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Reemerging arboviruses: clinical-epidemiological profile of hospitalized elderly patients / Arbovirosis reemergentes: perfil clínico epidemiológico de personas mayores hospitalizadas/ Arboviroses reemergentes: perfil clínico-epidemiológico de idosos hospitalizados

Authors:

Abstract and Figures

Objective: Describe the clinical-epidemiological profile of hospitalized elderly patients with arbovirus. Method: A documentary retrospective population-based descriptive study that used a quantitative approach with hospitalized elderly patients diagnosed with arbovirus was conducted in a teaching hospital. Data were collected from medical records and investigation forms. Results: Thirty-three elderly patients participated in this study. A prevalence of dengue was observed, with fever, myalgia, and arthralgia. Arterial hypertension and diabetes were the comorbidities. Statistically significant correlations were obtained between arbovirus and schooling, employment situation, marital status, test results, and use of analgesics; and between the site of arthralgia and Chikungunya. Conclusion: The results support nursing care to hospitalized elderly patients with arbovirus, allowing the development of a proper and humanized care plan.
Content may be subject to copyright.
1
www.ee.usp.br/reeusp Rev Esc Enferm USP · 2018;52:e03403
1 Universidade Federal da Paraíba,
Hospital Universitário Lauro
Wanderley, João Pessoa, PB, Brasil.
2 Universidade Federal da Paraíba,
João Pessoa, PB, Brasil.
Arboviroses reemergentes: perfil clínico-epidemiológico de
idosos hospitalizados
Reemerging arboviruses: clinical-epidemiological profile of hospitalized elderly patients
Arbovirosis reemergentes: perfil clínico epidemiológico de personas mayores hospitalizadas
Lia Raquel de Carvalho Viana1, Cláudia Jeane Lopes Pimenta2, Edna Marília Nóbrega Fonseca de Araújo1, Tiago José
Silveira Teófilo1, Tatiana Ferreira da Costa2, Kátia Neyla de Freitas Macedo Costa2
Como citar este artigo:
Viana LRC, Pimenta CJL, Araújo EMNF, Teófilo TJS, Costa TF, Costa KNFM. Reemerging arboviruses: clinical-epidemiological profile of hospitalized elderly
patients. Rev Esc Enferm USP. 2018;52:e03403. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2017052103403
Recebido: 16/01/2018
Aprovado: 25/06/2018
Autor correspondente:
Lia Raquel de Carvalho Viana
Rua dos Milagres, 1516, Cristo Redentor,
CEP 58070-530 – João Pessoa, PB, Brasil
lia_viana19@hotmail.com
ARTIGO ORIGINAL DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2017052103403
ABSTRACT
Objective: Describe the clinical-epidemiological prole of hospitalized elderly patients
with arbovirus. Method: A documentary retrospective population-based descriptive
study that used a quantitative approach with hospitalized elderly patients diagnosed with
arbovirus was conducted in a teaching hospital. Data were collected from medical records
and investigation forms. Results: irty-three elderly patients participated in this study.
A prevalence of dengue was observed, with fever, myalgia, and arthralgia. Arterial
hypertension and diabetes were the comorbidities. Statistically signicant correlations
were obtained between arbovirus and schooling, employment situation, marital status,
test results, and use of analgesics; and between the site of arthralgia and Chikungunya.
Conclusion: e results support nursing care to hospitalized elderly patients with
arbovirus, allowing the development of a proper and humanized care plan.
DESCRIPTORS
Aged; Dengue; Chikungunya Fever; Geriatric Nursing; Health of the Elderly.
2www.ee.usp.br/reeusp
Arboviroses reemergentes: perfil clínico-epidemiológico de idosos hospitalizados
Rev Esc Enferm USP · 2018;52:e03403
INTRODUÇÃO
A população mundial está em constante envelhecimento.
De acordo com o relatório de 2015 da United Nations
Population Division(1), o número de indivíduos com mais
de 60 anos deverá atingir o total de 2,1 bilhões até 2050.
Essa mudança no cenário social traz consigo necessidades
especícas dessa população. Nesse contexto, a área da saúde
deve estar preparada não apenas para o impacto das doenças
crônicas, bastante comuns em idosos, mas também para as
infecções reemergentes, que vêm ganhando destaque na
última década(2).
Recentemente se tem observado a reemergência
de doenças transmitidas por mosquitos, denominadas
arboviroses, com destaque para a Febre de Chikungunya
e Febre de Zika em vários países das Américas. A entrada
desses vírus no Brasil, país já endêmico para a Dengue,
representa um grande desao para a saúde pública, pois todos
estão suscetíveis às infecções e ainda não existem antivirais
especícos, tampouco vacinas para prevenção(3).
Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério
da Saúde, no ano de 2017, até o mês de setembro, foram
conrmados no Brasil 88 óbitos por Dengue e 99 por Febre de
Chikungunya – esta última tem maior incidência no Nordeste.
Em relação à Febre de Zika, houve conrmação de 6.679
casos em 2017(4). Tais doenças possuem características clínicas
semelhantes, variando-se a intensidade dos sinais e sintomas,
a saber: artralgia, febre alta, náusea, diarreia, vômito, dor retro-
orbital, mialgia, plaquetopenia, exantema, entre outros(5-6).
A Febre de Chikungunya é preocupante, pois a severa
artralgia, presente em aproximadamente 100% dos casos,
constitui a característica mais debilitante para o indivíduo,
podendo tornar-se crônica(5). Na população idosa, a
doença causa perda de função, descondicionamento físico,
diminuição de mobilidade, depressão, artrite, e consequente
redução na qualidade de vida(7). Por outro lado, a infecção
pelo vírus da Zika pode levar ao desenvolvimento da
Síndrome de Guillain-Barré, doença que cursa com astenia
generalizada e paralisia(8). A importância de enfatizar os
idosos explica-se devido às formas mais graves das doenças
acometerem principalmente esses indivíduos(9).
Na assistência aos pacientes com arboviroses, o
enfermeiro, como educador, atua na prevenção de agravos
e promoção à saúde, visando ao incentivo da adoção de
melhores hábitos pela a população, nos diversos níveis
de complexidade. No tocante ao paciente infectado, esse
prossional atuará com base em um plano de cuidados
humanizado, com diagnósticos de enfermagem, metas
e intervenções, buscando o restabelecimento da saúde
do indivíduo(10).
Apesar da grande disseminação, ainda é escasso e
limitado o conhecimento dos prossionais de saúde acerca
das particularidades e complicações dessas arboviroses.
Torna-se fundamental a organização dos serviços de saúde
para fornecer maior resolutividade frente ao acelerado
aumento do número de novos casos
(5)
. Diante ao exposto,
o objetivo desta pesquisa foi descrever o perl clínico-
epidemiológico dos idosos hospitalizados com arboviroses.
MÉTODO
Tipo de esTudo
Trata-se de um estudo documental retrospectivo, de base
populacional e descritivo, com abordagem quantitativa.
Cenário
A pesquisa foi realizada no Serviço de Arquivo Médico
e Estatística (SAME) de um Hospital Universitário
localizado no município de João Pessoa, Paraíba, Brasil.
A população investigada constituiu-se de idosos que
estiveram hospitalizados na Clínica de Doenças Infecto-
Parasitárias (DIP) com diagnóstico de arbovirose (Febre
de Chikungunya, Dengue e/ou Febre de Zika) durante o
período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016, perfazendo
um total de 41 pacientes.
Foram incluídos no estudo prontuários disponíveis no
SAME de indivíduos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos,
que estiveram hospitalizados na DIP, no referido período,
nos quais constaram o diagnóstico nal de Dengue, Febre
de Chikungunya e/ou Febre de Zika. Os prontuários foram
localizados por meio da cha de investigação e noticação do
Sistema de Informação de Agravos de Noticação (SINAN),
sob a competência do Setor de Vigilância Epidemiológica.
Foram excluídos os pacientes cujos prontuários e chas de
investigação não foram encontrados ou caracterizavam-se
como nada consta. Dessa forma, não foi possível resgatar
informações de oito idosos, e a amostra nal foi composta
por 33 pacientes.
ColeTa de dados
A coleta de dados foi realizada entre os meses de junho
a agosto de 2017, mediante informações encontradas nos
prontuários e chas de investigação dos pacientes.
análise e TraTamenTo dos dados
As informações foram sistematizadas em instrumento
semiestruturado, com dados referentes ao perfil
sociodemográco, clínico e epidemiológico. Foi realizada a
análise descritiva e exploratória dos dados para vericar a
frequência das variáveis pesquisadas. Os testes Qui-quadrado
de Pearson, Exato de Fisher e Mann-Whitney foram
utilizados com a nalidade de associar os resultados obtidos
por meio do perl dos pacientes e diagnóstico da arbovirose.
aspeCTos éTiCos
Foram observados os aspectos éticos que normatizam a
pesquisa envolvendo seres humanos, direta ou indiretamente,
dispostos na Resolução n.º 466/12, do Conselho Nacional
de Saúde, e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley/UFPB,
sob o parecer n.º 2.118.718 de 2017.
RESULTADOS
Em relação aos dados sociodemográficos, dos
33 pacientes, 57,6% eram do sexo masculino, 57,6%
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Viana LRC, Pimenta CJL, Araújo EMNF, Teófilo TJS, Costa TF, Costa KNFM
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encontravam-se na faixa etária entre 60-69 anos, 42,4% eram
da raça parda, 39,4% eram aposentados, 54,5% eram casados
e 93,9% residiam na zona urbana. Sobre a escolaridade, em
30,3% dos pacientes não constava essa informação e 21,2%
possuíam ensino fundamental incompleto. Em relação à
procedência, em 42,4% dos pacientes era desconhecida e
33,3% vieram ao Hospital Universitário encaminhados por
um serviço de urgência e emergência.
No tocante aos dados clínicos, 54,5% obtiveram diagnóstico
nal de Dengue, 45,5%, Febre de Chikungunya, 30,3% tiveram
Dengue clássica e 15,2%, Dengue com sinais de alarme. Como
doenças de base, 69,7% apresentaram Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS) e 48,5%, Diabetes (Tabela 1).
Tabela 1 – Doenças de base em idosos hospitalizados com
arbovirose – João Pessoa, PB, Brasil, 2017.
Doenças de base n %
HAS 23 69,7
Diabetes 16 48,5
Cardiopatia 10 30,3
Hepatopatia 3 9,1
Doença renal crônica 3 9,1
Doenças respiratórias 3 9,1
Doenças oftalmológicas 3 9,1
Doenças neurológicas 2 6,1
Doença autoimune 1 3,0
Doenças hematológicas 1 3,0
Nenhuma 2 6,1
Não consta 2 6,1
Os principais sinais e sintomas dos pacientes foram febre
(97%), mialgia (78,8%) e artralgia intensa (75,8%), como
mostra a Tabela 2.
Tabela 2 – Sinais e sintomas em idosos hospitalizados com
arboviroses – João Pessoa, PB, Brasil, 2017.
Variáveis n %
Sinais e sintomas
Febre 32 97,0
Mialgia 26 78,8
Artrose intensa 25 75,8
Cefaleia 21 63,6
Náuseas 14 42,4
Vômitos 14 42,4
Exantema 13 39,4
Astenia 9 27,3
Perda de peso 9 27,3
Diarreia 8 24,2
Dor nas costas 6 18,2
Prurido 5 15,2
Dor retro-orbital 3 9,1
Conjuntivite 2 6,1
Edema 2 6,1
Calafrios 1 3,0
Em 15,2% dos idosos, a poliartralgia caracterizou-se como
assimétrica,15,2% em punhos e joelhos e 12,1% em mãos. O
diagnóstico da arbovirose foi realizado de forma clínica. Dos
que tiveram Febre de Chikungunya, apenas 18,2% realizaram
Sorologia IgM para Chikungunya, e dos diagnosticados com
Dengue, 15,2% realizaram Sorologia IgM para Dengue. As
principais alterações que constaram no Hemograma dos
pacientes foram: plaquetopenia (66,7%), PCR – Proteína
C-Reativa alta (48,5%) e leucopenia (39,4%). Quanto ao
tempo de internação, houve prevalência de até 7 dias (60,6%),
e foi registrada a ocorrência de um óbito na amostra.
Ao correlacionar os dados sociodemográcos com o
diagnóstico da arbovirose, houve signicância estatística
(p≤0,05) nas variáveis escolaridade, situação prossional e
estado civil, como consta na Tabela 3.
Tabela 3 – Dados sociodemográficos e diagnóstico de arbovirose
em idosos hospitalizados – João Pessoa, PB, Brasil, 2017.
Variáveis
Diagnóstico / arbovirose
Valor pDengue Chikungunya
n % n %
Sexo
0,247*
Masculino 12 66,7 7 46,7
Feminino 6 33,3 8 53,3
Faixa etária
0,240**
60 – 69 anos 12 66,7 7 46,7
70 – 79 anos 3 16,7 3 20,0
80 – 89 anos 2 11,1 4 26,7
90 anos 1 5,6 1 6,7
Raça
0,432*
Branca 6 33,3 6 40,0
Parda/mulata/cabocla 7 38,9 7 46,7
Preta/negra 3 16,7 - -
Não consta 2 11,1 2 13,3
Escolaridade
0,002**
Analfabeto 5 27,8 - -
Ensino fundamental incompleto 5 27,8 2 13,3
Ensino fundamental completo 1 5,6 1 6,7
Ensino médio completo 3 16,7 2 13,3
Ensino superior incompleto 1 5,6 - -
Ensino superior completo 1 5,6 2 13,3
Não consta 2 11,1 8 53,3
Situação prossional
0,008*
Aposentado 11 61,1 2 13,3
Pensionista - - 1 6,7
Empregado/ocupação 5 27,8 2 13,3
Do lar 1 5,6 3 20,0
Não consta 1 5,6 7 46,7
Estado civil
0,022*
Solteiro - - - -
Casado 13 72,2 5 33,3
Viúvo - - 2 13,3
Divorciado 2 11,1 - -
Não consta 3 16,7 8 53,3
Zona de residência
0,412*
Urbana 16 88,9 15 100,0
Rural 1 5,6 - -
Não consta 1 5,6 - -
Procedência
0,370*
Serviço de urgência e emergência 7 38,9 4 26,7
Atenção hospitalar 5 27,8 2 13,3
Residência - - 1 6,7
Não consta 6 33,3 8 53,3
Total 18 100,0 15 100,0
*Qui-quadrado de Pearson; **Teste de Mann-Whitney.
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Arboviroses reemergentes: perfil clínico-epidemiológico de idosos hospitalizados
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Quando as características da poliartralgia foram
correlacionadas com o diagnóstico da arbovirose, houve
signicância estatística apenas entre o local do sintoma
(joelhos) e a Febre de Chikungunya. Também houve
signicância na correlação entre resultados do Hemograma
(PCR alta e plaquetopenia), uso de medicamentos (analgésicos)
e diagnóstico da arbovirose, como mostra a Tabela 4.
Tabela 4 – Resultado do hemograma, do uso de medicamentos
e diagnóstico de arbovirose em idosos hospitalizados – João
Pessoa, PB, Brasil, 2017.
Variáveis
Diagnóstico / arbovirose
Valor pDengue Chikungunya
n % n %
Hemograma
Leucopenia 9 50,0 4 26,7 0,172*
Trombocitopenia 2 11,1 1 6,7 0,658*
Proteína C-Reativa alta 12 66,7 4 26,7 0,037**
Plaquetopenia 15 83,3 7 46,7 0,026*
Diminuição de hemácias - - 2 13,3 0,199**
Diminuição de hemoglobina 1 5,6 4 26,7 0,152**
Não consta 1 5,6 6 40,0 0,300**
Medicamentos / tratamento
Analgésicos 17 94,4 9 60,0 0,030**
Antitérmicos 15 83,3 9 60,0 0,239*
Corticosteroides - - 1 6,7 0,455**
Anti-inflamatórios não
esteroidais - - 1 6,7 0,455**
Hidratação oral/endovenosa 13 72,2 7 46,7 0,135*
Anti-hipertensivo 9 50,0 6 40,0 0,566*
Hipoglicemiante/insulina 7 38,9 3 20,0 0,283**
Não consta 1 5,6 6 40,0 0,300**
* Qui-quadrado de Pearson; **Teste Exato de Fisher.
DISCUSSÃO
A maioria dos idosos internados na clínica DIP
apresentou prontuário e/ou cha de noticação compulsória.
No hospital, os agravos são noticados por meio de chas
elaboradas pelo SINAN e encaminhadas para o Núcleo
Hospitalar de Vigilância Epidemiológica, e os dados são
repassados à Secretaria Municipal de Saúde. Todavia,
além da quantidade, a qualidade desses dados deve ser
enfatizada, visto que, quanto mais completa a cha, mais
efetivas e incisivas serão as ações para a resolução dos
problemas encontrados(11).
No tocante aos dados sociodemográcos, a amostra
apresentou discreta predominância do sexo masculino,
concordando com estudo(11). A maioria dos idosos era
pertencente à faixa etária de 60-69 anos, coincidindo com
o perl brasileiro dessa população
(12)
. Em relação à zona
de residência, a quase totalidade da amostra residia em
área urbana, concordando com pesquisa
(13)
. A urbanização
acentuada, a falta de saneamento básico e a precária
infraestrutura expõem a população a um maior risco de
infecção, pois possibilitam a ampliação do habitat dos vetores
em locais densamente povoados(14). Sobre a escolaridade,
verificou-se predominância do ensino fundamental
incompleto. A importância do nível de escolaridade
relaciona-se com a prevenção, efetivada mediante estratégias
de caráter higienista de combate ao vetor, as quais exigem da
população medidas de extinção dos criadouros domésticos
de mosquitos(15).
Grande parte dos idosos foi encaminhada ao hospital por
um serviço de urgência e emergência. Em estudo realizado
em uma Unidade de Pronto Atendimento em João Pessoa, a
Dengue representou 92,5% das noticações
(16)
. A dor aguda
é o principal motivo de busca por esse serviço, destacando-se
a lombalgia, mialgia, cefaleia e dor no joelho(17), todas
pertencentes ao quadro clínico da Dengue e Febre de
Chikungunya. Assim, os pacientes tendem a procurar
atendimento no referido serviço, visto que se trata de uma
porta de entrada de fácil acesso(16).
No que concerne ao aspecto clínico, quanto ao diagnóstico
nal, observou-se discreta prevalência da Dengue do tipo
clássica, concordando com estudos brasileiros(13,18). A
Dengue é a doença viral transmitida por artrópodes mais
predominantes no mundo e constitui um grave problema
de saúde pública, principalmente no Brasil. Em pesquisa
realizada no mesmo hospital deste estudo, essa infecção
ocupou o segundo lugar das noticações analisadas(11).
Trata-se de uma doença que está afetando cada vez mais os
idosos, os quais apresentam maior risco de complicações e
mortalidade. Segundo o Ministério da Saúde, a ocorrência de
óbitos relaciona-se ao desconhecimento e desvalorização dos
sinais de alarme, busca por mais de um serviço sem conduta
adequada e reposição volêmica insuciente(6). No entanto,
apesar da maior mortalidade entre os pacientes com Dengue,
no presente estudo houve apenas um óbito, o de um idoso
com diagnóstico de Febre de Chikungunya.
A Febre de Chikungunya foi diagnosticada em 45,5%
da amostra. A literatura arma que, embora seja semelhante
à Dengue em termos de sintomatologia, trata-se de uma
doença com maior potencial de desencadear epidemias
mais devastadoras, devido ao maior número de casos
sintomáticos, maior período de viremia e menor tempo de
incubação do agente etiológico
(19)
. Um estudo prospectivo
realizado em Porto Rico, ao identicar a etiologia de doenças
febris em 8.996 pacientes, vericou prevalência do vírus
da Chikungunya(20).
Observou-se neste estudo que HAS e Diabetes foram as
principais doenças de base dos idosos hospitalizados, assim
como em outras pesquisas(18,21). Tais doenças crônicas são as
mais frequentes na população idosa e, portanto, devem ser
consideradas na abordagem terapêutica, visando à ecácia do
tratamento da arbovirose
(22)
. Vale ressaltar que a presença de
comorbidades em pacientes com arboviroses foi mencionada
como fator que determina a gravidade da doença(21-22), pois
pode favorecer o surgimento de complicações, especialmente
em indivíduos com mais de 75 anos
(20)
. Em idosos diabéticos,
por exemplo, a descompensação glicêmica está associada
à desidratação, agravando a situação clínica do paciente
diante da infecção aguda pela arbovirose. Sabe-se que a
hidratação oral deve ser iniciada ainda na sala de espera pelo
5
Viana LRC, Pimenta CJL, Araújo EMNF, Teófilo TJS, Costa TF, Costa KNFM
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atendimento(6). Nos casos de Dengue, pode haver hemorragias
oriundas de plaquetopenia, coagulopatia e alterações
vasculares(6), as quais podem ser causadas pela HAS. Assim,
recomenda-se que a abordagem ao tratamento de arboviroses
em idosos seja realizada mediante rigorosa supervisão clínica
em relação à comorbidades e polifarmácia(22).
Febre, mialgia e artralgia foram as manifestações
clínicas mais registradas durante a hospitalização. Resultado
semelhante foi encontrado em pesquisa sobre Dengue
na Índia(21) e em estudo sobre a Chikungunya(23), ambos
realizados com idosos. A febre está presente nas arboviroses
supracitadas. Na Dengue, o sintoma consiste na primeira
manifestação, seguido de cefaleia, astenia, mialgia e dor
retro-orbitária
(6)
. A Febre de Chikungunya caracteriza-se,
além desses sintomas, sobretudo, pela artralgia severa e
debilitante
(20)
. Acerca da poliartralgia, esta se caracterizou
como assimétrica, prevalecendo em punhos, joelhos e mãos.
De acordo com o Ministério da Saúde
(5)
, a poliartralgia tem
sido identicada em cerca de 90% dos casos de Chikungunya
na fase aguda. De modo geral, apresenta-se como bilateral
e simétrica, porém pode ser assimétrica, afetando grandes e
pequenas articulações, com frequência as mais distais.
Todos os pacientes da amostra receberam diagnóstico
clínico, e, para a conrmação do caso, apenas 18,2%
realizaram sorologia IgM para Chikungunya e 15,2%
sorologia IgM para Dengue. Esse quantitativo reduzido de
sorologias também foi observado em outros estudos
(18,24)
. No
tocante à Chikungunya, recomenda-se que, nos casos típicos,
o diagnóstico se dê por critérios clínicos epidemiológicos,
e a sorologia apenas diante da necessidade de diagnóstico
diferencial
(22)
. Ressalta-se que casos atípicos são aqueles nos
quais há constância ou aumento da intensidade dos sintomas,
para os quais o diagnóstico sorológico é obrigatório(5). O
mesmo se aplica à Dengue, que só deve ser conrmada
laboratorialmente em casos graves(6).
Vericou-se que as alterações laboratoriais mais frequentes
foram plaquetopenia, PCR alta e leucopenia, concordando
com estudo(24). Na Febre de Chikungunya, é frequente que o
hemograma dos pacientes apresente leucopenia com linfopenia
(<1.000 cels/mm3), além de velocidade de hemossedimentação
e PCR elevadas(5). Na Dengue, a plaquetopenia é a principal
característica laboratorial, podendo haver também o aumento do
hematócrito
(6)
. A redução do número de plaquetas é responsável
por hemorragias e óbito em casos mais graves da doença(25).
Ao associar os dados sociodemográficos com o
diagnóstico da arbovirose, houve signicância estatística
(p≤0,05) nas variáveis escolaridade, situação prossional e
estado civil. Em outra pesquisa, vericou-se a associação
entre grau de instrução menor que 3 anos e incidência da
Dengue(26). A literatura aponta que níveis mais baixos de
escolaridade podem gerar diculdades na compreensão e
entendimento por parte da população sobre as medidas
preventivas contra essas arboviroses, favorecendo o aumento
do número de casos(27). Em relação à situação prossional e o
estado civil, estudo revelou que indivíduos casados obtiveram
níveis mais altos de conhecimento, evitando a ocorrência
da Dengue com ações preventivas(28). Esse resultado difere
do encontrado nesta pesquisa, uma vez que a maioria dos
indivíduos acometidos era casado. Os mesmos autores
também mostraram associação entre indivíduos empregados
e maiores níveis de conhecimento.
Houve signicância estatística entre o local da artralgia
(joelhos) e a Febre de Chikungunya. A literatura aponta a
artralgia como a causa da alta taxa de morbidade em pacientes
com Chikungunya, uma vez que reduz a produtividade e a
qualidade de vida do indivíduo(5), pois a dor articular, além
de limitar os movimentos, pode originar deformidades(25).
Também houve signicância estatística (p≤0,05) na
associação entre resultados do Hemograma (PCR alta
e plaquetopenia), uso de analgésicos e diagnóstico da
arbovirose. A signicância entre resultados do Hemograma
e diagnóstico pode ser justicada devido à prevalência
da elevada taxa de PCR e plaquetopenia na amostra
estudada. Evidencia-se que a presença signicativa de
plaquetopenia no perl laboratorial desses idosos aumenta a
probabilidade de um evento catastróco: o Acidente Vascular
Encefálico Hemorrágico(21).
No tocante à associação entre analgésicos e arbovirose,
pacientes com Dengue frequentemente fazem uso de
analgésicos por causa da sintomatologia. Na Chikungunya,
a artrite e a dor intensa também exigem o uso dessa classe
de medicamento, no entanto, esse é um aspecto que requer
atenção, sobretudo na população idosa, a qual se torna
mais suscetível à polifarmácia e a complicações devido
às interações medicamentosas(22). Na Dengue, existe a
possibilidade de ocorrência de hemorragias, que podem
ser provocadas pela ingestão de medicamentos, como ácido
acetilsalicílico, anticoagulantes e anti-inamatórios não
esteroidais, entre outros fatores precipitantes(6).
No cenário atual dessas epidemias, o enfermeiro presta
cuidados em todos os níveis de atenção à saúde. Na atenção
básica, destaca-se pelo seu papel de educador, enfatizando a
prevenção e a promoção à saúde. Na atenção especializada,
no serviço de urgência, por exemplo, atua na classicação de
risco, identicando o grau de comprometimento. Na atenção
hospitalar, a assistência baseia-se na elaboração e execução
do plano de cuidados humanizado(10).
Diante da reemergência dessas arboviroses, vericam-se
casos mais graves em grupos vulneráveis, como os idosos.
Prioritariamente, é necessário que os gestores e a população
se sensibilizem e se mobilizem em prol de uma organização
do sistema de saúde, buscando oferecer maior resolutividade.
Nesse contexto, o papel da vigilância epidemiológica é
reconhecer as tendências dessas doenças, no intuito de
direcionar ações de controle imediatas e especícas(29-30).
CONCLUSÃO
A Dengue e a Febre de Chikungunya foram as arboviroses
prevalentes na amostra estudada. Os pacientes apresentaram
como comorbidades, HAS e Diabetes. Os sintomas mais
registrados foram febre, mialgia e artralgia. Plaquetopenia,
PCR alta e leucopenia foram as alterações mais frequentes
nos exames. Houve associações estatisticamente signicativas
entre escolaridade, situação prossional, estado civil,
resultados de exames, uso de analgésicos e diagnóstico da
arbovirose; e entre o local da artralgia e a Chikungunya.
6www.ee.usp.br/reeusp
Arboviroses reemergentes: perfil clínico-epidemiológico de idosos hospitalizados
Rev Esc Enferm USP · 2018;52:e03403
RESUMO
Objetivo: Descrever o perl clínico-epidemiológico de idosos hospitalizados com arboviroses. Método: Estudo documental,
retrospectivo, de base populacional e descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com idosos hospitalizados com diagnóstico
de arbovirose em um hospital universitário. Os dados foram coletados por meio de consulta aos prontuários e chas de noticação.
Resultados: Participaram 33 idosos. Houve prevalência da Dengue, destacando-se a febre, a mialgia e a artralgia. Vericaram-se a
Hipertensão Arterial e a Diabetes como comorbidades. Foram evidenciadas associações estatisticamente signicativas da arbovirose
com a escolaridade, a situação prossional, o estado civil, os resultados de exames e o uso de analgésicos; e entre o local da artralgia e a
Chikungunya. Conclusão: Os resultados fornecem subsídios para a assistência do enfermeiro aos idosos hospitalizados com arboviroses,
permitindo a elaboração de um plano de cuidados adequado e humanizado.
DESCRITORES
Idoso; Dengue; Febre de Chikungunya; Enfermagem Geriátrica; Saúde do Idoso.
RESUMEN
Objetivo: Describir el perl clínico epidemiológico de personas mayores hospitalizadas con arbovirosis. Método: Estudio documental,
retrospectivo, de base poblacional y descriptivo, con abordaje cuantitativo, realizado con personas mayores hospitalizadas con diagnóstico
de arbovirosis en un hospital universitario. Los datos fueron recogidos mediante consulta a las chas médicas y de noticación.
Resultados: Participaron 33 personas mayores. Hubo prevalencia del Dengue, destacándose la ebre, la mialgia y la artralgia. Se
vericaron la Hipertensión Arterial y la Diabetes como comorbilidades. Fueron evidenciadas asociaciones estadísticamente signicativas
de la arbovirosis con la escolaridad, la situación profesional, el estado civil, los resultados de exámenes y el empleo de analgésicos; y entre
el sitio de la artralgia y la Chikungunya. Conclusión: Los resultados brindan subsidios para la asistencia del enfermero a las personas
mayores hospitalizadas con arbovirosis, permitiendo la elaboración de un plan de cuidados adecuado y humanizado.
DESCRIPTORES
Anciano; Dengue; Fiebre Chikungunya; Enfermería Geriátrica; Salud del Anciano.
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php/rbcs/article/view/21374/15225
O curso futuro dessas epidemias na população idosa
e seu impacto ainda são um enigma a ser decifrado pelos
estudiosos no decorrer do tempo. No entanto, sabe-se que é
preciso preparar o campo da saúde, no intuito de fornecer uma
assistência adequada a esses pacientes. Os resultados desta
pesquisa contribuem para fornecer subsídios, sobretudo para a
assistência do enfermeiro a idosos acometidos por arboviroses,
uma vez que o conhecimento do perl clínico dessa população
permite a elaboração de um plano de cuidados direcionado às
suas necessidades. Espera-se que este estudo incentive novas
produções a respeito da temática em questão envolvendo a
população idosa brasileira, dada a sua importância.
A subnoticação de doenças infecciosas refere-se a
uma realidade recorrente no Brasil. Destarte, a exiguidade
de informações em prontuários e chas de investigação
constituiu a principal limitação do estudo.
7
Viana LRC, Pimenta CJL, Araújo EMNF, Teófilo TJS, Costa TF, Costa KNFM
www.ee.usp.br/reeusp Rev Esc Enferm USP · 2018;52:e03403
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scielo.br/pdf/reeusp/v48nspe2/0080-6234-reeusp-48-nspe2-00094.pdf
... Atualmente no Brasil existe um alerta maior para a transmissão de dengue, zika e chikungunya, tendo como principal transmissor o Ae. aegypti (Brasil, 2010 (Viana, et al. 2018). ...
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Introdução: A dengue é uma doença infecciosa endêmica em regiões tropicais e subtropicais. Para organizar uma rede assistência de saúde e garantir medidas preventivas, manejo clínico adequado, é necessário conhecer os fatores associadas aos casos de dengue. Objetivo: Analisar os fatores associados à infecção pelo vírus da dengue de indivíduos notificados no sistema de vigilância em saúde. Métodos: Estudo transversal de dados secundários de casos de suspeitos de dengue notificados no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação. Foram incluídos os indivíduos notificados com suspeita de dengue com data de notificação entre dia 1º de janeiro de 2016 e 31 de dezembro de 2020 e que residiam em São Mateus (ES). Foram calculadas as frequências relativas e absolutas das variáveis e foi utilizada a regressão de Poisson de variância robusta para calcular a razão de prevalência (RP) e estimar os intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Foram notificados 4.547 casos suspeitos de dengue, 2.438 (53,8%) casos foram confirmados, 844 (27,7%) confirmados por critério laboratorial, nove apresentaram sinais de alarme, três foram de dengue grave, 35 necessitaram de internação hospitalar e quatro evoluíram a óbito por dengue. A faixa etária ≥60 anos (RP=1,28; IC95% 1,14–1,45), indivíduos com cinco a oito anos de estudo (RP=1,47; IC95% 1,19–1,81), com prova do laço positiva (RP=1,40; IC95% 1,22–1,60) e diabetes mellitus (RP=4,19; IC95% 1,91–9,20) apresentaram maiores prevalências de dengue. Conclusão: A prevalência da dengue foi maior no grupo de indivíduos com idade maior e igual a 60 anos, com cinco a oito anos de estudo, com diabetes mellitus, que apresentaram prova do laço positiva e leucopenia. Esses grupos apresentam chances maiores de desenvolvimento da dengue grave, sendo necessários esforços dos serviços de assistência e vigilância em saúde em seu manejo clínico.
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Introduction The present work sought to identify MHC-I-restricted peptide signatures for arbovirus using in silico and in vitro peptide microarray tools. Methods First, an in-silico analysis of immunogenic epitopes restricted to four of the most prevalent human MHC class-I was performed by identification of MHC affinity score. For that, more than 10,000 peptide sequences from 5 Arbovirus and 8 different viral serotypes, namely Zika (ZIKV), Dengue (DENV serotypes 1-4), Chikungunya (CHIKV), Mayaro (MAYV) and Oropouche (OROV) viruses, in addition to YFV were analyzed. Haplotype HLA-A*02.01 was the dominant human MHC for all arboviruses. Over one thousand HLA-A2 immunogenic peptides were employed to build a comprehensive identity matrix. Intending to assess HLAA*02:01 reactivity of peptides in vitro, a peptide microarray was designed and generated using a dimeric protein containing HLA-A*02:01. Results The comprehensive identity matrix allowed the identification of only three overlapping peptides between two or more flavivirus sequences, suggesting poor overlapping of virus-specific immunogenic peptides amongst arborviruses. Global analysis of the fluorescence intensity for peptide-HLA-A*02:01 binding indicated a dose-dependent effect in the array. Considering all assessed arboviruses, the number of DENV-derived peptides with HLA-A*02:01 reactivity was the highest. Furthermore, a lower number of YFV-17DD overlapping peptides presented reactivity when compared to non-overlapping peptides. In addition, the assessment of HLA-A*02:01-reactive peptides across virus polyproteins highlighted non-structural proteins as “hot-spots”. Data analysis supported these findings showing the presence of major hydrophobic sites in the final segment of non-structural protein 1 throughout 2a (Ns2a) and in nonstructural proteins 2b (Ns2b), 4a (Ns4a) and 4b (Ns4b). Discussion To our knowledge, these results provide the most comprehensive and detailed snapshot of the immunodominant peptide signature for arbovirus with MHC-class I restriction, which may bring insight into the design of future virus-specific vaccines to arboviruses and for vaccination protocols in highly endemic areas.
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Simultaneous spatial circulation of urban arboviral diseases, such as dengue, chikungunya, and Zika, is a major challenge. In this ecological study of urban arboviruses performed from 2015 to 2019, we analyzed the spatial and temporal dynamics of these arboviruses in all 92 municipalities and nine health regions of Rio de Janeiro state. Annual cumulative incidences are presented for all three arboviruses throughout the study period. Spatial analyses of the three studied arboviruses showed distinct behaviors among municipalities and health regions. Co-circulation of the three arboviruses in the state and a heterogeneous spatiotemporal pattern was observed for each disease and region, with dengue having a higher annual incidence during the five years of the study, as well as two consecutive epidemic years in the state. The increase in transmission in different regions of the state in one year culminated in an epidemic in the state in the following year. A high annual cumulative incidence of chikungunya occurred in municipalities from 2017 to 2019 and of Zika only in 2016. Some municipalities with higher population densities showed higher incidences for some arboviruses and appeared to contribute to the dissemination to cities of lower demographic density and maintenance of these urban arboviruses. Thus, regions recording increased incidences of the three diseases in their territories for long periods should be considered municipal poles, as they initiated and sustained high transmission within their region.
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Identifying etiologies of acute febrile illnesses (AFI) is challenging due to non-specific presentation and limited availability of diagnostics. Prospective AFI studies provide a methodology to describe the syndrome by age and etiology, findings that can be used to develop case definitions and multiplexed diagnostics to optimize management. We conducted a 3-year prospective AFI study in Puerto Rico. Patients with fever ≤7 days were offered enrollment, and clinical data and specimens were collected at enrollment and upon discharge or follow-up. Blood and oro-nasopharyngeal specimens were tested by RT-PCR and immunodiagnostic methods for infection with dengue viruses (DENV) 1-4, chikungunya virus (CHIKV), influenza A and B viruses (FLU A/B), 12 other respiratory viruses (ORV), enterovirus, Leptospira spp., and Burkholderia pseudomallei. Clinical presentation and laboratory findings of participants infected with DENV were compared to those infected with CHIKV, FLU A/B, and ORV. Clinical predictors of laboratory-positive dengue compared to all other AFI etiologies were determined by age and day post-illness onset (DPO) at presentation. Of 8,996 participants enrolled from May 7, 2012 through May 6, 2015, more than half (54.8%, 4,930) had a pathogen detected. Pathogens most frequently detected were CHIKV (1,635, 18.2%), FLU A/B (1,074, 11.9%), DENV 1-4 (970, 10.8%), and ORV (904, 10.3%). Participants with DENV infection presented later and a higher proportion were hospitalized than those with other diagnoses (46.7% versus 27.3% with ORV, 18.8% with FLU A/B, and 11.2% with CHIKV). Predictors of dengue in participants presenting
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Chikungunya fever has become a relevant public health problem in countries where epidemics occur. Until 2013, only imported cases occurred in the Americas, but in October of that year, the first cases were reported in Saint Marin island in the Caribbean. The first autochthonous cases were confirmed in Brazil in September 2014; until epidemiological week 37 of 2016, 236,287 probable cases of infection with Chikungunya virus had been registered, 116,523 of which had serological confirmation. Environmental changes caused by humans, disorderly urban growth and an ever-increasing number of international travelers were described as the factors responsible for the emergence of large-scale epidemics. Clinically characterized by fever and joint pain in the acute stage, approximately half of patients progress to the chronic stage (beyond 3 months), which is accompanied by persistent and disabling pain. The aim of the present study was to formulate recommendations for the diagnosis and treatment of Chikungunya fever in Brazil. A literature review was performed in the MEDLINE, SciELO and PubMed databases to ground the decisions for recommendations. The degree of concordance among experts was established through the Delphi method, involving 2 in-person meetings and several online voting rounds. In total, 25 recommendations were formulated and divided into 3 thematic groups: (1) clinical, laboratory and imaging diagnosis; (2) special situations; and (3) treatment. The first 2 themes are presented in part 1, and treatment is presented in part 2.
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Objetivos. Describir el perfil epidemiológico y analizar las manifestaciones clínicas por grupo de edad de los casos de chikungunya atendidos en 2015 en un hospital general de Mérida, México. Métodos. Estudio observacional en el cual se describen los casos de Chikungunya registrados por el Departamento de Vigilancia Epidemiológica entre julio y diciembre de 2015 y análisis de las manifestaciones clínicas por grupo de edad. La asociación entre los signos y síntomas y el ingreso hospitalario se analizó mediante un modelo de regresión logística. Resultados. En total se atendieron 830 casos diagnosticados de Chikungunya. La media de edad fue 27,4 ± 17,05 años y la razón de sexos, 1:1,4. Los casos procedieron en su mayoría del medio urbano (n = 592, 87%) y, en particular, de la ciudad capital. En 723 (90%) casos se notificó haber tenido contacto con el vector artrópodo en el peridomicilio. Las alteraciones musculares y articulares fueron más frecuentes en los grupos de mayor edad, mientras que el exantema lo fue entre los más jóvenes. Las manifestaciones de gravedad neurológicas y no neurológicas no tuvieron predominio por edad. Conclusiones. Los casos de Chikungunya atendidos fueron mayormente cuadros benignos autolimitados, mientras que las manifestaciones neurológicas como letargia, vómitos persistentes, hemorragia, fotofobia y cefalea intensa fueron predictores de la gravedad y su identificación oportuna en los menores de un año de edad fue posible mediante la vigilancia estrecha.
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Since emerging in Saint Martin in 2013, chikungunya virus (CHIKV), an alphavirus transmitted by the Aedes aegypti mosquito, has infected approximately two million individuals in the Americas, with over 500,000 reported cases in the Dominican Republic (DR). CHIKV-infected patients typically present with a febrile syndrome including polyarthritis/polyarthral-gia, and a macropapular rash, similar to those infected with dengue and Zika viruses, and malaria. Nevertheless, many Dominican cases are unconfirmed due to the unavailability and high cost of laboratory testing and the absence of specific treatment for CHIKV infection. To obtain a more accurate representation of chikungunya fever (CHIKF) clinical signs and symptoms , and confirm the viral lineage responsible for the DR CHIKV outbreak, we tested 194 serum samples for CHIKV RNA and IgM antibodies from patients seen in a hospital in La Romana, DR using quantitative RT-PCR and IgM capture ELISA, and performed retrospective chart reviews. RNA and antibodies were detected in 49% and 24.7% of participants, respectively. Sequencing revealed that the CHIKV strain responsible for the La Romana outbreak belonged to the Asian/American lineage and grouped phylogenetically with recent Mexican and Trinidadian isolates. Our study shows that, while CHIKV-infected individuals were infrequently diagnosed with CHIKF, uninfected patients were never falsely diagnosed with CHIKF. Participants testing positive for CHIKV RNA were more likely to present with arthralgia, although it was reported in just 20.0% of CHIKF+ individuals. High percentages of respiratory (19.6%) signs and symptoms, especially among children, were noted, though it PLOS Neglected Tropical Diseases | Chikungunya virus (CHIKV) is known for its ability to cause explosive outbreaks of flu-like illness followed by severe joint pain and swelling, which can persist for months to several years. We tested patient serum of both suspected and unsuspected chikungunya fever (CHIKF) cases collected at an emergency clinic in La Romana, Dominican Republic for markers of current or recent CHIKV infection, and showed through next generation sequencing that the causative CHIKV strain is closely related to other isolates from the Americas. After matching clinical outcomes with diagnostic data, we found that relatively few CHIKF patients presented with the joint symptoms typically associated with CHIKV infection in the past, which likely contributed to a notable frequency of CHIKF misdiag-nosis. Other deviations from Old World CHIKF outbreaks were also discovered, including shifts in affected age groups and in the frequency of respiratory signs and symptoms.
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Environmental modification by anthropogenic actions, disordered urban growth, globalization of international exchange and climate change are some factors that help the emergence and dissemination of human infectious diseases transmitted by vectors. This review discusses the recent entry of three arboviruses in Brazil: Chikungunya, West Nile, and Zika virus, focusing on the challenges for the Country's public health. The Brazilian population is exposed to infections caused by these three arboviruses widely distributed on the national territory and associated with humans. Without effective vaccine and specific treatment, the maintainance and integration of a continuos entomological and epidemiological surveillance are important so we can set methods to control and prevent these arboviruses in the Country. RESUMO A modificação do ambiente por ações antrópicas, o crescimento urbano desordenado, o processo de globalização do intercâmbio internacional e as mudanças climáticas são alguns fatores que vêm facilitando a emergência e disseminação de doenças infecciosas humanas transmitidas por vetores. Este comentário aborda a recente entrada de três arbovírus no Brasil, Chikungunya (CHIKV), West Nile (WNV) e Zika (ZIKV), com enfoque nos desafios para a Saúde Pública do País. Transmitidos por mosquitos vetores amplamente distribuídos no território nacional e associados ao homem, a população brasileira encontra-se exposta à infecção por esses três arbovírus. Na ausência de vacina eficaz e tratamento específico, são importantes a manutenção e integração de uma vigilância entomológica e epidemiológica contínua, a fim de direcionarmos métodos de controle e prevenção contra essas arboviroses no País.