico do extrato de
saturação (pHes) do substrato aos 80 dias após a
semeadura do maracujazeiro amarelo sob o efeito
da adubação nitrogenada e em função da
condutividade elétrica da água de irrigação,
Areia-PB.
De acordo com Meurer (2012), a
acidez do solo, expressa pelo índice pH,
reflete a concentração de prótons na solução
do solo, e o aumento da concentração desse
íon H+ reduz o pH. Dessa forma, a redução
do pH durante a formação das mudas de
maracujazeiro amarelo está relacionada à
dessorção dos prótons, pois a água de
irrigação enriquecida com os cloretos de
sódio, cálcio e magnésio possuem maior
raio de hidratação que H+, promovendo a
dissociação deste elemento (Meurer, 2012).
A fonte de nitrogênio também interferiu no
pH, no caso a ureia, que possui maior índice
salino em relação ao
9,3%), mas quando se equivalem os níveis
de nitrogênio, o índice salino do sulfato de
amônio supera o da ureia em 101,1%
(Ayers e Westcot, 1999).
Durante a absorção de nutrientes
pelas plantas também existem alterações no
pH do solo, ocorrendo liberação de prótons
na absorção de amônio (NH4+) enquanto
que na absorção de nitrato (NO3-), prótons
são absorvidos (Marschner, 2012) pelo
processo de cotransporte (Prado, 2008).
Carmona et al. (2012), avaliando a
dinâmica do nitrogênio em cultivo de arroz
irrigado observaram que a redução do pH
do solo correlacionou-se positivamente com
a diminuição dos teores de NH4+.
Estudando fontes e doses de nitrogênio,
Costa et al. (2008) e Sousa e Silva (2009)
observaram que o pH do solo foi reduzido
com o aumento da dose de nitrogênio, com
maior acidificação ao aplicar o sulfato de
amônio em detrimento da ureia.
A interação entre os fatores
estudados, assim como no pH, também não
interferiu (F = 1,15; p = 0,3648), na
condutividade elétrica do extrato de
saturação do substrato. Por outro lado,
registraram-se efeitos significativos para a
condutividade elétrica da água de irrigação
e não significativo
para a adubação nitrogenada (F = 2,12; p =
0,1393). Inicialmente o substrato foi
caracterizado como não salino, 1,05 dS m-1
(Tabela 1), após a formação das mudas de
maracujá amarelo verificou-se que a água
de irrigação elevou a condutividade elétrica
do substrato para 2,3 dS m-1 e 19,5 dS m-1,
quando irrigados com água de 0,3 dS m-1 e
4,0 dS m-1, respectivamente, representando
acréscimo de 747,8% entre o uso da água
de menor e de maior salinidade (Figura 3).
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0
3
6
9
12
15
18
21
0,3
1,0
2,0
3,0
4,0
Condutividade elétrica da água (dS m-1)
CEes (dS m-1)
-0,4155*x
R2= 0,99
** e *: significativo a 1 e 5% pelo teste F, respectivamente.
Figura 3. Condutividade elétrica do extrato de saturação
(CEes) do substrato, aos 80 dias após a semeadura do
maracujazeiro amarelo, em função da condutividade
elétrica da água de irrigação, Areia-PB.
De acordo com Ayers e Westcot
(1999), o grau de restrição do uso da água
de irrigação quanto à condutividade elétrica
é classificada como de nenhuma (CEa < 0,7
dS m-1), ligeira a moderada (0,7 dS m-1 <
CEa < 3,0 dS m-1) e severa (CEa > 3,0 dS
m-1). Observa-se que o uso da água de 0,57
dS m-1 a 1,1 dS m-1 elevou o substrato ao
m-1) (EMBRAPA, 2013). Essa maior
intensidade de salinização pode ser
atribuída à salinidade da água, ao baixo
volume do recipiente, como também
observado por Sousa et al. (2008). Esses
resultados evidenciam que a elevação
quantidade de sais dissolvidos na água de
irrigação proporciona acréscimo da
condutividade elétrica do extrato de
saturação do solo na formação de mudas de
maracujazeiro (Sousa et al., 2008;
Cavalcante et al., 2009; Ribeiro et al.,
2013). O índice de velocidade de
emergência (F = 1,11; p = 0,3777) e a
emergência de plântulas (F = 0,69; p =
0,7009) não sofreram interferências
significativas da interação entre a salinidade
da água e a adubação nitrogenada.
Ao avaliar os efeitos isoladamente,
observou-se que a adubação nitrogenada
não interferiu (F = 1,51; p = 0,2318), mas a
condutividade elétrica da água de irrigação
exerceu efeito significativo (F =
0,0001) no índice de velocidade de
emergência (IVE). Pelos resultados, pode-
se verificar uma redução de 65,4% no IVE
com a elevação da condutividade elétrica da
água de irrigação de 0,3 dS m-1 para 4,0
dS m-1 (Figura 4A). Comportamento
semelhante foi verificado para a
percentagem de emergência do
maracujazeiro amarelo, sendo a adubação
nitrogenada não significativa (F = 1,13; p =
0,3329) e a condutividade elétrica da água
de irrigação significativa (
0,0001), com redução de 86,2 para 32,6%
devido ao uso da água de menor e maior
salinidade, respectivamente (Figura 4B).
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** e *: significativo a 1 e 5% pelo teste F, respectivamente.
Figura 4. Índice de velocidade de emergência IVE (A) e percentual de emergência (B) de
plântulas de maracujazeiro amarelo, em função da condutividade elétrica da água de
irrigação, Areia-PB.
O processo germinativo das
sementes de maracujá amarelo segue o
padrão trifásico, caracterizado pela rápida
absorção de água nas fases I e III (Ferrari et
al., 2007) e a deficiência de água inibe a
germinação das sementes e
consequentemente se reflete na ausência ou
redução de emergência de plântulas. O
aumento da salinidade além de reduzir o
potencial hídrico (Marschner, 2012),
dificulta a absorção de água e nutrientes,
além de causar efeitos tóxicos às plantas
(Dias e Blanco, 2010; Cavalcante et al.,
2010). Para o acúmulo de biomassa em
mudas de maracujazeiro amarelo, a
interação entre a condutividade elétrica da
água de irrigação e a adubação nitrogenada
foi significativa para as raízes (F = 18,43; p
), parte aérea (
0,0001) e, consequentemente para o valor
total . Pelos
resultados, o acréscimo da condutividade
elétrica da água de irrigação de 0,3 dS m-1
para 4,0 dS m-1 acarretou em redução na
massa da matéria seca das mudas de
maracujá amarelo em 80%, 91,1% e 83,7%
nas raízes (Figura 5A), 54,3%, 94,0% e
83,5% na parte aérea (Figura 5B) e, 64,1%,
93,2% e 83,3% total (Figura 5C) quando
não adubadas, adubadas com ureia e com
sulfato de amônio, respectivamente. Porém,
a adubação nitrogenada, independentemente
da fonte, favoreceu o acúmulo de biomassa,
tanto no sistema radicular como na parte
aérea, quando irrigadas com água de 0,3 dS
m-1 e 1,0 dS m-1, sendo nulo o efeito do
nitrogênio sob os níveis de salinidade de
2,0, 3,0 e 4,0 dS m-1.
O efeito negativo da salinidade na
produção de massa da matéria seca das
mudas de maracujá também foi observado
por Cavalcante et al. (2009) e Ribeiro et al.
(2013). O excesso de sais reduz o potencial
osmótico da água no solo causando
inicialmente estresse hídrico às plantas,
além da elevada absorção e acumulação de
sais ocorrendo toxicidade (Dias e Blanco,
2010; Silveira et al., 2010), provocando
desbalanço nutricional (Garcia et al., 2007)
e redução da taxa de assimilação líquida
(Gurgel et al., 2003).
Avaliando a adubação nitrogenada
em mudas de maracujá, Almeida et al.
(2006) e Souza et al. (2007), também
constataram que o nitrogênio favoreceu o
acúmulo de biomassa. Pois, a
disponibilidade de nitrogênio constitui fator
decisivo para o crescimento das plantas
(Marschner, 2012). Sendo que a salinidade
pode inibir o aproveitamento do nitrogênio
pelas plantas. A fertilização nitrogenada
além de promover o crescimento das
plantas pode também reduzir o efeito da
salinidade sobre os vegetais (Flores et al.,
2001).
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,3
1,0
2,0
3,0
4,0
A
IVE
- 0,0716**x + 0,006*x2
R2= 0,90
Condutividade elétrica da água (dS m-1)
20
30
40
50
60
70
80
90
0,3
1,0
2,0
3,0
4,0
B
Condutividade elétrica da água (dS m-1)
Emergência (%)
-14,482**x
R2= 0,92
Bezerra et al. 2014
Revista AGROTEC – v. 35, n. 1, p 150–160, 2014
157
** e *: significativo a 1 e 5% pelo teste F, respectivamente.
Figura 5. Massa da matéria seca da raiz MMSR (A), da
parte aérea MMSPA (B) e total MMST (C) de mudas
de maracujazeiro amarelo aos 80 dias após a semeadura
sob o efeito da adubação nitrogenada e em função da
condutividade elétrica da água de irrigação, Areia-PB.
0,0
0,4
0,8
1,2
1,6
2,0
A
MMSR (g)
) = 0,53 - 0,1084**x
R2= 0,97
) = 1,29 - 0,5816**x + 0,0711**x2
R2= 0,99
) = 1,15 -0,5919**x + 0,0858**x2
R2= 0,99
___ Sem N ()
..... Ureia ()
--- S. amônio ()
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
B
MMSPA (g)
) = 0,96 - 0,1355**x
R2= 0,93
) = 3,36 - 1,2206**x + 0,1064*x2
R2= 0,99
) = 2,93 -1,1548**x + 0,1325**x2
R2= 0,99
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
0,3
1,0
2,0
3,0
4,0
C
MMST (g)
) = 1,49 - 0,2432**x
R2= 0,95
Condutividade elétrica da água (dS m-1)
) = 4,65 - 1,8022**x + 0,1775**x2
R2= 0,99
) = 4,09 -1,7467**x + 0,2183**x2
R2= 0,99
Água salina e nitrogênio na emergência e biomassa de mudas de maracujazeiro amarelo
Revista AGROTEC – v. 35, n. 1, p 150–160, 2014
158
Conclusões
A salinidade da água eleva o caráter
do substrato de não salino para sálico, com
maior incremento no solo com sulfato de
amônio, comprometendo a emergência das
plântulas e o acúmulo de biomassa pelas
mudas de maracujazeiro amarelo;
A interação entre a condutividade
elétrica da água de irrigação e a adubação
nitrogenada exerce efeito significativo na
biomassa de mudas de maracujazeiro
amarelo, sendo que o nitrogênio atenua os
efeitos negativos da salinidade da água de
irrigação moderadamente salina.
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