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The implementation of a hospital's fall management protocol: Results of a four-year follow-up

Authors:
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Abstract

Inpatient falls are common occurrences with negative effects for patients and institutions. The objective of this descriptive study was to present the results of a fall management protocol used in a private hospital located in São Paulo, Brazil. Follow-up consisted of reviewing the fall rates and performing a descriptive analysis of the data. Subjects were the patients admitted between 2005 and 2008, accounting for 284 falls in 207,067 patient-days. The rates showed a monthly variability, with reductions following the implementation of interventions and rises in rates after management actions and training. In 2008, falls were more frequent among patients in clinical units of greater complexity - the elderly - using drugs that affected the central nervous system or having an impaired gait. The performed actions caused a reduction in fall rates, and the characterization of the events permitted staff to redirect interventions focusing on patients who were more susceptible to falls, as well as strengthen educational actions.
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Implantação de um protocolo para gerenciamento de quedas
em hospital: resultados de quatro anos de seguimento
Correa AD, Marques IAB, Martinez MC, Laurino PS,
Leão ER, Chimentão DMN
Rev Esc Enferm USP
2012; 46(1):67-74
www.ee.usp.br/reeusp/
RESUMO
Quedas em pacientes hospitalizados são
eventos frequentes com efeitos negavos
para pacientes e instuições. Este estudo
descrivo objevou apresentar os resulta-
dos de um protocolo de gerenciamento de
quedas implantado em um hospital privado
na cidade de São Paulo, Brasil. O seguimento
foi feito por meio do índice de quedas e foi
feita uma análise descriva dos dados. Fo-
ram incluídos os pacientes internados entre
2005 e 2008, representando 284 quedas em
207.067 pacientes-dia. O índice apresentou
variabilidade mensal, com diminuições sub-
sequentes à implantação das intervenções
e elevações após ações gerenciais e treina-
mentos. Em 2008, as quedas foram mais
frequentes entre os pacientes de unidades
clínicas de maior complexidade – idosos –
fazendo uso de medicamentos que alteram
o sistema nervoso central ou com diculda-
de de marcha. As ações realizadas reeram
no índice de quedas e a caracterização dos
eventos permiu redirecionar intervenções
voltadas aos pacientes mais suscepveis e
ao reforço das ações educacionais.
DESCRITORES
Pacientes internados
Acidentes por quedas
Gerenciamento de segurança
Qualidade da assistência à saúde
Serviço hospitalar de enfermagem
Implantação de um protocolo para
gerenciamento de quedas em hospital:
resultados de quatro anos de seguimento
Artigo originAl
ABSTRACT
Inpaent falls are common occurrences
with negave eects for paents and in-
stuons. The objecve of this descrip-
ve study was to present the results of a
fall management protocol used in a pri-
vate hospital located in São Paulo, Brazil.
Follow-up consisted of reviewing the fall
rates and performing a descripve analysis
of the data. Subjects were the paents ad-
mied between 2005 and 2008, account-
ing for 284 falls in 207,067 paent-days.
The rates showed a monthly variability,
with reducons following the implementa-
on of intervenons and rises in rates aer
management acons and training. In 2008,
falls were more frequent among paents in
clinical units of greater complexity – the el-
derly – using drugs that aected the central
nervous system or having an impaired gait.
The performed acons caused a reducon
in fall rates, and the characterizaon of the
events permied sta to redirect interven-
ons focusing on paents who were more
suscepble to falls, as well as strengthen
educaonal acons.
DESCRIPTORS
Inpaents
Accidental falls
Safety management
Quality of health care
Nursing service, hospital
RESUMEN
Las caídas en pacientes hospitalizados son
eventos frecuentes con efectos negavos
para pacientes e instuciones. Estudio des-
cripvo que objevó presentar los resultados
de un protocolo de gerenciamiento de caídas
implantado en hospital privado de São Pau-
lo, Brasil. El seguimiento se realizó mediante
índice de caídas y se efectuó análisis descrip-
vo de datos. Se incluyeron los pacientes
internados entre 2005 y 2008, representán-
dose 284 caídas en 207.067 pacientes-día.
El índice presentó variabilidad mensual, con
disminuciones derivadas a implantación de
intervenciones y elevaciones posteriores a
acciones gerenciales y entrenamientos. En
2008, las caídas incrementaron frecuencia
entre pacientes de unidades clínicas de ma-
yor complejidad – ancianos ulizando me-
dicamentos que alteran el Sistema Nervioso
Central o con dicultad de marcha. Las ac-
ciones realizadas se reejaron en el índice de
caídas y la caracterización de eventos permi-
ó reencaminar intervenciones orientadas a
los pacientes más suscepbles y al refuerzo
de las acciones educavas.
DESCRIPTORES
Pacientes internados
Accidentes por caídas
Administración de la seguridad
Calidad de la atención de salud
Servicio de enfermería en hospital
Arlete Duarte Correa1, Igênia Augusta Braga Marques2, Maria Carmen Martinez3, Patrícia Santesso
Laurino4, Eliseth Ribeiro Leão5, Denise Maria Nascimento Chimentão6
THE IMPLEMENTATION OF A HOSPITAL’S FALL MANAGEMENT PROTOCOL: RESULTS
OF A FOUR-YEAR FOLLOW-UP
IMPLANTACIÓN DE UN PROTOCOLO PARA GERENCIAMIENTO DE CAÍDAS EN
HOSPITAL: RESULTADOS DE CUATRO AÑOS DE SEGUIMIENTO
1 Enfermeira. Especialista em Administração Hospitalar. Especialista em Gestão Empresarial para Enfermeiros. Especialista em Centro Cirúrgico,
Recuperação Pós-Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Enfermeira Supervisora do Hospital Samaritano de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.
arlete.correa@samaritano.org.br 2 Enfermeira. Especialista em Pediatria e Puericultura. Especialista em Administração Hospitalar. Especialista
em Educação em Saúde Pública. Enfermeira Encarregada do Pronto-Socorro Infantil do Hospital Samaritano de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.
igenia.marques@samaritano.org.br 3 Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Saúde Pública. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Mestre em Saúde
Ambiental. Doutora em Epidemiologia. Coordenadora do Núcleo de Epidemiologia do Hospital Samaritano de São Paulo. Orientadora Credenciada do Programa de
Pós-Graduação do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. maria.martinez@samaritano.org.br 4 Enfermeira.
Especialista em Administração Hospitalar. Especialista em Gerenciamento dos Serviços de Enfermagem. Assessora do Aprimoramento e Desenvolvimento
do Hospital Samaritano de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. patricia.laurino@samaritano.org.br 5 Mestre em Enfermagem em Saúde do Adulto. Doutora
em Enfermagem. Pós-Doutorada em Música e Saúde. Coordenadora de Ensino e Pesquisa do Hospital Samaritano de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.
eliseth.leao@samaritano.org.br 6 Enfermeira Clínica Pediátrica. Especialista em Enfermagem de Saúde Pública. Especialista em Enfermagem do Trabalho.
Enfermeira Encarregada da Unidade Pediátrica do Hospital Samaritano de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. denise.chimentao@samaritano.org.br
Recebido: 14/05/2010
Aprovado: 13/04/2011
Português / Inglês
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Implantação de um protocolo para gerenciamento de quedas
em hospital: resultados de quatro anos de seguimento
Correa AD, Marques IAB, Martinez MC, Laurino PS,
Leão ER, Chimentão DMN
INTRODUÇÃO
Para a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontolo-
gia, queda
é o deslocamento não intencional do corpo para um nível
inferior à posição inicial, com incapacidade de correção
em tempo hábil, provocado por circunstâncias multifato-
riais que comprometem a estabilidade(1).
Essa denição é compavel com a de erro enquanto
falha de uma ação planejada para ser concluída conforme
o previsto(2).
Quedas em hospitais são comuns, apontadas como
responsáveis por dois em cada cinco eventos indesejáveis
relacionados à segurança do paciente(3). A frequência va-
ria em função de caracteríscas dos pacientes e da ins-
tuição, com índices que vão de 1,4 a 13,0
quedas para cada 1000 pacientes-dia(3-6). As
lesões decorrentes de quedas ocorrem en-
tre 15% a 50% dos eventos, resultando em
grande variedade de danos(3-6), como síndro-
me pós-queda, aumento da comorbidade e
compromemento da recuperação, aumen-
to do tempo de hospitalização e dos custos
assistenciais, ansiedade da equipe assisten-
cial e perda da conança na instuição e
processos legais(3-5,7-8).
Questões relavas à qualidade e segu-
rança da assistência ganharam relevância
no bojo dos programas de acreditação de
qualidade. Esses programas propõem a
adequação dos processos a um conjunto
de padrões que visa garanr a segurança,
qualidade e melhora do desempenho hos-
pitalar(9-10). O gerenciamento e a ocorrência
de quedas vinculam-se a questões de se-
gurança e qualidade, sendo indicavos dos
processos assistenciais, em especial, da as-
sistência de enfermagem(2,7,10-11).
Os protocolos são ferramentas que contribuem para a
sistemazação da assistência de enfermagem, favorecen-
do a melhoria dos processos na busca pela excelência do
cuidado(2,12). Esforços vêm sendo feitos no sendo de iden-
car as melhores prácas e estabelecer protocolos para
o gerenciamento de queda que sejam ecazes no controle
de riscos, prevenção do evento e redução de suas conse-
quências(2-3,8). Apesar da relevância do problema e da exis-
tência de instuições que vêm desenvolvendo protoco-
los para gerenciamento de quedas, ainda há carência da
apresentação dos resultados destas iniciavas.
Este estudo objeva apresentar os resultados de um
protocolo de gerenciamento de quedas implantado em
um hospital privado na cidade de São Paulo.
MÉTODO
Trata-se de um estudo descrivo, com base no segui-
mento de resultados que vai de janeiro de 2005 a dezem-
bro de 2008, abrangendo todos os pacientes das unidades
de internação de um hospital privado de alta complexida-
de, com capacidade para 200 leitos, na cidade de São Pau-
lo, com acreditação de sua qualidade pela Joint Commis-
sion InternaonalJCI. O protocolo para gerenciamento
de quedas está apresentado no Anexo e foi desenvolvido
em três etapas:
1) Pré-implantação – 07 a 12/2005:
a) Criação da Comissão de Quedas: a parr de julho
de 2005, foi proposta uma sistemáca de gestão do ris-
co de queda, integrada ao processo de acreditação pela
JCI. Foi formada uma Comissão de Quedas,
com composição muldisciplinar e forte re-
presentavidade da Enfermagem, a m de
possibilitar uma visão diversicada e abran-
gente, focada na segurança do paciente.
b) Levantamento em literatura: os mem-
bros da Comissão realizaram um levantamen-
to na literatura sobre o tema, visando atua-
lizar seus conhecimentos sobre as prácas
prevenvas e de controle de quedas, subsi-
diando as tomadas de decisão subsequentes.
c) Implantação de chas de nocação:
em janeiro de 2005, foi implantada uma -
cha para nocação contendo itens relavos
às caracteríscas, fatores de risco, consequ-
ências e condutas pernentes aos eventos.
A nocação foi denida como obrigatória
e os dados passaram a ser registrados em
uma planilha especíca, de modo a permir
análise estasca dos dados e, por consequ-
ência, obter um diagnósco correto quanto
à ocorrência de quedas.
d) Elaboração do 1º perl de quedas:
realizado no nal de 2005, com resultados direcionando
novas ações de intervenção.
2) Implantação – 01/2006 a 02/2007:
a) Elaboração de protocolo instucional: resultado de
diversas reuniões da Comissão de Quedas, que se baseou
em levantamento em literatura, nas caracteríscas da ins-
tuição, opiniões e percepções das equipes assistenciais e
no alinhamento com a políca de qualidade e segurança
assistencial da instuição.
b) Treinamento instucional: entre novembro e de-
zembro de 2006, foi realizado o primeiro treinamento di-
recionado a todos os colaboradores envolvidos com a as-
As lesões decorrentes
de quedas ocorrem
entre 15% a 50% dos
eventos, resultando em
grande variedade de
danos, como síndrome
pós-queda, aumento
da comorbidade e
comprometimento
da recuperação,
aumento do tempo de
hospitalização e dos
custos assistenciais,
ansiedade da equipe
assistencial, perda da
conança na instituição
e processos legais.
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sistência ao paciente. O treinamento visou o alinhamento
de conhecimentos quanto aos aspectos conceituais, téc-
nicos (avaliação de fatores de risco, ações prevenvas,
idencação do evento e adoção de conduta) e logíscos
(preenchimento e uxo da cha de nocação).
c) Ações complementares: adoção de equetas de
idencação de risco nos prontuários dos pacientes, re-
formulação da cha de nocação dos eventos, e inclusão
do diagnósco de risco individual para quedas na SAE
Sistemazação da Assistência de Enfermagem.
3) Manutenção – 03/2007 e em seguimento:
a) Ações voltadas à assistência: avaliação técnica de
novas camas; avaliação de soware para monitoramen-
to da movimentação do paciente; elaboração de material
educacional direcionado aos pacientes e acompanhantes;
novo treinamento da equipe de enfermagem e implanta-
ção de protetores de grades das camas, faixas de proteção
de pacientes, faixas anderrapantes e de cintos de segu-
rança nos carrinhos da brinquedoteca.
b) Ações voltadas à gestão do processo: reestruturação
da composição da Comissão de Quedas com incorporação
de farmacêuco, sioterapeuta, técnico de segurança do
trabalho e epidemiologista; auditorias semestrais para
avaliação da adesão ao protocolo; inclusão do protocolo
nos POP Procedimentos Operacionais Padrão relavos
ao processo de acreditação da qualidade.
c) Aperfeiçoamento do tratamento estasco dos da-
dos: nova revisão da rona para coleta e registro de dados
sobre os eventos, análise e monitoramento dos dados em
parceria com o Núcleo de Epidemiologia da instuição e
elaboração de relatórios técnico-gerenciais.
Para avaliação do protocolo, foram analisadas 284 que-
das (100%) ocorridas no período de 01/2005 a 12/2008.
O indicador ulizado foi o índice de quedas, que pondera
a ocorrência em função do tempo de exposição [(nº de
quedas/nº de paciente-dia)*1000], e foi monitorado a
parr de diagrama de controle po U (para índices com
variabilidade maior que 20% no denominador). Os limites
de alerta (variabilidade dos valores em torno das médias)
foram estabelecidos com base na série histórica, sendo
esperado que o indicador não ultrapassasse o primeiro li-
mite de alerta. Por m, foram descritas as caracteríscas
de eventos: caracteríscas do paciente, do evento, fatores
de risco, consequências e condutas decorrentes das que-
das. Para esta análise, optou-se por abranger os dados de
100% dos eventos (80 casos) ocorridos em 2008, pois re-
tratam as ocorrências mais recentes.
Foram ulizados os dados coletados pelas enfermeiras
encarregadas das unidades de internação ulizando a -
cha de nocação de eventos. Os dados foram digitados
em um aplicavo Access e contemplavam informações
sobre caracteríscas do paciente (idade, uso de medica-
mentos, caracteríscas clínicas, presença de disposivos
e história anterior de quedas), da ocorrência do evento
(unidade de internação, turno, local da ocorrência, altura
da queda, acompanhante e fatores ambientais), consequ-
ências e condutas necessárias. Também foram ulizados
dados secundários fornecidos pelo SAME – Serviço de Ar-
quivo Médico relavos à quandade de paciente-dia.
O estudo foi submedo e aprovado pelo Comitê de É-
ca em Pesquisa do Hospital Samaritano, com protocolo de
número 20/08 de 26/08/2008.
RESULTADOS
Índice de quedas
Entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008 ocorreram
284 quedas em um período de exposição de 207.067 pa-
cientes-dia, com média de 1,37 quedas/1.000 pacientes-
-dia. A Figura 1 mostra que o índice de quedas apresentou
grande variabilidade mensal, oscilando entre zero a 2,97
quedas/1.000 pacientes-dia. O índice ultrapassou os -
veis de alerta e de alerta superior em alguns meses e este-
ve abaixo da média em diversos períodos.
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
2005 2006 2007 2008
Índice
Índice Média Alerta Alerta superior Limite superior
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Jul
Jun
Mai
Abr
Mar
Fev
Jan
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Jul
Jun
Mai
Abr
Mar
Fev
Jan
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Jul
Jun
Mai
Abr
Mar
Fev
Jan
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Jul
Jun
Mai
Abr
Mar
Fev
Jan
Figura 1 – Distribuição do índice de quedas (1.000 pc-dia por mês) em pacientes internados segundo o ano e mês, Hospital Geral
Privado – São Paulo – 2005 a 2008
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em hospital: resultados de quatro anos de seguimento
Correa AD, Marques IAB, Martinez MC, Laurino PS,
Leão ER, Chimentão DMN
Tanto em 2005 como em 2006, o índice teve média de
1,12 quedas/1.000 pacientes-dia. Após a efeva implanta-
ção do protocolo, houve elevação dos valores e em 2007
e 2008 a média foi de, respecvamente, 1,77 e 1,45/1.000
pacientes-dia. Este período está representado na Figura 2,
com a indicação de ações desenvolvidas. A Figura mostra
que, em geral, ocorreu queda do índice subsequente à
implantação de ações de caráter assistencial, tais como a
idencação de risco no prontuário do paciente ou a im-
plantação de faixas de proteção do paciente. Após ações
de caráter administravo ou educacional, tais como a re-
visão da forma de nocação ou o treinamento da equipe
assistencial, ocorreu aumento do índice.
A
B, C
D
E
F
G
H
I, J
K
L
MNO
P
A-Identificação de etiquetas de identificação de risco
nos prontuários
B-Registro do diagnóstico de risco na sistematização
da Assistência de Enfermagem
C-Revisão da ficha de notificação de eventos
D-Reestruturação da Comissão de Quedas
E-Faixas de proteção dos pacientes
F-Revisão da metologia para coletaetratamento
estatístico dos dados
G-Protetores de grades de camas
H-Avaliação técnica de novas camas
I-Faixas antiderrapantes em pisos
J-Cintos de segurança na brinquedoteca
K-Oficialização do Protocolo coomo POP
L-Analiação de para monitoramento
de movimentação do paciente
M-Material educacional para para pacientes e
acompanhantes
N-1ª auditoria da adesão ao protocolo
O-Reciclagem da equipe de enfermagem
P-2ª auditoria da adesão ao protocolo
software
3,50
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Jul
Jun
Mai
Abr
Mar
Fev
Jan
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Jul
Jun
Mai
Abr
Mar
Fev
Jan
Índice
Caracterização dos eventos
De janeiro a dezembro de 2008, ocorreram 80 even-
tos com um índice de 1,45 quedas/1.000 pacientes-dia. As
unidades de internação com os maiores índices de queda
foram a Clínica, Neurológica e a Oncologia, respecva-
mente com 2,79; 2,77 e 2,41 quedas/1.000 pacientes-dia.
Nas demais unidades, o índice variou entre zero e 1,66
quedas/1.000 pacientes-dia.
As quedas ocorreram principalmente no turno no-
turno (41,3%) e os locais mais frequentes de ocorrência
foram o quarto (65,0% dos eventos) ou o banheiro do pa-
ciente (26,3% dos eventos). As quedas foram eminente-
mente da própria altura (56,3%) e, em menor proporção,
de poltronas (13,8%) ou camas (11,3%). Em 58,8% dos
eventos o paciente estava com acompanhante. No que diz
respeito às condições ambientais no momento da queda,
as mais frequentes foram presença de obstáculos (5,0%)
ou falta de apoio (5,0%). Na Tabela 1 observa-se que,
entre os casos de queda, os fatores de risco que veram
maior prevalência e maior índice de quedas foram o uso
de medicações alterando o sistema nervoso central, ter
mais de 60 anos e ter as diculdades na marcha.
Figura 2 – Distribuição do índice de quedas (1000 pc-dia por mês) em pacientes internados segundo ano, mês e ações de intervenção,
Hospital Geral Privado – São Paulo – 2005 a 2008
Fatores de risco NPercentual Índice$
Idade maior que 60 anos 53 66,3 0,96
Medicações alterandoosistema
nervoso central
52 65,0 0,95
Dificuldade de marcha 44 55,0 0,80
Distúrbio neurológico 25 31,3 0,45
Confusão/agitação/desorientação 23 28,8 0,42
Presença de dispositivos 18 22,5 0,33
Déficit sensitivo 17 21,3 0,31
Urgências intestinaiseurinárias 15 18,8 0,27
História de queda anterior 11 13,8 0,20
Outros fatores 911,3 0,16
Paciente pediátrico 6 7,5 0,11
ose aplica 11,3 0,02
Total* 274 -- --
Tabela 1 – Distribuição dos fatores de risco em pacientes inter-
nados e com queda, Hospital Geral Privado – São Paulo – 2008
* O total de fatores identicados é superior ao total de eventos ocorridos,
pois o mesmo paciente pode ter mais de um fator de risco.
$ Índice de quedas: [(nº de quedas / nº de pacientes-dia)*1000].
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Na Tabela 2, observa-se que 51,2% dos casos de que-
das apresentaram algum po de consequência, sendo que
as mais frequentes foram as escoriações (16,3%) e os he-
matomas (11,3%).
Uma das diculdades encontradas neste processo
esteve relacionada à implantação gradual das ações as-
sistenciais ao longo dos meses. A necessidade de estudo
de cada intervenção (consulta de literatura, avaliação de
medidas similares em outras instuições, testes piloto e
treinamento das equipes) impediu que as ações fossem
adotadas em bloco, o que possivelmente teria trazido re-
sultados mais precoces. Cabe lembrar que ações pontuais
são limitadas em si mesmas e que resultados favoráveis na
prevenção de quedas são obdos por meio do desenvolvi-
mento connuado de um conjunto de ações variadas e in-
tegradas, direcionadas aos pacientes e ao ambiente(1,2,13).
Outra diculdade esteve relacionada à nocação dos
eventos, com necessidade de reformulação da cha de
nocação, retardando a idencação do perl instu-
cional das quedas. Quanto às facilidades, o trabalho mul-
disciplinar levou a uma visão mais abrangente quanto
à determinação dos eventos e às formas de intervenção
prevenva ou correva.
O índice de quedas faz parte dos chamados indica-
dores sensíveis à enfermagem e dos indicadores de se-
gurança do paciente, considerados representavos de
estruturas e processos assistenciais, com impactos sobre
a qualidade e segurança para o paciente e para o am-
biente de trabalho(2,7,10-11). Os resultados mostram que o
indicador foi sensível às ações desenvolvidas. Ele apre-
sentou grande variabilidade mensal, oscilando de 0,00 a
2,97 quedas/1.000 pacientes-dia entre 2005 e 2008, com
média de 1,45 quedas/1.000 pacientes-dia neste úlmo
ano. Alguns aspectos podem inuenciar estes resultados.
Um aspecto é que a quandade relavamente pequena
de eventos permite grandes variações, fazendo com que
não haja estabilidade estasca nos dados. A par disso,
as quedas pontuais do índice, geralmente subsequentes à
implantação de ações de caráter assistencial, sugerem que
estas ações são efevas. Por outro lado, o comportamen-
to de elevação do índice após a implantação do protocolo
de intervenção pode não signicar um recrudescimento
na ocorrência de eventos, mas pode indicar uma melhoria
no sistema de busca ava e de nocação dos eventos,
reendo a adequação dos conceitos e prácas adotados.
Apesar da variabilidade mensal, os resultados deste es-
tudo podem parecer baixos, indicando qualidade assisten-
cial sasfatória. Estudos mostram variações no índice de
quedas que vão de 1,4 a 13,0 quedas/1000 pacientes-dia(3-7).
Estabelecer comparações entre instuições torna-se quase
inúl, uma vez que os resultados reetem tanto as estrutu-
ras e processos subjacentes à qualidade da assistência como
as caracteríscas dos pacientes e a metodologia para cole-
ta e análise dos dados. Optou-se, então, pela construção
da série histórica do indicador na própria instuição, com
monitoramento do índice de quedas por meio do diagra-
ma de controle, o que permiu idencar alterações para
mais ou para menos na incidência dos eventos, indicando os
momentos nos quais cabiam ações emergências e pontuais,
além daquelas estabelecidas como ronas prevenvas.
Percentual Índice$
39 48,8 0,71
13 16,3 0,24
911,3 0,16
8 10,0 0,15
8 10,0 0,15
4 5,0 0,07
3 3,8 0,05
2 2,5 0,04
2 2,5 0,04
1 1,3 0,02
Consequências
Sem consequência
Escoriações
Hematoma
Ferimento corto-contuso
Dor
Contusão
Outras
Equimose
Alteração de comportamento
Fratura
Total * 274 -- --
Tabela 2 – Distribuição das quedas ocorridas em pacientes in-
ternados segundo tipo de consequência, Hospital Geral Privado
– São Paulo – 2008
* O total de consequências é superior ao total de eventos ocorridos, pois o
mesmo paciente pode ter mais de uma consequência.
$ Índice de quedas: [(nº de quedas / nº de pacientes-dia)*1000]
Quanto às condutas necessárias, prevaleceram a ob-
servação (46,3%), a avaliação médica (36,3%), os exames
de imagem (20,0%), a avaliação por especialista (15,0%) e
a administração de medicamentos (10,0%). Com frequên-
cia relavamente pequena, ocorreram casos com neces-
sidade de sutura (6,3%) e transferência para UTI (1,3%),
indicando maior gravidade do evento.
DISCUSSÃO
Os protocolos são ferramentas que contribuem para
a sistemazação da assistência de enfermagem, favore-
cendo a melhoria dos processos na busca pela excelência
do cuidado(2,12). Esses protocolos, em geral, preconizam
medidas prevenvas, de forma a reduzir a probabilidade
da ocorrência e gravidade dos eventos, contribuindo para
racionalizar recursos e reduzir custos(2-3). Este estudo sus-
tenta que a elaboração do protocolo, com base em con-
sulta de literatura e trabalho muldisciplinar, possibilitou
o desenvolvimento de ações diversicadas, abrangentes e
embasadas ciencamente.
Embora o índice de quedas fosse monitorado desde
janeiro de 2005 pela enfermagem, a efeva adoção co-
mo indicador da qualidade e da segurança da assistência
ao paciente e a sistemazação de ações prevenvas e de
controle ocorreram no contexto instucional do pro-
cesso de acreditação da qualidade, mostrando que esta é
uma oportunidade estratégica para a enfermeira, visando
implantação e aprimoramento de medidas de gerenciais
e assistenciais.
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em hospital: resultados de quatro anos de seguimento
Correa AD, Marques IAB, Martinez MC, Laurino PS,
Leão ER, Chimentão DMN
A caracterização dos eventos ocorridos em 2008 per-
miu idencar alguns aspectos relevantes para o enten-
dimento da ocorrência das quedas na instuição. Um pri-
meiro aspecto é que o índice de quedas foi mais elevado
nas unidades de internação Clínica, Neurologia e Oncolo-
gia, onde os pacientes apresentam longo tempo de per-
manência, grande complexidade e idade elevada. Caracte-
ríscas da complexidade dos pacientes, das circunstâncias
e das avidades desenvolvidas podem contribuir para a
ocorrência das quedas(4).
A caracterização dos eventos mostrou que as quedas
ocorreram principalmente da própria altura, no turno da
noite, em quarto ou banheiro, muitas vezes com presença
de acompanhante e com deambulação do paciente sem
ulização das devidas medidas prevenvas, indicando a
necessidade de reforço das orientações de enfermagem
aos pacientes e acompanhantes. Estudo conduzido junto
a pacientes de um hospital de alta complexidade no Mis-
souri idencou maior ocorrência de quedas no período
da noite(14). De forma semelhante, em um hospital geral no
Reino Unido também foram idencados picos de incidên-
cia de quedas no período noturno e, além disso, a maioria
das quedas ocorreu no quarto (no entorno da cama), res-
pecvamente em 64,0 e 16,0% das vezes, mas raramente
ocorreram no banheiro(15). Outros estudos idencaram
que mais de 80,0% das quedas ocorreram no quarto e mais
de 10% no banheiro(4,14). Frequentemente (79,2 a 84,7% das
vezes) os pacientes estavam sós no momento da queda(4,14),
diferentemente dos pacientes deste estudo, que estavam
majoritariamente com seus acompanhantes.
A indicação limitada das condições ambientais no mo-
mento da queda sugere que as equipes de saúde estão
mais focadas nas condições clínicas e terapêucas, descui-
dando a relevância que questões ambientais podem ter
sobre a ocorrência de quedas e a evolução dos pacientes.
Os fatores de risco incluídos na cha de nocação de
eventos foram aqueles apontados em literatura como os
mais relevantes. Entre os casos de queda avaliados, os fa-
tores de risco que veram maior prevalência e maior índice
de quedas foram o uso de medicações alterando o sistema
nervoso central, ter mais que 60 anos e diculdades na mar-
cha. Estudos mostram que pacientes fazendo uso de medi-
camentos como benzodiazepínicos e sedavos ou hipnócos
veram maior chance para quedas do que os demais(14-16).
Diculdades de marcha também foram idencadas como
riscos para quedas em outros estudos(14,17). A idade é um dos
fatores de risco mais frequentemente apontado, em especial
em idosos em situação vulnerável(4,8,12,14,16).
Neste estudo, 51,2% das quedas veram algum po de
consequência, sendo que em 11,3% dos casos foram con-
sideradas consequências sérias. Estudos idencaram per-
centuais de danos sérios em 3,9 a 18,0% dos casos(4,6,14-15). As
condutas adotadas foram determinadas pelas caracteríscas
das consequências. Cabe relembrar que as quedas acarre-
tam consequências para o paciente e para os nanciadores
da assistência (operadoras de saúde ou outros) e para o hos-
pital, com prejuízo da imagem instucional. Assim, mesmo
os eventos de menor gravidade trazem prejuízos que nem
sempre podem ser traduzidos em números(3-5,7,18).
Os resultados deste estudo sugerem que determina-
das caracteríscas favorecem a ocorrência das quedas,
apontando situações nas quais a prevenção pode ser
intensicada: medidas visando garanr a adesão do pa-
ciente, acompanhante e equipe às ações prevenvas, me-
didas de busca ava visando aumento da nocação dos
eventos e medidas com foco ambiental. Com base nestes
resultados, novas ações foram indicadas para o hospital
de estudo, incluindo: realização de teste do produto an-
derrapante para pisos, instalação de lâmpadas com sen-
sores de presença nos banheiros, revisão do material edu-
cacional para a prevenção de quedas, novo treinamento
das equipes assistenciais e connuidade das auditorias
semestrais de adesão ao protocolo.
Embora os programas de prevenção de quedas sejam
recomendações internacionais visando à qualidade e se-
gurança da assistência prestada, as evidências não são
conclusivas sobre a efevidade deste po de programa.
Enquanto alguns estudos demonstram benecios dos pro-
gramas(5,13), outros estudos apontam a falta de resultados
conclusivos, principalmente em função da metodologia
dos estudos e das intervenções realizadas, apontando a
necessidade de pesquisas melhor conduzidas, estudos
clínicos randomizados, amostras de tamanho adequado e
inclusão de medidas de custo(6,18).
Como as medidas de intervenção ocorreram em todas
as unidades de internação da instuição, abrangendo to-
dos os pacientes internados, não foi possível a realização
de um estudo randomizado, com controle de variáveis
como idade ou complexidade clínica, de forma a permir
idencar o risco que cada fator representou em relação
ao evento. Cabe lembrar que pacientes de outras áreas
(Pronto-Socorro, Centro Cirúrgico, Serviços de Diagnós-
co e Terapia), também devem ser alvo de programas de
gestão de quedas. Apesar destas limitações, o estudo per-
miu descrever o comportamento do indicador de quedas
ao longo do tempo, com as diminuições subsequentes à
implantação de ações prevenvas, sugerindo boa efevi-
dade destas ações. Os resultados podem ser válidos para
hospitais com caracteríscas semelhantes a este, onde foi
realizado o estudo.
CONCLUSÃO
A elaboração do protocolo, com base em consulta de
literatura e trabalho muldisciplinar, possibilitou o de-
senvolvimento de ações diversicadas, abrangentes e
embasadas ciencamente. O índice de quedas reeu
as ações realizadas, apresentando elevações ou quedas
subsequentes às intervenções, o que auxiliou na avalia-
ção dos processos. A caracterização dos eventos ocorridos
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permiu redirecionar ações de intervenção, em especial
voltadas aos riscos de maior prevalência, além de indicar a
necessidade de reforço das orientações educacionais aos
clientes e à equipe assistencial. Esta experiência mostrou
que o uso de protocolos e de indicadores de avaliação são
ferramentas gerenciais importantes para o enfermeiro no
processo de melhoria da qualidade e da segurança na as-
sistência ao paciente.
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meta-analysis. J Am Geriatr Soc. 2008;56(1):29-36.
Agradecimentos
Aos membros da Comissão de Queda: Ariane Ferreira da Silva, Jaciara A. Pereira, Maria Fernanda Z. Ga,
Paula Crisna G. Abdalla, Sheila Pereira e Jorge de Jesus.
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em hospital: resultados de quatro anos de seguimento
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Leão ER, Chimentão DMN
Correspondência: Arlete Duarte Correa
Hospital Samaritano de S. Paulo - Gerência de Enfermagem
Rua Conselheiro Brotero, 1486 - Santa Cecília
CEP 01232-010 - São Paulo, SP, Brasil
Anexo - Protocolo Institucional de Prevenção e Controle de Quedas, Hospital Geral Privado - São Paulo, 2006
FATORES QUE PREDISPÕEM O RISCO PARA QUEDA:
Alteração do estado mental (confusão ou agitação), distúrbio neurológico, prejuízo do equilíbrio ou da marcha, décit sensitivo; queda anterior,
medicamentos que alterem o sistema nervoso central; idade (superior a 60 anos ou inferior a 13 anos), urgência urinária e/ou intestinal.
AVALIAÇÃO DE RISCO PARA QUEDAS:
Todos os pacientes são avaliados diariamente para risco de queda pelo enfermeiro, a partir da admissão até o momento da alta. O impresso para
avaliação de risco é preenchido individualmente para cada paciente. A identicação de um ou mais fatores de risco caracteriza a existência de risco
para queda. Se caracterizado o risco de queda, o enfermeiro estabelece a prescrição de enfermagem, denindo as medidas preventivas padronizadas
e outras de caráter individualizado.
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES:
Enfermeira: identicação dos fatores de risco; registro diário no impresso de avaliação de risco, da admissão até o momento da alta; entrega na
admissão o folder de orientação para prevenção de queda e orientação sobre a importância das medidas preventivas e, sempre que necessário, prescri-
ção das medidas para a prevenção de queda; supervisão dos cuidados estabelecidos e noticação da ocorrência de queda através de impresso próprio.
Técnico de Enfermagem: execução das medidas de prevenção para queda de acordo com a prescrição de enfermagem; reforço e registro das
orientações preventivas de queda a cada plantão e avaliação da compreensão do paciente e acompanhante; bem como as medidas realizadas para
prevenção da queda; comunicação imediata ao enfermeiro de qualquer situação que possa caracterizar um possível evento de queda.
Comissão de Queda: monitoramento e noticação dos eventos (chas de noticação, aplicativo para registro de dados, análise dos dados e elabo-
ração de relatórios técnicos); realização de reuniões bimestrais; treinamentos à equipe multidisciplinar; auditorias em campo; encaminhamento de
relatório técnico à Superintendência Médica e Gerência de Enfermagem e proposição de medidas para melhoria do sistema preventivo voltadas ao
paciente, ao processo assistencial e ao ambiente físico.
AÇÕES PREVENTIVAS
Entrega do folder de prevenção de queda e orientação ao paciente/acompanhante quanto ao risco de queda, necessidade de um acompanhante, não
deixar o paciente sozinho no banheiro ou durante o banho e solicitar a enfermagem para sua locomoção e mobilização. Manter a campainha ao
alcance do paciente, cama na posição baixa e com rodas travadas, grades de proteção elevadas e, se necessário, utilizar protetores de grades e faixa
com velcro para proteção. Utilizar cintos de segurança nos carrinhos da brinquedoteca. Manter a área de circulação do paciente livre de móveis e
utensílios. Identicar a porta do quarto com placa de risco de queda. Registrar em prontuário todas as intervenções realizadas. Intensicar a atenção
a pacientes que estão em uso de sedativo e hipnótico, tranquilizante, diurético, anti-hipertensivo e antiparkinsonianos. Manter vigilância e agilidade
no atendimento às campainhas.
NOTIFICAÇÃO E AÇÕES NA OCORRÊNCIA DE QUEDA:
Em caso de ocorrência de queda, encaminhar o paciente ao leito se possível e comunicar a enfermeira de plantão para avaliação e exame físico. A
enfermeira solicita a avaliação médica imediata, bem como encaminha a realização de ações assistenciais necessárias. Registrar no prontuário as
circunstâncias em que ocorreu a queda e a conduta médica. Preencher a Ficha de Ocorrência de Queda e encaminhá-la para a Comissão de Quedas
para análise em 24 horas.
DADOS MONITORADOS NAS OCORRÊNCIAS DE QUEDA:
Risco de queda identicado na admissão, período do dia em que ocorreu o evento, local da queda, circunstâncias da queda, presença ou não de
acompanhante, fatores que predispõem ao risco, comorbidade presente, medicações em uso, avaliação e tipo de conduta médica após a queda,
consequências das quedas, causas das quedas, qualidade dos registros de enfermagem, prorrogação no tempo de permanência.
... Por definição, a queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, e determinado por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade (3) . A queda decorre da perda total do equilíbrio postural e pode estar relacionada à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura (3)(4) . ...
... Por definição, a queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, e determinado por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade (3) . A queda decorre da perda total do equilíbrio postural e pode estar relacionada à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura (3)(4) . ...
... As quedas ocasionam declínio na saúde da população idosa pelas restrições que causam às atividades de vida diária e medo da ocorrência de nova queda. Como consequência, ainda prolongam o tempo de hospitalização, aumentam o custo da assistência e podem levar a danos graves com aumento da comorbidade, comprometimento da recuperação e morte do paciente, além da ansiedade da equipe assistencial, perda da confiança na instituição e possível ocorrência de processos legais (3)(4)(5) . ...
... Por definição, a queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, e determinado por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade (3) . A queda decorre da perda total do equilíbrio postural e pode estar relacionada à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura (3)(4) . ...
... Por definição, a queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, e determinado por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade (3) . A queda decorre da perda total do equilíbrio postural e pode estar relacionada à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura (3)(4) . ...
... As quedas ocasionam declínio na saúde da população idosa pelas restrições que causam às atividades de vida diária e medo da ocorrência de nova queda. Como consequência, ainda prolongam o tempo de hospitalização, aumentam o custo da assistência e podem levar a danos graves com aumento da comorbidade, comprometimento da recuperação e morte do paciente, além da ansiedade da equipe assistencial, perda da confiança na instituição e possível ocorrência de processos legais (3)(4)(5) . ...
Article
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Objective: to describe the development of a device to prevent falling for seniors when using the toilet. Method: we sought in literature and in the hospital market for a device to prevent falling, without success. Geriatric nurses, in partnership with the hospital engineering team, elaborated a prototype and, after several analysis, looked for a partner for its production. Results: the device, named "Safe Embrace", installed and tested in an apartment of the Geriatric ward, was positively evaluated by the health team, patients and caregivers. Conclusion: for the benefit obtained and considering the safety and privacy during use, Safe Embrace was patented so that other institutions could use it.
... Queda é definida como vir a inadvertidamente ficar no solo ou em outro nível inferior, excluindo mudanças intencionais de posição para se apoiar no mobiliário, paredes ou outros objetos (1) . Representa um dos principais incidentes de segurança no ambiente hospitalar, sendo responsável por dois em cada cinco eventos relacionados à assistência do paciente (2)(3) . ...
... As repercussões negativas das quedas atingem pacientes e instituições e estão relacionadas às lesões decorrentes do evento, as quais ocorrem em aproximadamente 30% a 50% dos casos (2)(3)(4) . As principais consequências relacionadas às quedas com dano incluem limitações e/ou incapacidades físicas, piora da condição clínica, alterações de ordem emocional, aumento do tempo de internação e dos custos hospitalares, maiores índices de reinternação hospitalar e de alta para casas geriátricas, além de insatisfação e ceticismo com relação à qualidade da assistência, o que afeta negativamente a gestão em saúde, com implicações éticas e legais (5)(6)(7)(8) . ...
... Seguindo essa tendência, as instituições hospitalares vêm desenvolvendo estratégias para prevenir as quedas e as lesões decorrentes, por meio de políticas e protocolos assistenciais. Nisso se incluem o monitoramento e o acompanhamento dos eventos através da utilização e análise de indicadores, como a incidência de quedas, o que permite construir uma série histórica para auxiliar no planejamento e na implementação de intervenções preventivas aos pacientes internados (3,8,10) . ...
Article
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Objective Describing the incidence of falls and its relation with preventive actions developed in a Brazilian university hospital. Method A retrospective longitudinal study. Hospitalized adult patients in the clinical, surgical, psychiatric and emergency units who suffered a fall in the institution, and who had the event notified in the period from January 2011 to December 2015 were included in the study. The data were collected from the institution's management information system and analyzed in the SPSS statistical program. Results There were 2,296 falls, with a mean incidence of 1.70 falls/1,000 patients per day. An increase in the incidence of falls was observed in the period from 2011 (1.61) to 2012 (2.03). In the following years, the incidence of falls decreased from 1.83 falls/1,000 patients per day in 2013 to 1.42 falls/1,000 patients per day in 2015. The incidence of falls accompanied an implementation of preventive actions, suggesting the impact of such interventions in reducing the event occurrence. Conclusion The findings demonstrate the importance of implementing preventive interventions in reducing the incidence of falls in hospitalized patients.
... Dentre os diversos eventos que favorecem o risco a segurança do paciente, as quedas estão entre os principais incidentes que ocorrem no contexto hospitalar, acometendo duas em cada cinco situações que fazem referência assistência fornecidas ao paciente (Correa et al., 2012). ...
Article
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Diversas pesquisas relacionadas à segurança do paciente têm sido realizadas nos últimos anos, produzindo discussões acerca dos fatores que possuem ou não correlação com risco de quedas no âmbito hospitalar, sendo esta, uma das problemáticas que ameaçam a segurança do paciente. Este trabalho teve por objetivo identificar avanços e práticas empregada pela equipe de enfermagem na redução do risco de quedas nos últimos cinco anos. Para tanto, foi utilizado um delineamento quantitativo, descritivo de recorte transversal realizado na modalidade revisão sistemática, sem metanálise. Para a extração dos dados foi elaborado um roteiro de informações a serem coletadas, partindo da estratégia do método PICO. Os trabalhos encontrados foram classificados em níveis de evidência científica de acordo com a classificação de Melnyk e Fineout- Overholt (2005). Foi possível identificar que as investigações focam especialmente em aspectos intrínsecos do paciente para apontar como fatores de risco a ocorrência de quedas anteriores, idade, vertigem, doenças neurológicas, medicações que agem no SNC e comorbidades como hipertensão e Diabetes Mellitus. Os estudos da revisão foram predominantemente desenvolvidos na região sul do Brasil e utilizaram a escala de Morse como instrumento para avaliação e planejamento das intervenções em enfermagem para prevenção de quedas, além da gestão de fatores extrínsecos como: elevar as grades do leito, orientar pacientes e familiares sobre o risco de quedas, entre outros. Entretanto, o número de pesquisas com delineamento que assegure forte evidência é escasso, tanto na literatura nacional, e internacional.
... The risk of falling is responsible for up to 40% of adverse patient safety events (Lara-Medrano et al., 2014). The risk of falls associated with injuries ranges from bruising, scraping, and ecchymosis to fractures, bleeding and post-fall syndrome, among others, increased morbidity and recovery compromise, hospital stay and health care expenditure, and increased mortality at worst (Correa et al. al., 2012). Based on a systematic review of the elderly population, a qualified approach to reducing the risk of falls was found to be balance training (Thomas et al., 2019). ...
Article
Full-text available
The condition of vertigo if left unchecked will endanger the patient. Vertigo has an impact on quality of life which includes limitations in carrying out daily activities, the risk of falling and can result in injury. This study was conducted to determine the multi-intervention of balance exercise in preventing the risk of falling in vertigo patients. A rapid literature review was conducted on this study related to multi-intervention balance exercises in preventing the risk of falls in vertigo patients from the PubMed, CINAHL, and Science Direct databases. Inclusion criteria for vulnerable full text research articles in 2017-2021 using English. Balance exercise with vestibular rehabilitation, balance retraining, wobble board exercise can be one way to prevent the risk of falling by maintaining balance in vertigo patients and being able to reduce dizziness symptoms, improve quality of life, compliance in exercise and improve dizziness symptoms. Most studies say that balance exercise interventions with vestibular rehabilitation, balance retraining, and wobble board exercises are effective in improving balance, reducing dizziness symptoms in vertigo patients as a prevention of the risk of falling
... Em estudos analisados, a idade avançada é considerada fator de risco para queda e para lesões decorrentes dela, devido às alterações causadas pelo processo fisiológico do envelhecimento. (15,16) No que se refere ao tempo de internação no ambiente hospitalar, a média de dias na clínica médica foi de 8,52 dias (± 8,11) -entre pacientes clínicos -a 8,64 dias (±7,42) para os pacientes traumatológicos. Esses dados vão de acordo com estudo realizado em hospital no interior do estado do Rio Grande do Sul, com pacientes internados na Clínica Cirúrgica e Clínica Médica I e II, que identificou tempo de internação de 7,7 dias (±9,2), (3) sendo o período de dias maior quando comparado aos pacientes deste estudo. ...
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Resumo Objetivo Identificar os fatores de risco associados à quedas em pacientes internados na clínica médica-cirúrgica. Métodos Estudo analítico e descritivo com abordagem quantitativa realizado de junho a setembro de 2017 em hospital público de grande porte da região norte do estado do Ceará-Brasil. A amostra foi de 155 pacientes e a coleta ocorreu por meio de instrumento estruturado dividido em cinco partes: a) Dados Clínico-Epidemiológicos; b) Aplicação do Mini-mental; c) Aplicação da Escala de queda de Morse; d) Aplicação do índice de Katz; e) Diagnóstico de Enfermagem “Risco de Quedas”. Para análise estatística, foi considerado erro amostral de 5%. Resultados Dos 155 pacientes, 41,2% (64) possuíam diagnóstico clínico e 58,8% (91) eram pacientes traumatológicos. Foi identificado correlação estatisticamente para ocorrência de quedas entre dias de internamento (p=0,07), Mini exame mental (p=0,048) e Katz (p=0,017) para os pacientes clínicos enquanto que os pacientes traumatológicos apresentam associação positiva para ocorrência de quedas nas variáveis idade (p=0,028) e Katz (p=0,037). Conclusão Os principais fatores de risco identificados foram: uso de dispositivos auxiliares, história de quedas, estar em pós-operatório, dificuldade na marcha, força diminuída nas extremidades, equilíbrio prejudicado, mobilidade física prejudicada, cenário pouco conhecido e material antiderrapante insuficiente no banheiro.
... Falls are another common occurrence in hospitals, responsible for two out of every five adverse events. "Injuries deriving from the falls occur in between 15% and 50% of the events, resulting in a wide range of damage, such as post-fall syndrome, increased morbidity, recovery problems and increased hospitalization" (9,14) . "Harms resulting from falls are also related to the length of hospital stay and the increase in the costs of care" (9,15) . ...
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Objective: To analyze the active failures and the latent conditions related to errors in intensive nursing care and to discuss the reactive and proactive measures mentioned by the nursing team. Method: Qualitative, descriptive, exploratory study conducted at the Intensive Care Unit of a general hospital. Data were collected through interviews, participant observation and submitted to lexical analysis in the ALCESTE® software and to ethnographic analysis. Results: 36 professionals of the nursing team participated in the study. The analysis originated three lexical classes: Error in intensive care nursing; Active failures and latent conditions related to errors in the intensive care nursing team; Reactive and proactive measures adopted by the nursing team regarding errors in intensive care. Conclusion: Reactive and proactive measures influenced the safety culture, in particular, the recognition of errors by professionals, contributing to their prevention, safety and quality care.
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Introducción: Brasil se encuentra en un período de transición, en el que se manifiesta un acelerado proceso de envejecimiento, que expone al país a diversos desafíos, por lo que es fundamental elaborar políticas públicas para atender la salud de los adultos mayores. Este estudio tiene por objeto evaluar la práctica del baile de salón en la prevención de caídas en ancianos. Materiales y Métodos: Estudio tipo caso control, con 90 adultos mayores, escogiendo 60 adultos mayores para el grupo control a través de una muestra aleatoria simple (N=1234) en una Unidad de Atención Primaria de Salud adscrita a la Estrategia de Salud de la Familia. El grupo caso está conformado por 30 adultos mayores que practicaban baile de salón. Se utilizó la escala de Berg para evaluar el equilibrio y se considero un mayor riesgo de caídas en individuos con puntuación menor a 45. Resultados: Se constató que en el grupo de practicantes de baile (caso) apenas uno de ellos presentó una puntuación menor a 45, y en el grupo (control) diez usuarios presentaron un valor menor a 45. El riesgo relativo calculado fue de 0,2 demostrando que la práctica del baile de salón parece ser un factor de protección contra caídas. Discusión y Conclusiones: Se evidenció según la muestra el baile de salón fue un factor de protección en la prevención de caídas de la persona mayor y también para mejorar su equilibrio. Como citar este artículo: Paiva EP, Loures FB, Marinho SM. Dança de salão na prevenção de quedas em idosos: estudo caso controle. Rev Cuid. 2019; 10(3): e850. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v10i3.850
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RESUMOObjetivo: verificar a associação dos indicadores assistenciais e o nível de certificação das instituições. Método: estudo quantitativo, documental e retrospectivo, desenvolvido em cinco hospitais acreditados pelo Programa Brasileiro de Acreditação e integrantes do Departamento Regional de Saúde VII. A análise dos dados ocorreu pela estatística descritiva. Para a projeção, utilizou-se o Modelo Autorregressivo Integrado de Média Móvel. Resultados: as instituições demonstraram valores significativos no quantitativo de notificações; a Instituição A apresentou maior incidência de eventos, seguida pela Instituição C. Eventos como erro de medicação, queda e lesão por pressão foram os mais notificados. Dentre as intervenções propostas, destacaram-se as alterações ou implantações de protocolos, treinamentos e a inserção de outros profissionais e/ou comissões na análise e tratativa dos eventos. Foram apresentadas as projeções dos indicadores para os próximos cinco anos. Conclusão: A instituição com maior nível de certificação não confirma a hipótese de ter melhores resultados nos indicadores assistenciais, entretanto, apresenta uma constância nos resultados demonstrando uma cultura de segurança mais arraigada na organização. Descritores: Acreditação Hospitalar; Qualidade da Assistência à Saúde; Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde; Garantia da Qualidade dos Cuidados de Saúde; Segurança do Paciente; Enfermagem.ABSTRACTObjective: to verify the association of care indicators and the level of certification of institutions. Method: quantitative, documentary and retrospective study, developed in five hospitals accredited by the Brazilian Accreditation Program and members of the Regional Health Department VII. The analysis of the data occurred by descriptive statistics. For the projection, we used the Integrated Autoregressive Model of Moving Average. Results: Institutions showed significant values in the quantitative of notifications; Institution A presented a higher incidence of events, followed by Institution C. Events such as medication error, fall and pressure injury were the most reported. Among the interventions proposed, we highlight the changes or implantations of protocols, training and the insertion of other professionals and / or commissions in the analysis and treatment of events. The projections of the indicators were presented for the next five years. Conclusion: The institution with the highest level of certification does not confirm the hypothesis of having better results in the care indicators, however, it shows a consistency in the results, demonstrating a more deeply rooted security culture in the organization. Descritores: Hospital Accreditation; Quality of Health Care; Quality Indicators, Health Care; Quality Assurance, Health Care; Patient Safety; Nursing.RESUMENObjetivo: verificar la asociación de los indicadores asistenciales y el nivel de certificación de las instituciones. Método: estudio cuantitativo, documental y retrospectivo, desarrollado en cinco hospitales acreditados por el Programa Brasileño de Acreditación y integrantes del Departamento Regional de Salud VII. El análisis de los datos ocurrió por la estadística descriptiva. Para la proyección, se utilizó el Modelo Auto Regresivo Integrado de Media Móvil. Resultados: las instituciones demostraron valores significativos en el cuantitativo de notificaciones; la Institución A presentó una mayor incidencia de eventos, seguida por la Institución C. Eventos como de error de medicación, caída y lesión por presión fueron los más notificados. Entre las intervenciones propuestas se destacaron las alteraciones o implantaciones de protocolos, entrenamientos y la inserción de otros profesionales y / o comisiones en el análisis y trata de los eventos. Se presentaron las proyecciones de los indicadores para los próximos cinco años. Conclusión: la institución con mayor nivel de certificación no confirma la hipótesis de tener mejores resultados en los indicadores asistenciales, sin embargo, presenta una constancia en los resultados, demostrando una cultura de seguridad más arraigada en la organización. Descritores: Acreditación de Hospitales; Calidad de la Atención de Salud; Indicadores de Calidad de la Atención de Salud; Garantía de la Calidad de Atención de Salud; Seguridad del Paciente; Enfermería.
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Este estudo descreve a análise de um Sistema computadorizado de avaliação do paciente no desenvolvimento de um sistema de alerta para prevenir quedas de pacientes hospitalizados. Foi realizada a revisão de prontuários para identificar os fatores de risco presentes no referido instrumento de avaliação. As variáveis identificadas foram: estado funcional do paciente incluindo andar, transferir-se e toilete, sexo e habilidade de realizar auto-cuidado. Usando tais variáveis, foi desenvolvido um sistema de alerta que encontra-se disponibilizado desde Fevereiro de 1997. Em uma segunda etapa, pretende-se estudar o impacto deste sistema na qualidade do atendimento de enfermagem.Este estudio describe el análisis de un sistema de computación en enfermería para desarrollar un sistema de alerta para prevenir caídas de los hospitalizados. Una revisión de las historias clínicas fue realizada para identificar los factores de riesgo presentes en el referido instrumento de evaluación. Las variables identificadas fueron: estado funcional del paciente incluyendo andar, desplazamiento, limpieza, sexo y habilidad para realizar el autocuidado. Usando estas variables un sistema de alerta fue desarrollado e incorporado en el sistema desde febrero de 1997. En una segunda fase de este estudio nos preponemos evaluar la eficacia de esta intervención automatizada en la calidad del cuidado de enfermería..The present study describes the analysis of an online patient assessment system developed to prevent inpatients falls. A chart review was performed in order to identify risk factors present in the Nursing Assessment tool. The identified variables were Functional status including walking, transferring and toilet, sex and patients self-care ability. Authors developed a system using these variables, that is available since February 1997. In a second phase of this study, authors aim to evaluate the effectiveness of this computerized intervention.
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The aim of this qualitative study was to subsidize an evaluation of human resources management (HR) in nursing and to apprehend how the nursing managers and academic professors experience the use of quality indicators. Twelve academic professors, 10 managers from four teaching and assistance, public and private institutions in the city of São Paulo took part of this study. Data collection was carried out from March to July 2007, by means of semi-structured interviews, recorded and analyzed according to the thematic analysis referential. Two categories emerged from the results: Institutional and Professional Dimensions; in the first category, perceptions, feelings and demands that the collaborators found inherent to the organization and that could be the counterpart in the institution relationship with the operative actors were recovered. In the second category, they reported the intervenient factors - reasons, interests, disposition and professionals' needs when performing activities required by the Institution. This study showed the processual character of construction and validation of indicators as a quality management instrument in HR.
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To identify all published papers on risk factors and risk assessment tools for falls in hospital inpatients. To identify clinical risk assessment tools or individual clinical risk factors predictive of falls, with the ultimate aim of informing the design of effective fall prevention strategies. Systematic literature review (Cochrane methodology). Independent assessment of quality against agreed criteria. Calculation of odds ratios and 95% confidence intervals for risk factors and of sensitivity, specificity, negative and positive predictive value for risk assessment tools (with odds ratios and confidence intervals), where published data sufficient. 28 papers on risk factors were identified, with 15 excluded from further analysis. Despite the identification of 47 papers purporting to describe falls risk assessment tools, only six papers were identified where risk assessment tools had been subjected to prospective validation, and only two where validation had been performed in two or more patient cohorts. A small number of significant falls risk factors emerged consistently, despite the heterogeneity of settings namely gait instability, agitated confusion, urinary incontinence/frequency, falls history and prescription of 'culprit' drugs (especially sedative/hypnotics). Simple risk assessment tools constructed of similar variables have been shown to predict falls with sensitivity and specificity in excess of 70%, although validation in a variety of settings and in routine clinical use is lacking. Effective falls interventions in this population may require the use of better-validated risk assessment tools, or alternatively, attention to common reversible falls risk factors in all patients.
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To assess the effectiveness of a targeted, multiple intervention falls prevention programme in reducing falls and injuries related to falls in a subacute hospital. Randomised controlled trial of a targeted multiple intervention programme implemented in addition to usual care compared with usual care alone. Three subacute wards in a metropolitan hospital specialising in rehabilitation and care of elderly patients. 626 men and women aged 38 to 99 years (average 80 years) were recruited from consecutive admissions to subacute hospital wards. Falls risk alert card with information brochure, exercise programme, education programme, and hip protectors. Incidence rate of falls, injuries related to falls, and proportion of participants who experienced one or more falls during their stay in hospital. Participants in the intervention group (n = 310) experienced 30% fewer falls than participants in the control group (n = 316). This difference was significant (Peto log rank test P = 0.045) and was most obvious after 45 days of observation. In the intervention group there was a trend for a reduction in the proportion of participants who experienced falls (relative risk 0.78, 95% confidence interval 0.56 to 1.06) and 28% fewer falls resulted in injury (log rank test P = 0.20). A targeted multiple intervention falls prevention programme reduces the incidence of falls in the subacute hospital setting.
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Patient falls in hospitals are common and may lead to negative outcomes such as injuries, prolonged hospitalization and legal liability. Consequently, various hospital falls prevention programs have been implemented in the last decades. However, most of the programs had no sustained effects on falls reduction over extended periods of time. This study used a serial survey design to examine in-patient fall rates and consequent injuries before and after the implementation of an interdisciplinary falls prevention program (IFP) in a 300-bed urban public hospital. The population under study included adult patients, hospitalized in the departments of internal medicine, geriatrics, and surgery. Administrative patient data and fall incident report data from 1999 to 2003 were examined and summarized using frequencies, proportions, means and standard deviations and were analyzed accordingly. A total of 34,972 hospitalized patients (mean age: 67.3, SD +/- 19.3 years; female 53.6%, mean length of stay: 11.9 +/- 13.2 days, mean nursing care time per day: 3.5 +/- 1.4 hours) were observed during the study period. Overall, a total of 3,842 falls affected 2,512 (7.2%) of the hospitalized patients. From these falls, 2,552 (66.4%) were without injuries, while 1,142 (29.7%) falls resulted in minor injuries, and 148 (3.9%) falls resulted in major injuries. The overall fall rate in the hospitals' patient population was 8.9 falls per 1,000 patient days. The fall rates fluctuated slightly from 9.1 falls in 1999 to 8.6 falls in 2003. After the implementation of the IFP, in 2001 a slight decrease to 7.8 falls per 1,000 patient days was observed (p = 0.086). The annual proportion of minor and major injuries did not decrease after the implementation of the IFP. From 1999 to 2003, patient characteristics changed in terms of slight increases (female gender, age, consumed nursing care time) or decreases (length of hospital stay), as well as the prevalence of fall risk factors increased up to 46.8% in those patients who fell. Following the implementation of an interdisciplinary falls prevention program, neither the frequencies of falls nor consequent injuries decreased substantially. Future studies need to incorporate strategies to maximize and evaluate ongoing adherence to interventions in hospital falls prevention programs.
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The National Database of Nursing Quality IndicatorsTM (NDNQI®) is the only national nursing database that provides quarterly and annual reporting of structure, process, and outcome indicators to evaluate nursing care at the unit level. Linkages between nurse staffing levels and patient outcomes have already been demonstrated through the use of this database. Currently over 1100 facilities in the United States contribute to this growing database which can now be used to show the economic implications of various levels of nurse staffing. The purpose of this article is to describe the work and accomplishments related to the NDNQI as researchers utilize its nursing-sensitive outcomes measures to demonstrate the value of nurses in promoting quality patient care. After reviewing the history of evaluating nursing care quality, this article will explain the purpose of the NDNQI and describe how the database has been operationalized. Accomplishments and future plans of the NDNQI will also be discussed.
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The present study describes the analysis of an online patient assessment system developed to prevent inpatients falls. A chart review was performed in order to identify risk factors present in the Nursing Assessment tool. The identified variables were Functional status including walking, transferring and toilet, sex and patients self-care ability. Authors developed a system using these variables, that is available since February 1997. In a second phase of this study, authors aim to evaluate the effectiveness of this computerized intervention.
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To explore risk factors associated with falls and to evaluate a strategy used by nurses to predict and prevent falls in a hospitalised cohort of elderly patients. A case-control study of risk factors for falls in hospital. A district general hospital in the UK. Altogether 181 patients in an acute integrated medical unit who had fallen were matched for age with 181 patients in the next bed who had not fallen. It was found that 46% (84 of 181) of the fallers were taking one or more benzodiazepines compared with 27% (48 of 181) of the control patients (p<0.001). More fallers 20% (34 of 181) had their benzodiazepines prescribed during their current admission compared with 7% (13 of 181) of the control patients (p<0.001). Temazepam was the main benzodiazepine used by over 95% of cases and controls. Overall 25% (45 of 181) of the fallers had fallen before during the current admission. The logistic regression analysis showed that only a previous fall, benzodiazepine intake, and the need for maximum assistance were significant predictors of falling in hospital, odds ratios were 5.6 (95% confidence interval (CI) 2.7 to 11.6), 2.3 (95% CI 1.4 to 3.7), and 3.1 (95% CI 1.9 to 5.2) respectively. Most fallers had been identified at risk of falling (125; 69%) by ward staff and in 113 (90%) of those preventive measures had been undertaken. Falls were least likely to occur during visiting hours with a peak incidence during night-time. There is a need for evidenced based successful fall prevention strategies but our study also reinforces an urgent public health message that an alternative to benzodiazepines should be sought for night sedation for older patients.
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To describe the epidemiology of hospital inpatient falls, including characteristics of patients who fall, circumstances of falls, and fall-related injuries. Prospective descriptive study of inpatient falls. Data on patient characteristics, fall circumstances, and injury were collected through interviews with patients and/or nurses and review of adverse event reports and medical records. Fall rates and nurse staffing levels were compared by service. A 1,300-bed urban academic hospital over 13 weeks. All inpatient falls reported for medicine, cardiology, neurology, orthopedics, surgery, oncology, and women and infants services during the study period were included. Falls in the psychiatry service and falls during physical therapy sessions were excluded. A total of 183 patients fell during the study period. The average age of patients who fell was 63.4 years (range 17 to 96). Many falls were unassisted (79%) and occurred in the patient's room (85%), during the evening/overnight (59%), and during ambulation (19%). Half of the falls (50%) were elimination related, which was more common in patients over 65 years old (83% vs 48%; P <.001). Elimination-related falls increased the risk of fall-related injury (adjusted odds ratio, 2.4; 95% confidence interval 1.1 to 5.3). The medicine and neurology services had the highest fall rates (both were 6.12 falls per 1,000 patient-days), and the highest patient to nurse ratios (6.5 and 5.3, respectively). Falls in the hospital affect young as well as older patients, are often unassisted, and involve elimination-related activities. Further studies are necessary to prevent hospital falls and reduce fall injury rates.
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To comprehensively analyze potential risk factors for falling in the hospital and describe the circumstances surrounding falls. Case-control study. Data on potential risk factors and circumstances of the falls were collected via interviews with patients and/or nurses and review of adverse event reports, medical records, and nurse staffing records. Large urban academic hospital. Ninety-eight inpatients who fell and 318 controls matched on approximate length of stay until the index fall. In a multivariate model of patient-related, medication, and care-related variables, factors that were significantly associated with an increased risk of falling included: gait/balance deficit or lower extremity problem (adjusted odds ratio [aOR], 9.0; 95% confidence interval [CI], 2.0 to 41.0), confusion (aOR, 3.6; 95% CI, 1.6 to 8.4), use of sedatives/hypnotics (aOR, 4.3; 95% CI, 1.6 to 11.5), use of diabetes medications (aOR, 3.2; 95% CI, 1.3 to 7.9), increasing patient-to-nurse ratio (aOR, 1.6; 95% CI, 1.2 to 2.0), and activity level of "up with assistance" compared with "bathroom privileges" (aOR, 8.7; 95% CI, 2.3 to 32.7). Urinary or stool frequency or incontinence was of borderline significance (aOR, 2.3; 95% CI, 0.99 to 5.6). Having one or more side rails raised was associated with a decreased risk of falling (aOR, 0.006; 95% CI, 0.001 to 0.024). Patient health status, especially abnormal gait or lower extremity problems, medications, as well as care-related factors, increase the risk of falling. Fall prevention programs should target patients with these risk factors and consider using frequently scheduled mobilization and toileting, and minimizing use of medications related to falling.