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Este trabalho analisa a sonoridade do LP Coisas (1965), de Moacir Santos (1926 – 2006), enfocando aspectos rítmicos, instrumentais, formais e harmônicos, percebidos por meio de audições e transcrições dos fonogramas. Em complemento à análise dos componentes musicais, também são abordados os aspectos visuais do LP. Esses dados e as análises produzid...
Conference Paper
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Este trabalho analisa a sonoridade do fonograma Coisa n. 4 de Moacir Santos (1926 – 2006), enfocando aspectos rítmicos, instrumentais, formais e harmônicos, percebidos por meio de audição e transcrição. A auralidade do fonograma selecionado é abordada a partir do conceito de sonoridade desenvolvido por Molina (2014). A investigação busca apresentar...

Citations

... Para o autor (p. 23), se antes "o folclorista e o antropólogo relacionavam o artesanato a uma matriz mítica ou a um sistema sociocultural autônomos", na atualidade "essas operações se revelam quase sempre construções culturais multicondicionadas por agentes que transcendem o artístico ou o simbólico".Em tese de doutorado a ser defendida em março de 2018, abordamos a hipótese segundo a qual, apesar dos diversos diálogos com gêneros musicais variados, como por exemplo o jazz, na fase em que esteve produzindo arranjos de cunho comercial, Pixinguinha revisita, principalmente na fase madura da sua carreira, o tipo de musicalidade praticada no Brasil desde o final do século XIX e início do século XX(FONTENELE, 2016). Nessa perspectiva, parte dos arranjos realizados por Pixinguinha para orquestra popular no programa O Pessoal da Velha Guarda, tanto de composições próprias como para músicas de compositores do princípio do choro, encontram-se nessa tendência estético-musical.Desde as primeiras décadas de sua atuação como músico, compositor e arranjador, Pixinguinha pôde demonstrar, em seus arranjos para os diversos grupos instrumentais dos quais liderou, o legado musical da época do princípio do choro e das bandas militares, além de incorporar características musicais da música estrangeira. ...
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O presente artigo aborda a atuação de Almirante e Pixinguinha na condução do repertório e dos arranjos realizados por Pixinguinha para a orquestra popular do programa radiofônico O Pessoal da Velha Guarda. O programa tinha como objetivo divulgar estilos musicais não veiculados pela mídia da década de 1940, época em que outros estilos musicais despontavam, alguns deles com grande influência da música estrangeira, como o bolero e o samba-canção. Alguns pesquisadores da música popular no Brasil da época, como também intelectuais e compositores, manifestavam-se com relação a tal fato, como também buscavam formas de divulgar o repertório de músicas consideras por eles como de “raiz”, como também a música folclórica de várias regiões do Brasil. O cantor e produtor radiofônico Almirante, juntamente com os músicos que integravam a equipe de alguns de seus programas das décadas de 1930 e 1940, como os programas Curiosidade Musicais e Orquestras e Músicos do Brasil, concentraram-se na concepção e efetivação do programa O Pessoal da Velha Guarda, que foi transmitido na Rádio Tupi do Rio de Janeiro, no período de 1947 a 1952. No palco desse programa de auditório exibiam-se músicos e cantores que integravam um grupo regional de choro e a orquestra popular liderada por Pixinguinha.
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Este artigo aborda a histórica questão cultural da participação feminina na arte, mais especificamente no universo do gênero Choro, considerado a primeira música popular urbana instrumental do Brasil. O recorte para a presente análise foi dado sobre o período que abarca o decênio 1973 – 1983 quando, em 1977, comemorou-se o “Centenário do Choro”. Dada a ocasião e a inédita exposição midiática, tornou-se perceptível quanto o espaço de participação da mulher estava reduzido a breves atuações e, mais que isso, como o fato passou incólume, sem indignações, em meio às discussões saídas dos debates pertinentes a efeméride. O significado simbólico dessa naturalidade, dessa desatenção, quanto a deficiência da presença feminina em meio a uma expressão cultural brasileira, revela como as raízes patriarcais e machistas são determinantes e prejudiciais à liberdade das mulheres em sua atuação artística, profissional e como ser humano.