ArticlePDF Available

Análise polínica comparativa e origem botânica de amostras de mel de Meliponinae (Hymenoptera, Apidae) do Brasil e da Venezuela.

Authors:
  • Instituto de Pesquisas Ambientais (former Instituto de Botânica), São Paulo, Brazil
Mensagem Doce n° 106
Maio de 2010
Artigo
Análise polínica comparativa e origem
botânica de amostras de mel de
Meliponinae (Hymenoptera, Apidae) do
Brasil e da Venezuela
Alex da Silva de Freitas1,4, Ortrud Monika Barth1,2, Cynthia Fernandes Pinto da Luz3
(1) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Departamento de Botânica,
Laboratório de Palinologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
(2) Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz. Avenida Brasil 4365, 21040-900 - Rio de Janeiro,
RJ, Brasil.
(3) Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, Instituto de Botânica, Seção de Dicotiledôneas. Av.
Miguel Stéfano, 3.687, Água Funda, 04301-902 - São Paulo, SP, Brasil.
(4) Autor para correspondência: alex_silvafreitas@yahoo.com.br
RESUMO
- O presente estudo teve como objetivo realizar o reconhecimento da vegetação
nectarífera de importância para as abelhas Meliponinae através da análise
melissopalinológica de amostras de mel de várias regiões do Brasil e da Venezuela.
Foram analisadas 11 amostras de mel sendo oito do Brasil e três da Venezuela. A
análise realizada seguiu a metodologia padrão européia, sem uso de acetólise. Foram
realizadas contagens de no mínimo 300 grãos de pólen por amostra. A partir dos
resultados encontrados foram calculadas a porcentagem bruta e a corrigida dos tipos
polínicos significantes. Dominaram nas amostras coletadas no Estado brasileiro do
Amazonas Burseraceae e Solanaceae, na Paraíba Fabaceae (Crotalaria), em Santa
Catarina Rhamnaceae (Hovenia dulcis). No Estado venezuelano do Amazonas
dominaram Caesalpiniaceae e Euphorbiaceae (Acalypha avensis) e em Falcón Fabaceae
(Crotalaria). Os tipos polínicos significantes encontrados nas amostras de mel
assinalaram as diferentes fontes tróficas visitadas pelas abelhas Meliponinae.
PALAVRAS-CHAVE: Melissopalinologia, abelhas-sem-ferrão, vegetação nectarífera,
Brasil, Venezuela.
Introdução
Imigrantes europeus que chegaram ao Brasil no séc XIX trouxeram consigo as abelhas
vulgarmente chamadas de européias (Apis mellifera Linnaeus.). A introdução no Brasil
em 1956 da subespécie africana Apis mellifera scutellata (Lepeletier) gerou a forma
híbrida que passou a dominar a apicultura nacional a partir dos anos 70. Este híbrido
levou a um crescimento da atividade apícola no país e responde pela maior parcela da
produção brasileira de mel. Com a rápida expansão de Apis, as abelhas sociais nativas,
as abelhas-sem-ferrão (Meliponinae), sofreram um impacto em sua interação planta-
polinizador devido à disputa pelas fontes alimentares com as abelhas introduzidas
(Biesmeijer et al. 2005).
A Subfamília Meliponinae, família Apidae, superfamília Apoidea (Michener, 2000)
distribui-se por regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo e geralmente não
avança para as regiões temperadas como a Apis mellifera. Somente as abelhas dos
gêneros Melipona (Illiger 1806) e Trigona (Jurine 1807) produzem mel comercializado
na América do Sul. No entanto, apesar da produção de mel ser pequena em várias
espécies de Meliponídeos, este pode ser muito apreciado pelo homem, como por
exemplo o da abelha jatái (Tetragonisca angustula Latreille), abelha adaptada a vida
urbana e que produz um dos méis mais valorizados comercialmente. Outros são azedos
e ácidos como o da Tetragona clavipes Fabricius (borá, no Brasil ou ajavittá, na
Venezuela), pouco comercializado, mas muito procurado pelos índios da Amazônia.
Segundo estudos realizados na região de São Paulo por Ramalho et al. (1989), a dieta de
espécies do gênero Melipona estudadas é composta principalmente de néctar de plantas
das famílias Anacardiaceae, Burseraceae, Clusiaceae (Guttiferae), Euphorbiaceae,
Leguminosae, Myrtaceae, Melastomataceae, Solanaceae e Moraceae. Fidalgo &
Kleinert (2007) destacaram para a região de Ubatuba, litoral do Estado de São Paulo, a
espécie Melipona rufiventris (Lepeletier) realizando coleta de pólen, néctar e resina nos
meses de dias mais longos e clima quente e úmido.
A análise melissopalinológica é um método capaz de avaliar o resultado da visita das
abelhas às flores, identificando suas preferências através dos espectros polínicos das
amostras de mel. Segundo esta avaliação, é possível reconhecer a vegetação apícola
regional, identificando as principais fontes nectaríferas e poliníferas utilizadas pelas
abelhas, bem como os principais períodos de produção de néctar e pólen (Barth 2005,
Dutra & Barth 1997, Luz et al. 2007). Através da avaliação polínica qualitativa do mel é
possível caracterizar as espécies botânicas visitadas pelas abelhas em busca de néctar e
pólen após a identificação dos tipos polínicos poliníferos, anemófilos e nectaríferos.
Pela avaliação quantitativa é possível estabelecer a contribuição de cada espécie vegetal
visitada (Iwama & Melhem 1979, Barth 1989). Paralelamente, a quantidade e os tipos
de açúcares encontrados no ctar são parâmetros que permitem estabelecer o nicho
trófico das abelhas sendo considerados agentes determinantes de atração alimentar
(Almeida-Muradian et al. 2005, Souza et al. 2006).
Em uma revisão apresentada por Barth (2004), observa-se que a maioria das análises
polínicas feitas em méis de Meliponinae do Brasil foi realizada na região amazônica.
Absy & Kerr (1977) ressaltaram a grande atuação das operárias de Melipona seminigra
(Friese) visitando várias espécies florais e sendo responsável como a principal espécie
produtora de mel da Amazônia. Marques-Souza (1996) descreveu a coleta de pólen
realizada por Trigona williana (Friese) na região da Amazônia Central, como estando
relacionada a possíveis mudanças climáticas e ao padrão de floração das diferentes
espécies de plantas. O mesmo aspecto também foi considerado por Absy & Kerr (1977)
e Absy et al. (1984) que constataram uma baixa diversidade na coleta de pólen pela
abelha Melipona compressipes manaosensis Schwarz, na maioria em plantas com curtas
floradas devido ao alto índice de chuvas no período de estudo. Marques-Souza (1996)
observou que a coleta de pólen por esta espécie de abelha foi intensa na família
Caesalpiniaceae, já que possui facilidade em manusear as peças florais, esta espécie
assim evitaria a competição com outras abelhas.
Na região Nordeste, no estado do Maranhão, Kerr et al. (1986/87) realizaram um
levantamento da flora local visitada por Melipona compressipes fasciculata Smith.
Foram identificadas 36 famílias vegetais visitadas pelas abelhas sendo Mimosaceae,
Myrtaceae e Solanaceae as mais freqüentes.
Estudos relacionados a recursos tróficos para abelhas-sem-ferrão foram também
realizados na Bahia (Carvalho et al. 2001) e na região de São Paulo (Guibu et al. 1988,
Ramalho et al. 1985, Carvalho & Marchini 1999, Dutra & Barth 1997) observando-se
uma grande diversidade de tipos polínicos nos méis analisados (Guibu et al. 1988,
Kleinert-Giovanini & Imperatriz-Fonseca 1987, Ramalho et al. 1985, 1989, 1991).
Imperatriz-Fonseca et al. (1989) estudaram em uma região urbana de São Paulo a coleta
de pólen por abelhas-sem-ferrão. Foram visitadas mais de 40 espécies de plantas sendo
mais representativas as Leguminosae, Melastomataceae, Myrtaceae e Solanaceae.
Em relação à alimentação das Meliponinae, foram destacadas preferências em sua dieta
(Ramalho et al. 1985, Guibu et al. 1988), específicas para cada gênero, levando em
consideração a região de procedência.
A presente pesquisa visa o reconhecimento da vegetação nectarífera de importância para
abelhas indígenas sem ferrão em diversas regiões do Brasil e da Venezuela por meio da
análise polínica de amostras de mel.
Material e Métodos
As amostras de mel procedentes do Brasil foram coletadas nos estados da Paraíba, do
Amazonas e de Santa Catarina; e as da Venezuela nos estados Falcón e Amazonas
(Tabela 1).
A preparação das amostras de mel seguiu o método padronizado por Louveaux et al.
(1978). Dez gramas de mel foram dissolvidos em 20 mL de água destilada e distribuídos
em dois tubos de centrífuga com capacidade para 15 mL, centrifugando-se por 15
minutos a uma velocidade média de 1500 rpm. O sobrenadante foi desprezado e
acrescentou-se 5 mL de água destilada. Centrifugou-se novamente por 15 minutos,
descartando-se o sobrenadante. Adicionou-se 5 mL de água glicerinada (1:1)
permanecendo os tubos em repouso por 30 minutos. Após nova centrifugação
desprezou-se o sobrenadante, deixando os tubos emborcados sobre papel absorvente
para melhor drenagem do sedimento. Este foi retirado do tubo com o auxílio de um
estilete contendo um pequeno pedaço de gelatina glicerinada na ponta, sendo depositado
sobre uma lâmina de microscopia e levemente aquecido. Foi colocada uma lamínula
sobre o material, vedando-se com parafina.
Realizou-se a contagem de no mínimo 300 grãos de pólen por amostra. A identificação
dos tipos polínicos foi baseada nos trabalhos de Barth (1989), Carreira et al. (1996),
Moreti et al. (2002), Roubik & Moreno (1991) e Vit (2005). Foi calculada a
porcentagem bruta dos tipos polínicos identificados, seguido da porcentagem corrigida.
Esta compreende a exclusão do pólen anemófilo (considerando-se como este espécies
de Poaceae e Ulmaceae), do pólen polinífero (Mimosaceae: Mimosa scabrella e Mimosa
verrucosa) e do pólen de Melastomataceae. A partir deste procedimento foi possível
identificar as principais famílias vegetais fornecedoras de néctar para as abelhas nas
regiões estudadas.
Os tipos polínicos encontrados foram classificados de acordo com as porcentagens
obtidas, dividindo-os em classes padrão de freqüência segundo Louveaux et al. (1978)
constantes de pólen dominante (mais de 45% do total de grãos de pólen contados);
pólen acessório (de 15 a 45%) e pólen isolado importante (3 a 15%) (Barth 1970a, Barth
1970b & Barth 1970c).
Resultados e Discussão
Os principais tipos polínicos encontrados nas amostras de mel de Meliponinae (Fig. 1)
são apresentados na forma de porcentagem bruta e de porcentagem corrigida para as
amostras do Brasil (Tabela 2) e da Venezuela (Tabela 3).
Na porcentagem bruta das amostras do Brasil foram reconhecidos as seguintes famílias
significativas, contribuindo com 3% ou mais do total de pólen contado: para as do
Estado do Amazonas Anacardiaceae, Brassicaceae, Burseraceae, Fabaceae,
Gesneriaceae, Lythraceae, Melastomataceae, Mimosaceae e Solanaceae; nas do Estado
da Paraíba destacaram-se Cactaceae, Fabaceae, Mimosaceae, Myrtaceae, Polygonaceae,
Rubiaceae, Solanaceae; nas de Santa Catarina foram encontrados Arecaceae,
Boraginaceae, Brassicaceae e Rhamnaceae.
As famílias mais representativas em porcentagem bruta nas amostras de mel da
Venezuela compreendem no Estado do Amazonas: Caesalpiniaceae, Euphorbiaceae,
Mimosaceae, Myrtaceae Scrophulariaceae e Ulmaceae e nas do Estado Falcón
destacaram-se Arecaceae Fabaceae e Violaceae.
Levando em consideração as porcentagens corrigidas relativas a cada tipo polínico
identificado, contribuindo com 3% ou mais do pólen de plantas nectaríferas, foi
marcante a presença de Solanaceae e Burseraceae nas amostras do Estado do Amazonas
do Brasil, indicando sua maior contribuição em néctar para o mel. Por meio de análises
polínicas de méis, Marques-Souza et al. (1996), Marques-Souza (1996), Absy et al.
(1984) e Absy & Kerr (1977) encontraram a presença destas famílias vegetais em várias
regiões do Estado do Amazonas. No presente estudo ainda foram observados em
quantidade reduzida Brassica, Cuphea, Anacardiaceae, Fabaceae, Gesneriaceae e
Melastomataceae.
Na região Nordeste, com destaque para o Estado da Paraíba, foram encontrados poucos
trabalhos que tratassem de análise polínica de mel das abelhas-sem-ferrão. Em duas
amostras analisadas, foi encontrado o pólen dominante de Fabaceae do tipo Crotalaria.
Outros tipos polínicos foram também observados, mas em quantidades menores, tais
como Anadenanthera colubrina, Antigonon leptopus, Caesalpiniaceae, Cactaceae,
Myrcia, Rubiaceae, Rhamnaceae, Scrophulariaceae. Kerr et al. (1986/1987) destacaram
para uma região do Maranhão a presença do pólen de Myrtaceae e Caesalpiniaceae nas
amostras de bolotas de pólen coletadas pela abelha Melipona compressipes fasciculata
Smith.
Na amostra analisada do Estado de Santa Catarina dominou o pólen do tipo Hovenia
dulcis seguido de menores quantidades do de Brassica, Echium e Arecaceae. A alta
representação do tipo polínico Hovenia dulcis na amostra de Santa Catarina pode ter sua
origem no extenso cultivo desta espécie no sul do Brasil para uso dos seus frutos e da
madeira na indústria local (Carvalho 1994). Segundo Barth (2004), referências sobre
análises polínicas de méis da região Sul não são freqüentes. Alguns autores (Guibu et al.
1988, Ramalho et al. 1985), analisando o nicho trófico de espécies de Melipona através
de análises de pólen e mel, observaram uma baixa freqüência deste tipo polínico em
amostras coletadas em regiões de São Paulo.
As amostras do Brasil apresentaram uma alta porcentagem de pólen de
Melastomataceae, Mimosaceae (M. scabrella e M. verrucosa) e Solanaceae. Possuindo
as flores das famílias Melastomataceae e Solanaceae anteras poricidas, as abelhas
extraem o pólen por vibração ao agitar suas asas (Laroca 1970, Bezerra & Machado
2003) retirando assim uma grande quantidade. A produção de néctar é contestada nestas
famílias por Renner (1983) e Forni-Martins et al. (1998); entretanto, dados obtidos por
Kleinert-Giovanini & Imperatriz - Fonseca (1987) revelaram que as flores de
Solanaceae forneceram néctar em abundância para abelhas Melipona narginata
marginata Lepeletier. Absy & Kerr (1977) e Absy et al. (1980) destacaram a
importância da família Solanaceae como uma das plantas nectaríferas mais visitadas
pela abelha Melipona seminigra merrilae Cockerell na produção de mel da Amazônia.
Nos espectros polínicos da Venezuela foi encontrada uma predominância de Acalypha
arvensis na amostra 1 do Estado do Amazonas. Vit & D'Albore (1994), estudando
amostras de mel de abelhas sociais da Venezuela, destacaram Acalypha como um dos
tipos polínicos dominantes, o que corrobora os dados aqui obtidos. Uma grande
quantidade de pólen de Caesalpiniaceae foi encontrada na amostra 2 do Estado do
Amazonas. Sua presença marcante foi também observada por Marques-Souza (1996)
nas fontes de pólen exploradas por uma espécie de Melipona da Amazônia Central do
Brasil. Este autor destaca que espécies de Caesalpiniaceae são amplamente distribuídas
por vários habitats, possuindo as Melipona uma maior facilidade em manusear as peças
florais, assim podem intensificar sua coleta de pólen evitando competição com outras
abelhas. Absy & Kerr (1977), Absy et al. (1980), na Amazônia (Brasil), Kerr et al.
(1986/1987) no Maranhão, Imperatriz-Fonseca et al. (1989), Ramalho (1990) e
Ramalho et al. (1994) em São Paulo também constataram a importância das espécies de
Caesalpiniaceae na dieta de Melipona e Apis mellifera.
No estado de Falcón foi encontrada dominância do tipo polinico Crotalaria, fato
também observado por Vit & D'Albore (1994) em mel de Melipona da Venezuela,
entretanto como pólen secundário. Flores & Miotto (2005) destacaram que espécies do
gênero Crotalaria possuem hábito herbáceo ou arbustivo, com considerável plasticidade,
sendo ruderais e ocorrendo em locais que sofreram ação antrópica ou invasoras de
cultura. Com a alta porcentagem do tipo polínico Crotalaria nas amostras de mel pode-
se caracterizar a área de coleta das abelhas como sendo uma área aberta, possivelmente
de campo, o que é confirmado por Lemus-Jiménez & Ramirez (2005), caracterizando a
vegetação do Estado de Fálcon como uma área que sofre constante ação antrópica e
possuindo vegetação de baixo porte.
Nos estados da Venezuela foram encontrados poucos tipos polínicos caracterizados
como poliníferos e somente Trema acima de 3% de freqüência. Não foram observadas
diferenças marcantes entre as porcentagens brutas e corrigidas dos tipos polínicos em
méis destes dois Estados, sendo que a maior parte do pólen foi considerado como
proveniente de plantas nectaríferas.
A partir dos resultados obtidos foram reconhecidos os principais tipos polínicos
indicadores de plantas contribuintes em néctar para o mel de Meliponinae. Nas amostras
analisadas dos Estados brasileiros observou-se uma ampla variedade de tipos polínicos,
fato que, segundo Biesmeijer et al. (2005) caracteriza as abelhas sociais. Comparando-
se os espectros polínicos dos dois Estados do Amazonas, tanto no Brasil quanto na
Venezuela, observou-se que, em relação à vegetação apícola, houve uma alta incidência
de tipos polínicos coletados pelas Meliponinae quando comparado as demais amostras
analisadas.
Em relação às porcentagens bruta e corrigida dos tipos polínicos nas amostras de mel de
Meliponinae dos dois países, constatou-se uma significativa diferença entre as do Brasil
e da Venezuela. Nas amostras provenientes do Brasil, encontramos uma quantidade de
tipos polínicos poliníferos maior do que nas amostras da Venezuela. Este fato poder-se-
ia dar devido à disponibilidade de recursos tróficos (Moreti et al. 2002), já que as
abelhas utilizam o pólen polinífero como fonte de proteína para a subsistência da
colméia.
Agradecimentos
À Dra. Ligia Bicudo Almeida-Muradian, Departamento de Alimentos e Nutrição
Experimental, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, pela
disponibilidade das amostras do Brasil. À Dra. Patricia Vit, Departamento de Ciência
dos Alimentos, Faculdade de Farmácia e Bioanalisis, Universidade de Los Andes,
Mérida, pela disponibilidade das amostras da Venezuela. Ao Prof. João M.F. Camargo,
Universidade de São Paulo, pela identificação das abelhas.
Referências
Absy, M.L &, Kerr, W.E. 1977. Algumas plantas visitadas para obtenção de pólen por
operárias de Melipona seminigra merrilae em Manaus. Acta Amazonica. 7: 309-315.
Absy, M.L., Bezerra, E.B. & Kerr, W.E. 1980. Plantas nectaríferas utilizadas por duas
espécies de Melipona da Amazônia. Acta Amazonica. 10: 271-281.
Absy, M.L., Camargo, J.M.F., Kerr, W. E & Miranda, I.P.A. 1984. Espécies de plantas
visitadas por Meliponinae (Hymenoptera;Apoidea), para coleta de pólen na região do
médio Amazonas. Revista Brasileira de Biologia. 44: 227-237.
Almeida-Muradian, L.B., Pamplona, L.C., Coimbra, S. & Barth, O.M. 2005. Chemical
composition and botanical evaluation of dried bee pollen pellets. Journal of Food
Composition and Analysis. 18: 105-111.
Barth, O.M. 1970a. Análise microscópica de algumas amostras de mel. 1. Pólen
Dominante. Anais da Academia Brasileira de Ciências. 42: 351-366.
Barth, O.M. 1970b. Análise microscópica de algumas amostras de mel. 1. Pólen
Acessório. Anais da Academia Brasileira de Ciências. 42: 571-590.
Barth, O.M. 1970c. Análise microscópica de algumas amostras de mel. 1. Pólen Isolado.
Anais da Academia Brasileira de Ciências. 42: 747-772.
Barth, O.M. 1989. O pólen no mel brasileiro. Gráfica Luxor, Rio de janeiro.151p.
Barth, O.M. 2004. Melissopalinology in Brazil: A review of pollen analysis of honeys,
propolis and pollen loads of bees. Sciencia Agricola. 61: 342-350.
Barth, O.M. 2005. Análise polínica de mel: Avaliação de dados e seu significado.
Mensagem Doce. 81:2-6.
Bezerra, E.L.S. & Machado, I.C. 2003. Biologia floral e sistema de polinização de
Solanum stramonifolium Jacq. (Solanaceae) em remanescente de mata atlântica,
Pernanbuco. Acta Botânica Brasílica. 17: 247-257.
Biesmeijer, J.C., Staa, E.J., Castro, M.S., Viana, B.F., Kleinert, A.M.P., & Imperatriz-
Fonseca, V.L. 2005. Connectance of Brazilian social bee-food plant networks is
influenced by habtat, but not by latitude, altitude or network size. Biota Neotropica. 5:
1-9.
Carreira, L.M.M., Silva, M.F., Lopes, J.R.C & Nascimento, L.A.S. 1996. Catálogo de
Pólen das Leguminosas da Amazônia Brasileira. Belém: Museu Paraense Emílio
Goeldi. 137p.
Carvalho, P.E.R. 1994. Ecologia, silvicultura e usos da Uva-do-Japão. Colombo:
EMBRAPA - CNP Floresta, (circular técnica). 24p.
Carvalho, C.A.L., Marchini, L.C. 1999. Tipos polínicos coletados por Nannotrigona
testaceicornis e Tetragonisca angustula (Hymenoptera,Apidae,Meliponinae). Scientia
Agricola. 56: 717-722.
Carvalho, C.A.L., Moreti, A.C.C.C., Marchini, L.C., Alves, R.M.O. & Oliveira, P.C.F.
2001. Pollen spectrum of honey of "uruçu" bee (Melipona scutellaris Latreille, 1811).
Revista Brasileira de Biologia. 61: 63-67.
Dutra, V.M.L & Barth, O.M. 1997. Análise palinológica de amostras de mel da região
de Bananal (SP/RJ). Revista Universidade de Guarulhos - Geociências II. 174-183.
Fidalgo, A.O. & Kleinert, A.M.P. 2007. Foraging behavior of Melipona rufventris
Lepeletier (Apinae; Meliponini) in Ubatuba, SP. Brazilian Journal of Biology. 67:1333-
140.
Flores, A.S. & Miotto, S.T.S. 2005. Aspectos fitogeográficos das espécies de Crotalaria
L. (Leguminosae, Faboideae) na região sul do Brasil. Acta Botanica Brasílica. 19: 245-
249.
Forni-Martins, E.R., Marques, M.C.M. & Lemes, M.R. 1998. Biologia floral e
reprodução de Solanum paniculatum L. (Solanaceae) no estado de São Paulo, Brasil.
Revista Brasileira de Botânica. 21: 117-124.
Guibu, L.S., Ramalho, M. Kleinert-Giovanini, A. & Imperatriz-Fonseca, V.L. 1988.
Exploração de recursos florais por colônias de Melipona quadrifasciata (Apidae,
Meliponinae). Revista Brasileira de Biologia. 48: 10-16.
Imperatriz-Fonseca, V.L., Kleinert, A. & Ramalho, M. 1989. Pollen harvest by eusocial
bees in a non-natural community in Brazil. Jounal of Tropical Ecology. 5:239-242.
Iwana, S. & Melhem, T.S. 1979. The pollen spectrum of the honey of Tetragonisca
angustula angustula Latreille (Apidae,Meliponinae). Apidologie. 10:275-295.
Kerr, W.E., Absy, M.L. & Marques-Souza, A.C. 1986/1987. Espécies nectaríferas e
poliníferas utilizadas pela abelha Melipona compressipes fasciculata (Meliponinae,
Apidae), no Maranhão. Acta Amazonica. 16/17:145-156.
Kleinert-Giovanini, A. & Imperatriz-Fonseca, V.L. 1987. Aspects of the niche of
Melipona marginata marginata Lepeletier (Apidae, Meliponinae). Apidologie. 18(1):69-
100.
Laroca, S. 1970. Contribuição para o crescimento das relações entre abelhas e flores:
coleta de pólen de anteras tubulares de certas Melastomataceae. Revista Floresta. 2:69-
74.
Lemus-Jiménez, L.C. & Ramirez N. 2005. Sistemas reprodutivos de las plantas en tres
hábtats de la planicie costera de Paranaguá, Venezuela. Revista Biología Tropical. 53:
415-430.
Louveaux, J., Maurizio, A., Vorwohl, G. 1978. Methods of melissopalinology. Bee
world. 59:139-157.
Luz, C.F.P., Thomé, M.L., Barth, O.M. 2007. Recursos tróficos de Apis mellifera
(Hymenoptera, Apidae) na região de Morro Azul do Tinguá, estado do Rio de Janeiro.
Revista Brasileira de Botânica. 1: 27-37.
Marques-Souza, A.C., Moura, C.O. & Nelson, B.W. 1996. Pollen collected by Trigona
williana (Hymenoptera: Apidae) in Central Amazônia. Revista Brasileira de Biologia.
44: 567-573.
Marques-Souza, A.C. 1996. Fontes de pólen exploradas por Melipona compressipes
manaosensis (Apidae: Meliponinae), abelha da Amazônia Central. Acta Amazonica. 26:
77-86.
Michener, C.D. 2000. The bees of the world. Baltimore, The Johns Hopkins University
Press, 913p. Moreti, A.C.C.C., Marchini, C., Souza, V.C., & Rodrigues, R.R. 2002.
Atlas do pólen de plantas apícolas. Papel Virtual, Rio de Janeiro. 93p.
Ramalho, M., Imperatriz-Fonseca, V.L., Kleinert-Giovanini, A. & Cortopassi-Laurino,
M. 1985. Exploitation of floral resources by Plebeia remota holmberg (Apidae,
Meliponinae). Apidologie. 16: 307-330.
Ramalho, M., Kleinert-Giovanini, A. & Imperatriz-Fonseca, V.L.. 1989. Utilization of
floral resources by species of Melipona (Apidade, Meliponinae): floral preferences.
Apidologie .20:185-195.
Ramalho, M. 1990. Foraging by stingless bees of the genus Scaptotrigona (Apidae,
Meliponinae). Jounal of Apicultural Research. 29:61-67.
Ramalho, M., Guibu, L.S., Giannini., T.C., Kleinert-Giovannini, A. & Imperatriz-
Fonseca, V.L.. 1991. Characterization of some southern brazilian honey and bee plants
through pollen analysis. Jounal of Apicultural Research. 30:81-86.
Ramalho, M., Giannini, T.C., Malagodi-Braga, K.S. & Imperatriz-Fonseca, V.L.. 1994.
Pollen harvest by stingless bees foragers (Hymenoptera, Apidae, Meliponina). Grana
33: 239-244.
Ramalho, M. 2004. Stingless bees and mass flowering trees in the canopy of atlantic
forest: a tight relationship. Acta Botanica Brasílica. 18: 37-47.
Renner, S. 1983. The widespread occurence of anther destruction by Trigona bees in
Melastomataceae. Biotropica. 15: 251-256.
Roubik, D.W & Moreno, J.E.P. 1991. Pollen and spores of Barro Colorado Island.
Monographs in systematics Botany. Missouri: Missouri Botanical Garden. 268p.
Souza, B., Roubik, D., Barth,.O.M., Heard, T, Enríquez, E., Carvalho, C., Villas-Bôas,
J., Marchini, L., Locatelli, J., Persano-Oddo, L., Almeida-Muradian, L.B., Bogdanov,
S., & Vit, P. 2006. Composition of stingless bee honey: setting quality standards.
Interciencia. 31:867-875.
Vit, P. & D'Albore G. R. 1994. Melissopalynology for stingless bees (Apidae:
Meliponinae) from Venezuela. Journal of Apicultural Research. 33: 145-154.
Vit, P. 2005. Melissopalynology Venezuela. APIBA-CDCHT, Universidade de Los
Andes - Mérida. 205p.
... Essas duas famílias são bem representadas em diversos trabalhos palinológicos desenvolvidos na Amazônia, como mostram os levantamentos bibliográficos realizados por Freitas e Novais (2014), para a Amazônia brasileira, e Souza et al. (2019), para o Brasil. Freitas et al. (2010) observaram que Euphorbiaceae, Fabaceae, Melastomataceae e Myrtaceae aparecem com maior frequência nos levantamentos envolvendo meliponicultura, corroborando com os resultados encontrados para Belterra, um município onde a criação de abelhas nativas está em expansão nas últimas décadas, principalmente pelo incremento que traz à renda das famílias de agricultores locais (Souza et al. 2018). Considerando-se apenas os tipos polínicos observados durante a contagem, Protium (Burseraceae) apresentou maior média de frequência relativa nas amostras (24,06%). ...
Article
Full-text available
Este artigo analisa a partição no uso de recursos florais por três espécies de abelhas nativas no interior da Amazônia: Melipona seminigra, M. melanoventer e M. interrupta. Para identificar as plantas potencialmente visitadas pelas abelhas, coletamos 24 amostras de mel. As amostras foram processadas quimicamente e os tipos polínicos identificados e quantificados. Encontramos 19 tipos polínicos relativos às seguintes famílias: Asteraceae, Burseraceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Hypericaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Plantaginaceae e Sapotaceae. O mel de M. interrupta apresentou 15 tipos polínicos diferentes, enquanto os méis de M. melanoventer e M. seminigra revelaram 14 e 11 tipos, respectivamente. O tipo polínico Protium (Burseraceae) teve a maior média de frequência relativa entre as amostras (24,07%). A maioria dos tipos polínicos (16) ocorreu como pólen isolado importante (3–15%) e pólen acessório (16–45%). M. interrupta teve o espectro polínico com maior diversidade e equitabilidade. M. seminigra mostrou um padrão mais heterogêneo no uso dos recursos. O índice de Pianka não revelou sobreposição significativa dos nichos entre as espécies. Verificou-se que as abelhas coexistem no mesmo espaço; mas, exploram fontes florais em diferentes intensidades.
... Melissopalynological studies of the floral resources collected by Tetragonisca angustula have been made in all Brazilian regions (Iwama & Melhem 1979;Imperatriz-Fonseca et al. 1984;Vit & D'Albore 1994;Ramalho 1995;Carvalho & Marchini 1999;Novais et al. 2006Novais et al. , 2014Sousa 2008;Osterkamp 2009;Freitas et al. 2010;Morgado et al. 2011;Rech & Absy 2011;Braga et al. 2012Braga et al. , 2014Obregón et al. 2013;Salvadé 2013; Barth et al. 2013;, 2015Morgado & Lorenzon 2014;Leite et al. 2015). In other countries, melissopalynology surveys on this bee species were conducted in Colombia by Corridor (2011) and in Argentina by Flores and Sánchez (2010). ...
Article
The FundãoDambreach, inNovember 2015 inMariana (20º 22ʹ 40 ″ S, 43º 24ʹ 58 ″W),was considered, at that time, the largest environmental disaster in Brazilian history. Meliponiculture was one of the activities pointed out as a way to promote floristic recovery and to generate income for the population, in order to minimise the impact of the disaster. The objective of this work was to identify the plants supplying pollen and nectar for Tetragonisca angustula by means of melissopalynological analysis in areas under the influence of the Fundão Dam breach. The palynological data were evaluated comparing to the floristic survey carried out in the region and using multivariate statistical analysis to verify the pollen similarities between the study sites and to investigate possible impacts caused on the bee flora due to the disaster. The pollen spectra of honey did not show differences among the study sites, since Schinus terebinthifolius Raddi predominated in all samples. Regarding the bee bread, two distinct groups were formed; in the areas affected by the dam breach there was a predominance of pollen from the pioneer heliophytic species of herbaceous or shrub habit such as Bacchari s, Crotalaria and Mimosa pudica. In the non-affected areas pollen of Cecropia, Myrsine and Schinus predominated, demonstrating a more established environment in the ecological succession. It is suggested that the results obtained be considered in the restoration projects in the region to assist the development of stingless bee-keeping projects as a tool for environmental recovery.
... , D'Ap olito et al. 2010,Deveza et al. 2015, D area et al. 2009, D orea et al. 2010a, D orea et al. 2010b, D orea et al. 2010c, Faria et al. 2012, Ferreira and Absy 2013, Ferreira and Absy 2015, Ferreira and Absy 2017a, Ferreira and Absy 2017b, Ferreira et al. 2010, Freire et al. 2012, Freitas et al. 2010a, Freitas et al. 2010b, Freitas et al. 2011 al. 2017, Frias et al. 2016, Jesus et al. 2014, Jong et al. 2009, Kadri et al. 2016, Lima et al. 2017, Lima Neto et al. ...
Article
We analysed scientific production related to melissopalynology in Brazil and surveyed the pollen types described in publications, producing a melissopalynological database. We inventoried articles published between 2005 and 2017 indexed in the Web of Science (WoS) and Scientific Electronic Library Online (SciELO). Searches in WoS involved researching the terms (1) mel?ssopalynolog*, (2) pollen analy?* AND honey, (3) bee* pollen, (4) pollen NEAR/15 bee*, (5) pollen analysis of honey, and (6) pollen analy?* NEAR/15 honey; in SciELO, we used the search terms (1) melissopalinologia, (2) pólen AND mel, (3) pólen AND abelha, (4) pólen apícola, and (5) análise polínica AND mel. Additionally, we consulted the resume of the principal authors of melissopalynology research in Brazil to identify articles published during that period but not appearing in other database searches. We uncovered a total of 133 publications distributed among 56 journals, with a mean of 4.92 authors/publication. A total of 1,362 pollen types were identified, representing 130 botanical families. Among those, the most well represented in terms of numbers of pollen types were Fabaceae (270), Asteraceae (89), Euphorbiaceae (61), Rubiaceae (58), Myrtaceae (51), Malvaceae (51), Bignoniaceae (49) and Arecaceae (48). Fifty-nine bee species were mentioned in the studies, distributed among 19 genera. Apis mellifera was the most frequently mentioned bee species (73 publications), followed by the native bee species Tetragonisca angustula (13 publications). The pollen types most frequently mentioned in the articles were (in decreasing order): Eucalyptus, Myrcia, Cecropia, Mimosa caesalpiniifolia, Vernonia, Poaceae type and Croton. The inventoried publications comprised all five geographical regions of Brazil, especially the northeastern region of that country, with 59 publications. There are still large areas of Brazil without any melissopalynological studies, however, principally the central-western and southern regions. As such, more research will be necessary to fill gaps in our knowledge of Brazilian palynodiversity.
... Stingless bees (Meliponini) occur in tropical and subtropical countries all over the world, from Central and So uth Am erica, Africa, So uth A sia to A ustralia (Souza et al., 2006). Melissopalynological analysis of honey has been done, by some exa mples, in Mexico (Martínez-Hernández et a l., 1 994), Ve nezuela (Vit and Ricciardelli D'Albore, 1994;Freitas et al., 2010), Borneo ( Leonhardt et al., 20 07) a nd Ar gentina (Flores and Sánchez, 2010). ...
Chapter
Full-text available
Scientific investigation of meliponine honey quality provides detailed information on where the bees go for food and also as pollinator agents. Palynological analysis of 22 stingless bee honeys, obtained in several localities of Brazil, showed that ~75% of the samples were monofloral (at least 45% of pollen grains were of one species). Botanical origin was in agreement with regional vegetation, and pollen suggests Meliponini maintain activity on a single plant species when nectar is available.
Article
Full-text available
Nectariferous and polliniferous resources are key to the survival of social bees, so identifying the origin sources allows the implementation of management actions aimed at a greater supply of nutrients for the colonies. Besides, defining the floral origin of honeys contributes to their characterization and commercialization. The objective of our work was to identify the plants that provide nectar to the bees Apis mellifera and Tetragonisca fiebrigi in northern Misiones, through palynological analysis of honey samples collected between 2006 and 2008. Both bees showed a polylectic foraging habit. Richness of pollen types per sample ranged between 10 and 34 (mean = 20.5 ± 7.7) for A. mellifera, and between 13 and 43 (mean = 24.8 ± 7.1) for T. fiebrigi. The 15 most abundant pollen types in the honeys of A. mellifera were, in decreasing order of importance, Resumen Los recursos nectaríferos y poliníferos son clave para la supervivencia de las abejas sociales, por lo que identificar las fuentes de origen permite implementar acciones de manejo tendientes a un mayor suministro de nutrientes para las colonias. Asimismo, definir el origen floral de las mieles contribuye a la caracterización y comercialización de las mismas. El objetivo de nuestro trabajo fue identificar los recursos vegetales que proporcionan néctar a las colmenas de Apis mellifera y Tetragonisca fiebrigi en el norte de Misiones, a partir del análisis polínico de las muestras de miel colectadas entre 2006 y 2008. Ambas especies mostraron un hábito de alimentación poliléctico. La riqueza de tipos polínicos por muestra osciló entre 10 y 34 (media = 20,5 ± 7,7) para A. mellifera, y entre 13 y 43 (media = 24,8 ± 7,1) para T. fiebrigi. Los 15 tipos polínicos más abundantes en las mieles de A. mellifera fueron, en orden decreciente de importancia, Euphorbiaceae,
Thesis
Full-text available
Within the amazon region 130 species of stingless bees can be found, grouped into 26 genera, where Melipona and Trigona are the most represented. In Acre there is official record of 20 genera and 64 species of stingless bees, among those M. eburnea is one of the members, being very common in the Acre forests and rationally created by melipolinculturists, in the municipality of Rio Branco. The objectives that integrated this job were: (i) to identify botanical species used by M. eburnea to collect pollen and nectar; (ii) to determine the frequency of pollen types found in honey itself as well as in the pollen charges of the bees´ corbicles of M. eburnea; (iii) to point out the flowering seasonality of the plants used by M. eburnea to collect pollen and nectar; (iv) to identify the growth habits of M. eburnea´ s pollen and nectar suppliers; (v) to indicate the contribution of native, cultivated and ruderal species in the supply of pollen and nectar to M. eburnea; (vi) to verify the influence of rainfall and light intensity on the supply of food resources for M. eburnea, throughout the year; (vii) to assess the protein content and the specific concentration of amino acids content in the pollen collected by M. eburnea, throughout the year and (viii) to check if there is a link between the different levels of protein and amino acids with the diversity of pollen types collected by M. eburnea. Once a week, from April 2017 to March 2019, from 5 am to 9 am. worker bees from three colonies of M. eburnea have been sampled. The weekly samples have been gathered, thus creating a single monthly sample. The pollen sources used by M. eburnea have consequently been determined by sampling the pollen loads from the worker bees, when returning to the colony with pollen in their corbicles. The sources of nectar have been confirmed by checking on honey samples taken from the pots, still open. In order to quantify the protein content and the amino acid profile, the samples have been collected together with those of pollen and honey, in still open pollen pots and from the same selected colonies. After that, pollen has been collected and sampled from plants present in the study area, as well as from the dried ones, kept in the UFAC – UFACPZ herbarium, to preparing a reference “pollen library”. Microscopy slides have been set to perform qualitative and quantitative analysis of the pollen types contained in the samples of the bees´ charges, honey and pollen pots. Palynological analysis have shown that M. eburnea bees have harvested floral resources from 115 botanical species, belonging to 47 families and 96 genera: 61 species have been used both to collect pollen and nectar, 19 only for pollen collection and 35 just for nectar extraction. Fabaceae (Mimosoideae) and Myrtaceae have been the main sources of pollen and nectar to M. eburnea, in all the seasons of the bee calendar (rainy, rain-dry transition, drought and dry-rain transition). Among the pollen types of the corbicle loads´ samples, Mimosa pudica represented the highest concentration 6.79 (log 10). When considering the volume of the pollen grain, Hybiscus was the most important. Among those classified in the honey samples, Crotalaria retusa obtained the highest concentration of 6.56 (log 10). In the main group of plants visited by M. eburnea, 50.61% were native; 36.59% cultivated and 12.81% ruderal. Referring to the habit, 40.25% were trees; 34.59% bushes; 13.21% herbs; 8.18% vines; 3.14% sub-shrubs and 0.63% epiphytes. The seasonality of the botanical species utilized by M. eburnea to collect floral resources has demonstrated wide variation throughout the study period: the pollen types Solanum and M. pudica have turned out being the least seasonal, in the corbicula loads´ samples. Among honey ones, Combretum. These pollen types have been present during the all assessed months. 13 amino acids have been found in the pollen stored by M. eburnea, nine of which are essential ones. In this group, Arginine was preponderant. Among the non-essentials, Proline has shown the highest concentration, being predominant in the set of identified amino acids as well, representing 68.5%. The levels of raw protein vary from 16.57 to 24.39%, within an average of 20.75%. The highest concentration of flowering has occurred in the dry season, characterized by a decrease in the volume of rainfalls and an increase in the amount of hours of sunshine. As for the totality of plants visited by M. eburnea, 38.39% offered pollen and/or nectar, during the dry season. It is concluded that (i) M. eburnea presents a generalist behavior in the use of pollen sources; (ii) the main sources of pollen and nectar for M. eburnea have been Fabaceae and Myrtaceae; (iii) native vegetation, mainly trees and bushes, have been the primary source of pollen and nectar for M. eburnea; (iv) an association among native, cultivated and ruderal plants provides appropriate amounts of proteins and amino acids for M. eburnea. Keywords: Stingless bee, Rational breeding, Meliponiculture, Floral resources, Agroforestry system – AFS.
Article
Full-text available
Resumo. O presente trabalho teve como objetivo identificar plantas utilizadas por Melipona eburnea Friese para coleta de pólen e verificar a influência das precipitações no forrageamento dessa espécie. Para isso, realizou-se duas coletas semanais, de outubro de 2015 a junho de 2016, em três colônias de M. eburnea. Abelhas operárias transportando cargas de pólen foram capturadas na entrada de suas colônias, utilizando-se rede entomológica. As cargas de pólen foram retiradas das corbículas das operárias com o auxílio de pinça e, posteriormente, levadas ao Laboratório para serem analisadas. Os grãos de pólen foram fotomicrografados e identificados através da comparação com o pólen das plantas em floração na área estudada. Os dados foram obtidos a partir do número de grãos de pólen nas amostras com a média de precipitação para cada mês. Identificou-se 44 espécies botânicas, distribuídas em 18 famílias, as principais foram: Fabaceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae e Arecaceae. Foi observado que a maior quantidade de pólen fornecido para M. eburnea ocorreu no período de menor volume pluviométrico. M. eburnea apresenta comportamento generalista na coleta de recursos polínicos, alterando seu nicho trófico, de acordo com a intensidade de floração. Plantas nativas representam a principal fonte de pólen para M. eburnea. Analysis of the trophic niche and the influence of the precipitations on the foraging of Melipona eburnea Friese (Apidae: Meliponina) created in Acre, Brazil Abstract. The present work had as objective to identify plants used to collect pollen per Melipona eburnea Friese and to verify the influence of the precipitations in the foraging of this specie. For tath, two weekly collections were carried out, from October 2015 to June 2016, in three colonies of M. eburnea. Worker bees carrying pollen loads were captured at the entrance of their colonies, using an entomological net. The pollen loads were removed from the workers' corbulas with the aid of forceps and then taken to the laboratory for analysis. The pollen grains were photomicrographs and identified by comparison with the pollen of the flowering plants in the studied area. The data were obtained from the number of pollen grains in the samples with the average precipitation for each month. It was identified 44 pollen types distributed in 18 families, the main ones being: Fabaceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae and Arecaceae. It was observed that the highest amount of pollen supplied to M. eburnea occurred in the period of lower rainfall volume. M. eburnea presents general behavior in the collection of pollinic resources. Native plants represent the main source of pollen for M. eburnea.
Chapter
Full-text available
Palynological investigation of pollen loads and honey of stingless bees allows recognizing bee floral preferences in different localities, the local vegetation types, and quality of the bee products. Data on pollen analysis of samples obtained in several Brazilian regions were studied. Additional elements were also noted, such as bacteria, plant hairs, oil, spores and fungal hyphae, starch, wood, yeast, and organic and other materials. Monofloral and heterofloral honeys were considered, as well as the pollen harvested by different bee species. Palynological analysis of geopropolis indicated the vegetation of phytogeographical regions. Standardization of sample collection and laboratory techniques is recommended.
Article
Full-text available
Resumo Estuda-se a carga transportada nas patas por 267 abelhas de Melipona seminigra durante um ano, em Manaus. Dessas, 104 (39%) não transportavam pólen, mas sim látex (no nosso caso do fruto de Vismia, inclusive com sementes), resinas e barro. Das 163 restantes (61%), 99 transportavam pólen de uma só espécie, 38 (23%) transportavam de duas espécies e 26 (16%) de três ou mais. As abelhas colheram pólen de 19 famílias e 25 gêneros diferentes. Apenas 13 tipos de pólen foram identificados até o nível de espécie.
Article
Full-text available
The pollen transported by worker bees of Melipona compressipes manaosensisSchwarz, 1932, was studied from August 1988 to July 1989. Thirty types of pollen were encountered, distributed among 22 genera and 19 families of plants. Cassiaspp. were the most important pollen source, followed by two species of Miconiaand three of Solanum.Additional important pollen sources, exploited only at specific times of the year, were: Tapirira guianensis, Doliocarpussp., Lindackeriasp. and Mimosa pudica.There are strong indications that seasonal intensity of rain affected foraging intensity in Melipona compressipes manaosensis.Few plant species were collected during the very rainy month of May, 1989. During rainy periods no workers were observed entering or leaving the hive, but during breaks in the rain the workers returned to the hive.
Article
Full-text available
Este trabalho apresenta 79 espécies de plantas que fornecem néctar e/ou pólen para operárias de Melipona compressipes fasciculata, que é a abelha mais comum do Maranhão. A maioria dessas plantas são também visitadas por Apis mellifera. Sugere-se, com isso, o plantio de algumas espécies em estradas, cercas, ruas, avenidas e praças, a fim de melhorar a pasto apícola.
Article
Full-text available
Por razões técnicas o resumo deste artigo não está disponível. Para maiores informações baixar arquivo completo.
Article
The paper presents data on pollen and nectar foraging by Scaptotrigona bipunctata, S.depilis and S.postica in a disturbed community (the campus of Sāo Paulo University, on the outskirts of Sāo Paulo city), during a one-year period. Despite high local floral diversity, these bees exploited around 10 plant species and concentrated their pollen and nectar foraging on Eucalyptus flowers. On the other hand, they visited around 100 plant species altogether. This is a basic pattern presented by other stingless bees foraging in the area. But there are differences in exploiting major food sources, mainly between bee genera.
Article
Pollen spectra were obtained for honey samples taken from the nests of 48 Melipona spp. and 20 other stingless bee species at 23 locations in Venezuela from 1987 to 1989. The order of abundance for dominant pollens in Melipona spp. honeys was: Mimosa pudica gr., Scrophulariaceae, Machaerium gr., Avicennia, Myrtaceae, Mimosa scabrella gr., Cassia, Myrcia, Piper, Philoxerus, Xanthoxylum, Alternanthera and Astragalus. Pollens of Trema, Triumfetta, Avicennia, Palmae, Fagara, Hyptis gr., Rhamnaceae, Xanthoxylum and Acalypha were dominant in the non-Melipona samples. The abundance of dominant pollens from nectarless plants, such as Mimosa pudica gr., Mimosa scabrella gr., Alternanthera, Piper and Trema, considerably reduces the list of major nectar sources found for the stingless bees studied; their presence could be due to mixing of the honey with pollen pots inside the nest.
Article
A complex behavior pattern of pollen robbing by several species of the large tropical bee genus Trigona (Apidae: Meliponinae, tribe Trigonini) is described. These bees probe pollen from the apical pores of tubular Melastomataceae anthers as far as their tongues reach and then cut off the top of the anther to expose more pollen. This is repeated several times. A summary of observations of this syndrome in 34 species of Brazilian Melastomataceae and records from other neotropical countries are presented. The significance of these pollen robbers' adaptations is examined.
Article
Pollen was obtained and identified from corbiculae of Trigona williana worker bees over a one year period at the INPA campus in the city of Manaus. Ranked by number of pollen grains, the dominant plant familes were: Arecaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Caricaceae, Moraceae and Malpighiaceae. Dominant plant species were Cocos nucifera, Maximiliana martiana, Cassia sp., Carica papaya, Bellucia grossularioides, Anocarpus incisa and Slachytarpheta cayennensis. Fewer plant species were exploited in the rainy season than in the dry season.